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Luciana e Júlio : Duas histórias de racismo que confirmam a importância do 20 de Novembro - Dia da Consciência Negra





“ Poderia ser eu no noticiário amanhã:  Mais uma negra vítima de racismo estrutural e letalidade da polícia ”, diz biomédica em vídeo.

247 - Em vídeo divulgado nas redes sociais nesta quinta-feira (18), a pós-doutora em biomedicina Luciana Ramalho denuncia que foi presa e agredida violentamente por três policiais em Monte Alegre de Minas (MG), por discordar e filmar uma ação da polícia contra o cunhado preso na frente de casa, nesta terça-feira (16). Ambos são negros. Ramalho contou no vídeo que mesmo desarmado e sem resistir à prisão, o cunhado foi agredido pelos policiais e gritava pedindo socorro.

“Ele estava desarmado e eram três ou quatro policiais. Desculpa, eu não achei justo. Poderia ser eu no lugar dele, por isso eu gravei ele sendo levado até o camburão”, relatou ela ao 247.

A biomédica disse ter pensado que, com a gravação, os policiais ficariam intimidados e deixariam de agredir o homem. “E foi isso que aconteceu. Eles pararam de bater nele para bater em mim”, descreveu.

Luciana destacou no vídeo que publicou em sua conta no Instagram, que mesmo tendo uma carreira acadêmica e intelectual de destaque, tendo feito mestrado, doutorado e muitos cursos de especialização, ela não conseguiu sair do radar do racismo estrutural e foi vítima de violência policial. “Poucas pessoas no Brasil têm a oportunidade de fazer a caminhada que eu fiz no meio acadêmico e intelectual. E do que que isso me valeu ontem (17)? NADA! O que valeu foi a cor da minha pele.”

“Não interessava de onde eu era, de onde eu vinha, o que eu estava fazendo ali e nem o porquê. A única coisa que interessava é que eu não era bem vinda”, lamenta.

A biomédica relata que após ser detida e algemada ficou por horas dentro do camburão de uma viatura da polícia em condições insalubres. “Estava debaixo do sol sem nenhuma frestinha de ar”.

Nos momentos em que passou presa e algemada dentro da viatura, Luciana teve medo de ser morta. E não é por acaso. De acordo dados do Anuário de Segurança Pública 2020 do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), os negros foram as maiores vítimas de policiais (78,9% das 6.416 pessoas mortas por policiais no ano passado). O número de mortos por agentes de segurança aumentou em 18 das 27 unidades da federação, revelando um espraiamento da violência policial em todas as regiões do país.

“Eu só pensava nos meus filhos. Achei que ia desmaiar. A intenção deles era me matar sufocada. Mas eu pensei: hoje não. Buscava uma frestinha de ar, colocava o nariz e respirava”, reviveu.

Apesar de serem 56,3% da população brasileira, os negros são as maiores vítimas das mortes cometidas por policiais no país. Em sentido oposto, os brancos —que totalizam 42,7% da população — foram vítimas de 20,9% das mortes.

Emocionada, Ramalho lembrou no vídeo que o que deu forças para ela continuar lutando pela vida e acreditando que não seria morta no camburão da viatura foi a chegada de outras pessoas que ela conseguia ver e ouvir pela mesma fresta que usava para respirar.

No vídeo, a biomédica mostrou marcas da tortura nas costas, boca e braços, e diz que foi levada ao Instituto Médico Legal (IML) para fazer exame de corpo e delito pelos mesmos policiais que a agrediram. “Eu achei muito estranho, apesar de nunca ter passado por isso”.

Ao ser examinada, Luciana Ramalho passou por mais uma violência quando a médica de plantão tentou relativizar a sua dor e prestou um atendimento desumano: “Ela nem encostou em mim. Só me olhou e perguntou onde estava doendo e eu disse: 'o corpo inteiro está doendo'. Mas eu não queria me referir a uma dor física, é uma dor na alma. Mas sabe quando você percebe que ela ainda era parte de um sistema que não estava comprometido em me ajudar de forma alguma? De um lado estava o policial que tinha me agredido e do outro ela. Eu percebi que ali não tinha nada para me ajudar”.

Ela disse ao 247 que continuará lutando para que outras pessoas não passem o que ela passou. Ela contou ter recebido muitas ligações de pessoas de fora de Minas que desejam ajudar.

Questionada se pretende registrar uma ocorrência na corregedoria da PM-MG, demonstrou medo de represália. “Tenho dois filhos e um deles é autista, tenho medo por eles”, lamentou.

“Não recebi ameaças diretas, mas sei que tem muita gente infeliz porque eu não fiquei presa. Eu fui criminalizada, acusada, e estou sendo processada pro agressão policial”, denunciou.

Luciana Ramalho foi solta após pagar fiança. O cunhado segue preso.

Assista o vídeo no Instagram:

 






Ação racista da polícia acontece às vésperas do Dia da Consciência Negra. Os policiais inventaram diversas acusações para tentar escapar da evidência de ter sido um ato racista. Júlio Dantas, vítima da ação racista, desabafou: "Talvez o que aconteceu comigo ontem seja até algo inédito para algumas pessoas (leia brancos), mas eu afirmo com todas as palavras: para nós não!" Assista ao vídeo e leia texto de Dantas.


247Julio Dantas, fundador da página Carioquice Negra no Instagram, com mais de 180 mil seguidores, foi alvo de racismo da Polícia Civil do Rio de Janeiro na tarde desta quarta-feira (17), a três dias do Dia da Consciência Negra. Ele foi abordado e preso por policiais que alegaram que ele teria "entrado e saído rápido demais" de uma loja Renner, no centro do Rio. Depois afirmaram que teria um "volume" na camiseta. Após Dantas rebater a acusação, argumentam que poderia ter sido o vento, que "bateu e criou um volume" na roupa. Tudo foi gravado em vídeo pelo influencer e postado em sua página (assista abaixo).

No seu perfil no Instagram, Júlio Dantas protestou nesta sexta com um texto no qual afirma: "Talvez o que aconteceu comigo ontem seja até algo inédito para algumas pessoas (leia brancos), mas eu afirmo com todas palavras: para nós não!" - leia a íntegra do texto abaixo.

No vídeo, Júlio relatou a ação em tempo real: "Ele chegou até mim do nada, eu estou andando normal, saí de dentro da loja. Eu entrei na loja porque eu queria comprar alguma coisa. Eu entrei e sai muito rápido. Estou sendo abordado por dois policiais aqui no centro do Rio porque eles dizem que eu entrei e saí da loja muito rápido".

Assista ao vídeo e, a seguir, leia o texto no perfil de Dantas no Instagram:













Casal de fotógrafos captura a beleza surpreendente de crianças afro em fotos únicas



Na série “AfroArt” eles celebram a versatilidade do cabelo afro e sua beleza inata. O objetivo desta série é ilustrar a história do passado real dessas pessoas, celebrar a glória do aqui e agora e até mesmo ousar prever o futuro.



Regis e Kahran são um casal de artistas que há mais de 10 anos trabalham com centenas de crianças, famílias e marcas. Eles são obcecados por uma narrativa visual única.

Os dois se conheceram justamente por conta de sua paixão compartilhada de preservar momentos preciosos. Eles se apaixonaram perdidamente um pelo outro e, no processo, criaram algo lindo: o CreativeSoul Photography

O casal é especializado em fotografia de estilo de vida, com uma narrativa visual autêntica. O trabalho deles é único e possui uma abordagem holística.

Os fotógrafos já trabalharam na Teen Vogue, CNN, revista Glamour, Vogue Italia, Black Enterprise, BET.com, BBC News, e muito mais.

Na série “AfroArt” eles celebram a versatilidade do cabelo afro e sua beleza inata. O objetivo desta série é ilustrar a história do passado real dessas pessoas, celebrar a glória do aqui e agora e até mesmo ousar prever o futuro.

“Com esta série, pretendemos capacitar crianças de cor a abraçar seus cachos naturais e a pele em que estão. Esta série viral ganhou atenção mundial e foi apresentada na BBC News, CNN, CBS News, Teen Vogue, Glamour Brasil e mais.”, diz o site dos fotógrafos.

O trabalho incomparável desses artistas tem como resultado imagens surreais que mostram a beleza única desses jovens e crianças e suas culturas. Confira!


by CreativeSoul Photography

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Qual foi sua foto preferida? Conta pra gente!

Para saber mais sobre os artistas, acesse o site.




Jovem racista, que acusou jovem negro de roubo, foi demitido


Matheus postou foto com sua bicicleta nas redes sociais logo após a acusação; casal não identificado foi filmado por instrutor de surfe.


Casal acusa jovem negro de roubar bicicleta e ele precisa provar que veículo é seu

Ação aconteceu no Leblon, bairro da Zona Sul do Rio, e foi filmada pelo rapaz, que aguardava a namorada.

Redação Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) | 14 de Junho de 2021 


Um instrutor de surfe foi abordado por um casal no último sábado (12), no Leblon, bairro da Zona Sul do Rio de Janeiro que tem um dos metros quadrados mais caros do Brasil. Matheus Ribeiro, que é negro e morador da Maré, na Zona Norte da capital, estava com sua bicicleta elétrica e narrou nas redes sociais a tentativa do casal de incriminá-lo pelo suposto roubo do veículo.

"Na tarde de ontem, dia dos namorados, eu estava esperando minha namorada em frente ao Shopping Leblon quando, do nada, me aparecem esses dois jovens com as seguintes frases: 'Você pegou essa bicicleta ali agora, não foi?', 'É sim, essa bicicleta é minha', replicou a jovem moça".

Matheus conta que ainda mostrou fotos antigas no celular e chave para provar ao casal que a bicicleta era sua. Sem acreditar, o jovem que acusou o rapaz negro se aproximou para conferir se o cadeado da bicicleta estava aberto.

"Só consegui provar que a bicicleta é minha quando, sem minha autorização, o lindo rapaz pega o cadeado da minha bicicleta e tenta abrir. Frustrado com sua tentativa, ele diz que não me acusou. Afinal, o rapaz só estava perguntando", ironizou Matheus, no relato.

"Acabaram de roubar a bicicleta dela, é igualzinha. Desculpa, desculpa. Eu não te acusei, só estou te perguntando", respondeu o jovem que acusava Matheus. O instrutor de surfe, então, pediu ao casal para ir embora. "Vai embora, que eu não tenho nada para vocês".

"Um preto numa bike elétrica? No Leblon? 'Só podia ser, eu acabei de perder a minha, foi ele'. Eles não conseguem entender como você está ali sem ter roubado deles, não importa o quanto você prove. Ela não tem ideia de quem levou sua bicicleta, mas a primeira coisa que vem à sua cabeça é que algum neguinho levou", desabafou Matheus.

Repercussão

A postagem de Matheus teve mais de 70 mil curtidas. Vice-presidente da Comissão de Combate às Discriminações e Preconceitos de Raça Cor Etnia Religião e Procedência Nacional da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), a deputada estadual Mônica Francisco (Psol) se colocou à disposição para encaminhar uma denúncia sobre o caso.

"Racismo todo dia. Preto não pode ter bicicleta elétrica, que é criminalizado? Desculpas não são suficientes e precisamos lutar pelo fim do racismo em nossa sociedade. Podemos ter bicicleta elétricas, ser parlamentares e existir. Lutamos todos os dias pelo direito de viver e queremos respirar em uma sociedade livre do racismo e que seja de bem-viver para pretos e pretas", disse a parlamentar.




Empresa demite funcionário branco que acusou jovem negro de roubo no Leblon

Matheus Ribeiro contou que teve que provar a casal de jovens brancos que bicicleta elétrica era sua.


Redação Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) | 15 de Junho de 2021


A empresa Papel Craft, que atua no segmento de papelaria e objetos de design, informou em suas redes sociais que demitiu o funcionário Tomás Oliveira. Ele aparece em um vídeo acusando um jovem negro de ter roubado a bicicleta elétrica de sua namorada. O caso aconteceu no Leblon, Zona Sul do Rio de Janeiro, no último sábado (12).

Após anunciar nas redes uma liquidação de produtos, o post da empresa teve mais de 100 comentários de pedido de posicionamento sobre o ocorrido. Tomás era designer na marca. Alguns seguidores da página da Papel Craft pediram que a empresa contrate um profissional negro para reafirmar a luta contra o racismo.

Na última segunda-feira (14), o instrutor de surfe Matheus Ribeiro registrou boletim de ocorrência contra o casal que o acusou. Ele também restringiu o acesso ao vídeo que havia postado em sua conta no Instagram e que já tinha mais de 100 mil curtidas. Nas imagens, é possível ver Tomás pegar o cadeado das mãos do dono da bicicleta e se frustrar ao constatar que a bicicleta não é de sua namorada.

Seguidores da página da marca comentaram em post com pedido de posicionamento da empresa / Reprodução


"Um preto numa bike elétrica? No Leblon? 'Só podia ser, eu acabei de perder a minha, foi ele'. Eles não conseguem entender como vocês está ali sem ter roubado deles, não importa o quanto você prove. Ela não tem ideia de quem levou sua bicicleta, mas a primeira coisa que vem à sua cabeça é que algum neguinho levou", desabafou Matheus.

Racismo estrutural

Em sua conta no Instagram, Matheus contou que após a abordagem ainda mostrou fotos antigas no celular e chave para provar ao casal que a bicicleta era sua. Sem acreditar, o jovem que acusou o rapaz negro se aproximou para conferir se o cadeado da bicicleta estava aberto.

"Só consegui provar que a bicicleta é minha quando, sem minha autorização, o lindo rapaz pega o cadeado da minha bicicleta e tenta abrir. Frustrado com sua tentativa, ele diz que não me acusou. Afinal, o rapaz só estava perguntando", ironizou Matheus, no relato.

"Acabaram de roubar a bicicleta dela, é igualzinha. Desculpa, desculpa. Eu não te acusei, só estou te perguntando", respondeu o jovem que acusava Matheus. O instrutor de surfe, então, pediu ao casal para ir embora. "Vai embora, que eu não tenho nada para vocês".






Clique no link abaixo e veja o final desta história







As mãos que matam e a voz que os manda matar




Fernando Brito

A bárbara morte de a morte de João Alberto Silveira Freitas, espancado por seguranças do Carrefour em Porto Alegre, na véspera do Dia da Consciência Negra, que se comemora hoje, um, só mais um dos fatos reais destes tempos de estupidez em que nos mergulharam.

O violência, o espancamento, o assassinato, todos começam pela boca que vocifera. Vocifera contra os pobres, vocifera contra os negros, vocifera contra gays.

Vocifera, voz de fera, que vínhamos, por milhares de anos sempre caminhando para perder, mas que ronca no interior de muitos e volta e meia estruge pelas mãos daqueles que acabam sendo os executores brutos desta sentença genérica.

Afinal, estavam agindo ali “em nome da sociedade” e, a quem visse, pareceria, pela vítima negra, tratar-se de ladrão, e ladrão merece morrer, não é?

É o “excludente de ilicitude”, a pseudorazão para agir como não é razoável agir.

Esta é a armadilha em que as classes dominantes tentam lançar sobre nossos sentimentos e justiça e igualdade. A de que a estupidez deveria ser igual, fossemos heteros ou gays; que a pobreza deveria ser igual, fossemos brancos ou negros; que a iniquidade não existe para além de cor e sexo nas quais, sim, se expressa dramaticamente.

Os meios de comunicação, cinicamente, querem nos prender nesta arapuca – logo eles que, por décadas, praticaram o racismo e o sexismo sem qualquer pudor – como se fossem os campeões da igualdade.

O racismo e o sexismo são expressões da brutalidade e, embora seja necessário que estes grupos se organizem e se defendam, o problema da extirpar a brutalidade das relações humanas é de todos.

Morreu barbaramente um homem a socos e pisões. Basta-me isso para ser intolerável.

Ao longo da vida, participei de muitos degraus da nossa lenta subida na escala da civilidade. Com Adbias do Nascimento, com Caó, com o Coronel Carlos Magno Nazareth Cerqueira, o oficial negro posto por Brizola, em seus dois governos, a comandar a Polícia Militar do Rio de Janeiro.

Nenhum deles separou o movimento identitário da ideia de justiça social, mas como parte necessária do processo para alcançá-la.

Do contrário, iremos ficar sempre no que é indispensável, mas não suficiente: punir o racista, o homofóbico e não entender que este agente do que nós condenamos é isso, apenas o agente de uma organização da sociedade que é censitária: na cor, no sexo e no dinheiro (porque, afinal, a morte de alguém de classe média alta ou rico sempre chocará mais que a de um pobre).

Os seguranças assassinos de Porto Alegre não são os únicos que matam. A cultura da intolerância mata muito mais, ainda que pelas mãos deles.















Bruno Gagliasso enviou mensagem a Thelma, vencedora do BBB, junto com o clique emocionante dos filhos






"REPRESENTATIVIDADE IMPORTA SIM"- veja como a família de Bruno comemorou a vitória da mulher que, na tv, fez diferença na vida de seus filhos.


No último dia 28, após a vitória de Thelma, no Big Brother Brasil, o ator Bruno Gagliasso, conhecido tanto por seu trabalho como ator e modelo, como marido de Giovanna Ewbank como também como pai de Titi e Bless, enviou uma mensagem emocionante para a campeã dizendo da importância de sua vitória:

Leiam:
“Doutora Thelma Regina! @thelminhaassis talvez você já me conheça de alguma maneira, mas depois de passar 3 meses contigo na minha casa, permita-me uma apresentação mais cheia de carinho. Eu sou o pai da amiga da Manu, lembra? A menina Chissomo, também conhecida por Títi. Ela tem muita coisa parecida com você e por isso não pude deixar de te procurar pelas câmeras desde o comecinho do jogo. E de te chamar de INTACTA! (Kkk) em um jogo tão complexo e cheio de obstáculos. Como é importante essa vitória! Como ela é mais que a sua vitória! Estou falando de identidade, de representatividade, de exemplo”.
E continuou:
“Não entenda isso como um peso, mas saiba que muitos Brunos, pais e mães de muitas Chissomos, estão vibrando com as suas conquistas de toda a vida, mas também pela nossa sociedade ter te enxergado vencedora. Por conseguir se provar para você mesma, a ponto de nos iluminar… Eu sei que isso tudo é um pinguinho em um oceano de transformações que precisamos fazer, eu sei. Mas sou pai… e como pai, sou um otimista! Um entusiasta do futuro… então permita-me também te agradecer. Obrigado e muito prazer! Eu sou Bruno Gagliasso Marques, o pai da Títi. E do Bless!”.
Giovanna Ewbank, também comentou e complementou: “Que lindo amor! REPRESENTATIVIDADE IMPORTA SIM !!”













Olhos Coloridos

Os meus olhos coloridos

Me fazem refletir
Eu estou sempre na minha
E não posso mais fugir
Meu cabelo enrolado

Todos querem imitar
Eles estão baratinados
Também querem enrolar
Você ri da minha roupa

Você ri do meu cabelo
Você ri da minha pele
Você ri do meu sorriso
A verdade é que você

Tem sangue crioulo
Tem cabelo duro
Sarará crioulo
Sarará crioulo (sarará crioulo)
Sarará crioulo (sarará crioulo)
Sarará crioulo (sarará crioulo)
Sarará crioulo (sarará crioulo)
Os meus olhos coloridos

Me fazem refletir
Que eu estou sempre na minha
Ah e não posso mais fugir
Meu cabelo enrolado

Todos querem imitar
Eles estão baratinados
Também querem enrolar
Você ri da minha roupa (ri da minha roupa)

Você ri do meu cabelo (ri do meu cabelo)
Você ri da




Os valentões quebra-placas / Latuff : se fazem isso contra um cartaz, imagine contra gente de pele negra !




Os valentões quebra-placas 


Fernando Brito


No dia em que o relatório da Polícia Civil do Rio de Janeiro aponta um cabo da PM como o autor dos disparo de fuzil que matou a vida de Ágatha Félix, de oito anos, no Rio, tudo o que há de ódio e desprezo pela vida de nossos irmãos negros e humildes explodiu hoje na Câmara dos Deputados.

Um tal Coronel Tadeu, do PSL, não gostou de um dos cartazes colocados numa exposição do Dia da Consciência Negra, onde o texto com dados de um órgão governamental, o Ipea, que se referia ao morticínio de negros no Brasil por ações policiais e tinha uma ilustração do cartunista Carlos Latuff. Mandou pedir a Rodrigo Maia que o mandasse retirar.


Como não foi obedecido imediatamente, foi ele próprio arrancar da parede, bater no chão até quebrar a moldura e, diante da reação das pessoas que transitavam pela casa e alguns deputados – identifiquei Talíria Perrone, no PSOL – fugiu com um assessor a proteger-lhe.

Seu colega de partido, o cabo Daniel Silveira, é um bombadão que quebra placas em homenagem a Marielle, As patentes variam, a estupidez é igual.

Pior, porém, é a tolerância com atos deste tipo. Para usar a palavra de que tantos gostam, o vândalo destruiu propriedade e praticou um crime conhecido, na lei, como “exercício arbitrário de suas próprias razões”, claro que tudo regado ao molho odiento do racismo. 

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, com a autorização de quem se montou a exposição, está na obrigação de tomar a iniciativa de uma punição por, no mínimo, quebra do decoro parlamentar. 

Caso contrário, logo teremos o debate político travado a paus e pedras dentro do Congresso. 

Exatamente como querem as bestas humanas que se enquistaram no Legislativo e usam a imunidade com o mesmo sentido da impunidade. 











Latuff : se fazem isso contra um cartaz, imagine contra gente de pele negra !


247 - O cartunista Carlos Latuff comentou o ato de vandalismo do deputado federal Coronel Tadeu (PSL) que destruiu um desenho seu no qual denunciava a violência policial contra a população negra. 

A obra estava exposta na Câmara dos Deputados, fazendo parte de uma mostra sobre o Mês da Consciência Negra. 

" Agressão de um policial militar, que por acaso também é um parlamentar, contra uma de minhas charges exposta no Congresso Nacional e que denuncia a violência policial, nos leva a seguinte reflexão: se fazem isso contra um cartaz, imagine contra gente de carne, osso e pele negra! ", escreveu o cartunista no Twitter. 




George Marques
✔@GeorgMarques

Atenção: o deputado @CoronelTadeu destruiu há pouco a charge do @LatuffCartoons que estava exposta na Câmara e simbolizava um PM atirando em um jovem negro. Deputados estão neste momento protestando e prometem acionar Conselho de Ética para que o parlamentar seja punido




Carlos Latuff
✔@LatuffCartoons

Agressão de um policial militar, que por acaso também é um parlamentar, contra uma de minhas charges exposta no Congresso Nacional e que denuncia a violência policial, nos leva a seguinte reflexão. Se fazem isso contra um cartaz, imagine contra gente de carne, osso e pele negra!

17:02 - 19 de nov de 2019























Devemos resistir e lutar contra os retrocessos . . .




Resultado de imagem para 20 de novembro dia da consciência negra


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Gari dá aula sobre história e racismo no Brasil em vídeo e viraliza



Jr Jota teve que ser didático para explicar desigualdade racial


Kauê Vieira

Com o intuito de discutir a disparidade social entre negros e brancos no Brasil, o gari Jr Jota publicou em sua página pessoal do Facebook duas imagens. A primeira fotografia era de uma turma de médicos e o segundo de um grupo de garis do Rio de Janeiro. Como já se imagina, o registro número um com profissionais de medicina não continha um mísero negro, pois estavam todos compondo a foto dos responsáveis pela limpeza das ruas.

Ao analisar a imagem, não é difícil fazer uma associação com o racismo estruturante, certo? Pode até ser, mas não foi o caso de muitas pessoas, em sua maioria brancas, que acusaram Jota de “mimimi”. Determinado em fazer valer seu ponto de vista, o gari resolveu apagar as fotografias e fazer um vídeo explicativo.

Por aproximadamente seis minutos, Jr Jota constrói uma linha do tempo em que procura explicar as diferenças gritantes entre as duas imagens. O ponto de partida são as marcas deixadas pelo período de mais de 400 anos de escravização de negras e negros, fazendo do Brasil um dos últimos países a abolir a prática. Pelo menos oficialmente.

“Quando o negro foi solto da escravatura no Brasil, ele foi simplesmente largado”, comenta.

Durante a abolição da escravidão em 1888, muitos negros se viram impossibilitados de exercer a liberdade, isso pois não sabiam ler, nem escrever, além de continuarem sendo subalternizados pela sociedade, que intensificava o processo de embranquecimento. Naquele tempo aportaram no Brasil um grande número de imigrantes europeus para preencher os postos de trabalho. Assim, as famílias negras se viram obrigadas a migrar para as bordas das cidades, formando periferias e favelas.

Explicação esta que se resume na pergunta de Jota, “por que você acha que a maioria dos moradores de comunidades são negros? É o que sobrou pra gente.”

É com este argumento que ele volta para a fotografia dos médicos brancos e dos garis negros. Ora, em um país onde 26 em cada 100 alunos nas universidades são negros, como seria possível ter uma perspectiva diferente, ainda mais se tratando de um curso tão excludente como o de medicina?

“Então sim, não é igual. O Brasil é sim um país racista. A gente tem sim coisa pra reclamar. Se você branco não sabe, é chato passar na rua e na mesma hora a polícia te parar.”

Parafraseando Jr Jota, este é efeito borboleta do racismo. Não tem jeito, para que haja uma mudança efetiva, o primeiro passo é se reconhecer o problema. Antes de mais nada, é fundamental que os brasileiros como um todo, mas especialmente os detentores de privilégio, admitam a existência do racismo. Não existe desenvolvimento sem equidade, principalmente em um país fundado a partir da mão de obra negra.

“Tenho dito que o negro, longe de ser um problema, é parte importante da solução. O que consolida a democracia brasileira e dá sustentabilidade ao desenvolvimento aqui é a inclusão qualificada do povo negro. O Brasil do futuro depende do destino da família negra”, disse ao site da Fundação Palmares Helio Santos, presidente do Instituto Brasileiro da Diversidade.


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