E no Brasil . . . 26/06/2021

 










 

Vídeo : Reitor da UFSM responde Heinze e lamenta que a universidade não consegue ensinar “ caráter ”





Caique Lima 


Paulo Burmann, reitor da UFSM (Universidade Federal de Santa Maria), respondeu o senador Luiz Carlos Heinze, que havia dito que sentia “vergonha” de ter estudado na instituição:

“Tem coisas que nós não conseguimos ensinar na universidade, o caráter é uma delas. A ética a gente ainda consegue trabalhar, um pouco, mas o caráter nós não conseguimos. As pessoas têm ou não tem, elas aperfeiçoam com o tempo, mas têm que ter uma semente forte disso”.

A fala ocorreu durante reunião do Conselho Universitário (CONSU) da instituição nesta sexta (25).

O reitor ainda lembrou que o curso feito pelo senador na década de 1970, agronomia, é ainda hoje um dos melhores do país.

“Eu estudei em Santa Maria nos anos 70. Tenho vergonha da minha escola. Dos cursos de Agronomia mais renomados, hoje perde para Lavras do Sul e Piracicaba, outras escolas, porque não tem ideologia lá. E na minha escola, onde eu me formei, tem ideologia”, disse o senador durante o depoimento de Pedro Hallal, nesta quinta (24).

“Felizmente nós temos a democracia, alguma coisa do que resta dela precisa ser preservada nesta universidade”, respondeu o reitor.






Abaixo o senador, da base governista, apoiador do genocida:
















Looks Inverno 2021 por Camila Gaio

 



Outros looks Inverno 2021











Fama, riqueza, cargo não estragam a pessoa, apenas derrubam máscaras




Fama, riqueza, sucesso, cargo, nenhum deles estraga a pessoa, apenas trazem à tona o que ela cultiva dentro de si, sob sorrisos falsos e gentilezas orquestradas.


Marcel Camargo

Não é de hoje que a gente assiste aos valores se distorcerem, inverterem-se, virarem de ponta cabeça. Todos sabemos que a ética deve pautar nossas ações e nossos comportamentos onde estivermos, porém, ao longo do caminho, muitas pessoas se perdem daquilo que aprenderam como o certo, na busca por aquilo que pensam serem focos de felicidade.

Conviver em sociedade requer que tenhamos algumas atitudes e comportamentos pensados e articulados previamente. Em muitos momentos, temos que agir não exatamente como gostaríamos, porque a situação assim o pede, porque, naquele contexto, é o correto a se fazer. Existem certas normas de conduta em determinados espaços públicos, no trabalho, ou seja, adequar a linguagem, a postura, o tom de voz, será necessário em vários setores de nossas vidas.

Da mesma forma, ao nos relacionarmos com as pessoas, já não se tratará somente de nós, mas outras vidas estarão envolvidas, outros pontos de vista, outros sentimentos enfim. Ou seja, ter essa consciência de que nossas ações atingem outros indivíduos e que olhar além de nós mesmos é um exercício diário nos tornará aptos a sermos empáticos, tolerantes e pacíficos, o que é uma carência universal nos dias de hoje.

Infelizmente, algumas pessoas não conseguem conviver com o outro, porque, para elas, o outro nem existe, o outro não é digno de ser notado, pois o que vale tão somente é o que elas pensam, querem, falam. Vivem em solilóquios, tapando os olhos e ouvidos ao que não lhes interessa. Apenas querem alcançar os próprios objetivos, a qualquer preço, custe o que custar. Não importam escrúpulos, sentimentos alheios, dores que não forem suas.

O pior é que essas pessoas, ainda assim, conseguem atuar e protagonizar personagens solidárias, simpáticas e agradáveis, junto àqueles que possam lhes oferecer o que querem. São capazes de enganar, de articular, de se aproximarem das pessoas que importam, com uma incrível habilidade teatral digna de prêmio. Mas, assim que alcançam os seus objetivos, mostram quem verdadeiramente são, deixando aquela plateia que os aplaudia atônita, incrédula, estupefata.

Por isso, quando dizem que fulano mudou muito depois que subiu na vida, saiba que não houve mudança alguma, apenas se fecharam as cortinas da peça. Fama, riqueza, sucesso, cargo, nenhum deles estraga a pessoa, apenas trazem à tona o que ela cultiva dentro de si, sob sorrisos falsos e gentilezas orquestradas. Corações bons não mudam de acordo com a oportunidade.