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A culpa é da chuva ?



A culpa não é da chuva ! E sim dos desmatamento das encostas dos rios e 8 milhões de pessoas que precisam viver em áreas de risco !

Faltam políticas públicas para resolver o grande déficit de moradia popular. E as políticas ambientais são inexistentes deixando os desmatamentos sem controle algum.

Após 2016, o povo empobreceu ainda mais e sem poder morar em  lugares com aluguéis proibitivos para os desempregados ou os trabalhadores precarizados, portanto, constroem em áreas de risco. 

Simples assim !







A importância das florestas no ciclo hidrológico e na qualidade da água :

- TRANSPIRAÇÃO - só as árvores conseguem transferir grandes volumes de água do solo para atmosfera;

- CONDENSAÇÃO - as árvores emitem substâncias voláteis que ajudam na nucleação de nuvens.

- RIOS AÉREOS - a Floresta Amazônica leva chuvas para o centro-oeste, sudeste e sul do Brasil

- INFILTRAÇÃO - o piso florestal e raízes ajudam e elevam a capacidade de infiltração de água no solo, alimentando o lençol freático;

- PROTEÇÃO - as matas ciliares nas margens de córregos, lagos, represas e nascentes impedem a entrada de poluentes nos corpos d'água assim como evitam o assoreamento. Também fornecem alimento e abrigo para fauna.





Não preciso " desenhar " mais para comprovar quem são os culpados das tragédias hídricas, como as enchentes e desmoronamentos, que continuam a ceifar vidas no Brasil, né ?

 


Jovem indígena brasileira discursa na abertura da COP26






Ativistas da Amazônia estão na 26a Conferência das Partes sobre Mudanças Climáticas da ONU, que neste ano acontece em Glasgow, na Escócia.


Walelasoetxeige Suruí, conhecida como Txai Suruí, tem 24 anos e mora no estado de Rondônia, Brasil. É do povo Paiter Suruí e fundadora do Movimento da Juventude Indígena no estado. Txai é estudante de Direito e trabalha no departamento jurídico da Associação de Defesa Etnoambiental Kanindé, entidade considerada referência em assuntos relacionados à causa indígena.

Ela também é uma jovem representante da Guardians of the Forest - uma aliança de comunidades que protege as florestas tropicais ao redor do mundo - e conselheira da Aliança Global “Amplificando Vozes para Ação Climática Justa”. Txai também tem atuado como voluntária da organização Engajamundo, e foi representante de seu povo na Conferência do Clima da ONU - COP25, em Madri.

Txai se tornou ativista desde cedo, inspirada pelos pais - o cacique Almir Suruí e a indigenista Ivaneide Bandeira Cardozo, conhecida como Neidinha Suruí. Também atuou no movimento estudantil, como primeira reitora indígena do Centro Acadêmico de Direito da Universidade Federal de Rondônia. Ela trabalha por uma floresta em pé, pelos direitos humanos e pela justiça ambiental e social para todos. Faz parte do Conselho Deliberativo do WWF-Brasil.

Discurso de Txai Suruí na abertura da COP26:

Meu nome é Txai Suruí, eu tenho só 24, mas meu povo vive há pelo menos 6 mil anos na floresta Amazônica. Meu pai, o grande cacique Almir Suruí me ensinou que devemos ouvir as estrelas, a Lua, o vento, os animais e as árvores.

Hoje o clima está esquentando, os animais estão desaparecendo, os rios estão morrendo, nossas plantações não florescem como antes. A Terra está falando. Ela nos diz que não temos mais tempo.

Uma companheira disse: vamos continuar pensando que com pomadas e analgésicos os golpes de hoje se resolvem, embora saibamos que amanhã a ferida será maior e mais profunda?

Precisamos tomar outro caminho com mudanças corajosas e globais.
Não é 2030 ou 2050, é agora!

Enquanto vocês estão fechando os olhos para a realidade, o guardião da floresta Ari Uru-Eu-Wau-Wau, meu amigo de infância, foi assassinado por proteger a natureza.

Os povos indígenas estão na linha de frente da emergência climática, por isso devemos estar no centro das decisões que acontecem aqui. Nós temos ideias para adiar o fim do mundo.

Vamos frear as emissões de promessas mentirosas e irresponsáveis; vamos acabar com a poluição das palavras vazias, e vamos lutar por um futuro e um presente habitáveis.

É necessário sempre acreditar que o sonho é possível. Que a nossa utopia seja um futuro na Terra.

Obrigada!









Mudanças




Denis Schaefer

Mudanças significativas estão ocorrendo no mundo, alterando nossa percepção da realidade. É hora de refletirmos sobre essas transformações e o impacto que isso deve causar em nossas vidas. Por um lado, se optarmos por fechar os olhos perante a situação, optando por nos apegarmos à volta a um estilo de vida baseado no egoísmo, preferindo pela vantagem pessoal, corremos o risco de vivenciarmos novas e piores catástrofes de todos os tipos. Por outro lado, entretanto, se escolhermos uma vida baseada no amor e respeito mútuos, com a observância da proteção ao meio ambiente, poderemos enfim viver uma nova e próspera era, de felicidade, abundância e plenitude universais.

Pestes, doenças, colapso do equilíbrio da natureza, rupturas na economia e falência nos sistemas políticos são o resultado de nossa forma de pensar e atuar sobre o mundo. Querer vantagem pessoal em detrimento de nossa saúde mental e física, retirando o máximo proveito de tudo e de todos, sem oferecer nada em troca, levou o mundo ao estágio em que nos encontramos. É o limiar de uma nova era, onde teremos que optar pela maneira que desejamos viver daqui para a frente.

O modelo de viver em sociedade é rigorosamente falido, nos termos atuais. Vivemos ainda baseados em uma forma retrógrada de crescimento econômico, que não respeita o ser humano, muito menos a natureza. Isso tem o seu preço, como estamos vendo. Pessoas doentes e poluição ambiental, a troco de algumas parcas moedas no bolso, que serão trocadas por mais objetos inúteis logo na primeira liquidação de uma rede de lojas mais próxima.

O sofrimento decorrente de mudanças pode ser penoso, até certo ponto, mas colocarmos em prática uma nova forma de viver é inevitável. Podemos nos preparar e adaptar, de forma consciente e responsável, para uma nova fase mundial. Caso queiramos insistir no velho modelo social e econômico, seremos forçados a mudar pela dor, às custas de muitas perdas materiais e até de vidas humanas. 

A escolha é nossa: queremos viver no paraíso ou continuar sofrendo com as mazelas produzidas pelas nossas intervenções estúpidas? Uma nova forma de viver é necessária e é inevitável que aconteça. Podemos fazer essa transição de maneira amorosa ou sofreremos todos as consequências de nossas escolhas. Sejamos todos, portanto, a mudança que queremos no mundo.









O varredor de rua brasileiro venceu o alcoolismo e se tornou uma celebridade da reciclagem no YouTube

Como fazer Vaso sustentável feito com tampinhas de garrafas pet - YouTube

Conhecido nas redes sociais como Gari Ecológico, o trabalhador e empresário incansável tornou-se um dos maiores exemplos de reciclagem do país.


Giorggio Abrantes aproveitou o seu tempo na reabilitação para encontrar um novo hobby que se enquadre perfeitamente na sua profissão e também ajude o meio ambiente. Aproveite seu canal no YouTube para inspirar outras pessoas e ensinar tudo o que aprendeu.

Quem assiste ao canal de Giorggo Abrantes no YouTube, com mais de 100 mil seguidores e vídeos virais com mais de 2 milhões de acessos, não percebe as inúmeras dificuldades que o varredor de rua brasileiro já enfrentou. 

Foto: @giorggio_abrantes


Conhecido nas redes sociais como Gari Ecológico, o trabalhador e empresário incansável tornou-se um dos maiores exemplos de reciclagem do país, mas a virada só veio depois de encontrar o “fundo do poço”, como ele mesmo definiu em reportagem recente da TV Paraíba.

Nascido em Aparecida, no interior da Paraíba, há alguns anos o varredor de rua enfrentou uma longa e dura luta contra o alcoolismo.

No entanto, foi durante o período em que ficou internado em uma clínica de reabilitação que sua vida começou a mudar . Entre as atividades propostas pela instituição, ele acabou aprendendo sobre a reciclagem, que hoje é a responsável por essa virada , que o tornou um famoso youtuber.

Foto: @giorggio_abrantes


Assim, além de ajudar o meio ambiente, tem inspirado milhares de pessoas a ver as dificuldades como uma oportunidade.

Depois de deixar a clínica e retorno ao trabalho nas ruas de Aparecida, Giorgio , ele começou a colocar em prática seu aprendizado e começou a coletar garrafas PET e mantê -los em casa para criar vassouras, varais e até mesmo um alto-falante, como relatado ao portal Razões Para Acreditar .

Em um mundo onde o descarte de resíduos plásticos se tornou um dos maiores desafios, o trabalho do varredor é tão essencial quanto fascinante. As vassouras, assim como os postes, são muito resistentes e têm durabilidade de cerca de 3 anos. Para um varal de 15 metros, ele usa 4 garrafas que, se não fosse por ele, iriam parar nos oceanos.

Foto: @giorggio_abrantes


Mas isso não é tudo. Giorggio queria expandir sua influência e compartilhar sua paixão pela ecologia, então ele criou seu canal Ecológico Gari no YouTube, onde ensina suas técnicas para qualquer pessoa que queira aprender.

Nos vídeos, ele não apenas orienta as pessoas sobre como transformar garrafas em outros instrumentos, mas fala sobre a importância de separar bem o lixo e lavá-lo antes de jogá-lo fora. A prática é uma demonstração de respeito por aqueles profissionais que passam boa parte de suas vidas limpando nossas cidades.

Foto: @giorggio_abrantes


Com os mais vulneráveis ​​em mente, o varredor inventou uma caixa de alto-falante feita inteiramente de garrafas PET. Acessível, sustentável e eficiente, o equipamento é a prova da inteligência e criatividade deste brasileiro, que encontrou todas as suas forças na adversidade.





O coronavírus : um ataque da Terra contra nós


Dia da TerraO Sal da TerraBeto Guedes – Na Canção

Ou mudamos nossa relação para com a Terra viva e a para com a natureza ou poderemos contar com novos e mais potentes vírus que poderão dizimar milhões de vidas humanas. Nunca o nosso amor à vida, a sabedoria humana dos povos e a necessidade do cuidado foram tão urgentes.

Leonardo Boff


Até a presente data toda a preocupação face ao Covid-19 está centrada na medicina, na técnica e em todos os insumos que impedem a contaminação dos operadores da saúde. Principalmente se busca de forma urgente uma vacina eficaz. Na sociedade, o isolamento social e evitar a conglomeração de pessoas.Tudo isso é fundamental. No entanto, não podemos considerar o coronavírus como um dado isolado. Ele deve ser visto dentro do contexto que permitiu sua irrupção.

Ele veio da natureza. Ora, como bem disse o Papa Francisco em sua encíclica “sobre o cuidado da Casa Comum: ”Nunca maltratamos e ferimos nossa Casa Comum como nos dois últimos séculos”(n.53). Quem a feriu foi o processo industrialista: o socialismo real (enquanto existia) e principalmente o sistema capitalista hoje globalizado. Este é o Satã da Terra que a devasta e à leva a todo tipo de desequilíbrios.

Ele é o principal (não o único) responsável pelas várias ameaças que pairam sobre o sistema-vida e o sistema-Terra: desde o possível holocausto nuclear, o aquecimento global, a escassez de água potável até a erosão da biodiversidade. Faço minhas as palavras do conhecido geógrafo norte-americano David Harley: “O COVID-19 é a vingança da natureza por mais de quarenta anos de maus-tratos e abuso nas mãos de um extrativismo neoliberal violento e não regulamentado”.

Isabelle Stengers, química e filósofa da ciência que muito trabalhou em parceria com o Nobel Ilya Prigogine, sustenta a mesma tese que eu também sustento: ”o coronavírus seria uma intrusão da Terra-Gaia nas nossas sociedades, uma resposta ao antropoceno”.

Conhecíamos outras intrusões: a peste negra (peste bubônica) que vinda da Eurásia dizimou, ao todo, segundo estimativas, entre 75-200 milhões de pessoas. Na Europa entre 1346-1353 desfalcou a metade de sua população de 475 para 350 milhões. Ela precisou de 200 anos para se recompor. Foi a mais devastadora já conhecida na história. Notória também foi a gripe espanhola. Oriunda possivelmente dos USA entre 1918-1920, infectou 500 milhões de pessoas e levando 50 milhões à morte, inclusive o presidente eleito Rodrigues Alves em 1919.

Agora, pela primeira vez um vírus atacou o planeta inteiro, levando milhares à morte sem podermos detê-la por sua rápida propagação já que vivemos numa cultura globalizada com alto deslocamento de pessoas que viajam por todos os continentes e podem ser portadores da epidemia.

A Terra já perdeu o seu equilíbrio e está buscando um novo. E esse novo poderá significar a devastação de importantes porções da biosfera e de parte significativa da espécie humana.

Isso vai ocorrer, apenas não sabemos quando nem como, afirmam notáveis biólogos. Se vier a temida NBO (The Next Big One), o próximo grande e devastador vírus, poderá, segundo o pesquisador da USP Prof. Eduardo Massad, levar à morte cerca de 2 bilhões de pessoas, diminuindo a expectativa geral de vida de 72para 58 anos. Outros temem até o fim da espécie humana.

O fato é que já estamos dentro da sexta extinção em massa. Inauguramos segundo alguns cientistas, uma nova era geológica, a do antropoceno e sua expressão mais danosa, a do necroceno. A atividade humana (antropoceno) se revela a responsável pela produção em massa da morte (necroceno) de seres vivos.

Os diferentes centros científicos que sistematicamente acompanham o estado da Terra atestam que, de ano para ano, os principais itens que perpetuam a vida (água, solos, ar puro, sementes,fertilidade, climas e outros) estão se deteriorando dia a dia. Quando isso vai parar?

O dia da Sobrecarga da Terra (the Earth Overshoot Day) foi atingido no dia 29 de julho de 2019. Isto significa: até esta data foram consumidos todos os recursos naturais disponíveis e renováveis. Agora a Terra entrou no vermelho e no cheque especial.

Como frear esta exaustão? Se teimarmos em manter o consumo atual, especialmente o suntuoso, temos que aplicar mais violência contra a Terra forçando-a a nos dar o que já não tem ou não pode mais repor. Sua reação se expressa pelos eventos extremos, como o vendaval-bomba em Santa Catarina em fins de junho e pelos ataques dos vários tipos de vírus conhecidos: zika, chicungunya, ebola, Sars, o atual coronavírus e outros. Devemos incluir o crescimento da violência social já que Terra e Humanidade constituem uma única entidade relacional.

Ou mudamos nossa relação para com a Terra viva e a para com a natureza ou poderemos contar com novos e mais potentes vírus que poderão dizimar milhões de vidas humanas. Nunca o nosso amor à vida, a sabedoria humana dos povos e a necessidade do cuidado foram tão urgentes.











Empresa mexicana transforma semente de abacate em canudos e outros utensílios


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A situação cada vez mais alarmante da poluição causada pelo lixo plástico levou empresas e empreendedores a criarem produtos que de alguma forma poderiam fazer com com que alguns dos nossos hábitos fossem menos nocivos ao planeta. Mais e mais pessoas estão substituindo produtos plásticos por alternativas mais ecológicas.

Uma dessas alternativas foi desenvolvida por uma empresa mexicana chamada Biofase. A empresa fabrica utensílios biodegradáveis que não afetam o planeta e reduzem a poluição.




Geralmente, as sementes de abacate são consideradas resíduos e acabam no lixão, mas o engenheiro bioquímico mexicano Scott Munguia decidiu dar um segundo uso a esse material, desenvolvendo um método para transformar as sementes em canudos, garfos, colheres e facas.

Atualmente, a Biofase transforma 15 toneladas de sementes de abacate por dia em utensílios ecológicos de uso único.

Segundo a empresa, seu plástico biodegradável é capaz de se decompor em 240 dias em um ambiente adequado.Em comparação, o processo de decomposição do plástico convencional levaria 500 anos e nunca biodegradaria.




Os produtos podem ser comprados no site oficial da empresa e o preço é bastante acessível; em alguns casos, mais barato do que um similar fabricado com plástico.



Iniciativas como a desse jovem inventor mexicano nos faz pensar que, com criatividade, poderíamos reduzir drasticamente os danos ao meio ambiente causados por muitos dos nossos hábitos de consumo. Que tal plantar essa ideia?






Biólogo desenvolve sacola que cai no mar e vira comida para peixes


Resultado de imagem para Biólogo desenvolve sacola que cai no mar e vira comida para peixes O biólogo Kevin Kumala



O biólogo Kevin Kumala desenvolveu uma sacola feita de mandioca que, se jogada no mar, pode tranquilamente servir de alimento para os peixes. Tem notícia melhor?


Redação Conti Outra

Esta talvez seja a melhor notícia dos últimos tempos para aqueles que ainda se preocupam com a fauna marinha: o biólogo Kevin Kumala desenvolveu uma sacola feita de mandioca que, se jogada no mar, pode tranquilamente servir de alimento para peixes.

Kevin, que nasceu na Indonésia, criou a sacola após retornar dos Estados Unidos para o seu país e notar o impressionante acúmulo de lixo em Bali, ilha onde nasceu.

O produto criado pelo biólogo se assemelha bastante ao plástico, mas têm como matéria-prima o tubérculo, que não prejudica o meio ambiente. Com a sua sacola eco-friendly perfeitamente desenvolvida, Kevin passou a vender o produto.

No ano de 2014 ele criou a empresa Avani Eco. É através dela que Kevin vende sacolas, canudos, talheres, copos e embalagens, todos feitos com materiais sustentáveis, com tempo de decomposição de cem dias.

“ Nossos sacos de mandioca de tamanho médio podem transportar até 8 libras (3,5 kg) se transportar produtos secos ”, diz o perfil da empresa no Instagram.






De acordo com o site da empresa, ela já substituiu três toneladas de produtos não sustentáveis desde 2016.

“ Nós buscamos continuamente nos tornar uma ponte para ajudar e encorajar comunidades e negócios a produzirem iniciativas que gerem um impacto sustentável para o meio ambiente. Encorajando o uso do termo ‘responsável’ como um valor central dos três fatores chave: reduzir, reutilizar, reciclar ”, diz o site da empresa.

Estima-se que, em 2050, o mundo produzirá 33 bilhões de toneladas de plástico. O material demora 400 anos para se decompor.






Tragédias na Amazônia e na Austrália deixam uma certeza : Nossos hábitos estão destruindo o planeta



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Felipe Souza

Há pelo menos três décadas, a comunidade científica vêm tentando alertar o mundo sobre os perigos das mudanças climáticas, mas o assunto só foi virar pauta em todas as rodas de conversa no ano de 2006, quando o diretor de cinema Davis Guggenheim lançou a sua obra mais memorável, o documentário “Uma verdade inconveniente”, que tinha como principal objetivo provocar um “despertar” internacional sobre o aquecimento global. O filme fez barulho e gerou controvérsia. Parte da opinião pública o leu como um “alerta urgente” e outra parte o classificou como fatalista. Mais de treze anos depois, a opinião geral sobre as mudanças climáticas se mistura com as opiniões sobre o documentário de Guggenheim. O aquecimento global é hoje tema caro aos ambientalistas e uma pedra no sapato daqueles que não estão dispostos a mexer no status quo em nome de um bem comum. Mas será que ainda há como ignorar as mudanças climáticas depois das catástrofes ambientais assistidas nos últimos meses?

Mesmo quem vê com cinismo as questões ambientais não conseguiu fechar os olhos para os estragos inestimáveis deixados pelas queimadas na Amazônia em 2019. As chamas consumiram um vasto território, destruindo ecossistemas inteiros e colocando diversas espécies em extinção. Alguns cientistas preveem que a Floresta precisará de mais que cem anos para se recuperar; outros apontam que ela pode nunca mais ser a mesma, porque ainda que parte da sua estrutura retorne, a diversidade de espécies das árvores pode não se restabelecer. O que não se imaginava em agosto de 2019 é que, poucos meses depois, outra catástrofe ambiental sem precedentes assolaria o planeta. Na Austrália, os incêndios já atingiram mais de 6,3 milhões de hectares, vitimando fatalmente ao menos 25 pessoas e 480 milhões de animais.


Origens diferentes, mas nem tanto

No Brasil, a tragédia foi causada pela ação do homem e tem raiz em um conflito tão antigo quanto a história da civilização, a disputa por território. Interessados em desmatar e tomar posse de áreas públicas trouxeram destruição à floresta mais biodiversa do mundo. Já na Austrália, os incêndios são um fenômeno natural , ocorrendo todos os anos entre o final da primavera, no mês de novembro, e início do verão, no mês de dezembro. O problema é que, neste ano, a área devastada é indiscutivelmente maior.

O que une as duas catástrofes, para além do impacto ambiental, é uma relação de causa e efeito. Um dos facilitadores para o rápido alastre das chamas no território australiano foi as altas temperaturas, superando os 44 °C. Um recorde para a região. Registros apontam que os quatro dias mais quentes da história do país aconteceram nos últimos 15 anos, três deles só nos últimos seis. Este cenário é reflexo do tão anunciado e alardeado processo de aumento da temperatura média dos oceanos e da atmosfera da Terra, o famigerado “aquecimento global”, alvo de tantas discussões acaloradas nos últimos anos.


As mudanças climáticas têm origem nas massivas emissões de gases, que intensificam o efeito estufa e são originadas em um sem número de atividades humanas, cuja principal é o desmatamento. Desta forma, o desmate desenfreado na maior floresta tropical do mundo está intimamente ligado às altas temperaturas registradas nos últimos anos, o que por consequência ocasiona tragédias ambientais, como a ocorrida na Austrália.

Destes tristes episódios que ganham as manchetes nos últimos dias, fica um questionamento: Até quando vamos ignorar os perigos trazidos pelo aquecimento global em nome da preservação dos nossos hábitos mais nocivos? É preciso urgentemente repensar a maneira como nos alimentamos deste planeta. Caso contrário, estaremos fadados a continuar chorando inúmeras e inestimáveis perdas.






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