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Ideias para valorizar a solidariedade e impedir que o individualismo competitivo determine nosso futuro



"Esse modelo ultraliberal, sem nenhuma mediação com o futuro do nosso planeta, sem dúvidas, provoca desarranjos nas relações intersubjetivas, estimula o pragmatismo sem limites. Prefiro estimular a solidariedade como base fundamental de organização dos humanos, com todos os seus significados", escreve João Antonio da Silva Filho.

João Antonio da Silva Filho

Não vejo a hora de poder olhar o futuro com normalidade. Na vida é assim: a negação de algo quase sempre é a afirmação de uma expectativa. E quando olhamos o nosso dia a dia de modo criterioso, notamos que os detalhes não podem ser desprezados. Pelo contrário, numa pesquisa séria e rigorosamente projetada, é a soma de detalhes que torna as conclusões mais precisas. Recomenda-se que tenhamos criteriosos olhares para nossa realidade, mesmo sabendo que tal postura exige esforços, pois, na falta de conhecimento aprofundado, nossa tendência é simplificar o complexo para facilitar o nosso viver.

No mundo atual as anormalidades têm ditado a dinâmica do convívio social. E quando se fala de anormalidades, o que salta aos olhos é a desgraça pandêmica causada pelo coronavírus. De fato, as consequências do vírus são um desafio que mobiliza energias, dinheiro e esforços concentrados de estruturas estatais, governos e sociedade. Não poderia ser diferente. Mas, para além da pandemia, outras anormalidades, quase todas por consequência da ação desarrazoada dos ambiciosos, campeiam sem freios, ameaçando o necessário equilíbrio estável nas relações humanas.

E por ser a vida o principal bem do planeta, preservá-la na sua inteireza é o desafio dos sapiens. Todavia, em seus incontroláveis desejos e no afã de impor o seu domínio, estes não conseguem, pela auto-organização, administrar suas ambições. Essa ganância desmedida embrutece as pessoas e faz da competitividade entre si um falso impulso desenvolvimentista e, com ele, amplia as chamas destrutivas da vida nesse nosso planeta azul. Não se trata aqui, de numa atitude conservadora – fazer o tempo parar. Impossível! Trata-se de estimular o equilíbrio das relações entre os humanos e destes com a natureza. Trata-se, portanto, de estimular as medidas necessárias para inibir o imediatismo ambicioso que corrói por dentro as formas horizontais e equânimes de organização das diversas comunidades políticas.

Dessa forma, importa fazer com que as atitudes do presente dialoguem com as necessidades das futuras gerações.

Reconheço na capacidade humana de transformar a natureza – e até na sua ambição – a locomotiva impulsionadora das evoluções científicas, todas historicamente: revolução agrícola, surgimento do pensamento filosófico, da revolução industrial e da evolução tecnológica, até chegar no mundo globalizado de hoje, um mundo sem fronteiras econômicas e com informação global em tempo real. Todavia, esse processo evolutivo não foi capaz de superar um gritante paradoxo: a transformação da natureza para gerar desenvolvimento e riquezas não resolveu a exclusão social, nem inibiu as ações do homem na progressiva degradação do meio ambiente. Esse é o principal motivo da ameaça à vida na Terra.

A forma de agir dos humanos: é disso que quero chamar a atenção nas conclusões deste texto. Farei isso abordando a díade solidariedade e individualismo competitivo. Entender essa contradição é uma questão fundamental para os que desejam e projetam a construção de uma sociedade mais humana e um mundo saudável. Por certo, é impossível dissociar a vida em sociedade, desenvolvimento e preservação do planeta, dos propósitos dos indivíduos e, por consequência, do seu modo de agir.

O individualismo competitivo, por exemplo, modo de agir bastante badalado pelos liberais, é estimulado com o objetivo de impulsionar o desenvolvimento econômico. É por seu intermédio que a ideia do desenvolvimento pela concorrência se concretiza. Esta visão de mundo possui algumas marcantes características:

• Está associada diretamente à ideia de acumulação de bens materiais;

• Possui como fim o estímulo ao consumo sem critério na qualidade do uso;

• O uso do bem consumido é associado ao status – títulos, marcas famosas, lugares badalados, mansões etc;

• O mérito se confunde com “esperteza”. Esperteza no sentido de ardil, malandragem – fazer tudo que estiver ao alcance para se obter algo – até ludibriar se preciso for.

• Acumular o máximo no menor tempo possível (imediatismo sem ponderação).

Como se vê, se por um lado a ambição de fato é uma força motriz na construção de riquezas, e sem dúvida alguma acaba por estimular a criatividade e até o desenvolvimento – pela sua própria natureza -, ela acaba por obstruir uma maior organização horizontal da sociedade. A livre iniciativa, por intermédio do mercado, é predadora.

Esse jeito pragmático de ver o mundo faz da igualdade do ponto de partida a justificativa das desigualdades materiais. Mas vai além, tudo sem nenhuma distinção – a vida em seu sentido amplo, a relação com a natureza, normas comportamentais subjetivas, as relações jurídicas e econômicas, a política, as organizações de Estado – ficam submetidas a esta lógica, ou seja, à lógica do individualismo competitivo.

E quando alguma voz se ergue contra esse modo de agir, logo vêm os seus defensores clamarem por “liberdade”. De que liberdade falam eles? Liberdade para acumular mais? Para fazer do dinheiro acumulado instrumento seletivo do prazer? De usar a transformação da natureza como instrumento particular de acumulação de bens?

Esse modelo ultraliberal, sem nenhuma mediação com o futuro do nosso planeta, sem dúvidas, provoca desarranjos nas relações intersubjetivas, estimula o pragmatismo sem limites e, por consequência, transforma a busca pelo prazer momentâneo em razão de subsistência.

Prefiro estimular a solidariedade como base fundamental de organização dos humanos, com todos os seus significados:

• Compromisso pelo qual as pessoas e a coletividade pactuam regras comportamentais e se obrigam umas com as outras e delas para com o todo social;

• Sentimento de empatia, fraternidade – um estender a mão aos que sofrem;

• Juntar o eu e o nós numa perspectiva do bem-estar coletivo;

• Combater qualquer tipo de discriminação – religiosa, de orientação sexual, etnias e classes sociais;

• Juntar os interesses da atual geração com os das futuras, articulando o necessário desenvolvimento econômico com todos os elementos necessários à preservação do planeta Terra;

• Estimular a cooperação humana, de modo a fazer com que a igualdade do ponto de partida não seja uma mera justificativa das desigualdades materiais;

• Valorizar a igualdade do ponto de chegada como meio eficaz de diminuir as desigualdades materiais;

• Dividir responsabilidades, sejam elas individuais ou coletivas;

• Buscar no respeito às diferenças – aquelas inerentes aos humanos – mecanismos justos de composição plural para alcançar a desejada harmonia social.

Como se vê, são duas maneiras completamente diferenciadas de encarar a organização da sociedade. No individualismo competitivo – modo neoliberal de estimular o desenvolvimento econômico – a solidariedade é confundida com caridade. A filantropia é um jeito fácil de amenizar o peso na consciência dos individualistas frente às desigualdades sociais e o seu jeito pragmático de explorar as riquezas naturais.

Já no modo solidário de conduzir as relações humanas – práticas que se identificam mais com o socialismo -, o desenvolvimento do ser humano na sua inteireza é o centro de sua prioridade.

Como a história não segue em linha reta e as narrativas construídas a partir dos fatos são importantes elementos na construção de hegemonias político/culturais, as disputas nos seu cotidiano seguem no seu curso: todo tempo é tempo de convencimento e nesse processo construtivo dialético a humanidade segue na busca do melhor caminho para diminuir suas tensões.

De uma coisa eu tenho certeza: a paz social só se alcança com a diminuição das desigualdades materiais. Solidariedade e harmonia social caminham juntas. Nada mais é expressivo desse jeito de pensar o futuro da humanidade do que o termo cunhado na atual resistência democrática brasileira: “Ninguém solta a mão de ninguém”. E o caminho é longo. Segue o jogo.

E você caro leitor, como pensa o futuro da humanidade?


João Antonio da Silva Filho Mestre em Filosofia do       Direito pela PUC-SP. Advogado.




Documentário : Despertar – Data Limite




Ton Müller


Fenômenos de aparições de discos voadores, experiências de quase-morte, paranormalidade e mediunidade, desafiam as leis da natureza e intrigam a humanidade há séculos. Cientistas e pesquisadores começam a decifrar as experiências extraordinárias de que a consciência possa ir fora do corpo físico, indo além para outras dimensões. Diferentes áreas de conhecimentos apontam para o mesmo ponto: a existência de um mundo muito além da atual compreensão humana.




O documentário Despertar – Data Limite permeia uma profunda reflexão sobre a evolução moral da humanidade, o progresso individual, a grandeza do universo, o fato de não estarmos sozinhos e os possíveis desdobramentos de um futuro próximo, aliado as previsões do médium brasileiro Chico Xavier.





Direção: Rebeca Casagrande e Fabio Medeiros 

Produção Cinemakers

Mais infos: https://cinemakers.com.br/despertar-data-limite/

Dica do amigo Marco Antonio


   Ton Müller  Criador do Site Verdade Mundial, fotógrafo por amor e profissão. Um inquieto da sociedade! Acredito que podemos mudar o pensamento das massas com a informação. Temos as ferramentas e a vontade de ver um Mundo melhor e livre.





Depois do ascenso da extrema direita o que virá ?




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Leonardo Boff

Publicado originalmente no blog de Leonardo Boff

Façamos algumas constatações: consolidou-se a aldeia global; ocupamos praticamente todo o espaço terrestre e exploramos o capital natural até os confins da matéria e da vida com a automação, robotização e inteligência artificial. Verificamos um ascenso atemorizador da extrema direita, bem expressa pelo ultra neoliberalismo radical e pelo fundamentalismo político e religioso. Estamos imersos numa angustiante crise civilizatória que ganha corpo nas várias crises (climática, alimentaria, energética, econômico-financeira, ética e espiritual). Inauguramos, segundo alguns, uma nova era geológica, o antropoceno, na qual o ser humano comparece como o Satã da Terra. Em contraposição, está surgindo uma outra era geológica, o ecoceno na qual a vida e não o crescimento ilimitado possui centralidade.

A pergunta que se coloca agora é: o que virá após o conservadorismo atroz da direita? Será mais do mesmo? Mas isso é muito muito perigoso, pois podemos ir ao encontro de um Armagedom ecológico-social pondo em risco o futuro comum da Terra e da Humanidade. Tal tragédia pode ocorrer a qualquer momento se a Inteligência Artificial Autônoma, por algoritmos ensandecidos, deslanchar uma guerra letal, sem que os seres humanos se deem conta e possam previamente impedi-la.

Estamos sem saída, rumando para um destino sem retorno? No limite, quando nos dermos conta de que poderemos desaparecer aí temos que mudar: quem sabe, a saída possível será passar do capital material para o capital humano-espiritual. Aquele tem limites e se exaure. Este último é infinito e inexaurível. Não há limites para aquilo que são seus os conteúdos: a solidariedade, a cooperação, o amor, a compaixão, o cuidado, o espírito humanitário, valores em si infinitos, pois sua realização pode crescer sem cessar. O espiritual foi parcamente vivenciado por nós. Mas o medo de desaparecer e dada a acumulação imensa de energias positivas, ele pode irromper como a grande alternativa que nos poderá salvar.

A centralidade do capital espiritual reside na vida em toda a sua diversidade, na conectividade de todos com todos e, por isso, as relações são inclusivas, no amor incondicional, na compaixão, no cuidado de nossa Casa Comum e na abertura à Transcendência.

Não significa que tenhamos que dispensar a razão instrumental e sua expressão na tecnociência. Sem elas não atenderíamos as complexas demandas humanas. Mas elas não teriam a exclusiva centralidade nem seriam mais destrutiva. Nestas, a razão instrumental-analítica constituía seu motor, no capital espiritual, a razão cordial e sensível. A partir dela organizar-se-iam a vida social e a produção. Na razão cordial se hospeda o mundo dos valores; dela se alimentam a vida espiritual a ética e os grandes sonhos e produz as obras do espírito, acima referidas.

Imaginemos o seguinte cenário: se no tempo do desaparecimento dos dinossauros, há cerca de 67 milhões de anos, houvesse um observador hipotético que se perguntasse: o que virá depois deles? Provavelmente diria: o aparecimento de espécies de dinos ainda maiores e mais vorazes. Ele estaria enganado. Sequer imaginaria que de um pequeno mamífero,nosso ancestral, vivendo na copa das árvores mais altas, alimentando-se de flores e de brotos e tremendo de medo de ser devorado por algum dinossauro mais alto, iria irromper, milhões de anos depois, algo absolutamente impensado: um ser de consciência e de inteligência – o ser humano – totalmente diferente dos dinossauros. Não foi mais do mesmo. Foi um salto qualitativo novo.

Semelhantemente cremos que agora poderá surgir um novo estado de consciência, imbuído do inexaurível capital espiritual. Agora é o mundo do ser mais que do ter, da cooperação mais do que da competição, do bem-viver-e-conviver mais do que do viver bem.

O próximo passo, então, seria descobrir o que está oculto em nós: o capital espiritual. Sob sua regência, poderemos começar a organizar a sociedade, a produção e o cotidiano. Então a economia estaria a serviço da vida e a vida penetrada pelos valores da auto-realização, da amorização e da alegria de viver.

Mas isso não ocorre automaticamente. Podemos acolher o capital espiritual ou também recusá-lo. Mas mesmo recusado, ele se oferece como uma possibilidade sempre presente a ser abrigada. O espiritual não se identifica com nenhuma religião. Ele é algo anterior, antropológico, que emerge das virtualidades de nossa profundidade arquetípica.Mas a religião pode alimentá-lo e fortalecê-lo, pois se originou dele.

Estimo que a atual crise nos abra a possibilidade de dar um centro axial ao capital espiritual. Dizem por aí que Buda, Jesus, Francisco de Assis, Gandhi, irmã Dulce e tantos outros mestres, o teriam antecipado historicamente.

Eles são os alimentadores de nosso princípio-esperança, de sairmos da crise global que nos assola. Seremos mais humanos, integrando nossas sombras, reconciliados conosco mesmos, com a Mãe Terra e com a Última Realidade.

Então seremos mais plenamente nós mesmos, entrelaçados por redes de relações ternas e fraternas com todos os seres e entre todos nós, co-iguais.





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Tripé da Sustentabilidade


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