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Mudanças




Denis Schaefer

Mudanças significativas estão ocorrendo no mundo, alterando nossa percepção da realidade. É hora de refletirmos sobre essas transformações e o impacto que isso deve causar em nossas vidas. Por um lado, se optarmos por fechar os olhos perante a situação, optando por nos apegarmos à volta a um estilo de vida baseado no egoísmo, preferindo pela vantagem pessoal, corremos o risco de vivenciarmos novas e piores catástrofes de todos os tipos. Por outro lado, entretanto, se escolhermos uma vida baseada no amor e respeito mútuos, com a observância da proteção ao meio ambiente, poderemos enfim viver uma nova e próspera era, de felicidade, abundância e plenitude universais.

Pestes, doenças, colapso do equilíbrio da natureza, rupturas na economia e falência nos sistemas políticos são o resultado de nossa forma de pensar e atuar sobre o mundo. Querer vantagem pessoal em detrimento de nossa saúde mental e física, retirando o máximo proveito de tudo e de todos, sem oferecer nada em troca, levou o mundo ao estágio em que nos encontramos. É o limiar de uma nova era, onde teremos que optar pela maneira que desejamos viver daqui para a frente.

O modelo de viver em sociedade é rigorosamente falido, nos termos atuais. Vivemos ainda baseados em uma forma retrógrada de crescimento econômico, que não respeita o ser humano, muito menos a natureza. Isso tem o seu preço, como estamos vendo. Pessoas doentes e poluição ambiental, a troco de algumas parcas moedas no bolso, que serão trocadas por mais objetos inúteis logo na primeira liquidação de uma rede de lojas mais próxima.

O sofrimento decorrente de mudanças pode ser penoso, até certo ponto, mas colocarmos em prática uma nova forma de viver é inevitável. Podemos nos preparar e adaptar, de forma consciente e responsável, para uma nova fase mundial. Caso queiramos insistir no velho modelo social e econômico, seremos forçados a mudar pela dor, às custas de muitas perdas materiais e até de vidas humanas. 

A escolha é nossa: queremos viver no paraíso ou continuar sofrendo com as mazelas produzidas pelas nossas intervenções estúpidas? Uma nova forma de viver é necessária e é inevitável que aconteça. Podemos fazer essa transição de maneira amorosa ou sofreremos todos as consequências de nossas escolhas. Sejamos todos, portanto, a mudança que queremos no mundo.









Mundo feito de imagens




Patricia Tavares

No mundo feito somente de imagens, ninguém consegue se ver, nem enxergar o outro.

Dificuldades à parte, o que interessa e importa é mostrar, colocar as imagens, é aparecer sem crer e nem acreditar no que vê.

Olhar, olhar e ver o mais que puder, mesmo não conseguindo enxergar nada, mesmo que a imagem não combine com o "ser".

O que importa é ficar em destaque e conseguir que muitos vejam, independente do que veem, é fundamental mostrar porque no mundo das imagens ninguém precisa enxergar nada ou entender o que vai além da Imagem, o que vai além de ver ou de se ver.

Puro deleite das faces, mil faces, dos corpos, mil corpos, dos nudes, mil nudes, mas ninguém se olha ou se interessa de verdade pelo ser humano que vê.

Há uma proibição combinada, ninguém pode interessar-se de verdade pelo outro, isso é um perigo, um risco. O combinado é superficialidade; quanto mais superficial, menos riscos, isso é o que muitos acreditam. Neste mundo existem regras: É preciso combinar que não existirá nenhum aprofundamento, porque quase ninguém está disposto a lidar com o que é real, só com irrealidade, virtual e superficial; ninguém quer lidar com falhas, frustrações, com os "nãos", muito menos com sofrimento e decepção. A maioria se contenta com superficialidade e imagem.

Um mundo “light” para quem não quer lidar com frustrações, nem com sentimentos reais; passa para outro link, outra página, outra imagem, passa rápido sem nenhuma reflexão, sem nenhum sofrimento, passa rápido para outro rosto, com camuflagem, só é preciso impressão e distância segura para pessoas vazias.

Você pode até ser de mentira, porque aqui, meu bem, ninguém está interessado em ser de verdade e muito menos ver você como realmente é. Relaxe!

Vista sua melhor roupa, ou fantasia, fale o que todos querem ouvir, não precisa revelar-se, por aqui ninguém consegue acessar interiores, nem se preocupar de verdade com os sentimentos dos outros.

Foge daqui, foge de lá, não existe preocupação com verdadeiras intenções, tudo é fugidio neste mundo só de egos e vaidades.


Sem reflexão, sem tantos sentimentos, somente momentos, rostos, corpos quase perfeitos, e se não forem... não importa, importa apenas o que se mostra.

Miragem, falta de coragem, sem nenhuma sensibilidade, somente ilusões e sensações.

Vivemos cada vez mais distantes uns dos outros, barreiras, medos, limites estranhos, receios grandes dos embates da vida comum, por isso as pessoas criam tudo para nada fugir ao controle, como se fosse possível viver uma vida perfeita, relações ideias, corpos e rostos sem marcas. Como se fosse possível congelar nas telas dos aparelhos as marcas do tempo, a passagem do tempo, a vida real. E não é possível congelar tudo, fazer tudo e todos ficarem perfeitos?

Viver automatizado, congelado, impactado por uma multidão de gente, contato, hipnotizado, o tempo todo alguém, conversa sem nexo, vazio, nada importa, só o que brota na futilidade do sentido que vai e vem.

O tempo passa e muita coisa sem nexo, sem propósito e o coração vazio sem nada e sem ninguém.

Vive-se o engodo de si mesmo, do outro e do mundo, mas vai em frente porque o show não pode parar.

Não importa o que verdadeiramente você sente, por aqui é tudo artificialidade e falta de coragem, escolha o seu personagem e busque a melhor performance e vá em frente.


 e em sua coluna no Jornal A Tribuna

Sempre podemos sonhar e colocar o nosso tijolinho na construção de um Mundo diferente, né ?!



O que nos reserva o mundo de regeneração – Espiritismo


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Morel Felipe Wilkon

Como será o mundo de regeneração?

Muito se fala a respeito do mundo de regeneração. Nós estamos vivendo em plena transição planetária. Nosso planeta está deixando de ser um mundo de provas e expiações para se tornar um mundo de regeneração.

É um novo ciclo que está se iniciando, uma nova era para o nosso planeta. É claro que, como todo ciclo natural, não há uma mudança brusca. Nós vemos, por exemplo, que as estações do ano se sucedem gradativamente. Nós estabelecemos datas para marcar o início de cada estação, mas a mudança de uma estação para outra é sempre gradativa. O mesmo acontece com os dias e as noites. Não escurece de repente. Há um período de alguns minutos em que o Sol se põe e começa a escurecer aos poucos.

Hoje nós vivemos esse período de transição. O mundo de expiações e provas está acabando e o mundo de regeneração ainda não está plenamente implantado. Por isso nós vivemos um período tão conturbado. O antigo modelo de mundo já se esgotou, não funciona mais – e ainda não foi implantado um modelo novo para substituí-lo.

Há um agravante: A enorme quantidade de espíritos que há muito tempo não reencarnavam e que estão reencarnando agora. A Terra está passando por uma limpeza profunda. Sabemos que tudo, antes de manifestar-se no plano físico, começa no astral. Milhões e milhões de espíritos estão recebendo a sua última chance de permanecer na Terra. Estão sendo resgatados das profundezas para reencarnar.

Os distúrbios que nós vemos na sociedade tendem a se agravar nos próximos anos. A banalização da violência, o total desrespeito pelo sexo, a desobediência às normas da sociedade, o consumismo desenfreado e o ódio gratuito são algumas das maneiras de esgotar o Mal que ainda está presente em nosso planeta.

Por outro lado, cada vez mais nós veremos surgir movimentos em defesa de determinados grupos de pessoas, em defesa dos animais e do planeta. Uma geração com menos preconceitos, livres de antigos tabus, livres de antigos medos, mais prática e intuitiva está surgindo.

Nós vemos instituições desmoronando. O ensino cada vez mais fraco. O desinteresse dos jovens pelos paradigmas da geração anterior. Vemos exageros nas experimentações sexuais, tanto hetero como homossexuais, e uma grande relutância em fazer algo contra a vontade.

Isso, num primeiro momento, traz muitos resultados negativos: Há cada vez mais conflitos em família e em sociedade. Mas a geração atual de jovens está preparando o tiro de misericórdia no antigo modelo de sociedade. Mesmo sem querer, eles são os instrumentos da mudança necessária. Imagine que você tem uma casa velha sobre um terreno e que construir uma casa nova sobre este mesmo terreno. Você precisará destruir a casa velha para começar a construir a casa nova. A geração atual, em sua maior parte, está encarregada de destruir a casa velha.

Como será, efetivamente, o mundo de regeneração?

A Terra continuará sendo um mundo de provas. O que não teremos mais são expiações. Estamos nos reajustando com nós mesmos e uns com os outros, antigos inimigos se encontram para sanar as desavenças – seja dentro da mesma família, seja através de obsessões: a obsessão é uma oportunidade de reajuste. Quando alguém procura atendimento espiritual para a obsessão, quase sempre é porque chegou o momento do reajuste: já há condições para desfazer os laços de ódio que ligam esses espíritos encarnados e desencarnados.

Continuaremos tendo provas. Continuaremos com nossas falhas, mas dispostos a melhorar, dispostos a fazer o bem, a nos tornar seres melhores para tornar esse mundo um mundo melhor.

Depois que esse período de transição for superado, não teremos mais os grandes problemas de desonestidade que temos hoje. Não precisaremos cercar nossas casas de muros e grades. Haverá menos leis e um maior cumprimento das leis. Teremos consciência de que somos seres imortais, e vamos viver conscientes de que essa existência é uma passagem. Será raro ver alguém totalmente desprovido de recursos. Ficaremos menos doentes e haverá cura para as doenças. Viveremos mais e melhor. O cuidado com o meio ambiente será natural por parte de todos, não precisará haver campanhas para isso.

Teremos mais poderes mentais. Assim como hoje há alguns grandes médiuns, que se comunicam com espíritos superiores, haverá comunicação com seres de outros planetas. Nossa consciência, depois disso, será expandida, compreenderemos melhor o nosso papel na Creação. Compreenderemos o que Jesus quer dizer com “amar a Deus”, pois teremos uma maior compreensão de Deus.

Não existirá o apego como nós conhecemos hoje. Ninguém sofrerá terrivelmente para adquirir bens, para acumular bens, para ajuntar tralhas e colecionar bugigangas. As relações de família vão mudar, pois haverá a consciência de que nossos papeis familiares são passageiros, só os laços de amor é que importam. O mesmo em relação aos relacionamentos conjugais: não haverá a possessividade de hoje, não será considerado errado relacionar-se com outras pessoas, desde que haja consenso e respeito: não sendo mais o sexo um fator determinante para a união dos casais, o ciúme doentio e o sentimento de posse serão superados.

Haverá a união de pessoas especificamente para ter filhos, sem a necessidade de um relacionamento conjugal entre elas. Espíritos mais elevados poderão, assim, planejar e cumprir cuidadosamente a reencarnação de grupos para missões especiais, sem a necessidade do casamento como nós o entendemos.

A maior parte das pessoas poderá trabalhar em algo que gosta, perto de sua casa, ou em sua própria casa, sem a visão deturpada de hoje de trabalhar apenas em busca do sustento.

A educação será totalmente diferente do que nós estamos acostumados. Sala de aula será um espaço para debates e experiências, sem as exigências arcaicas do ensino atual. Farão parte do currículo o que nós entendemos hoje como sendo espiritualidade: a vida do espírito e suas implicações no convívio em família, em sociedade e em relação ao universo.

Continuarão existindo problemas. Precisaremos de provas por muito tempo ainda. As provas são o estímulo necessário para que nós avancemos passo a passo. Sem provas, nós permaneceríamos estagnados. Mas teremos uma maior compreensão de que os problemas são, na verdade, oportunidades de crescimento. Contaremos com a colaboração de mais pessoas quando estivermos em grande dificuldade e seremos estimulados a superar a nós mesmos.

Nossos dois grandes defeitos, o orgulho e o egoísmo, irão nos acompanhar, ainda, por muito tempo. Mas não seremos dominados por eles, e teremos a perfeita noção de que a reencarnação é uma oportunidade de superarmos, gradativamente, essas duas características.

Em termos planetários, nós também percebemos que passamos por uma transição. Experimentamos mudanças climáticas que são o prenúncio de um planeta de condições mais amenas, com climas mais agradáveis, sem os grandes contrastes que nós conhecemos hoje. Não teremos catástrofes naturais como temos hoje.

Viveremos num mundo muito parecido com a antiga noção do paraíso terrestre. Quem viver verá!

Mas nós precisamos nos conscientizar, cada vez mais, de que nós não podemos depender dos outros. Temos que nos libertar da velha noção de que só temos que esperar, que Deus vai fazer tudo – ou então que os espíritos superiores vão fazer tudo. Não! Temos que parar de esperar tudo de mão beijada. Nós temos que fazer a nossa parte. Nós temos que nos transformar naquilo que nós queremos ser. Nós temos que colaborar para a mudança que queremos ver no mundo. Nós temos que ajudar o nosso próximo a se conscientizar das suas próprias forças, para despertar essas forças e descobrir – ou redescobrir – o prazer imenso que é estar vivo, existir – essa é a maior bênção.