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Estamos mais intolerantes ?



Diferenças políticas, sociais, raciais e econômicas são as principais causas de um mundo cada vez mais dividido por conflitos e polarizações. É o que mostra uma pesquisa feita com 19.500 pessoas em 27 nações, inclusive no Brasil. A polarização é um fenômeno mundial, entre os entrevistados, 76% disseram que seus países estão divididos. Em primeiro lugar, aparece a Sérvia. Em seguida vêm Argentina, Chile e Peru. O Brasil está em sétimo lugar, empatado com Estados Unidos, Polônia e Espanha; 84% dos brasileiros veem um racha no país.

No geral, a percepção é que o mundo está mais dividido do que dez anos atrás; 62% dos brasileiros pensam assim do país. No Brasil, apenas 10% dos entrevistados disseram que confiam nos outros. Só 29% acham que os brasileiros são tolerantes com pessoas de culturas ou de pontos de vista diferentes. Apenas uma minoria disse que o convívio com pessoas diferentes gera compreensão e respeito. A pesquisa é de 2018, mas de lá para cá pouca coisa mudou, a tendência, inclusive, é que tenha piorado.

O Dia da Compreensão Mundial é comemorado em 17 de setembro e tem o objetivo de conscientizar as pessoas sobre uma das principais características que a humanidade deve ter para que haja o máximo de paz no planeta: a compreensão. A psicóloga Eleuza Gonçalves Ferreira (CRP 09/4503), que atende no centro clínico do Órion Complex, explica que essa habilidade pode ser tanto intrínseca da pessoa quanto adquirida. “Nossa personalidade é nosso repertório comportamental, como a gente age com o meio, como interagimos, aliado à nossa história de vida e familiar. Porém, compreender é uma habilidade que podemos aprender, adquirir desde a infância, como, por exemplo, quando entendemos que é preciso dividir as coisas com o irmão”, detalha.

A especialista detalha ainda que também na infância a intolerância pode aparecer. “Quando o que a criança está sentindo não é validado, como quando ela está triste e se diz que não pode ficar triste, ela pode entender que não pode ser frustrada, que tem de estar feliz o tempo todo e que está sempre certa. Isso vai tornando a pessoa intolerante, pois passa a não compreender o outro”, revela Eleuza. “A gente vai aprendendo a ser intolerante nas nossas relações. E temos também o reforço social, as pessoas com quem eu convivo normalmente pensam da mesma forma que eu e isso vai me dando força, a força do grupo, a identidade social e eu vou ficando mais intolerante às pessoas que pensam diferente de mim”, completa.

Psicóloga Eleuza Gonçalves Ferreira

Porém, a psicóloga afirma que existe um ponto físico sobre ser intolerante. “As características que podem ser adquiridas também podem estar relacionadas às questões cerebrais. No cérebro temos as funções executivas, que determinam nossa capacidade de planejamento, organização, regulação emocional. Se eu tenho alguma dificuldade em relação a isso, eu vou ser uma pessoa com menos flexibilidade cognitiva, quando eu sou menos inflexível eu posso ser menos tolerante”, explica.

Mundo virtual

No dia a dia é possível ver muitas discussões nas redes sociais, que se tornaram palco para muitos casos de intolerância. “A internet é uma ferramenta de comunicação, algumas pessoas se sentem mais à vontade de expor as suas opiniões nas redes sociais por não ter um contato direto com a outra pessoa. Então o mundo virtual pode atrapalhar um pouco o relacionamento entre as pessoas, mas a gente não pode ver as redes sociais somente como vilões, quem não consegue ser tolerante é que a usa de maneira equivocada”, salienta Eleuza Gonçalves.

“Eu posso ter todas as redes sociais possíveis e continuar sendo eu mesma, é a minha característica pessoal, meu repertório comportamental, minha história de vida que vai fazer com que eu seja ou não mais intolerante. Se eu estou em um ambiente em que isso favorece, é reforçado por outras pessoas daquele grupo, da minha rede social, eu me torno mais confiante para eu ser intolerante, porque isso é reforçado socialmente”, completa a psicóloga sobre a falta de compreensão de muitas pessoas no mundo virtual.

Para este Dia da Compreensão Mundial, a psicóloga destaca que é possível desenvolver a característica. “Estudar pontos de vista diferentes, ver situações nas quais existem outras pessoas fazendo diferente, um treino de habilidades sociais. Eu tenho direito de falar não, de expor minha opinião, de recusar pedidos, mas preciso entender que esses direitos não podem ultrapassar o direito do outro. E quando o outro vir falar comigo, entender que ele também tem os mesmos direitos que eu, então isso me torna um pouco mais compreensivo. Empatia é ter habilidade de se colocar no lugar do outro, como o outro vai sentir se eu me comportar dessa maneira? Como que eu me sentiria se outra pessoa fizesse comigo isso que eu estou fazendo? Então eu posso trabalhar para ser mais empático”, afirma.

Se esses pontos foram tentados e não se obteve sucesso é a hora de procurar ajuda especializada para ser menos intolerante. “Quando eu não consigo resolver sozinho, eu tentei ser mais simpático e não consegui, tentei me colocar no lugar do outro e não consegui, então nesse momento eu vou procurar ajuda. Pode ser um psiquiatra ou psicólogo, mas normalmente o trabalho é realizado em conjunto, porque potencializa”, orienta. Segundo a profissional, pessoas com dificuldade de flexibilização ou de compreender podem ter depressão. “Quando se está em estado de ansiedade muito elevado ou depressão, normalmente a gente fica com o estopim mais curto, mais vulnerável a situações, mais intolerante. Quando a gente está estressada, a gente se irrita mais com facilidade. Eu preciso procurar ajuda para lidar com essas questões emocionais, falta de autocontrole”, revela Eleuza Gonçalves.








Feliz Ano Novo em 3 textos !






Meu mais singelo desejo de Feliz Ano Novo

Que este novo ano seja, sobretudo, um ano tranquilo. Como as águas do rio sereno que desaguam no infinito dos mares, assim seja a caminhada em busca do sucesso. Sem pressa de chegar e com coragem para encarar os muitos desafios que virão.

De todas as coisas, desejo que haja paz de espírito, paz no coração, em cada decisão. Que a paz reine em cada canto que pisarem os nossos pés. Abaixem as armas. Levantem a bandeira do amor; que estende a mão, que acolhe, que une vidas, que não se contamina com o ódio e com a maldade.

Que não nos falte amor. Amor para aceitar, respeitar e discordar, pois é um direito. Amor para aconselhar, amor para abraçar, amor para corrigir. Amor para amar quem nos odeia e para aceitar as críticas. E por falar em amar: que o verbo se torne prática diária. Menos declarações públicas que aparentam ser o que não é, menos telefonemas desligados na cara, menos orgulho, menos brigas, menos partidas.

Que o sujeito de tantos predicados no Facebook, seja também elogiado na vida real, entre amigos, no trabalho, no lar. Mais demonstrações com atitude, mais encontros, mais risadas e sorrisos bobos, mais chegadas e reconciliações.

Que as amizades sejam verdadeiras e que saibamos reconhecê-las. Que não nos deixemos ser influenciados pelos maus costumes, mas que o nosso pensamento maduro, o nosso falar com sabedoria, o nosso andar em retidão e o nosso agir com integridade influencie todos ao nosso redor.

Que não nos falte fé, esperança, saúde, força, disposição, respeito, solidariedade, compaixão, e desejo de sermos pessoas melhores para nós mesmos e para os outros. Que tenhamos maturidade para deixar "as coisas velhas" para trás, esquecer o que é passado, aprender com os erros e não mais cometê-los. Que saibamos tomar as decisões certas nas diversas áreas e momentos da nossa vida. Na escola, na faculdade, no trabalho, no relacionamento, no voto, nos investimentos.

Que possamos entender o nosso papel como cidadãos. Seja no simples ato de guardar o lixo no bolso até encontrar uma lixeira, ou no importante compromisso que temos de eleger uma autoridade. Por fim, que sejamos gratos em tudo, inclusive nas perdas, sejam elas de um ente, de uma "amizade" desfeita ou de bens materiais.

Lembre-se: o que tem um coração grato, encontrou a felicidade e o prazer de simplesmente estar vivo; o que aprendeu a ser feliz no pouco, é, na verdade, dono da maior riqueza, que é invisível aos olhos humanos. Fortunas não compram, e ladrões não podem roubar.

Um feliz ano novo, cheio de realizações e bençãos incontáveis a todos !






Feliz Ano Novo !

O grande barato da vida é olhar para trás e sentir orgulho da sua história.

O grande lance é viver cada momento como se a receita da felicidade fosse o AQUI e o AGORA.

Claro que a vida prega peças. É lógico que, por vezes, o pneu fura, chove demais... mas, pensa só: tem graça viver sem rir de gargalhar pelo menos uma vez ao dia?

Tem sentido ficar chateado durante o dia todo por causa de uma discussão na ida pro trabalho? Quero viver bem.

Este foi um ano cheio.

Foi cheio de coisas boas, mas também cheio de problemas, perdas e desilusões.

Normal.

Às vezes se espera demais das pessoas.

Normal.

A grana que não veio, o amigo que decepcionou, o amor que acabou.

Muda o século, o milênio muda, mas o homem é cheio de imperfeições, a natureza tem sua personalidade que nem sempre é a que a gente deseja, mas e aí? Fazer o quê? Acabar com seu dia? Com seu bom humor? Com sua esperança?

O que eu desejo para todos nós é sabedoria!

E que todos saibamos transformar tudo em uma boa experiência!

Que todos consigamos perdoar o desconhecido, o mal educado.

O nosso desejo não se realizou? Beleza, não tava na hora, não deveria ser a melhor coisa pra esse momento (me lembro sempre de um lance que eu adoro: CUIDADO COM SEUS DESEJOS, ELES PODEM SE TORNAR REALIDADE).

Chorar de dor, de solidão, de tristeza, faz parte do ser humano.

Não adianta lutar contra isso. Mas se a gente se entende e permite olhar o outro e o mundo com generosidade, as coisas ficam diferentes.

Desejo para todo mundo esse olhar especial.

O NOVO ANO pode ser um ano especial, muito legal, se entendermos nossas fragilidades e egoísmos e dermos a volta nisso. Somos fracos, mas podemos melhorar. Somos egoístas, mas podemos entender o outro.

O NOVO ANO pode ser o bicho, o máximo, maravilhoso, lindo, espetacular ... ou ...

Pode ser puro orgulho! Depende de mim, de você! Pode ser. E que seja!

Feliz olhar novo!

Que a virada do ano não seja somente uma data, mas um momento para repensarmos tudo o que fizemos e que desejamos, afinal sonhos e desejos podem se tornar realidade somente se fizermos jus e acreditarmos neles !

Um ano novo cheio de mudanças, saúde e paz !






Conversas ao anoitecer que nos fazem pensar e refletir em um novo ano que se inicia. Diálogos que remetem a diversas lembranças de cada etapa, momento, emoções que foram vividos. Prosas que se iniciam de modo tão simples, mas que agem em nosso interior com grande proporção.

“Qual a última música que você pretende ouvir este ano”?

Aquela pergunta ficava evacuando em minha mente e em cada instante vivido. Cada vez que fechei meus olhos e deixei as canções espalharem em minha alma e estas se tornaram trilhas sonoras de cada circunstância. E esta pergunta conduziu a tantas outras em minha mente.

Qual seria sua última ação antes de um novo ano começar?

Quem abraçaria ou iria beijar nos últimos instantes? Quais seriam as últimas palavras? Mensagens que iria enviar? Para quem seriam?

Quais medos você iria deixar para trás? E as decepções? Quais seriam essenciais para começar o novo ano com características diferentes?

Temos 365 dias a cada ano, 365 oportunidades de fazer nossa vida melhor. De permitirmos ser mais felizes.

Todos os dias há uma nova oportunidade de mudar-nos, nos transformar e permitir amadurecer com cada dificuldade que vai surgindo. E o que nos causou um dia lágrimas, preocupações, medos, raiva acaba desaparecendo de forma mágica de nosso ser e vai fortalecendo, nos amadurecendo e possibilitando reerguer com mais facilidade dia-a-dia.

Mas há um dia dentre todos estes ao ano que acaba sendo essencial para mudarmos. Para acreditarmos na mudança. Dia 31 de dezembro.

O dia que consideramos crer de modo único. Talvez um dos dias que mais sentimos a fé se espalhar a cada contagem regressiva e em todos os fogos de artifício.

Acreditamos que tudo será diferente e se depender de nós, na maioria das vezes, poderá ser realmente. Fazemos nossas listinhas de cada ano e consumimos as 12 uvas como manda a tradição. Um pedido a cada mês e ao consumi-los, fechamos nossos olhos e acreditamos. Simplesmente acreditamos.

E sabe o que é melhor? Guardar a listinha do ano que termina e nos últimos dias ver quantos pedidos conseguimos realizar. E isso só aumenta a fé que o ano novo será mais uma vez especial.

Ao passar o ano, deixamos todos os momentos difíceis para trás, cada energia negativa e pensamentos ruins, junto com as notas das músicas tocadas ao fundo da sala e que irão se espalhar, unir e se transformar em luzes que deixarão os fogos de artifício mais bonitos para serem vistas das janelas, varandas ou do mar.

Que possamos sempre renovar em cada ano e fazer cada dia se tornar o melhor de nossas vidas.

Que possamos curtir mais a última música, o último abraço, os beijos. Que possamos escutar mais cada palavra ou ler cada mensagem e absorver cada uma delas em nossos corações. Que possamos sempre curtir os últimos minutos, segundos que os momentos proporcionam. 

Afinal, nunca sabemos o que o próximo ano nos reservará. Quem irá partir, quem irá se aproximar. Mas que sempre haja fé e a possibilidade de acreditar.



 



O maior conselho para a humanidade – Chico Xavier


Os Primeiros discípulos de Jesus - Diário Espiritual


Escute o conselho que nosso amado Chico mais gostaria de dizer para a humanidade:

“ Se eu fosse alguém, se eu tivesse influência, se eu pudesse realizar alguma coisa em benefício da comunidade, e se eu tivesse a menor autoridade para fazer isto, eu apenas repetiria, para mim mesmo e para todos os nossos irmãos em humanidade, de todas as terras e de todos os idiomas, aquelas palavras de nosso Senhor Jesus Cristo: Amai-vos uns aos outros como eu vos amei.
Porque amor é o esquecimento de si mesmo, porque amor, nada pedindo para si. O “Amai-vos uns aos outros” foi superado pelo “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei”.
Amar alguém ou alguma causa, sem pedir nada, sem esperar o pagamento, nem mesmo da compreensão da inteligência do próximo, então, é trabalhar pela humanidade mais feliz, por um mundo melhor, pela extinção das guerras, e pelo incentivo do progresso em bases morais, convenientes para que nós todos estejamos no melhor lugar possível, que possamos ocupar no campo da vida humana, servindo ao pai, ao criador, a nosso Senhor Jesus Cristo e a todos os princípios Cristãos, como Ele, e aos princípios mais nobres de outras religiões, para que com respeito mútuo possamos vencer todas as barreiras e amar como o amor deve ser consagrado entre nós, isto é, amor sem recompensa, porque todo amor que é possessivo, infelizmente, ainda é um amor de grande parentesco com o amor dos animais.”

Assista ao vídeo:


Agentes da paz ( Israel e Palestina )





Anabela Pucynski


Moro em Israel há 34 anos. Longos quando penso nas inúmeras vezes em que fui perguntada porque abandonei o Brasil, e o que motivou minha vida para cá. Tenho respostas que foram mudando, ao correr dos anos. No cerne da questão, a única certeza é de queria uma mudança em minha vida.

Fui atraída por Israel, porque gostaria de rever o pais que houvera conhecido, somente por dois meses. Apesar de ter uma formação judia, não tenho apego a nenhuma religião, sou fundamentalmente contra a luta por ocupação de terras, e nem justifico o sacrifício de inocentes.

Costumo dizer que sou uma pessoa privilegiada. Gosto do pluralismo, das diferenças que, a meu ver, se completam. De que meu primeiro grande amigo, em Israel, tenha sido um palestino. De que tenha tido como companheiras de classe duas árabes cristãs, com as quais dividi experiencias e incertezas profissionais. De que eu, inicie, em pouco tempo, um trabalho com uma ONG que agrega jovens israelenses e palestinos. De que meu mais novo aluno seja árabe e compartilhe comigo sentimentos de rejeição por parte de seus colegas.

Meu privilégio vem do fato de que colho os frutos certos pelo caminho. Em que sei que um diálogo franco ,e sem rótulos, me ajuda a colocar uma pequena pedra na construção de um mundo que não divida, mas que seja apenas parte de uma casa que abrigue a todos. O lugar do ódio é para aqueles que se outorgam desafiar a grandeza da vida, no seu presente.

A mim cabe celebrar o fortuna das diferenças, no belo em que consiste o aprender de não se estar só. A paz só virá dos que se concentrem em ações positivas, sejam na crítica ou no pragmatismo a seus feitos. Um brinde aos muitos que permeiam a mesma vontade e decisão. Aos agentes da paz, sem nome, que construirão o futuro.

De Israel, Shabbat Shalom. Sejamos corajosos em nossa escolha para o bom, não importando as vozes retaliadoras que se interponham pelo caminho.


Anabela Pucynski   ANABELA PUCYNSKI

Blogueira e escreve sobre cultura, temas sociais e política brasileira e israelense




Postado em Brasil247 em 02/02/2018