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Não posso calar !

 


Desculpem, mas não posso calar diante do que estamos vendo no país.

Enquanto os bolsominions fora da casinha, em um Brasil paralelo, fazem palhaçadas nas ruas pela volta da DITADURA MILITAR, tem milhões de pessoas morando na rua e com fome.

O Presidente Lula foi eleito para mudar o CAOS criado pelo "mito". Vocês PERDERAM ! 

Agora aceitem a DEMOCRACIA e voltem para casa !

Em 2018, quando nós perdemos, mesmo sabendo todas as barbaridades que viriam com um governo de extrema direita, aceitamos o resultado das urnas e ficamos em casa esperando pela próxima vez de colocar nosso voto.

Voltem para casa, pois quem não ajuda para melhorar o país, está atrapalhando aqueles que querem e merecem um Brasil com SOBERANIA, DESENVOLVIMENTO, EMPREGO, SALÁRIO, IGUADADE SOCIAL, EDUCAÇÃO, SAÚDE E SEM FOME.

( Rosa Maria Fristsch Feijó - Editora deste Blog ) 

 

Um homem justo


"Eu conheço um homem que por sua vida, por seu exemplo e pelo cuidado de seu povo, tornou-se efetivamente um justo entre as nações", escreve Leonardo Boff.

(Publicado no site A Terra é Redonda)

Conheço um homem. Há mais de 40 anos. De onde ele veio? Veio da senzala existencial. É um nordestino, desdenhado pela elite do atraso que possui em seu DNA um covarde desprezo pelos pobres. É um filho da pobreza. Um sobrevivente da fome. Um pau de arara que, saído do agreste de pernambucano, foi radicar-se com a mãe e os irmãos na periferia de São Paulo.

Toda a numerosa família vivia num puxadinho de um bar. Mas havia uma mãe que cumpria todas as funções de pai, de mãe, de educadora, de conselheira e de exemplo, dona Lindu. Soube educar toda a prole. A este homem lhe inculcou na cabeça e no coração: Nunca desista. Nunca roube. Nunca minta.

Esse imperativo ético marcou toda sua vida. Quando menino, trabalhando num pequeno mercado, morria de desejo de roubar um chiclete americano. Não havia o nacional. Mas quando estendia a mão, lembrava de dona Lundu: Não roubou o chiclete como sempre se conteve.

Conheço um homem, este homem. Por um bom tempo foi totalmente despolitizado. O que lhe interessava era o futebol e o time de estimação, o Corinthians. Conseguiu fazer um curso de metalúgico. Aprendeu por experiência, sem nada conhecer de Marx, o que era a plusvalia. No começo, com a pouca experiência inicial, produziu tal e tal produto. Foi melhorando a ponto de, com mais destreza e rapidez, produzir mais e mais do mesmo produto. Mas o salário continuava o mesmo. Para quem ia o lucro do excedente de sua produção? Não para ele mas para o patrão. Nisso reside a mais-valia e o mecanismo de acumulação do empresário.

Despertou para a injustiça feita aos trabalhadores. Tornou-se líder sindical. Enfrentou a ditadura militar. Foi preso. Solto, liberou a águia que escondia dentro de si. Emergiu seu carisma de líder. Sabia com honestidade negociar com os patrões na lógica do ganha-ganha.

E pensou: os poderosos governaram por todo o tempo de nossa história. Governaram só para eles. Nunca nos incluíram. Éramos carvão a ser queimado na produção de suas fábricas. Por que nós, trabalhadores que somos maioria, não podemos também governar o nosso país e governar até melhor, para todos, a começar pelos mais explorados e marginalizados?

Foi então que junto com outros fundou o Partido dos Trabalhadores (PT). Candidatou-se para governador e para presidente do país. Perdeu. Mas nunca renunciou ao impulso interior, inspirado por sua mãe: nuca desista. Insistia em suas intervenções: devemos permitir que todos possam comer pelo menos três vezes ao dia, ter sua casinha com luz elétrica, poder se educar e mandar seus filhos e filhas para escolas de qualidade. Ter alegria de viver e de conviver.

E quis o mistério de todas as coisas, que ele, do andar debaixo, da marginalização e da exclusão chegasse ao poder central do país. Pela primeira vez em nossa história, um condenado da Terra, organizou, como presidente, uma política em que todos ganharam, inclusive os endinheirados, mas sobretudo aqueles que há dezenas de anos estavam no mapa da fome. Não se ouviam mais os gritos caninos das crianças puxando a saia de suas mães, pedindo comida que lhes faltava. Milhões foram incluídos na sociedade, milhares de pobres e de afrodescendentes, mediante cotas, puderam frequentar os cursos superiores. Indígenas, quilombolas, mulheres e outros de outra opção sexual encontraram nele compreensão e defesa. Mais que matar a fome, devolveu-lhes dignidade humana.

Alguém se levanta, não sem certa arrogância e anuncia: “Deus me escolheu para salvar o país; está inscrito até no meu nome Messias”. O outro apenas diz: “Agradeço a Deus por ter permitido que eu chegasse até aqui e poder dar comida a milhões de pessoas”. Os discursos possuem tons diferentes: um coloca a ênfases num alegado chamamento divino, independente de seu esforço. O outro, lutou e se esforçou para cumprir esse propósito. E agradece a Deus, depois de muita luta e incansáveis sacrifícios.

O mundo a tudo acompanhou. Como presidente, os chefes de estado disputavam ouvir suas experiências e conselhos. Emergiu como uma das maiores lideranças mundiais. Convidado a apoiar a guerra contra o Iraque, respondeu sabiamente: minha guerra não é contra um povo, é contra a fome e a miséria de milhões do meu país e da humanidade.

Tudo o que é sadio pode ficar doente. Setores de seus governos foram acometidos pela doença da corrupção. Foram denunciados e punidos. Mas jamais se provou que este homem tirou algum proveito pessoal da corrupção em razão de sua condição de presidente.

Se há algo que o irrita profundamente é quando o chamam de ladrão. Onde está sua mansão? Onde estão suas contas bancárias no Brasil, no exterior ou em algum paraíso fiscal? Alguém pode apontá-lo sem mentir? Como candidato, sua vida foi vasculhada nos mínimos detalhes. Nada se encontrou. Nem um apartamento, no qual nunca morou, nem um sítio de um amigo que nunca lhe pertenceu. Vive num apartamento como qualquer cidadão que ocupou o cargo que ocupou, bom, mas modesto.

Conheço e testemunho a transparência, a honestidade e a inteireza deste homem. Disse-me algumas vezes: você que fala a numerosos auditórios diga, em meu nome: jamais dei cinquenta centavos a alguém, jamais recebi cinquenta centavos de alguém. Nunca me apropriei de nada de ninguém. E se esse acusador continua a afirmar que sou ladrão, diga que é mentiroso. E se persistir a afirmá-lo, desafie-o a ir à justiça, mostrar as provas para o acusar de ladrão. Confirma, se fui pessoalmente ladrão, aceitarei o rigor da lei. Devolverei em dobro tudo o que falsamente teria roubado. Quero ser preso.

Conheço um homem que suportou todo tipo de calúnia, de difamação e de humilhação. Sua esposa morreu de tristeza. Seu neto faleceu precocemente e lhe criaram mil dificuldades para se despedir de seu ente querido. Quando partiu desse mundo o irmão mais velho que o tinha como pai, levaram-no para um curto velório, cercado de soldados armados como se conduzissem um perigoso celerado.

Invadiram sua casa sem prévio aviso. Vasculharam tudo, os colchões e levaram até os brinquedos dos netos até hoje não devolvidos. Por fim, um juiz reconhecido pela Suprema Corte (STF) como parcial e em razão disso, posteriormente os processos movidos contra ele, foram invalidados. O juiz corrupto e parcial o condenou ”por um crime indeterminado” coisa que não se encontra em nenhum código penal, nem do ancestral de Hamurabi, alguns milênios antes de nossa era. Por 580 dias foi mantido preso sob rigorosa vigilância. Podia ter resistido ou se refugiado em alguma embaixada. Não. Ficou junto de seu povo. Na prisão revisou sua vida, os acertos e equívocos de seu governo, estudou em profundidade os aspectos principais de nosso país e da geopolítica mundial. Espiritualizou-se e saiu cheio de humanismo, de esperança e de determinação de trabalhar especialmente pelos pobres.

Mas sua prisão teve uma consequência perversa: abriu caminho para presidente a uma figura sinistra, inimiga da vida e de seu povo, movida pela pulsão de morte e de ódio. Seu negacionismo e sua total ausência de empatia permitiu, impassível, a morte de pelo menos de 300 mil pessoas pelo coronavírus.

Veio a eleição. Seu adversário que excele em ignorância, brutalidade e com uma mente assassina usou todos os meios possíveis e impossíveis para derrotá-lo, desde a corrupção de um bilionário orçamento secreto até todo o aparelho de Estado, dentro do qual funcionava “o gabinete do ódio”. Este difundia mentiras, fake news, calúnias e obscenidades contra ele. Até o aparato policial do Estado foi acionado em favor de sua candidatura. Tudo em vão.

Venceu a sensatez contra a irracionalidade, a verdade contra a mentira, o amor contra o ódio. Ele foi proclamado presidente do país. Foi reconhecido pelas mais altas autoridades do país, do mundo, desde Xi Jinping, Joe Biden e Vladimir Putin. Mesmo sem ser empossado já foi convidado para a COP27 no Egito para discutir o novo regime climático e para Davos, onde os senhores das fortunas se reúnem para ouvir seu tipo de economia, já que a presente está agônica.

Conheço este homem, carismático, cordial, incapaz de ter ódio no coração e pronto a dialogar com todos. De sua boa ouvimos e de seu exemplo aprendemos que importa sempre defender a democracia, dar centralidade aos pobres, defender a Amazônia contra a voracidade do capital selvagem e buscar um mundo que seja bom para todos e que será. Como disse um presidente: “O mundo tem saudades deste homem”.

Ele merece a maior comenda que a tradição bíblico-judaica dá a um benemérito cidadão do mundo: ele é um justo entre as nações.

Eu conheço e testemunho um homem que por sua vida, por seu exemplo e pelo cuidado de seu povo, tornou-se efetivamente um justo entre as nações.

Seu nome não precisa ser citado. O pais o conhece. O mundo o reconhece.





 


 

Lula divulga “ Carta para o Brasil do Amanhã ”


“ É com a força do nosso legado e os olhos voltados para o futuro 
que dirijo esta carta para o Brasil do amanhã ” 

Afirmou Lula em seu perfil de Twitter.
Lula divulgou nesta quinta-feira, 27, a “Carta para o Brasil do Amanhã” (baixe aqui).

“O Brasil precisa de um governo que volte a cuidar da nossa gente, especialmente de quem mais necessita. Precisa de paz, democracia e diálogo. É com a força do nosso legado e os olhos voltados para o futuro que dirijo esta carta para o Brasil do amanhã”, afirmou Lula em seu perfil de Twitter.

Veja abaixo a integra do documento:







Rapidinhas com Ive Brussel


 

@ivebrussel Sobretudo mulheres, pretos e pobres #ironia #coronelsiqueira #politica #ivebrussel ♬ som original - Ive Brussel
@ivebrussel ⚠️PORQUÊ DO AUMENTO DA COAÇÃO ELEITORAL, EM 2 MINUTOS! 📣 #ivebrussel ♬ som original - Ive Brussel
@ivebrussel VOCÊ JÁ SE PERGUNTOU PORQUE ESTÁ TENDO ASSÉDIO MORAL CONTRA O TRABALHADOR OBRIGANDO A VOTAR NO SOC10P4TA? QUEM COMPRA SEU VOTO NAO TE RESPEITA #bolsoguedes #politica #ivebrussel ♬ som original - Ive Brussel
@ivebrussel

Tem q ser muito alienado mesmo 🤡🤦🏻‍♀️

♬ som original - Ive Brussel
@ivebrussel Uouó gente hipócrita 🤗 #bolsonaristasdobrasil #lulapresidente2022 #politica #ivebrussel ♬ som original - Ive Brussel






 


Resgatar a democracia




LEONARDO BOFF*

A atual eleição representa um verdadeiro plebiscito: que forma de Brasil nós almejamos?

Ouvimos com frequência as ameaças de golpe à democracia por parte do atual presidente. Ele realizou aquilo que Aristóteles chama de kakistocracia: “a democracia dos piores”. Cercou-se de milicianos, colou nos cargos públicos algumas dezenas de militares de espírito autoritário, ligados ainda à revolução empresarial-militar de 1964, fez aliança com os políticos do Centrão que, ao invés de representar os interesses gerais do povo, vivem de privilégios e de propinas e fazem da política uma profissão para o próprio enriquecimento.

Não vi melhor descrição realística de nossa democracia do que esta, de meu colega de estudos, brilhante inteligência, Pedro Demo. Em sua Introdução à sociologia (2002) diz enfaticamente: “Nossa democracia é encenação nacional de hipocrisia refinada, repleta de leis “bonitas”, mas feitas sempre, em última instância, pela elite dominante para que a ela sirva do começo até o fim. Político é gente que se caracteriza por ganhar bem, trabalhar pouco, fazer negociatas, empregar parentes e apaniguados, enriquecer-se às custas dos cofres públicos e entrar no mercado por cima…Se ligássemos democracia com justiça social, nossa democracia seria sua própria negação”.

Logicamente, há políticos honrados, éticos e organicamente articulados com suas bases e com os movimentos sociais e com o povo em geral. Mas em sua maioria, os políticos traem o clássico ideal de Max Weber, a política como missão em vista do bem comum e não como profissão em vista do bem individual.

Já há decênios estamos discutindo e procurando enriquecer o ideal da democracia: da representativa, passar à democracia participativa e popular, à democria econômica, à democracia comunitária dos andinos (do bien vivir), à democracia sem fim, à democracia ecológico-social e, por fim, à uma democracia planetária.

Tudo isso se esfumou face aos ataques frequentes do atual presidente. Este pertence, primeiramente, ao âmbito da psiquiatria e. secundariamente, da política. Temos a ver com alguém que não sabe fazer política, pois trata os adversários como inimigos a serem abatidos (recordemos o que disse na campanha: há que se eliminar 30 mil progressistas). Descaradamente afirma ter sido um erro da revolução de 1964 torturar as pessoas quando deveria tê-las matado, defende torturadores, admira Hitler e Pinochet. Em outras palavras, é alguém psiquiatricamente tomado pela pulsão de morte, o que ficou claro na forma irresponsável com que cuidou do Covid-19.

Ao contrário, a política em regime democrático de direito supõe a diversidade de projetos e de ideias, as divergências que tornam o outro um adversário, mas jamais um inimigo. Isso tudo o presidente não conhece. Nem nos refiramos à falta de decoro que a alta dignidade do cargo exige, comportando-se de forma boçal e envergonhando o país quando viaja ao estrangeiro.

Somos obrigados a defender a democracia mínima, a representativa. Temos que recordar o mínimo do mínimo de toda democracia que é a igualdade à luz da qual nenhum privilégio se justifica. O outro é um cidadão igual a mim, um semelhante com os mesmos direitos e deveres. Essa igualdade básica funda a justiça societária que deve sempre ser efetivada em todas as instituições e que impede ou limita sua concretização. Esse é um desafio imenso, esse da desigualdade, herdeiros que somos de uma sociedade da Casa-Grande e da senzala dos escravizados, caracterizada exatamente por privilégios e negação de todos os direitos aos seus subordinados.

Mesmo assim temos que garantir um estado de direito democrático contra às mais diferentes motivações que o presidente inventa para recusar a segurança das urnas, de não aceitar uma derrota eleitoral, sinalizadas pelas pesquisas, como a Datafolha à qual ele contrapõe a imaginosa Datapovo.

A atual eleição representa um verdadeiro plebiscito: que forma de Brasil nós almejamos? Que tipo de presidente queremos? Por todo o desmonte que realizou durante a sua gestão, trata-se do enfrentamento da civilização com a barbárie. Se reeleito conduzirá o país a situações obscuras do passado há muito superadas pela modernidade. É tão obtuso e inimigo do desenvolvimento necessário que combate diretamente a ciência, desmonta a educação e desregulariza a proteção da Amazônia.

A presente situação representa um desafio a todos os candidatos, pouco importa sua filiação partidária: fazer uma declaração clara e pública em defesa da democracia. Diria mais, seria um gesto de patriotismo, colocando a nação acima dos interesses partidários e pessoais, se aqueles candidatos que, pelas pesquisas, claramente, não têm chance de vitória ou de ir ao segundo turno, proclamassem apoio àquele que melhor se situa em termos eleitorais e que mostra com já mostrou resgatar a democracia e atender aos milhões de famintos e outros milhões de deserdados.

Temos que mostrar a nós mesmos e ao mundo que há gente de bem, que são solidários com as vítimas do Covid-19, nomeadamente, o MST, que continuam fazendo cultura e pesquisa. Este será um legado sagrado para que todos nunca esqueçam de que mesmo em condição adversas, existiu bondade, inteligência, cuidado, solidariedade e refinamento do espírito.

Pessoalmente me é incômodo escrever sobre essa democracia mínima, quando tenho me engajado por uma democracia socioecológica. Face aos riscos que teremos que enfrentar, especialmente, do aquecimento global e seus efeitos danosos, cabe à nossa geração decidir se quer ainda continuar sobre esse planeta ou se tolerará destruir-se a si mesma e grande parte da biosfera. A Terra, no entanto, continuará, embora sem nós.

*Leonardo Boff é ecoteólogo e filósofo. Autor, entre outros livros de Cuidar da Terra-proteger a vida : como evitar o fim do mundo (Record).




Documentário A Fantástica Fábrica de Golpes

Dois jornalistas brasileiros radicados no Reino Unido investigam a longa tradição de golpes de estado no Brasil e na América Latina. Eles revelam como a grande mídia e as fake news tiveram um papel fundamental na derrubada de Dilma Rousseff, na campanha de lawfare e prisão política de Lula, e na ascensão da extrema-direita, encarnada por Bolsonaro. 

Paralelos claros com outras nações em todo o mundo revelam o viés e a manipulação da mídia como um fenômeno internacional. 

Imagens de arquivo e reportagens são combinadas com extensas entrevistas, que incluem a ex-presidenta do Brasil, ganhadores de prêmios Pulitzer e Nobel, advogados de direitos humanos e músicos.

A trilha sonora original é assinada por Erika Nande, com canções compostas pelo icônico Chico Buarque e interpretadas pelos jovens artistas Francisco El Hombre e Josyara. 

Dirigido por Victor Fraga e Valnei Nunes. 

Pool gratuito apoiado pelas seguintes mídia alternativas: Mídia Ninja, Jornalistas Livres, Viomundo, Fundação Barão de Itararé, Análise e Opinião, Cafezinho, 247, DCM, Fórum, Rede Brasil Atual, TVT, Saiba Mais, Construir Resistência, Mídia Livre, Inteligència Acima da Mídia, Prerrogativas e outros.









Lula emociona : Linda e emocionante propaganda política !


 


 


Diário, eu não vi o JN todo ao vivo ontem, porque uma parte coincidiu com a minha live. Mas até o meu operador de câmera tava vendo o Cara no celular.

O chato é que, logo que acabou a live, eu disse: “Já bota aí naquele canal”. E deixaram isso ir pro ar, Diário! Tá lá na live, pode olhar!

Pô, quem é o editor daquela porcaria? Tinha que ter cortado a frase.

E, olha, a entrevista no JN foi fogo, Diário.

O Bonner começou falando sobre corrupção. Pensei que o Cara ia se borrar de medo, mas ele deu uma risadinha que queria dizer “Foi pra essa pergunta eu estudei, professora”, e saiu matando a Lava-Jato. Matando, pisando e jogando areia em cima.

A verdade, Diário, é que o Cara é um craque.

Tentaram fazer ele falar mal da Dilma, mas ele defendeu a mulher e depois disse que ele era ele e ela era ela.

Tentaram fazer ele falar mal do MST, mas o cara contou o trabalho que os emessetistas fazem com a agricultura orgânica.

Tentaram jogar o Cara contra o agronegócio e ele fez piadinha com o Blairo Magi.

O Cara falou de picanha, cervejinha e futebol, e assim agradou os homens.

Falou que ia renegociar a dívida das mães de família, e assim agradou as mulheres.

Citou Paulo Freire, e assim agradou os professores.

Falou um monte de vezes no Alckmin, e assim agradou os moderados.

Criticou China e Cuba, e assim agradou os anticomunistas.

Falou que hoje o Brasil tá com os mesmos números que tinha em 2002, quando ele pegou o Brasil e deu um jeito. E assim agradou os esperançosos.

O pior de tudo é que ele me chamou de “Bobo da corte” e isso virou trending topic no Twitter. É o novo “tchutchuca do centrão”.

Que raiva!

Que raiva...

Olha, Diário, até o Merval Pereira disse que o Cara foi bem. Sabe o que isso quer dizer? Sabe? Que ele arrasou...

Depois dessa entrevista, quem tava indeciso se decidiu.

Quem ia anular o voto, anulou a anulação.

Quem ia votar em branco, trocou pelo vermelho.

A Tebet, que já ia votar nele no segundo turno, vai votar no primeiro.

E o Ciro, em vez de ir pra Paris, vai pra São Bernardo.

Ferrou, Diário, ferrou...

PS: Lula mentiu! O MST não é o maior produtor de arroz orgânico do Brasil. É da América Latina. Isso o Bonner não contestou, pô!




Diário, ontem foi o dia da minha entrevista no JN.

Eu fiz o que todo assaltante, político ou marido tem que fazer quando é pego no pulo: insisti na mentira (“não fui eu”, “não foi assim”, “não é batom, é tinta”).

Aliás, no tocante a mentiras, disseram que eu falei uma a cada três minutos.

Por exemplo, eu disse que nunca xinguei um ministro do STF. Aí lembraram que eu chamei o Xandão de “canalha”, mas respondi que tinha sido só um. Ainda bem que esqueceram que eu também chamei o Xandão de “otário” e o Barroso de “imbecil”, “idiota” e “fdp”.

Também menti sobre as urnas, falando que o inquérito de 2018 ainda tava vendo se teve ou não fraude. Mas o inquérito já disse que o hacker que entrou no sistema não comprometeu a integridade da votação.

Falei que fui rapidão na compra de vacinas, só que, até o final de 2020, mais de 50 países já tinham começado a vacinação e o Brasil... babau.

Na verdade, só começou em 17 de janeiro por causa do Doriana, mas eu não vou levantar a bola do defunto.

Disse que em 2014 e 2015 o Brasil perdeu 3 milhões de empregos, mas foram 877 mil. Exagerar não é mentir, pô!

Disse que concluí a transposição do rio São Francisco e que a coisa estava parada desde 2012, mas, quando eu assumi, já tinha 92,5% da obra encerrada, e até o Temer inaugurou um trecho.

Disse que dei o auxílio de R$ 600, mas não falei que queríamos dar só R$ 200.

Uma mentira bem caprichada foi a de que o oxigênio chegou em Manaus em 48 horas. Na verdade, demorou 96 e só chegou o suficiente pra um dia. Depois veio um carregamento da Venezuela (maldito oxigênio comunista!). E demorou mais uns dias até chegar o suficiente. Mas aí já tinha morrido um monte de gente sem ar.

Aliás, eu disse que não imitei doentes, mas a cena tá na internet pra todo mundo ver.

Também falei que, no meu tempo, o Centrão não se chamava Centrão, mas o termo surgiu na Constituinte de 1988.

Disse que o pix foi invenção do meu governo, mas ele começou a ser feito em 2018.

Enfim, Diário, acho que não ganhei nem perdi voto ontem (tanto que a coisa mais comentada foi a cola na minha mão). Quem acreditava em mim, continuou acreditando. Quem não acreditava, continuou desacreditando. Na casa do adversário, um empate já tá bom.








Bolsonarismo é massacrado nas redes após entrevista, aponta cientista de dados

 


 


Para ler clique no link abaixo :

Todas as mentiras de Bolsonaro no Jornal Nacional

 







Quem ainda vota em Bolsonaro ?





Os fascistas votam, certamente. Eles são a base política do governo. Pensam como ele e nunca se sentiram tão à vontade no governo como agora. Desde os tempos dos Integralistas na era Vargas. Mas como eles não gostam de eleições fica a dúvida se podemos considera-los suporte do voto bolsonarista. Mas também lembro agora que são mentirosos, falsos, fazem de tudo para conseguir o que querem, sem moral, sem pudor.

Depois deles vêm os preconceituosos, os racistas, os elitistas, os espertalhões, os violentos, muitos do agronegócio, outros tantos do mercado financeiro, alguns banqueiros, outros industriais, algumas mulheres, alguns evangélicos, muitos eu diria e um bando de gente que não gosta do próximo, não quer pensar nem viver num país para muitos. O sonho deles é um país onde a maioria se mate de trabalhar e eles fiquem no bem bom ainda fazendo proselitismo de progressista.

Essa gente certamente prefere o Bolsonaro. Também preferem aqueles que não querem pensar muito, que não se metem em política, que olham para o próprio nariz achando que ali se abre um enorme horizonte. Entre os que votam coloco também muitos militares, no bom e no mau sentido, se é que existe algum bom sentido em votar no Bolsonaro. Mas talvez um certo espírito de corporação, ainda um medo do progresso, das transformações e da desmistificação da farda. O problema não é a farada e sim o mau uso dela.

Tenho até uma certa dúvida se os conservadores, monarquistas, reacionários, todos fecham com o Bolsonaro. Ele não preza pela inteligência e alguns desses que citei têm veleidades intelectuais. Também não votam no Lula. Ficam ali entre a Simone Tebet e o sonho eterno do Fernando Henrique. Mas FHC não está mais no páreo e a época da política “per bene” acabou. O povo está na rua passando fome, pedindo transformações. Não dá para resolver a questão nas salas de aula da Sorbonne. Até podemos usar o que aprendemos lá, mas na prática temos que ser realistas e ter coragem política para votar bem e ajudar a mudar este país.

Essa é a escolha de quem vota à esquerda. Sem medo de ser feliz. Tratar o país como um ser em eterna transformação e não estagnado para favorecer que vive desta paralisia progressiva.

Chega disso. O país não saiu do lugar. Pelo contrário, retrocedeu a ponto de aumentar a violência, os assassinatos, a roubalheira, a falsidade, o cinismo, a politicagem, a grilagem, e tudo aquilo que o desenvolvimento havia abolido.

É fácil identificar olhando em volta hoje quem tem pinta de votar no Bolsonaro. Faça uma experiência sem colocar sua vida em riso, é claro. Certamente você vai encontrar o grupo mais complicado desses eleitores do homem. Aqueles que votaram em branco ou nulo. Essa é a fatia importante. E nesses eleitores que colocamos nossa esperança de transformação. Não há voto em branco que não possa escolher alguém, nem voto nulo que não possa ser útil.