Não tem antiácido que cure palavras e ofensas indigestas




Prof. Marcel Camargo

Não é fácil envelhecer, mas é muito bom amadurecer. A idade retira colágeno de nosso organismo, mas injeta sabedoria em nossas veias. A gente vai ficando mais forte, mais paciente, menos bobo, menos trouxa. As pessoas vão perdendo o poder de nos ferir, porque os tombos da vida formam uma casca emocional na gente, capaz de filtrar com mais eficiência o que deve ficar ou não dentro da gente.

A maturidade faz a gente se olhar com mais carinho, faz a gente tentar entender como somos e os motivos que nos levam a agir de um ou de outro jeito. Costumamos ser muito exigentes com nós mesmos e isso nos faz acumular muita culpa, muito remorso, muito peso. Amadurecer alivia isso tudo, porque a gente se perdoa mais, a gente se gosta mais, a gente se liberta do que os outros dizem ou pensam. E isso é muito bom.

Com o tempo, a gente começa a dar mais valor a coisas frugais, simples. Passamos a enxergar pessoas que nem víamos antes. Temos mais memórias acumuladas, uma lista de saudades, cicatrizes e marcas fundas, por fora e por dentro. Temos a certeza de que nada se controla, nada é uma certeza além do agora. O tempo junto a quem amamos passa a ter um valor imenso, porque a ideia de finitude fica mais próxima. A gente quer mesmo é aproveitar o que e quem nos fazem bem.

E a gente para de engolir palavras, sentimentos, desejos, vontades. A gente se afasta cada vez mais daquele lugar inseguro e massacrante do medo infundado das opiniões alheias. Nosso ouvido fica mais seletivo, nosso coração também. Protegemos mais o nosso coração daquilo que possa machucá-lo e nossa habilidade do descarte fica apurada. Descartar tudo o que incomoda, na vida e aqui dentro, fica mais fácil, mais precioso, sem culpa alguma. Queremos mais é nos livrar de tudo o que emperra nosso caminhar.

Quando a gente passa mal por comer muito, tem sempre algum remédio para nos curar. Porém, quando engolimos palavras e ofensas, não há antiácido que dê jeito. Eu já sofri demais por situações pequenas e por pessoas dispensáveis. Hoje, eu observo exatamente como cada um me faz sentir. Eu já não tenho medo de perder pessoas, tenho medo é de perder tempo.




Lula emociona : Linda e emocionante propaganda política !


 


 


Diário, eu não vi o JN todo ao vivo ontem, porque uma parte coincidiu com a minha live. Mas até o meu operador de câmera tava vendo o Cara no celular.

O chato é que, logo que acabou a live, eu disse: “Já bota aí naquele canal”. E deixaram isso ir pro ar, Diário! Tá lá na live, pode olhar!

Pô, quem é o editor daquela porcaria? Tinha que ter cortado a frase.

E, olha, a entrevista no JN foi fogo, Diário.

O Bonner começou falando sobre corrupção. Pensei que o Cara ia se borrar de medo, mas ele deu uma risadinha que queria dizer “Foi pra essa pergunta eu estudei, professora”, e saiu matando a Lava-Jato. Matando, pisando e jogando areia em cima.

A verdade, Diário, é que o Cara é um craque.

Tentaram fazer ele falar mal da Dilma, mas ele defendeu a mulher e depois disse que ele era ele e ela era ela.

Tentaram fazer ele falar mal do MST, mas o cara contou o trabalho que os emessetistas fazem com a agricultura orgânica.

Tentaram jogar o Cara contra o agronegócio e ele fez piadinha com o Blairo Magi.

O Cara falou de picanha, cervejinha e futebol, e assim agradou os homens.

Falou que ia renegociar a dívida das mães de família, e assim agradou as mulheres.

Citou Paulo Freire, e assim agradou os professores.

Falou um monte de vezes no Alckmin, e assim agradou os moderados.

Criticou China e Cuba, e assim agradou os anticomunistas.

Falou que hoje o Brasil tá com os mesmos números que tinha em 2002, quando ele pegou o Brasil e deu um jeito. E assim agradou os esperançosos.

O pior de tudo é que ele me chamou de “Bobo da corte” e isso virou trending topic no Twitter. É o novo “tchutchuca do centrão”.

Que raiva!

Que raiva...

Olha, Diário, até o Merval Pereira disse que o Cara foi bem. Sabe o que isso quer dizer? Sabe? Que ele arrasou...

Depois dessa entrevista, quem tava indeciso se decidiu.

Quem ia anular o voto, anulou a anulação.

Quem ia votar em branco, trocou pelo vermelho.

A Tebet, que já ia votar nele no segundo turno, vai votar no primeiro.

E o Ciro, em vez de ir pra Paris, vai pra São Bernardo.

Ferrou, Diário, ferrou...

PS: Lula mentiu! O MST não é o maior produtor de arroz orgânico do Brasil. É da América Latina. Isso o Bonner não contestou, pô!




Diário, ontem foi o dia da minha entrevista no JN.

Eu fiz o que todo assaltante, político ou marido tem que fazer quando é pego no pulo: insisti na mentira (“não fui eu”, “não foi assim”, “não é batom, é tinta”).

Aliás, no tocante a mentiras, disseram que eu falei uma a cada três minutos.

Por exemplo, eu disse que nunca xinguei um ministro do STF. Aí lembraram que eu chamei o Xandão de “canalha”, mas respondi que tinha sido só um. Ainda bem que esqueceram que eu também chamei o Xandão de “otário” e o Barroso de “imbecil”, “idiota” e “fdp”.

Também menti sobre as urnas, falando que o inquérito de 2018 ainda tava vendo se teve ou não fraude. Mas o inquérito já disse que o hacker que entrou no sistema não comprometeu a integridade da votação.

Falei que fui rapidão na compra de vacinas, só que, até o final de 2020, mais de 50 países já tinham começado a vacinação e o Brasil... babau.

Na verdade, só começou em 17 de janeiro por causa do Doriana, mas eu não vou levantar a bola do defunto.

Disse que em 2014 e 2015 o Brasil perdeu 3 milhões de empregos, mas foram 877 mil. Exagerar não é mentir, pô!

Disse que concluí a transposição do rio São Francisco e que a coisa estava parada desde 2012, mas, quando eu assumi, já tinha 92,5% da obra encerrada, e até o Temer inaugurou um trecho.

Disse que dei o auxílio de R$ 600, mas não falei que queríamos dar só R$ 200.

Uma mentira bem caprichada foi a de que o oxigênio chegou em Manaus em 48 horas. Na verdade, demorou 96 e só chegou o suficiente pra um dia. Depois veio um carregamento da Venezuela (maldito oxigênio comunista!). E demorou mais uns dias até chegar o suficiente. Mas aí já tinha morrido um monte de gente sem ar.

Aliás, eu disse que não imitei doentes, mas a cena tá na internet pra todo mundo ver.

Também falei que, no meu tempo, o Centrão não se chamava Centrão, mas o termo surgiu na Constituinte de 1988.

Disse que o pix foi invenção do meu governo, mas ele começou a ser feito em 2018.

Enfim, Diário, acho que não ganhei nem perdi voto ontem (tanto que a coisa mais comentada foi a cola na minha mão). Quem acreditava em mim, continuou acreditando. Quem não acreditava, continuou desacreditando. Na casa do adversário, um empate já tá bom.








Bolsonarismo é massacrado nas redes após entrevista, aponta cientista de dados

 


 


Para ler clique no link abaixo :

Todas as mentiras de Bolsonaro no Jornal Nacional

 







Smile - Melodia composta por Charles Chaplin



Michael Jackson - Smile  Melodia composta por Chaplin. Letra por John Turner e Geoffrey Parsons




Nat King Cole 



Nat King Cole 


Michael Bolton 



E no Brasil . . . 21/08/2022

 


Diário, a minha esperança é Deus. Quer dizer, Deus, não. Um poder acima dele: os pastores. Só os malafaias, macedos, santiagos, sônias e maltas é que podem me salvar de não perder no primeiro turno.

Tem uns evangélicos progressistas que não dão a menor bola pra mim. Mas os que seguem esses megapastores são mais fáceis de convencer. Com um discurso do bispo na orelha e umas feiquenius no celular, o cara cai na minha conversa fácil, fácil.

É esse eleitor que tá me salvando. Ele não se importa muito que mais de 30 milhões tão passando fome, que morreram quase 700 mil de covid, que a inflação passou de 10%, que o mercado de trabalho está precário do que nunca, etc... Ele quer é um governo que seja contra gays, demônios e comunistas.

Por isso, enquanto o Outro fala de livro, eu falo da Bíblia. Enquanto o Outro fala de trabalho, eu falo de Deus. Enquanto o Outro fala de saúde, eu falo de milagre.

Eu sei que o governo não tem nada a ver com Bíblia, Deus e milagre, mas e daí? É o que temos pra hoje, pô!

E vou te contar, Diário: não sou só eu que estou atrás do voto das ovelhas. Nessa eleição, 902 candidatos que colocaram as palavras “pastor”, “irmão” ou “bispo” na frente do nome. Tem mais santo na urna eletrônica que na Capela Cistite.

Por isso, toda noite eu rezo uma oração chamada Pastor Nosso. Eu que inventei. Ela é assim:

Pastor nosso que estais no púlpito,
santificada seja vossa conta bancária
e venha a nós o vosso eleitor
assim no primeiro como no segundo turno.
O voto para esta eleição nos dai hoje
que nós lhe entregaremos o MEC
assim como perdoaremos
os seus impostos e taxas.
E não nos deixeis ficar sem imunidade parlamentar,
mas livrai-nos da cadeia,
Amém.













A inspiradora lenda do menino e da estrela do mar




Há muitos estudos nos quais se tentou estabelecer qual é o traço comum aos grandes homens e mulheres que inspiraram a humanidade. Tudo parece indicar que a virtude mais decisiva é a perseverança. Muitas das grandes conquistas são uma lição inspiradora de tenacidade e luta contra a adversidade.

A perseverança é uma virtude complexa, quase um dom. Quando é autêntica, alimenta a tenacidade e a vontade diante das dificuldades e dos obstáculos. Para manter essa vontade de ferro diante da adversidade, é preciso saber o que você quer, para onde quer ir e por quê. Normalmente, isso é resultado de um processo de reflexão e formação de caráter.

” A arte de superar grandes dificuldades é estudada e adquirida com o hábito de enfrentar as pequenas “.

Engana-se quem pensa que grandes feitos tomam forma desde o início. Em geral, tudo começa com uma pequena semente que é regada, se espalha e chega a um ponto em que toma seu próprio caminho de crescimento. Precisamente a lenda do menino e da estrela do mar explica, de forma simples, do que se trata tudo isso.

Uma lenda inspiradora e realista

Era uma vez um homem que morava perto da praia. Todos os dias ele acordava e a primeira coisa que fazia era dar um passeio na areia. Um dia ele ficou muito surpreso com o que encontrou em seu passeio matinal. Havia centenas de estrelas do mar espalhadas por toda a costa. Foi muito estranho. Talvez o mau tempo ou os ventos de novembro tenham sido os responsáveis por esse fenômeno.

O homem lamentou a situação. Ele sabia que a estrela do mar não podia viver mais de cinco minutos fora da água. Todas estas criaturas logo estariam mortas, ou estavam já mortas quando ele passou por lá. “Que triste !”, pensou. No entanto, nenhuma ideia inspiradora veio à sua mente.

Avançando um pouco, ele viu um menino correndo de um lado para o outro na areia. Ele parecia abalado e suado. “O que você está fazendo?” o homem perguntou. “ Estou devolvendo as estrelas ao mar ”, respondeu o menino, que parecia cansado.

O homem pensou por um momento. O que o menino estava fazendo parecia absurdo para ele. Ele não resistiu à vontade de dizer o que pensava. “ O que você faz é inútil. Eu andei um longo caminho e há milhares de estrelas. Não faz sentido o que você faz ”, ressaltou. O menino, que tinha uma estrela do mar nas mãos, respondeu: “Ah, com certeza faz sentido para esta aqui!”



Pequenas ações, grandes feitos

A inspiradora lenda do menino e da estrela do mar nos mostra o valor das pequenas ações. Às vezes deixamos de ver o valor de atos modestos. Isso acontece porque não estamos orientando nosso comportamento para valores, mas para resultados. É como se víssemos o mundo em termos de quantidade e tamanho, mas não em termos de significado e essência.

Todo grande feito começa com pequenos atos. De fato, os começos costumam ser difíceis, assim que quem não aprende a dar sentido a uma flor dificilmente encontrará sentido à natureza.

Da mesma forma, quem ignora o valor de um pequeno sacrifício dificilmente construirá um senso de esforço. O caráter geralmente é fortalecido a partir de pequenas restrições, de disciplinas discretas. O primeiro grande obstáculo aos grandes sonhos são os pequenos cepticismos dos que o rodeiam. Dar sentido ao pequeno é uma maneira inspiradora de viver.

A perseverança é, acima de tudo, descendente de valores. É preciso muita convicção para resistir às dificuldades e contratempos que estão sempre presentes quando você estabelece uma meta digna. O pior é que muitas vezes nos deixamos invadir por um pensamento totalitário. É aquele que lhe diz que se não há “tudo”, então não há “nada”. Por sua vez, esse esquema mental é um veneno para a motivação.

Se você vincular seus grandes sonhos e aspirações aos valores humanos, será muito mais fácil encontrar a força necessária para seguir em frente. Em vez disso, se você se concentrar apenas nos resultados imediatos, é provável que a frustração assuma o controle. As grandes catedrais são construídas pedra por pedra. A inspiradora lenda do menino e da estrela do mar nos diz que o pequeno faz sentido, e certamente vale a pena aprender a ver as coisas dessa maneira.






Quem ainda vota em Bolsonaro ?





Os fascistas votam, certamente. Eles são a base política do governo. Pensam como ele e nunca se sentiram tão à vontade no governo como agora. Desde os tempos dos Integralistas na era Vargas. Mas como eles não gostam de eleições fica a dúvida se podemos considera-los suporte do voto bolsonarista. Mas também lembro agora que são mentirosos, falsos, fazem de tudo para conseguir o que querem, sem moral, sem pudor.

Depois deles vêm os preconceituosos, os racistas, os elitistas, os espertalhões, os violentos, muitos do agronegócio, outros tantos do mercado financeiro, alguns banqueiros, outros industriais, algumas mulheres, alguns evangélicos, muitos eu diria e um bando de gente que não gosta do próximo, não quer pensar nem viver num país para muitos. O sonho deles é um país onde a maioria se mate de trabalhar e eles fiquem no bem bom ainda fazendo proselitismo de progressista.

Essa gente certamente prefere o Bolsonaro. Também preferem aqueles que não querem pensar muito, que não se metem em política, que olham para o próprio nariz achando que ali se abre um enorme horizonte. Entre os que votam coloco também muitos militares, no bom e no mau sentido, se é que existe algum bom sentido em votar no Bolsonaro. Mas talvez um certo espírito de corporação, ainda um medo do progresso, das transformações e da desmistificação da farda. O problema não é a farada e sim o mau uso dela.

Tenho até uma certa dúvida se os conservadores, monarquistas, reacionários, todos fecham com o Bolsonaro. Ele não preza pela inteligência e alguns desses que citei têm veleidades intelectuais. Também não votam no Lula. Ficam ali entre a Simone Tebet e o sonho eterno do Fernando Henrique. Mas FHC não está mais no páreo e a época da política “per bene” acabou. O povo está na rua passando fome, pedindo transformações. Não dá para resolver a questão nas salas de aula da Sorbonne. Até podemos usar o que aprendemos lá, mas na prática temos que ser realistas e ter coragem política para votar bem e ajudar a mudar este país.

Essa é a escolha de quem vota à esquerda. Sem medo de ser feliz. Tratar o país como um ser em eterna transformação e não estagnado para favorecer que vive desta paralisia progressiva.

Chega disso. O país não saiu do lugar. Pelo contrário, retrocedeu a ponto de aumentar a violência, os assassinatos, a roubalheira, a falsidade, o cinismo, a politicagem, a grilagem, e tudo aquilo que o desenvolvimento havia abolido.

É fácil identificar olhando em volta hoje quem tem pinta de votar no Bolsonaro. Faça uma experiência sem colocar sua vida em riso, é claro. Certamente você vai encontrar o grupo mais complicado desses eleitores do homem. Aqueles que votaram em branco ou nulo. Essa é a fatia importante. E nesses eleitores que colocamos nossa esperança de transformação. Não há voto em branco que não possa escolher alguém, nem voto nulo que não possa ser útil.






 

Diário do Bolso . . . 07/08/2022



Diário, tem uma carta aí contra mim. O nome da bagaça é “Carta às brasileiras e aos brasileiros em defesa do Estado Democrático de Direito”.

É coisa da Faculdade de Direito da USP. Tem que mudar o nome dela pra Faculdade de Direita da USP. Aí, sim!

O treco foi lançado terça-feira. Na mesma noite já tinha 30 mil assinaturas. Ontem à tarde chegou a 70 mil e agora de manhã já eram 165 mil.

Agora me diz, Diário, como vai caber tanta assinatura numa carta? Só se ela for escrita num rolo papel higiênico, pô!

Eu não li o negócio, porque é cheio de letra amontoada, mas me mandaram um pedaço pelo twitter que diz assim: “Estamos passando por momento de imenso perigo para a normalidade democrática, risco às instituições da República e insinuações de desacato ao resultado das eleições.”

E tão mesmo! Mas é só todo mundo votar em mim que isso passa.

O link da tal carta é esse: https://direito.usp.br/.../3f8d6ff58f38-carta-as.... Mas eu espero que ninguém mais assine essa porcaria.



Querendo assinar a carta clique no link abaixo :

785.702 Adesões




  

Giovanna Ewbank e Taís Araujo choram ao falar sobre racismo e Titi tem atitude comovente




Taís alertou Giovanna antes do ataque racista sofrido por Titi e Bless: 'Nos emocionamos ao falar dos nossos filhos. Tudo isso sem saber que, uma semana depois, o racismo nos atingiria de frente'.

Na última terça-feira (2), foi ao ar mais um episódio do videocast “Quem Pode, Pod”, apresentado por Giovanna Ewbank e Fernanda Paes Leme; desta vez trazendo como convidada a atriz Taís Araújo. O programa foi gravado antes de Titi e Bless, filhos de Giovanna e de Bruno Gagliasso, serem vítimas de ataques racistas em Portugal, no último sábado (30/7).

Durante a conversa, Ewbank destacou como a relação com a atriz tem sido importante para ela desde que se tornou mãe de Titi e Bless. As duas não conseguiram conter a emoção e foram às lágrimas aofalarem sobre racismo.

Giovanna contou que recebeu um telefonema de Taís logo que Titi chegou ao Brasil:

“Você me falou sobre a sua escola, que você estudou numa escola particular e que você sempre viu, na sua escola, mulheres pretas em posição de servir. E me falou: ‘Só te peço para que você tenha essa visão na hora de escolher a escola da sua filha, e eu estou aqui para te ajudar, para o que você precisar.”

“E isso, para mim, foi de uma importância, porque você me deu um parâmetro que eu não tinha. E você foi muito incrível. Essa frase me pegou muito! De fato, os filhos nos transformam, dão propósito e o propósito da minha vida hoje é mudar esse mundo para que o mundo para eles seja melhor. Quero te agradecer. Você é um p#* exemplo para mim e para os meus filhos”, disse Giovanna.

Muito emocionada, Taís Araújo falou sobre sua preocupação: “Fiquei pensando muito assim: o que é que vai ser da vida de uma menina negra, africana, criada por dois brancos, loiros, de olhos azuis em que o mundo só está a serviço deles?”

De repente, Titi apareceu de surpresa e arrancou lágrimas de todos. Deu um forte abraço na mãe, que chorou muito, e um beijo em Taís numa bela demonstração de amor.

“A infância de uma criança negra é muito dura nesse país, e de uma criança negra com uma situação financeira como a deles sobretudo, porque ela vai ter muitos privilégios, muitos acessos, mas, ao mesmo tempo, é de uma solidão imensa…”, completou Taís.