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Use máscara !

 











Abaixo a máscara, vejam o rosto da morte !


Fernando Brito

É tão assustador que muitos preferem fechar os olhos e não ver.

Racionalmente, porém, já não há como negar que há uma intenção deliberada de Jair Bolsonaro – e não só dele, infelizmente – que o vírus Sars Cov 2 faça o papel de “aliviar” aquilo que consideram uma carga inútil para o país: os velhos, os doentes, os “maricas”, sobretudo os mais pobres, menos capazes de obter cuidados.

Duvidar como, se o presidente da República do país que é o segundo em mortes no mundo, apela para que não se use máscaras, alegando que elas prejudicam as crianças. Se o prefeito de Porto Alegre pede que as pessoas “contribuam com a sua vida” para salvar a economia do município.

Tudo isso no dia em que o país amanheceu sob a marca de 250 mil mortes pela pandemia e chegaria à noite com o maior número de mortos, em 24 horas, desde o início deste pesadelo.

Isto tudo acontece em um país moralmente vencido, onde a classe dirigente, como o energúmeno alcaide de Porto Alegre, só enxerga oportunidades de ganhar dinheiro, poder, privilégio e retirar mais direitos da população, como a que anuncia hoje o Estadão, ao dizer que o governo prepara “decreto para ‘simplificar’ regras trabalhistas“.

Em O Globo, o médico e neurocientista Miguel Nicolelis, ainda se espanta:

(…)qual é o valor da vida no Brasil? Que valor os políticos dão para a vida do cidadão se não fecham as atividades num lugar com 100% de ocupação dos leitos? Ter que preservar a economia é não só uma falsidade econômica como demonstra completa falta de empatia com a vida das pessoas. O que mais me assusta é o pouco valor à vida. Os políticos são o primeiro componente, mas a sociedade também. (…) Nossa sociedade em algum momento perdeu a conexão com o quão irreparável é a vida.

As autoridades da Saúde – diria eu os militares da Saúde – portam-se como imbecis, como nesta “solução” encontrada por Eduardo Pazuello para a superlotação que está levando ao colapso os hospitais em diversos estados, é criar um “Coronatur”, transferindo pacientes entre unidades da federação, uma estratégia estúpida, ainda mais considerando a possibilidade de espalhar as variantes do vírus por toda parte.

Corrijo-me, porém, de minha própria incredulidade: não é estupidez ou, se for, é nossa, que não percebemos ou não queremos acreditar que é uma premeditação.

Mas é.




As máscaras reduzem imensamente os riscos de contaminação, assim apontam estudos

Máscaras contra coronavírus ganham detalhes divertidos na Tailândia; veja  fotos de hoje - 16/03/2020 - Imagens do Dia - Fotografia - Folha de S.Paulo


A exigência de utilização de máscaras faciais de proteção nos locais fortemente contaminados pela Covid-19 evitou milhares de infecções, aponta um novo estudo.


Pode até parecer simples, más a utilização de máscaras é de extrema importância para prevenir a contaminação e a disseminação do coronavírus e principalmente a mortal COVID-19, assim, a máscara é mais eficiente do que o distanciamento social e a pressão por ficar apenas em casa, é o que os pesquisadores disseram no estudo publicado no PNAS: The Proceedings of the National Academy de Ciências dos EUA.

O estudo notou que as quantidades de infecções diminuíram profundamente desde que as pessoas começaram a usar as máscaras de proteção desde 6 de abril no norte da Itália e 17 de abril na cidade de Nova York- que na ocasião era uma das áreas mais atacadas pela covid-19 – apontou o estudo.

“Esta medida protetora por si só reduziu significativamente o número de infecções, ou seja, em mais de 78.000 na Itália de 6 de abril a 9 de maio e mais de 66.000 na cidade de Nova York de 17 de abril a 9 de maio”, estimaram os pesquisadores.

Em Nova York, quando o uso de máscaras foi implementado, a taxa diária de novas infecções caiu para 3,00% ao dia, confirmaram os pesquisadores. No restante do país, as novas infeções diárias continuaram a se proliferar, ou seja, quanto mais as pessoas se protegerem, menor será a probabilidade de se infectar.

Haviam as precauções com o “contato direto” – distanciamento social, isolamento, quarentena e boa higienização das mãos- a maior parte das pessoas já praticavam essas regras, antes da obrigação do uso de máscaras entrarem em vigor na Itália e em Nova York. Contudo, eles apenas ajudaram a diminuir a transmissão viral por contato direto, e a cobertura da face ajuda na prevenção de transmissão aérea, confirmam os pesquisadores.

“A função única da cobertura facial para bloquear a atomização e inalação de aerossóis contendo vírus é responsável pela redução significativa das infecções”, afirmam eles. Indicando “que a transmissão aérea de COVID-19 representa a rota dominante de infecção”.

Pensando nesta proteção eficiente, o Centro para Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos pediu para que os produtores de grandes eventos que utilizem “gritos, cânticos ou cânticos para encorajar fortemente o uso de coberturas faciais de pano para diminuir o risco de propagação do coronavírus”.