Mostrando postagens com marcador tristeza. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador tristeza. Mostrar todas as postagens

A gratidão e seu poder para combater a tristeza mais profunda




A gratidão é uma virtude esquecida por muitas pessoas. Esse esquecimento é aumentado à medida em que a sociedade nos força a ser mais egoístas, a dar tudo por concedido e a não valorizar o que temos. Quanto mais egoístas nos tornamos, menos capazes somos de perceber o exterior. Menos capazes somos de perceber a simplicidade e a beleza que reina no mundo.

Quando olhamos apenas para dentro, perdemos a perspectiva de vida como um todo. Nós perdemos as nuances da nossa existência. Nos esquecemos muitas vezes inclusive da nossa condição. Nos perdemos nessa dança de rotinas, de “medidas concretas para ser uma pessoa adulta”, de viver para trabalhar… e esquecemos que existimos neste mundo.

O piloto automático de última geração e aperfeiçoado com a prática controla a nossa vida e dirige os nossos passos. Nos tornamos cegos para a beleza exterior. Há muito tempo nós decidimos que não valia a pena o nosso tempo, sem nos darmos conta de que tínhamos decidido. “Não temos tempo” para chegar a este lugar, tenho que fazer isso. Tenho apenas recursos para adentrar por este labirinto que a sociedade construiu para mim.

A gratidão enriquece nosso sentido, o de nossa existência

Nos esquecemos da natureza e das lições que ela nos traz. Existimos para dar alguns passos já estabelecidos e perfeitamente organizados. Há pessoas que entram nesta espiral e não percebem. É como se tivessem desligado o botão que lhes conecta à vida (em toda a sua amplitude e profundidade).

Muitas vezes a tristeza profunda tem a ver com essa falta de gratidão para com os pequenos presentes que a vida nos oferece. Tem a ver com uma visão que tem sido revertida de fora para dentro. Um olhar que não contempla nada além de si mesmo. Por isso a dor será muito extrema, já que não podemos nos ajudar do exterior para nos salvar.

Dar algo por feito, assumir que as pessoas que estão do nosso lado irão continuar do nosso lado seja qual for o nosso comportamento… Assumir que o que nossos pais fazem por nós é porque eles são nossos pais e não os valorizar… Colocar-nos nessa perspectiva reforça esta visão em túnel.

A ingratidão atrofia os nossos sentidos e aumenta a nossa insatisfação

Quando percebemos que entramos nesta espiral de ingratidão (tão fácil de entrar e tão assumida na sociedade de hoje) podemos ter uma ideia do seu poder destrutivo. É como se fosse um furacão que destrói tudo o que encontra. A ingratidão nos faz egoístas e insensíveis para com a bondade dos demais.

Nossos sentidos se atrofiam quando nós tomamos por concedido o que temos em nossa vida sem apreciar ou agradecer. Uma vez que não olhamos tanto para o que temos como para o que nos falta, e sempre irá nos faltar alguma coisa enquanto nós olharmos para dentro e buscarmos fora. Apenas focamos no que a vida “deveria” nos dar de acordo com nossas leis de justiça. Assim, à medida que nos alimentamos desses pensamentos, aumentamos o sentimento de insatisfação que sentimos em nossas vidas.

A tristeza se torna mais leve e até mesmo desaparece quando fazemos um pequeno exercício. Consiste em agradecer por aquilo que temos e especialmente aquilo que pensamos que desfrutamos por direito. Agradecer aos bons gestos das pessoas que temos ao nosso redor e nos concentrarmos em atender às mensagens que a natureza nos envia poderiam ser dois exemplos.

A tristeza desaparece quando agradecemos pelo que a vida nos dá

Não deixe passar nem mais um dia sem alçar vôo e ver o bosque do qual você pode desfrutar, que vai além do pequeno deserto onde não têm crescido frutos. Nós não estamos falando de coisas grandes, nem mesmo de algo material. Nós falamos sobre a simplicidade que nos alimenta todos os dias de maneira silenciosa. Que nos rouba um sorriso, interessante ou bobo, mas sorriso.

Desde o calor que vai diretamente em nossos corações quando o nosso cão se alegra em nos ver… até a surpresa e emoção por ver como vai crescendo a sementinha que um dia plantamos em um vaso. A gratidão nos salva a vida. Sensibiliza nossos sentidos e nos transforma em grandes companheiros de vida. Companheiros que nos mostram a beleza e a bondade que há no mundo que nos rodeia. Se você abraça a vida tal como ela é, você abraça a gratidão. E a gratidão acalma e tranquiliza até mesmo a alma mais atormentada.








Tristeza no Natal ? Os dois aspectos dessa celebração




Sentir tristeza no Natal é cada vez mais comum, ainda mais nos tempos de crise que temos que viver. Para você, que está lendo estas linhas, gostaríamos de perguntar se você sente tristeza no Natal? Você vive essas celebração com muita alegria ou você acha que perdeu o espírito natalino?

Algumas pessoas celebram o Natal com entusiasmo, aguardando ansiosamente a chegada dessas datas especiais. No entanto, também existem pessoas que o “apagariam” do calendário e que esperam que ele passem rapidamente.

Aqueles que preferem não pensar nesses dias geralmente são pessoas que estão passando por um momento econômico ruim e não podem se dar ao luxo de fazer alarde nessas datas de consumismo. Mas aqueles mais tristes nessas datas são aqueles que perderam um ente querido. Apoiar-se na família ou nos amigos é importante para se relacionar melhor, pois isolar-se agrava ainda mais a situação.

Por outro lado, datas em que parece que é obrigatório ser feliz, sorrir e ser gentil com todos podem não inspirar muitas pessoas, pois sentem que seus sentimentos não correspondem, ou não são capazes de mudar seu estado emocional apesar da pressão social.

É importante lembrar que não temos que seguir um padrão definido de celebração, não há regra a seguir, quanto mais expectativas você cria para si mesmo, mais frustrações você sentirá e mais fácil será sentir tristeza no Natal.

Afinal, o importante não é como você decora a mesa, nem como você se veste, o contato humano é o que lhe trará a maior satisfação.

Tristeza no Natal

Cada um vive o período do Natal à sua maneira, de acordo com as suas circunstâncias. Mas existem alguns aspectos que podem influenciar, e muito, na forma como a celebração de Natal é percebida e vivida.

Inclusive, tem gente que se sente obrigada a se adaptar a um roteiro pré-estabelecido para seguir o esquema de celebração nessa data.
A superficialidade

Se você viver o Natal com superficialidade, se preocupará excessivamente com a imagem. Ou seja, quando você se encontrar com a família e amigos você vai querer se destacar, vai querer que suas roupas sejam as mais bonitas, vai se esforçar para se maquiar melhor do que nos outros dias.

Se recebe pessoas em casa, vai querer dar a melhor imagem e vai conseguir os melhores talheres que tiver, vai até comprar um novo set, para que os outros guardem uma imagem glamorosa de você.

Mas quem quer dar uma fachada perfeita não entende o que é importante, pois o seu interesse está em dar tudo para mostrar o bom gosto que se respira na sua casa. O superficial, como a palavra indica, é muito temporário, desaparece rapidamente. O que preenche a alma não é material nem luxuoso.

O lado da espiritualidade

Se você vive o Natal com espiritualidade, é normal que você queira estar mais melhor do que nos outros dias, que queira se vestir bem. Mas você não buscará se destacar ou não se importará excessivamente em causar uma boa impressão, simplesmente o fará porque a alegria de se encontrar com a família e amigos dá vontade de estar bonito.

Nem se importará excessivamente em comprar os melhores talheres, nem impressionará ninguém, simplesmente buscará desfrutar da companhia. Seu foco estará nas pessoas e não em objetos materiais ou estética. Uma pessoa pode se vestir com um vestido espetacular, colocar maquiagem para cobrir seu rosto, colocar na mesa talheres de prata… mas isso não vai deixar uma marca no coração.

“ Não existe um Natal ideal, apenas o Natal que você decide criar como reflexo dos seus valores, desejos, entes queridos e tradições.”  - Bill McKibben -

No fundo, as pessoas mais ricas são aquelas que têm boas lembranças espirituais e não aquelas que se lembram pela beleza e pelas coisas materiais. Então, se você fica triste no Natal, tente compartilhar com pessoas que preencham sua alma.









Desinfetar a tristeza




“Dois monges que voltavam ao Templo, encontraram em um rio uma mulher chorando pois ela não conseguia cruzá-lo, porque o rio havia crescido e a corrente era forte.

O mais velho dos monges, sem parar, a pegou nos braços e carregou-a para a outra margem do rio. No terceiro dia de viagem, o jovem monge, sem poder mais se conter, exclamou: “Como você pôde fazer isso, pegar uma mulher nos seus braços? Isso quebra nossas regras.

O monge respondeu com um sorriso: “É possível que eu tenha errado, mas só cruzei uma mulher que precisava de ajuda e a deixei do outro lado do rio”.

“Mas o que acontece com você, já que três dias se passaram desde o episódio e você ainda a carrega esse pensamentos nas costas?” Eu já a deixei do outro lado do rio.   (Fábula)

 

Quando um evento importante afeta nossos valores mais essenciais, tendemos a reagir com espanto.

Às vezes, uma infinidade de ações cotidianas (em casa, trabalho, amizade, família) quebram nossos afetos, nossas emoções e até nossa dignidade de forma profunda, e paralisados ou letárgicos, desmoronados ou insensíveis, encapsulamos nossos corações para não suportar mais dor. Quando consideramos que somos os destinatários de um desastre, tudo se desmorona, nossos medos aumentam, as dúvidas se acumulam e a esperança diminui.

Esquecemos as crenças e aceitamos um caos dentro de nós que nos convida a perder a confiança, e sem confiança… pouco resta. A hecatombe começa e pensamos que as pessoas ao nosso redor não são mais as mesmas. A princípio, tentamos deixar o tempo colocar nossa confusão no lugar certo, mas isso é um erro. Não há escolha a não ser começar a limpar, colocar a casa em ordem e varrer. Sacuda a poeira, livre-se do inútil mesmo que seja doloroso, fuja do inútil e não armazene mais a deterioração. Tente encontrar novos caminhos limpos e brilhantes que o afastem do caos.

Resumindo: desinfete sua tristeza. Outra alternativa é continuar em nosso caminho particular, como se nada tivesse acontecido, sem diálogo ou reflexão. Mas nossas emoções e pensamentos reprimidos irão acumular raiva e ressentimento até que outro desastre seja provocado externa ou internamente.

É absolutamente necessário salvar os móveis, recolher os detritos, fazer uma catarse de limpeza geral e nos esterilizarmos internamente. Adquirir uma dimensão saudável do nosso sofrimento e redecorar com empenho e respeito a nossa consciência e a consciência de quem nos causou desastres. Só ordenando o caos, os medos serão esquecidos, a incerteza e a desconfiança desaparecerão e as memórias não serão apagadas, mas pelo menos elas deixarão de nos machucar.




A gratidão e seu poder para combater a tristeza mais profunda




A gratidão é uma virtude esquecida por muitas pessoas. Esse esquecimento é aumentado à medida em que a sociedade nos força a ser mais egoístas, a dar tudo por concedido e a não valorizar o que temos. Quanto mais egoístas nos tornamos, menos capazes somos de perceber o exterior. Menos capazes somos de perceber a simplicidade e a beleza que reina no mundo.

Quando olhamos apenas para dentro, perdemos a perspectiva de vida como um todo. Nós perdemos as nuances da nossa existência. Nos esquecemos muitas vezes inclusive da nossa condição. Nos perdemos nessa dança de rotinas, de “medidas concretas para ser uma pessoa adulta”, de viver para trabalhar… e esquecemos que existimos neste mundo.

O piloto automático de última geração e aperfeiçoado com a prática controla a nossa vida e dirige os nossos passos. Nos tornamos cegos para a beleza exterior. Há muito tempo nós decidimos que não valia a pena o nosso tempo, sem nos darmos conta de que tínhamos decidido. “Não temos tempo” para chegar a este lugar, tenho que fazer isso. Tenho apenas recursos para adentrar por este labirinto que a sociedade construiu para mim.

A gratidão enriquece nosso sentido, o de nossa existência

Nos esquecemos da natureza e das lições que ela nos traz. Existimos para dar alguns passos já estabelecidos e perfeitamente organizados. Há pessoas que entram nesta espiral e não percebem. É como se tivessem desligado o botão que lhes conecta à vida (em toda a sua amplitude e profundidade).

Muitas vezes a tristeza profunda tem a ver com essa falta de gratidão para com os pequenos presentes que a vida nos oferece. Tem a ver com uma visão que tem sido revertida de fora para dentro. Um olhar que não contempla nada além de si mesmo. Por isso a dor será muito extrema, já que não podemos nos ajudar do exterior para nos salvar.

Dar algo por feito, assumir que as pessoas que estão do nosso lado irão continuar do nosso lado seja qual for o nosso comportamento… Assumir que o que nossos pais fazem por nós é porque eles são nossos pais e não os valorizar… Colocar-nos nessa perspectiva reforça esta visão em túnel.

A ingratidão atrofia os nossos sentidos e aumenta a nossa insatisfação

Quando percebemos que entramos nesta espiral de ingratidão (tão fácil de entrar e tão assumida na sociedade de hoje) podemos ter uma ideia do seu poder destrutivo. É como se fosse um furacão que destrói tudo o que encontra. A ingratidão nos faz egoístas e insensíveis para com a bondade dos demais.

Nossos sentidos se atrofiam quando nós tomamos por concedido o que temos em nossa vida sem apreciar ou agradecer. Uma vez que não olhamos tanto para o que temos como para o que nos falta, e sempre irá nos faltar alguma coisa enquanto nós olharmos para dentro e buscarmos fora. Apenas focamos no que a vida “deveria” nos dar de acordo com nossas leis de justiça. Assim, à medida que nos alimentamos desses pensamentos, aumentamos o sentimento de insatisfação que sentimos em nossas vidas.

A tristeza se torna mais leve e até mesmo desaparece quando fazemos um pequeno exercício. Consiste em agradecer por aquilo que temos e especialmente aquilo que pensamos que desfrutamos por direito. Agradecer aos bons gestos das pessoas que temos ao nosso redor e nos concentrarmos em atender às mensagens que a natureza nos envia poderiam ser dois exemplos.

A tristeza desaparece quando agradecemos pelo que a
 vida nos dá

Não deixe passar nem mais um dia sem alçar vôo e ver o bosque do qual você pode desfrutar, que vai além do pequeno deserto onde não têm crescido frutos. Nós não estamos falando de coisas grandes, nem mesmo de algo material. Nós falamos sobre a simplicidade que nos alimenta todos os dias de maneira silenciosa. Que nos rouba um sorriso, interessante ou bobo, mas sorriso.

Desde o calor que vai diretamente em nossos corações quando o nosso cão se alegra em nos ver… até a surpresa e emoção por ver como vai crescendo a sementinha que um dia plantamos em um vaso. A gratidão nos salva a vida. Sensibiliza nossos sentidos e nos transforma em grandes companheiros de vida. Companheiros que nos mostram a beleza e a bondade que há no mundo que nos rodeia. Se você abraça a vida tal como ela é, você abraça a gratidão. E a gratidão acalma e tranquiliza até mesmo a alma mais atormentada.




Às vezes dá uma tristeza dentro do peito



Nunca tive problemas por ser sensível, nunca me senti fraco.
A sensibilidade requer uma força absurda.


Marcel Camargo

 
Tem dias em que eu acordo com medo. Algo parece em descompasso lá fora e dentro de mim. Então eu oro. Eu me lembro de tudo de bom que já tenho por perto. Então eu agradeço. Porque eu sei que Deus estará comigo, nos dias de sol e nas tempestades que virão. Fé.

Mas não é fácil. Eu leio, reflito, compreendo os momentos da vida, mas, de repente, do nada, sinto angústia, tristeza, desesperança. Talvez muito venha desse tanto que leio e penso o tempo todo. Observo bastante a vida, as pessoas, e nem sempre acabo me deparando com cenas boas. Tem muita gente puxando tapete, jogando afeto no lixo, destilando ódio gratuito, machucando os outros sem titubear.

Meu pai sempre me dizia que eu era muito sensível e é isso. Desde criança, eu abraço a sensibilidade. Minhas lágrimas são fáceis. Deslizam por gente, por bicho, pelo sofrimento que é meu e pelo que não é. Nunca tive problemas com isso, nunca me senti fraco. A sensibilidade requer uma força absurda. Requer sair de si mesmo, entender a dor que não é sua, perceber os próprios erros. E isso não é para qualquer um.

Sempre tive bichos. A primeira morte que me doeu e avassalou foi a de meu pinscher Pimpolho. Eu tinha dez anos e me lembro de mergulhar na dor de uma maneira nada infantil. Eu ouvia música e me lembrava dele. Eu subia no quintal e me lembrava dele. E chorava. Daí meu pai trazia outro cachorrinho, sempre que um morria, de tanto que eu sofria. Desde criança, nunca fugi do sofrimento.

Isso não quer dizer que devemos buscar a tristeza, mas aceitar que ela será nossa companheira inevitável, em muitos momentos de nossa vida. O que importa é a forma como lidaremos com isso. Eu sempre deixei o sofrimento entrar, mas com tempo de estada marcado. Ele sempre teve que sair, nem que na marra. Eu não luto contra a dor, mas também não permito que ela encoste por muito tempo. E acho que isso tem me ajudado a não ser tomado pela tristeza de forma contínua.

Sempre tem alguma coisa que poderá nos ajudar a enxergar essa luz que brilha aqui dentro. Sempre tem o que e quem nos salva. Eu toco piano, leio, escrevo. Terapias. Eu tenho minha família. Amor. Eu sei o quanto eu lutei para chegar onde estou, quase inteiro. História. Tudo isso vai me reerguendo, quando vem a vida e me derruba, quando vem a angústia e me escureço. A gente precisa saber com certeza quais e quem são nossas pílulas de força e de perseverança. Quais são os motivos para que a gente continue. Isso salva.

A vida é assim, um sobe e desce contínuo, uma saraivada de golpes de dureza e de ternura. E eu sempre faço questão de sorver as lembranças ternas, as memórias afetivas, as canções, os livros, os filmes, as festas, os retornos, os abraços, as curas, a esperança, para que fiquem em mim, prontas para me ajudar a combater a dor e a tristeza, quando elas teimarem em me acompanhar. Preencher-me de amor, o máximo que puder. É assim que eu continuo.









Existem finais felizes, finais tristes e finais necessários



Resultado de imagem para vida



Muitas vezes, teremos que sair de relacionamentos, sair de casa, sair do emprego, pular fora, partir, ir embora. Ou isso ou a gente prolonga sofrimento, dor e decepção.


Marcel Camargo



A vida é feita de ciclos, de pequenas histórias que se entrecruzam, de momentos que se somam uns aos outros, de chegadas e de partidas. Como diz a canção, há um vai e um vem na estação de nossas vidas, como num trem sem parada, apressado, cheio de surpresas pelo caminho. Há o que se inicia e o que acaba. Muitos finais pontuam a nossa jornada, ou seja é preciso saber lidar com eles.

Há finais felizes. Relacionamentos de uma vida, amores recíprocos para sempre, amizade eterna, emprego dos sonhos. Finais felizes são aqueles que não acabam nunca, quando algo que nos faz bem fica junto, fica com vontade, faz morada. São aqueles que ficam na gente, mesmo quando já se tornou passado, porque o que é intenso e verdadeiro, ainda que tenha que terminar, jamais sairá de nossos corações.

Há finais tristes. Infelizmente, a vida vai nos obrigar a separações bruscas, repentinas e extremamente dolorosas. Perdemos coisas e pessoas pelo caminho, perdas cujas marcas carregaremos enquanto vivermos. A saudade então nos fará companhia, bem como a lembrança de tudo o que foi bom, roubando-nos sorrisos, acalentando nossa alma, acelerando as batidas de nossos corações, preenchendo-nos de gratidão.

Há finais necessários. Nem tudo o que a gente quer e nem todos que a gente ama vão ficar – e essa será uma das lições mais duras que aprenderemos. Muitas vezes, teremos que sair de relacionamentos, sair de casa, sair do emprego, pular fora, partir, ir embora. Ou isso ou a gente prolonga sofrimento, dor e decepção. Será difícil, mas nossa sobrevivência dependerá da atitude certa em relação à pessoa errada, por mais que isso doa. E dói pra caramba, mas passa.

Como se vê, os finais serão recorrentes em nosso caminhar, sejam bons ou não. Caberá a nós enfrentar cada um deles com coragem, com a esperança de que dali sairemos mais fortes e dali sairemos prontos para receber o que ainda nos aguarda lá na frente. Pontos finais são necessários, para que novas histórias sejam escritas, com a gente protagonizando e conduzindo a trama, fazendo parte de enredos marcantes, inesquecíveis e recheados de amor.













Caminhar na natureza aumenta a criatividade e espanta a tristeza



CAMINHAR NA NATUREZA TORNA O CÉREBRO MAIS CRIATIVO E CURA AS TRISTEZAS !



Adriana Helena


Você está se sentindo cansado, com o corpo e a alma pesada? Pois é, parece que no final do ano tudo fica mais complicado não é verdade? 

Pode ser difícil acreditar, mas caminhar, realmente, pode nos tornar mais felizes, criativos e eliminar o foco das tristezas da vida. Quem diz isso são profissionais de saúde, médicos e neurologistas. Vem comigo saber mais desta pesquisa e comece a colocar em prática desde já!

Um dos defensores desse pensamento é José Ángel Obeso, neurologista e diretor do Centro Integral de Neurociências de Madri, na Espanha. Ele trabalha em hospitais com pessoas que sofrem de depressão, e foi capaz de concluir que uma hora de caminhada por dia, principalmente em ambientes naturais, é terapêutico e aumenta a qualidade de vida.

Quando vivemos longos períodos em estados de depressão e ansiedade, somos prejudicados nos processos cognitivos, como memória, criatividade, assimilação e compreensão do mundo ao nosso redor. As caminhadas podem ajudar uma pessoa a se livrar dos efeitos negativos da depressão e ansiedade, ampliando sua visão e perspectivas.

A infelicidade causada pelo costume do “automático”Cada vez mais nossos hábitos estão automatizando nossos cérebros, o que favorece o estresse e contribui para a infelicidade. A rotina, muitas vezes entediante e sem perspectivas, coloca-nos em uma espiral de depressão e desânimo. Dessa maneira, nossos cérebros tornam-se mais preguiçosos e lentos, porque não há nada novo para despertar sua atenção, nenhum estímulo que, verdadeiramente, valha a pena. Experimentamos perdas de memória, causadas pela motivação praticamente inexistente e menos conexões neurais.




Essa realidade é muito perigosa e para nossa qualidade de vida, pois nossa rotina resume-se à mesmice, não existem novidades ou coisas que despertem sentimentos de prazer, criatividade, alegria e motivação. Tudo funciona de forma mecânica.

O Dr. José Ángel Obeso, defende que a decorrência dessa automatização dos processos cerebrais é mais frequente em grandes polos, nos quais vivem pessoas que raramente dedicam tempo as suas necessidades, e vivem em ambientes poluídos e tóxicos, com um grande nível de estresse e ansiedade.

As caminhadas como uma forma de libertação

É importante que o hábito de caminhar não seja visto como uma obrigação, mas como um compromisso pessoal de libertação. Os efeitos positivos dessa prática não são sentidos logo no primeiro dia, mas após cerca de uma semana, já se torna um hábito, e a partir daí conseguimos identificar os benefícios, segundo José Ángel Obeso.




Os benefícios principais das caminhadas são:

Eliminação das preocupações: enquanto caminhamos, nossas mentes não precisam estar focadas nos problemas ou preocupações da vida. É uma atividade tranquila e fácil de ser realizada, que nos relaxa e permite a entrada de ar puro no corpo, que nos renova. Esse relaxamento estimula o lobo frontal, parte do cérebro responsável pela criatividade e humor. Isso, aliado a liberação de endorfinas, cria a situação perfeita para a transformação corporal que nos torna mais otimistas e criativos.

Melhora do estado de espírito: Durante as caminhadas, o cortisol, hormônio de resposta ao estresse, some e leva consigo os fatores que nos causam negatividade. A partir dessa mudança, começamos a enxergar as coisas com mais entusiasmo, confiança e otimismo.




Contato com a natureza: Estamos acostumados a nos espremer em espaços fechados durante todas as nossas vidas: casas, empresas, supermercados, shoppings, e essa constante limitação pode nos sobrecarregar. No entanto, quando praticamos nossas caminhadas em espaços naturais, sentimos verdadeira liberdade e oportunidade de expansão. Por esse motivo, José Ángel Obeso, defende que devemos buscar proximidade com a natureza. A conexão com o natural é uma necessidade humana para melhoria de vida, pois proporciona absorção de oxigênio puro, novos estímulos, perspectivas e paisagens.

Faça dessa leitura uma motivação para começar a caminhar todos os dias, mesmo que por pouco tempo. Comece devagar, mas comprometa-se consigo mesmo e sua plenitude de vida!

Vá a parques, lagos, florestas, praias. Você notará uma grande mudança em sua saúde física e emocional. E se possível, nos primeiros dias, ouça uma música tranquila, relaxante, que cura os males da alma e te deixa renovado para recomeçar a viver uma vida plena e feliz... Quando já estiver se acostumando, poderá partir para uma playlist mais agitada! Venha comigo! Eu te acompanho! Linda semana!! 








Imagens do Tumblr 







Deixem-nos chorar !



Resultado de imagem para gifs triste na chuva



Susiane Canal


Não precisamos estar bem o tempo inteiro. Muito menos, fazer de conta que está tudo ok, quando estamos longe disso. 

Chorar, vez ou outra, é vital. Sentir, verdadeiramente, faz bem. Somos humanos. 

Independentemente do que esperam de nós, precisamos, sobretudo, respeitar nossos momentos.


Porque há momentos em que apenas queremos ficar calados

Precisamos sentir toda a tristeza que surge em nosso ser

Necessitamos não ser questionados, nem confrontados

Apenas respeitados.


Deixem-nos, vez ou outra, mergulhar em nossas incertezas

Decifrar as nossas desilusões

Curtir a desconstituição de algumas “verdades”

Viver o luto pela perda de sonhos…


Não podemos sufocar o turbilhão de emoções que nos habita

E que, volta e meia, entra em erupção

Precisamos contemplar esse calor todo saindo do nosso íntimo

E confirmar que as cinzas se depositarão, mansamente, às margens de nossa existência…


Precisamos chorar para extravasar, para nos libertarmos

Pela pessoa que gostaríamos de ser e talvez não estejamos sendo

Pelo que desejamos que as pessoas fossem, mas elas não são

Pelas possibilidades pedidas sem serem experimentadas

Pelos momentos de covardia, de intolerância, ou de insensatez

Pelas injustiças do mundo, e pela inconstância da vida

Para nos reconhecermos humanos, enfim…


O que será de nós se mantivermos tudo isso aprisionado?!

Se desintegrar e se reconstituir faz parte de uma vida que foi realmente vivida…


Deixem-nos, então, a sós, e em paz

Deixem-nos, vez ou outra, chorar

E deixem-nos livres para sermos nós mesmos e sentirmos, ao nosso modo, tudo o que se apresentar…



Postado em Conti Outra