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Detonautas - Fica Bem


Profissionais da saúde: a batalha de quem está na linha de frente ...





Uma homenagem a todos os profissionais que estão na linha de frente do combate ao COVID-19 em todo o país. 


Letra :

Fica Bem


Ontem o mundo parou 

Não deu tempo nem pra te abraçar 

Tão de repente tudo mudou

Nada mais estava em seu lugar

Na mala não há mais bagagem

Não há destino pra seguir viagem

A noite chega eu peço pra isso tudo acabar 

O sol saiu Saudades de te ver sorrindo 

Eu gosto de te ter por perto 

Então fica bem 

Hoje sonhei com nós dois 

E os amigos na mesa de um bar

Dias incríveis que chegam depois

Essa tempestade vai passar

Em casa em sem noção do tempo 

Tem dias que eu fico louco 

A noite chega eu peço pra isso tudo acabar 

O sol saiu Saudades de te ver sorrindo

Eu gosto de te ter por perto

Então fica bem










O entregador rebelde

Greve dos entregadores: Galo lança a revolução dos entregadores de ...

Os apps de entrega lucram com a vida de jovens pobres e sem alternativas além do trabalho precarizado. É importante para os aplicativos manter esses trabalhadores conformados com as próprias condições. O entregador Paulo Lima sabe disso e, no que depender dele, ninguém vai se conformar, não.





Sempre nos quiseram de joelhos


Campina Grande Tendências Do Twitter - Top Tweets | Brazil





Fernando Brito

As cenas de homens e mulheres mandados ajoelhar nas calçadas do centro de Campina Grande (PB) para que se suspendesse a quarentena imposta ao comércio são o retrato do imenso retrocesso que o trabalho no Brasil experimenta há vários anos e que, agora, na pandemia do Covid-19, expôs-se de forma dramática.

Por vezes, com tristeza, voltam os versos de 150 anos, escritos pelo francês Eugène Pottier e que se tornariam o hino conhecido como “A Internacional ” socialista, com seu apelo à dignidade dos trabalhadores: “de pé, ó vítimas da fome”.

Sim, o trabalho é fonte de dignidade, não de humilhação dos seres humanos, como é tratado.

Ali estão as lojas, os balcões, vitrines, as mercadorias, transformados em nada se não há o trabalho para produzi-los e vendê-los.

Mas, ao mesmo tempo, de joelhos estão os trabalhadores, como bichos que pedem que sejam levados ao matadouro horrível do sufocamento da doença.

Foram precisos o horrores da Primeira e, depois, da Segunda Guerras Mundiais para que se substituíssem as práticas desumanas e cruéis que, até ali, marcavam o trabalho em fábricas, em minas, em todos os lugares onde era possível transformar em dinheiro a carne humana.

Primeiro nos países desenvolvidos, mas não apenas neles, a segunda metade do século XX marcou a elevação do direito ao trabalho decente à condição essencial de organização das sociedades. O Welfare State, o Estado do Bem-Estar Social, marcou todo o progresso, econômico e social, do mundo moderno e foi levando o trabalho semi escravo para as periferias e, mesmo aí, ao desprezo e ao repúdio de todo o mundo.

Agora, uma nova tragédia mundial serve de combustível para que a asquerosa brasa da exploração e do desprezo pela vida humana, jamais apagada, reacendo por toda a parte, dramaticamente, aqui entre nós.

Estúpidos e gananciosos, os donos da galinha dos ovos de ouro avançaram sobre o ser humano, para dizer que era dizer que era melhor algum emprego sem direitos do que direitos sem emprego.


Aí está, nas calçadas de Campina Grande, o retrato do que é isso: direito nem mesmo a continuar vivo, para que os patrões sigam em seu direito de ganhar dinheiro.

Terrível e monstruosa comprovação de que é preciso realizar outros versos de Pottier.

“Não mais direitos sem deveres, não mais deveres sem direito”.









Falando muitas verdades ... Veja !


Imagem relacionada

Trabalhadores no início do século XX. Estamos, no Brasil, retrocedendo ao 

século passado ?  Parece que sim !






Dr. Marcelo D'Ambroso, Desembargador do TRT 

da 4a. Região - Porto Alegre



Ainda bem que existem os vagabundos !



Foto: Ricardo Stuckert




Por Fernando Antinarelli, na Revista Fórum


Hoje, dia 28 de abril, vagabundos de todo o Brasil participam da greve geral em protesto contra as reformas trabalhista e previdenciária.

Ainda bem que existem vagabundos para defender os seus direitos. E, claro, os meus também. Afinal, os vagabundos tiveram papel importante na construção dos direitos em todo o mundo.

Foram vagabundos que, com as greves do início dos anos 80, forçaram os grandes empresários a apoiar a luta pela volta da democracia, pondo fim a uma ditadura de 20 anos.


Eram também vagabundos aqueles hippies que iniciaram uma revolução cultural nos anos 60 e culminaram na emancipação feminina e no respeito ao direito das minorias.

Naquela época, lá nos Estados Unidos, um pastor vagabundo liderou milhares de outros vagabundos pelo reconhecimento dos direitos dos negros e pelo fim do apartheid naquele país.

Por falar em apartheid, quem não se lembra do vagabundo que ficou preso na África do Sul por quase toda sua vida e que acabou derrubando um regime racista com suas greves e boicotes a produtos produzidos pelos brancos?

Foram também vagabundos que, no início do século XX, iniciaram uma onda de manifestações na Europa e na América pelo reconhecimento dos direitos trabalhistas e pela redução da jornada de trabalho.

Assim como as vagabundas que foram queimadas em uma fábrica norte-americana chamaram a atenção do mundo para a equiparação dos direitos femininos àqueles dos homens. Foi em um 8 de março, mais tarde reconhecido como dia internacional da mulher.

Se eu fosse lembrar de todos os vagabundos que lutaram e perderam a vida para que eu e você tivéssemos uma vida melhor, não bastaria um textão na internet. Eu precisaria escrever uma enciclopédia.

Portanto, termino com uma pequena frase: ainda bem que existem os vagabundos !


doriavaga