Fim de ano : a autocrítica é difícil, mas é gratificante !




Jackson César Buonocore

A negação é um mecanismo de defesa inconsciente, que usamos para negar a existência de algum sentimento, desejo, fantasia ou pensamento que são incômodos. Por exemplo, o discurso de que “não quero sobrecarregar os outros com os meus problemas,” é uma forma de não demonstrar que temos falhas ou fragilidades.

Todos nós em certas fases da vida já recorremos à negação, por não aceitar que a realidade possa ser dolorosa, de tal modo que a escondemos pela racionalização e justificação. Aliás, existem pessoas, grupos e instituições que se negam a fazer à autocrítica, visto que é um processo de análise crítica que cada qual precisa elaborar sobre os seus atos, considerando os seus erros e a correção dos mesmos.

Porém, embalados pelo frenesi do fim de ano ensaiamos a autocrítica e ao mesmo tempo negamos em fazê-la, porque ela exige esforço mental, emocional e moral de realizar críticas a si mesmo. É um movimento psíquico, que consiste o encontro consigo na busca de melhores escolhas, para aprimorar o nosso desenvolvimento humano e espiritual.

Por outro lado, surge a negação através de pensamentos negativos, que sussurram em nossos ouvidos: “Morremos para vida”, “Não é possível mudar”, “Somos vítimas do destino”, “Não temos poder sobre o mal”, “Esse mundo não vale a pena”, “Nada dá certo no que eu faço”, “Eu ferrei tudo”, Só me resta à morte”, etc.

Assim se impõe a velha máxima do derrotismo: “Nada está tão ruim que não possa piorar”. É nesse roteiro que a autossabotagem nega a capacidade dos indivíduos de serem eles mesmos, como afirmou Augusto Cury: “O pessimismo é um câncer da alma.”

Por vezes, as pessoas se utilizam da crítica destrutiva, uma vez que desde a infância e adolescência foram pressionadas, exaustivamente, pelos pais para atingir metas na vida, sendo assim acreditam que os seus erros são imperdoáveis. Há pesquisas que apontam que profissionais e organizações estão em estado de negação, por pensar que seus planos ou projetos nunca são bons o suficiente, criando dificuldade para lidar com o inesperado.

No entanto, para sair do esquema de negação é preciso entender que a autocrítica é uma aliada na busca do crescimento e do equilíbrio, onde aprendemos a identificar com franqueza os erros e acertos, no sentido de formular novas perspectivas e habilidades, que serão úteis para toda vida.

Por conseguinte, a autocrítica e autovalorização andam juntas. O que nos ajuda a conhecer o Self, que para Jung é uma imagem arquetípica do potencial mais pleno do ser humano, ou seja, da nossa totalidade. Contudo, existem indivíduos e instituições preocupadas em ver nos outros apenas os defeitos que lhes são inerentes, e têm os perfeccionistas que exigem muito de si próprios, e que só enxergam imperfeições no seu íntimo.

Portanto, o negativismo é a negação são atitudes e sentimentos corriqueiros, que se aproveitam das nossas emoções adversas, como ódio e o amor. Esse exagero é ruim, o correto é o bom senso, pois quem se critica o tempo todo não percebe o lado positivo de suas ações e se torna o seu maior inimigo. É como disse Jean Paul Sartre: “A negação é a recusa da existência”.

Enfim, é fácil “julgar o livro pela capa”, é fácil fazer a crítica, é fácil reclamar, entretanto, o processo de autocrítica tem ligação com o autoconhecimento. Então, quando refletimos com honestidade conseguimos avaliar os nossos pontos fracos e fortes, que nos permitirá mudar os rumos da nossa jornada material e espiritual neste mundo. É difícil, mas é gratificante !






Carta aberta para o meu eu do ano que vem


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Guilherme Moreira Jr.

Se você pensa que a partir do dia primeiro de janeiro do ano que vem tudo vai ser diferente porque você quer, volte duas casas e repense os seus sentimentos. Não é assim que funciona.

O calendário muda todos os anos, mas o controle da vida independe da nossa vontade e a gente precisa ter maturidade e humildade para reconhecer algo assim. O que pode e deve mudar de um ano para o outro são as nossas escolhas, as nossas atitudes e sim, os nossos sentimentos.

Eu por exemplo, não quero repetir no ano que vem os descasos emocionais que cometi este ano. Não vou mais abaixar a cabeça para quem desconsidera as minhas intenções e a minha voz. Também é impensável que eu deixe de falar de coração as coisas que me machucam e que me despertaram alegria só porque os outros podem não gostar. Não vou mais puxar o freio do meu coração dessa forma, ele não merece.

É claro que é impossível prever o que vai acontecer ano que vem, mas de uma coisa eu sei: serei melhor. Entro no próximo ano querendo desafiar tabus, porque com eles não acho que sentimento algum alcança a sua plenitude. Entro no próximo ano querendo saber mais do meu presente antes de qualquer futuro. É encarar o dia desde o seu amanhecer como se fosse o maior presente possível. Não achar que não vou me estressar e que tudo será colorido e feliz, mas não vou abrir olhos ao acordar desperdiçando a oportunidade de sorrir, nem que seja só pra mim de frente para o espelho. Quero assumir mais compromissos comigo, com quero ser daqui por diante e em como posso tornar os meus relacionamentos mais próximos e sólidos.

Chega de deixar ausências aleatórias estragarem o meu amor, o meu lugar de paz. Escrevo essa carta aberta para o meu eu do ano que vem para registrar que mais coisas podem ser acrescentadas caso eu decida ser mais gentileza do que frieza comigo. E eu mereço gentilezas. Mereço cada afeto mergulhado no mais oceânico abraço, beijo ou conversa.

Então, para o meu eu de 2020, presta atenção: se joga! Viva sabendo que eu e você somos a mesma pessoa, mas não temos a obrigação de mantermos os mesmos hábitos e defeitos. Podemos mais. Logo, voe. Brilhe internamente e acredite na sua intuição, na sua bússola particular.





O Natal nos faz lembrar daqueles que sempre amaremos, mas que já não estão entre nós


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Teresa Gouvea


Era dezembro, mês em que paira uma nostalgia estranha junto com uma vontade louca de prometer paz para o ano que se aproxima, era pra ser mais um dezembro com todas aquelas promessas que aguardam nascimento ou ternura. Tinha uma roupa nova no armário, a etiqueta confirmava o desejo de inaugurar o novo, aguardava um retorno que não aconteceu. Na despedida conhecemos o descontrole, a dor, o vazio e a saudade.

Tinha um desejo imenso de congelar a vida, o relógio e as horas, era pra ser um vestibular, depois um passeio e, depois, o uso da roupa nova. Descobrimos que o tempo passando fica tonto, como se tudo ao nosso redor sofresse de uma tristeza que dirige mal nossas pernas e as portas do mundo se estreitassem. O tempo passando virou silêncio misturado com barulho, a gente não aguentava nem um e nem outro, não havia estação que desse jeito no que não havia jeito, cama desajeitada que não trazia sono, comida que não trazia fome.

Tinha uma roupa no armário te esperando e a única certeza no meio disso tudo era que jamais eu poderia medir a dor da sua mãe, ela andava de um lado pro outro, brigava com a cama, falava com Deus e chorava e, no meio disso tudo, te chamava, desacreditando do vazio que aconteceria nos dias que viriam. A dor intensa acontece assim, a gente acorda e pensa que o acontecido não aconteceu.

Meu amor, os dias seguindo me pediam pra achar o que aprender nisso tudo… aprendi com sua mãe sobre esse amor imenso, que atravessa o céu e a lua, que chega na brisa, no passarinho que canta no final de tarde, no latido distante de um cachorro ou, simplesmente, no silêncio de amanhecer e anoitecer com um filho que não está, criando jeitos dele continuar por aqui. Sua mãe me contou da saudade que vira uma oração e um lugar de encontro cotidiano, do direito de lembrar e falar de você, sim, ter uma relação boa com a dor e a saudade somente pode acontecer quando o amor continua na memória.

Te envio a nossa promessa de você existir, nas prateleiras das nossas estantes e das nossas almas, na voz que cala e fala, nas histórias que passeiam em nossos corações, no aceno de mão que se perdeu no entardecer, nos sonhos que viraram brisa, no amor que abraça o mundo.

Tinha uma roupa nova no armário, ela foi trocada, um jeito de dizer que era só sua e não caberia essa inauguração em nenhum outro lugar.

( Com amor, para Anne, que tenha paz onde estiver, para sua mãe, que segue amando, amando e amando, com a nossa promessa de sentir saudades, para que ela fique sempre por aqui…)




Not

O texto acima mostra bem a saudade que sentimos sempre, mas é no Natal que o coração aperta mais com as lembranças de outros Natais, quando tínhamos as pessoas queridas e nossa alegria era completa.

Cuidem uns dos outros, aproveitem e valorizem os momentos felizes com suas famílias ! Pois uma vez que alguém que amamos parte, as lembranças e a saudade são nossas companheiras para sempre ... E o Natal nunca mais será igual ...



Na primeira foto acima está meu querido Pai, Moisés Moacir Feijó. Na segunda foto estão meu querido irmão Gilberto Feijó e eu. Infelizmente meu pai e meu irmãozinho já partiram e são lembranças e saudade nos nossos Natais.


Rosa Maria - Editora do Blog


Então é Natal : Os ovnis e Jesus / Especial de Natal com Andrea Bocelli / Bráulio Bessa declama cordel de Natal / Roupa Nova / Libera


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Os 10 comerciais de fim de ano mais fofos da última década





Gabriela Clette


Estamos vivendo os últimos dias de 2019, e junto com o esperado final do ano também vêm as sempre emocionantes campanhas publicitárias. Isto sem falar nas retrospectivas e diversos outros tipos de campanha rolando nas redes sociais. Porém, com o fim de 2019 também acaba uma década. Por isto, fizemos uma saudosa seleção com os comerciais de fim de ano mais fofos e emocionantes da última década. Prepara o lencinho !

10. A vida é linda – O Boticário

O comercial de 2013, dirigido por Fernando Meirelles, mostrou a história de um filho que tenta juntar os pais recém separados. No fim, o garotinho consegue fazer com que seus pais comemorem o Natal juntos. Um filme que traduz o espírito natalino, afinal, o fim de ano é o período perfeito para esquecermos as desavenças que existem entre nós, não é mesmo?





9. The book of dreams – Argos 

Comercial de 2019 criado pela agência The & Partnership, o filme é essencialmente um clipe de “Don’t You (Forget About Me)”, de 1985 – do Simple Minds. Simples e universal, ele mostra o sonho de Natal de um pai, que se torna ainda mais especial quando compartilhado com sua filha. 





8. Corrida de Natal – Sadia

Impossível não se emocionar com esta campanha de final de ano feita pela Sadia, em 2017. Feito pela F/Nazca S&S, o filme conta a história de uma menina com síndrome de down que treina para participar de uma competição escolar. Ela recebe a ajuda inesperada de um solitário vizinho e seu cachorro e como forma de agradecimento, o convida para passar o Natal em sua casa.




7. The boy and the piano – John Lewis & Partners 

O comercial de 2018 feito pela agência Adam&Eve DDB, conta a história do poder de um presente. E como esse presente inspirou, mudou e influenciou o curso da vida de um menino, que por acaso é Elton John. O filme começa nos dias atuais e retrocede cronologicamente pela vida de Elton até o momento da manhã de Natal, quando ele recebeu de sua mãe e avó o piano que mudou sua vida.




6. Comercial da rede alemã de supermercados Edeka 

Lançado em 2015, mesmo que ele seja em alemão, a mensagem é clara. Após saber que seus filhos não conseguirão visitá-lo no Natal, um senhor passa a noite sozinho. Mas isso se repete por três anos consecutivos, até que ele decide tomar uma atitude drástica para rever a família. Spoiler : lágrimas irão cair ! 




5. O Natal reúne – Zaffari

A rede de supermercados lançou um comercial em 2016, falando da importância de preservar as lembranças, mas também de se criar novas. Produzido pela Agência Matriz, o filme mostra a infância de dois irmãos e a lembrança dos natais que eles passaram ao lado dos pais. Anos depois, a relação entre eles não é mais a mesma e os pais já não estão mais vivos. Mas eles finalmente se reúnem para reviver a noite de Natal como faziam antigamente.




4. Real Love – John Lewis

Este comercial foi eleito o melhor do ano de 2014 e mostra a amizade entre um menino e o seu amigo especial, um pinguim. O pinguim “Monty” sonha em ter uma parceira, amar e ser amado, e a mensagem final é fantástica. Criado pela marca britânica John Lewis, a história da amizade entre um menino e um pinguim é de deixar qualquer um apaixonado !




3. Justino – Loterias da Espanha

Quando lançado, em 2016, a animação Justino tornou-se a número 1 na Espanha e o número 5 do mundo no Twitter. O filme ultrapassou 1 milhão de visualizações no YouTube em apenas um dia. Ele apresenta um segurança em uma fábrica de manequins, que como trabalha no turno da noite, tem poucas chances de interagir com seus colegas de trabalho. Mesmo assim, Justino sempre cria maneiras de se conectar com seus colegas usando os manequins da fábrica para criar situações divertidas e emocionantes. No Natal, seus colegas encontram uma maneira de retribuir seu generoso espírito. Na Espanha, os espanhóis esperam ansiosamente pela loteria anual de Natal e costumam partilhar o prêmio com amigos e familiares.




2. Por um futuro cada vez mais humano – Itaú

Lançado neste ano, a campanha do banco mostra que o lado surpreendente da humanidade ainda é mais inovador que qualquer avanço da tecnologia. Produzido pela agência África, o filme mostra um robô dublado por Matheus Nachtergaele e as suas reflexões após uma criança lhe perguntar sobre a definição de futuro. Apesar de toda a tecnologia, o lado mais incrível do mundo são as pessoas.




1. A Holiday Reunion – Xfinity

Com roteiro do próprio Steven Spielberg, o comercial da Sky mostra o emocionante reencontro entre Elliot e o E.T., 37 anos depois. Neste reencontro emocionante, o personagem descobre todas as novas tecnologias que surgiram desde sua partida, como um óculos de realidade virtual. Como se isto já não fosse o suficiente, Elliot é interpretado novamente por Henry Thomas, mesmo ator que deu vida ao garoto nos cinemas. A diferença é que, desta vez, a icônica cena das bicicletas fica por conta dos filhos do personagem, que voam sobre duas rodas ao lado do extraterrestre. Impossível não se emocionar !