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Não precisa ter muita coisa, tendo noção já está bom



Marcel Camargo

Acho que todo texto meu atualmente começa com “tempos difíceis”. Sei lá, mas essa expressão vem à minha cabeça toda vez que começo a escrever. É automático. Assim como o modo automático está embalando uma imensa quantidade de pessoas em seu cotidiano. Parece que as pessoas acordam, trabalham, vão e voltam, sem parar para refletir e enxergar a vida lá fora. Inclusive acontece comigo, vez ou outra.

Tudo está tão corrido, tão pesado. A pandemia aflorou medos, incertezas, dissidências, desconfigurou as relações em todos os setores. Na escola, por exemplo, parece que eu desaprendi a ser professor e estou tendo que recomeçar do zero. Assim também é com os alunos. O mundo deu uma sacudida, trouxe à tona questões que ficavam adormecidas, como a morte, a saúde pública, muitos medos e comportamentos humanos e desumanos.

Nessa toada, tivemos que reaprender a conviver em sociedade, para além das redes sociais. Porque, quando estamos em frente ao computador ou ao celular, tem-se a impressão de que estamos protegidos, estamos longe das reações das pessoas, ou seja, perdemos um pouco os freios e limites que pautam o convívio real. Ali na internet, muitos se veem mais livres e ousados. Daí o tanto de discussões mais exaltadas que se travam pelo mundo virtual.

Quando estamos frente a frente com o outro, as reações dele ao que falamos e fazemos são imediatas, o que nos faz ter mais meios de nos controlarmos, de termos mais noção do quanto estamos ultrapassando ou não certos limites. Mas isso que se dilui nas interações virtuais. E essa noção das coisas precisa urgentemente de ajustes, porque não dá para conviver sem levar em conta as pessoas que nos rodeiam. E ainda tem gente que quer levar a vida sem perceber o alcance de suas ações nas vidas alheias. Isso não pode ocorrer.

É por isso que eu digo que as pessoas precisam ter um mínimo de simancol, percebendo quando estiverem sendo inconvenientes, invasivas, agressivas, chatas. A gente precisa ter senso. Tem que perceber quando estiver incomodando, quando não estiver sendo bem vindo ou forçando algo à toa. Das coisas que todos devemos ter: noção. Para ontem.











Como o TikTok afeta o cérebro


O TikTok é um aplicativo extremamente atraente e divertido. No entanto, o uso indevido dele pode afetar nossa saúde mental.

O TikTok se tornou uma das redes sociais mais populares nos últimos tempos, principalmente entre os mais jovens. Crianças, adolescentes (e até adultos) podem passar horas percorrendo esses vídeos curtos. E embora isso pareça uma ótima forma de entretenimento, também traz riscos significativos. Por esse motivo, hoje queremos falar com você sobre como o TikTok afeta o cérebro.

As novas gerações são nativos digitais e a tecnologia é parte intrínseca de suas vidas. Na internet encontram conhecimento, socialização e lazer, e todos os dias surgem novas plataformas para explorar e desfrutar. O TikTok encontrou uma fórmula que cativa e envolve; portanto, é importante que estejamos cientes de seus riscos e consigamos usá-lo com moderação.

A fórmula mágica do TikTok

Embora o TikTok não ofereça nada que já não tenha sido visto em outras plataformas digitais, a verdade é que combina uma série de características que o tornam especialmente atraente:Oferece vídeos curtos. O conteúdo audiovisual da plataforma é composto por clipes que duram entre alguns segundos e alguns minutos. Desta forma, a informação é concentrada e apresentada de forma concisa e apelativa.

Mostra a cada usuário conteúdo totalmente personalizado. Isso se deve a um algoritmo que capta os interesses de cada pessoa com grande precisão para oferecer-lhes o conteúdo que gera mais atração para elas.

Os vídeos curtos seguem um ao outro infinitamente, conforme o usuário desliza a tela. Dessa forma, um reforço intermitente é gerado: embora não gostemos de todos os clipes, dá a impressão de que “ao virar da esquina” haverá algum conteúdo magnífico que não podemos perder.

E é assim que o TikTok afeta o cérebro, ativando poderosamente o sistema de recompensas graças às descargas de dopamina geradas ao assistir a cada um de seus vídeos. Isso não apenas proporciona prazer imediato, mas também o uso do aplicativo fica registrado como uma atividade desejável que tendemos a repetir.

O TikTok gera um reforço intermitente que incentiva a reutilização do aplicativo.

É assim que o TikTok afeta o cérebro

Se usada criteriosamente e com moderação, esta plataforma social oferece grandes possibilidades de entretenimento. No entanto, também traz uma série de riscos que afetam principalmente crianças e adolescentes:

Diminui a atenção e a concentração, afetando a memória

Profissionais de saúde, pais e educadores detectaram que os pequenos têm cada vez mais dificuldade em prestar atenção e se concentrar por períodos prolongados. E, sem dúvida, redes sociais, telas e principalmente aplicativos como o TikTok influenciam nesse sentido.

Lembremos que os jovens estão numa fase particularmente vulnerável. O córtex pré-frontal (responsável pelo controle de impulsos, memória e atenção) não termina de se desenvolver até aproximadamente 25 anos de idade. E a exposição a esse tipo de estimulação (em que se oferece conteúdo e gratificação instantânea) pode influenciar negativamente no desenvolvimento dessas habilidades cognitivas.

Prejudica a capacidade de adiar a gratificação

Usar o TikTok nos deixa impacientes e dificulta o adiamento da gratificação. Acostuma-nos a obter reforços com facilidade e rapidez, e nos faz perder o interesse em tudo o que exige tempo e esforço. Infelizmente, na vida real, paciência, perseverança e capacidade de adiar recompensas são altamente necessárias.

Pode levar a problemas de desenvolvimento social e emocional

Tal como acontece com outras redes sociais, o uso excessivo pode ser prejudicial às interações humanas reais. Por mais gratificante que seja a socialização virtual, o contato humano e o estabelecimento de redes de apoio são fundamentais para o nosso bem-estar, sendo cada vez mais comum negligenciarmos esse aspecto investindo nosso tempo e energia em redes.

Além disso, os pequenos são expostos a conteúdos impróprios, imprecisos e distorcidos. É muito comum crianças e adolescentes se compararem com as “vidas ideais” e “físicos perfeitos” que veem online, sem realmente se dar conta da mentira, preconceito ou uso de filtros que veem nesse conteúdo. Isso pode gerar problemas de autoestima e levar a transtornos psicológicos.

É até possível que o algoritmo alimente problemas de saúde mental emergentes ou existentes. E é que não mostra apenas um conteúdo agradável e marcante, mas também aquele relacionado aos medos e preocupações de cada pessoa. Portanto, alguém com depressão ou transtorno alimentar pode estar mais exposto a conteúdos relacionados à sua condição.

Causa vício

Por fim, uma das maneiras pelas quais o TikTok afeta o cérebro é causando vício em alguns usuários. Isso é relativamente fácil de acontecer devido ao imediatismo do conteúdo e à precisão do algoritmo. Podemos passar horas e horas explorando o aplicativo sem perceber o tempo decorrido e deixando de lado outras atividades e áreas vitais de extrema importância.

Além disso, é comum ter problemas para parar de usar o aplicativo, mesmo quando consideramos que já faz muito tempo e queremos parar.

Há pessoas que têm problemas para parar de usar tanto o TikTok quanto
 outras redes sociais.

Você já sabe como o TikTok afeta o cérebro: é hora de agir

Embora esta rede social (como tantas outras) envolva riscos e inconvenientes, não se trata de demonizá-la. É possível apreciá-lo e aproveitar seu conteúdo desde que saibamos manter limites saudáveis. Restringir o tempo de uso, cuidar do conteúdo que consumimos e, acima de tudo, estar ciente de como o aplicativo pode nos afetar é essencial.

Se você tem adolescentes que usam o TikTok, estabeleça limites, monitore e fique atento. Explique os riscos e forneça orientações para o uso adequado; mas, sobretudo, incentive eles a ter uma vida completa e variada para além do mundo virtual.



Estamos mais intolerantes ?



Diferenças políticas, sociais, raciais e econômicas são as principais causas de um mundo cada vez mais dividido por conflitos e polarizações. É o que mostra uma pesquisa feita com 19.500 pessoas em 27 nações, inclusive no Brasil. A polarização é um fenômeno mundial, entre os entrevistados, 76% disseram que seus países estão divididos. Em primeiro lugar, aparece a Sérvia. Em seguida vêm Argentina, Chile e Peru. O Brasil está em sétimo lugar, empatado com Estados Unidos, Polônia e Espanha; 84% dos brasileiros veem um racha no país.

No geral, a percepção é que o mundo está mais dividido do que dez anos atrás; 62% dos brasileiros pensam assim do país. No Brasil, apenas 10% dos entrevistados disseram que confiam nos outros. Só 29% acham que os brasileiros são tolerantes com pessoas de culturas ou de pontos de vista diferentes. Apenas uma minoria disse que o convívio com pessoas diferentes gera compreensão e respeito. A pesquisa é de 2018, mas de lá para cá pouca coisa mudou, a tendência, inclusive, é que tenha piorado.

O Dia da Compreensão Mundial é comemorado em 17 de setembro e tem o objetivo de conscientizar as pessoas sobre uma das principais características que a humanidade deve ter para que haja o máximo de paz no planeta: a compreensão. A psicóloga Eleuza Gonçalves Ferreira (CRP 09/4503), que atende no centro clínico do Órion Complex, explica que essa habilidade pode ser tanto intrínseca da pessoa quanto adquirida. “Nossa personalidade é nosso repertório comportamental, como a gente age com o meio, como interagimos, aliado à nossa história de vida e familiar. Porém, compreender é uma habilidade que podemos aprender, adquirir desde a infância, como, por exemplo, quando entendemos que é preciso dividir as coisas com o irmão”, detalha.

A especialista detalha ainda que também na infância a intolerância pode aparecer. “Quando o que a criança está sentindo não é validado, como quando ela está triste e se diz que não pode ficar triste, ela pode entender que não pode ser frustrada, que tem de estar feliz o tempo todo e que está sempre certa. Isso vai tornando a pessoa intolerante, pois passa a não compreender o outro”, revela Eleuza. “A gente vai aprendendo a ser intolerante nas nossas relações. E temos também o reforço social, as pessoas com quem eu convivo normalmente pensam da mesma forma que eu e isso vai me dando força, a força do grupo, a identidade social e eu vou ficando mais intolerante às pessoas que pensam diferente de mim”, completa.

Psicóloga Eleuza Gonçalves Ferreira

Porém, a psicóloga afirma que existe um ponto físico sobre ser intolerante. “As características que podem ser adquiridas também podem estar relacionadas às questões cerebrais. No cérebro temos as funções executivas, que determinam nossa capacidade de planejamento, organização, regulação emocional. Se eu tenho alguma dificuldade em relação a isso, eu vou ser uma pessoa com menos flexibilidade cognitiva, quando eu sou menos inflexível eu posso ser menos tolerante”, explica.

Mundo virtual

No dia a dia é possível ver muitas discussões nas redes sociais, que se tornaram palco para muitos casos de intolerância. “A internet é uma ferramenta de comunicação, algumas pessoas se sentem mais à vontade de expor as suas opiniões nas redes sociais por não ter um contato direto com a outra pessoa. Então o mundo virtual pode atrapalhar um pouco o relacionamento entre as pessoas, mas a gente não pode ver as redes sociais somente como vilões, quem não consegue ser tolerante é que a usa de maneira equivocada”, salienta Eleuza Gonçalves.

“Eu posso ter todas as redes sociais possíveis e continuar sendo eu mesma, é a minha característica pessoal, meu repertório comportamental, minha história de vida que vai fazer com que eu seja ou não mais intolerante. Se eu estou em um ambiente em que isso favorece, é reforçado por outras pessoas daquele grupo, da minha rede social, eu me torno mais confiante para eu ser intolerante, porque isso é reforçado socialmente”, completa a psicóloga sobre a falta de compreensão de muitas pessoas no mundo virtual.

Para este Dia da Compreensão Mundial, a psicóloga destaca que é possível desenvolver a característica. “Estudar pontos de vista diferentes, ver situações nas quais existem outras pessoas fazendo diferente, um treino de habilidades sociais. Eu tenho direito de falar não, de expor minha opinião, de recusar pedidos, mas preciso entender que esses direitos não podem ultrapassar o direito do outro. E quando o outro vir falar comigo, entender que ele também tem os mesmos direitos que eu, então isso me torna um pouco mais compreensivo. Empatia é ter habilidade de se colocar no lugar do outro, como o outro vai sentir se eu me comportar dessa maneira? Como que eu me sentiria se outra pessoa fizesse comigo isso que eu estou fazendo? Então eu posso trabalhar para ser mais empático”, afirma.

Se esses pontos foram tentados e não se obteve sucesso é a hora de procurar ajuda especializada para ser menos intolerante. “Quando eu não consigo resolver sozinho, eu tentei ser mais simpático e não consegui, tentei me colocar no lugar do outro e não consegui, então nesse momento eu vou procurar ajuda. Pode ser um psiquiatra ou psicólogo, mas normalmente o trabalho é realizado em conjunto, porque potencializa”, orienta. Segundo a profissional, pessoas com dificuldade de flexibilização ou de compreender podem ter depressão. “Quando se está em estado de ansiedade muito elevado ou depressão, normalmente a gente fica com o estopim mais curto, mais vulnerável a situações, mais intolerante. Quando a gente está estressada, a gente se irrita mais com facilidade. Eu preciso procurar ajuda para lidar com essas questões emocionais, falta de autocontrole”, revela Eleuza Gonçalves.








Tem sempre alguém com o opinômetro ligado e o venenômetro ativado




Poupe energia para o que realmente vale a pena, para quem torce por você, para enfrentar as batalhas que valem a pena.



Talvez porque a quantidade de pessoas no mundo esteja a cada dia maior, talvez porque as vidas estão sendo cada vez mais expostas nas redes sociais, talvez sei lá por quê, mas o que tem de gente opinando sobre o que não lhe diz respeito e destilando veneno por aí não é brincadeira. É cada palpite infeliz, cada maldade gratuita, que chega a dar medo. E tristeza.

O problema nem é opinar, afinal, interagir requer lidar com outras pessoas, outros mundos, outros modos de enxergar o mundo, requer ajustes que se consolidam, à medida que confrontamos pontos de vista que nem sempre se afinam. Além disso, o ser humano precisa se colocar, argumentar, expressar o que sente, para que se posicione e deixe claro o que aceita ou não, o que quer e o que não permitirá. Isso evita aproximações tóxicas.

O problema é opinar com deselegância, de forma rasa e agressiva, incoerente, em momentos inoportunos e para pessoas que não pediram opinião alguma. Temos que evitar a intromissão no que não nos cabe, pois ninguém merece gente desagradável e invasiva. É necessário saber qual é o seu lugar, quem faz parte de sua vida e quem quer ouvir o que você tem a dizer, ou acabará, inevitavelmente, ultrapassando limites indevidamente.

O problema maior é quando a opinião vem carregada de maldade, violência, difamação, veneno. No trabalho, tem aquele que critica nosso serviço enquanto não faz nada. Na rua, tem aquelas cobras que sorriem na sua frente e te derrubam pelas costas. Nas redes sociais, quanto mais famosa a personalidade, mais tentam encontrar motivos para que ela tenha sua imagem depreciada. Inveja, ciúmes, falta de caráter, psicopatia, chamem como quiser, mas não deve existir quem passe pela vida sem ser alvo de gente ruim.

O melhor a se fazer com quem liga o opinômetro e ativa o venenômetro é ignorar. Se ali não tiver nada, nadinha, a ser absorvido, ligue o seu fodômetro, e continue a viver. Tenha certeza de que está no caminho certo e melhor para você e caminhe. Poupe energia para o que realmente vale a pena, para quem torce por você, para enfrentar as batalhas que valem a pena. Sigamos!




Médica exclui as contas da filha nas redes sociais e polemiza com texto debatendo o assunto


Nina Rios e Fernanda Rocha Kanner
(Foto: Reprodução / Instagram)

"Eu não quero que ela cresça acreditando que é esse personagem. (...) E mega insuficiente. Triste geração em que isso justifica fama", disse a mãe em seu texto.

A médica paulistana Fernanda Rocha Kanner compartilhou em seu Instagram um texto que justificava a ausência de sua filha nas redes sociais. A filha de Fernanda é Nina Rios, uma adolescente de 14 anos que já era considerada uma influencer com quase 2 milhões de seguidores e diversos fãs clubes.

O texto da médica foi assunto polêmico entre os jovens que eram fãs e seguidores de Nina e também fez sucesso entre diversos papais e mamães na internet.

Confira:
“Turminha teen, eu vou escrever aqui porque recebi muitos directs de seguidores da Nina querendo saber o que aconteceu por ela ter sumido. Decidi apagar a conta do Tiktok e do Instagram dela. Chata, eu sei, mas nossa função como mãe não é ser amiguinha de vocês e isso vocês só vão entender em retrospectiva. Papo de tia. O carinho que vocês têm por ela é a coisa mais fofa mas eu não acho saudável nem para um adulto e muito menos para uma adolescente basear referências de autoconhecimento em feedback virtual.”, publicou.
Ela continua: “Isso é ilusão e ilusão mete uma neblina danada na estrada do se encontrar. Entre suas mídias eram quase 2 milhões de seguidores, dezenas de fã clubes, tudo muito doce mas também prejudicial para qualquer adolescente em processo de descoberta e busca pela individualidade. Eu não quero que ela cresça acreditando que é esse personagem. Não quero ela divulgando roupas inflamáveis de poliéster made in China. Não quero minha filha brilhante se prestando a dancinhas diárias como um babuíno treinado. Acho divertido… E mega insuficiente. Triste geração em que isso justifica fama.”
Fernanda ainda conta que começou a ficar muito preocupada com os possíveis danos ao psicológico da filha. “Li outro dia que a gente tem que voltar a ter vergonha de ser burro e é bem por aí. Saudade de quando precisava ter talento em alguma coisa para se destacar. Nascemos com vários dons que nos fazem únicos mas quando a gente copy paste a manada eles se diluem no processo e a gente cresce sendo só mais um na multidão. Não quero que ela se emocione com biscoitos (assim que fala?) e elogios. Nem que se abale com críticas de quem não conhece.”, diz.
“Opiniões são só reflexos de quem está oferecendo e não de quem recebe. Você me acha linda porque você é linda ou está feliz. Você me acha feia porque você é feia ou teve um dia ruim. Eu não tenho nada a ver com isso. A fã número um dela sou eu e ela continuará dando as caras por aqui, se quiser. Quando ela tiver conteúdo interessante para dividir ela pode voltar a ter conta. Conforme os planos, ela vai pra Suíça junto com big bro no segundo semestre continuar os estudos por lá. Pular de para-quedas, estudar biologia na floresta, salvar umas vacas nos Alpes. A vida só presta quando se é feliz offline primeiro. Beijo da tia Fê”, conclui.
Depois da publicação, a mãe de Nina recebeu muitas mensagens negativas em relação a sua atitude, muitas vezes vindas dos próprios fãs da filha. Ela respondeu com outro post:





Você nunca conseguirá descer ao nível de certas pessoas, e isso é ótimo




Não conseguiremos nunca descer ao nível de certas pessoas, e isso é ótimo. Isso quer dizer que estamos do outro lado, longe da ignorância que fere.


Marcel Camargo

Não é novidade alguma o fato de que as redes sociais se tornaram um ringue em que pessoas com ideias opostas se digladiam. Qualquer assunto, por mais banal que seja, gera polêmicas, problematizações, em meio a ofensas e ignorâncias. O problema é que muitas pessoas tomam como pessoal o contraditório de suas ideias, além de a muitos ser impossível mudar o ponto de vista ou assumir o erro.

Quando se trata de política, principalmente, os embates se tornam ainda mais inflamados, parece que os eleitores de X e de Y são obrigados a aceitar tudo o que seus escolhidos fazem. Muitas pessoas se negam a ver qualquer atitude mal feita dos políticos em que votaram, como se não fosse possível o seu voto ter sido direcionado a alguém que erra. Todos erram, menos quem a pessoa elegeu.

O mesmo se dá em diversos tipos de situações em que as pessoas se veem contrariadas em seus posicionamentos. Basta alguém discordar, que elas ficam agressivas, irritadiças, usam palavras de baixo calão, de sarcasmo sem fundamento, colocando juízos de valor acima de estatísticas e de dados comprovados. É preciso estômago para tentar argumentar e defender um posicionamento hoje em dia, porque nos deparamos com níveis tão baixos de palavras, que ficamos assustados.

Não tem outro jeito, o melhor a se fazer, quando tentam nos contradizer de forma violenta e estúpida, é ignorar. Não podemos entrar na vibe desse tipo de gente, não merecemos nos desequilibrar por conta de pessoas desprovidas de empatia, de pessoas incapazes de ouvir alguém além de si mesmas. Não conseguiremos nunca descer ao nível delas, e isso é ótimo. Isso quer dizer que estamos do outro lado, longe da ignorância que fere.

Sabedoria popular: não dê pérolas aos porcos. Levo até hoje, quando alguém me ofende por discordar de mim. Eu ignoro, não é fácil, mas ignoro. Não vou tentar dar um pouco do meu melhor para quem vai jogar aquilo no lixo. Guardo o que tenho para quem possui ternura e não quer me magoar. Faça assim: apenas siga, com plenitude, um sorriso no rosto e a certeza de que seu caminho é limpo.










Sexo e tecnologia : influência e particularidades




Sexo e tecnologia podem se tornar um binômio excepcional se forem bem compreendidos,  mas podem se transformar em um pesadelo
 se o vínculo criado não for respeitado.

Sexo e tecnologia são dois termos que mantêm um relacionamento cada vez mais próximo. Por milhares de anos a sexualidade humana não foi afetada por muitos avanços tecnológicos; no entanto, atualmente, a tecnologia também começou a tomar o centro do palco neste campo.

É claro que isso é possível porque existe a tecnologia em si, mas também porque o modo de compreender e viver a sexualidade se transformou. Então, vamos nos aprofundar um pouco mais nesse assunto.

Sexo e tecnologia: influências

Os avanços tecnológicos ofereceram novos espaços aos seres humanos. Sem dúvida, esse fato fez com que novas formas de socialização fossem geradas em todas as áreas, inclusive a intimidade.

Como a sexualidade é uma faceta tão importante na vida de um ser humano, qualquer elemento que a condicione se torna importante. Em relação à tecnologia, os aplicativos móveis, a internet e as redes sociais são provavelmente os que mais influenciaram.


Hoje em dia, quase todo mundo tem um “telefone sombra”; no entanto, não fazemos mais ligações do que antes. Pelo contrário, tendemos a optar por formas mais distantes de comunicação. Nesse sentido, a evolução está ocorrendo em tal velocidade que é difícil estudar e tirar conclusões sobre como nos relacionamos com a tecnologia.

Não há dúvidas de que, a nível pessoal e social, sua influência é importante. Embora às vezes pareça imprevisível, devemos nos manter a par da relação entre tecnologia e sexo, especialmente se nos referirmos a comportamentos inadequados ou patológicos.

Internet e sexo

A internet é infinita, sendo também infinito o número de páginas e referências com conteúdo sexual. Tanto a nível recreativo quanto para informação, a grande rede é um destino de preferência, embora não seja necessariamente adequado em todos os casos.

Por outro lado, no estrato social mais jovem (incluindo adolescentes e menores de idade), o compartilhamento de conteúdo sexual de geração própria é uma prática que tem se implantado fortemente. Há atributos que a tornam muito atraente, o protagonismo fica com o visual – em um mundo de pessoas cada vez mais visuais – e não requer muito tempo.

Conteúdo para adultos

Podemos encontrar material sexual em diferentes formatos. Não há necessidade de procurar muito. Por outro lado, as estatísticas nos dizem que falamos de um gênero que tem um grande público e uma ampla gama de idades.

Hoje sabemos, por exemplo, que o conteúdo compartilhado condiciona bastante as condições das expectativas sexuais das pessoas que o consomem. De certa forma, nosso cérebro parece não processar o que percebe como ficção.

Sexting

Uma das práticas que unificam sexo e tecnologia e que está entre as mais perigosas é o sexting. Ocorre especialmente entre jovens e adolescentes e consiste no envio de fotos e vídeos com conteúdo sexual explícito que são tomados como selfie com o celular.

Embora possa ser uma prática que introduz a sedução na vida sexual adulta, entre os jovens se tornou um jogo erótico arriscado. Além de aumentar o desejo, também faz com que alguns materiais acabem em mãos indesejadas, fazendo com que se disseminem conteúdos não permitidos e inadequados.

Infelizmente, na perversão desta prática, encontramos o grooming. O groomer é um indivíduo que busca prejudicar menores de idade usando redes sociais e métodos tecnológicos para entrar em contato com as pessoas, geralmente muito mais jovens, disfarçando sua aparência para obter material sexualmente explícito de suas vítimas.
“ Tornou-se terrivelmente óbvio que nossa tecnologia superou nossa humanidade."   - Albert Einstein -



Sexo e tecnologia, um relacionamento polêmico

Aludindo ao assunto que nos preocupa, podemos dizer que sexo e tecnologia formam um binômio polêmico. A tecnologia abre um campo de possibilidades, mas a contrapartida é que muitas delas, longe de nos favorecer, podem nos fazer muito mal. Escolher bem o que queremos ou não queremos, além de ser nosso direito, tem muito a ver com nossa autoestima e empatia.

Por outro lado, a tecnologia revolucionou o vínculo afetivo dos indivíduos. Aplicativos como o Tinder, que dão origem a relacionamentos ou pseudo-relações em que todos os estágios passam muito rapidamente, se encaixam muito bem em uma concepção um tanto perversa do amor: o amor como um objeto de consumo com independência do outro.

A tecnologia também desenvolveu o que são conhecidos como dispositivos hápticos (relacionados ao toque). Ou seja, dispositivos que simulam a sensação de tocar ou ser tocado por outra pessoa. Mas todo esse sexo virtual que pode ser considerado uma vantagem não implica que a comunicação íntima melhore. De fato, em muitos casos tem criado conflitos, desconfiança e prejuízos severos.

No fim, poderíamos dizer que não se trata da tecnologia em si, mas de como a aplicamos. A tecnologia aplicada ao sexo não é ruim em si mesma; o uso ou abuso que fazemos dela será o que determina seus benefícios para cada pessoa ou casal.






Fundawear apresenta um servidor em tempo real exclusivo que se comunica entre dispositivos touchscreen e roupas.

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O aplicativo, a tecnologia de atuador de toque e o servidor foram projetados para replicar as nuances do toque.






Eu super indico : ‘ O Dilema das Redes ’, na Netflix, escancara o aspecto manipulador das redes sociais



Publicado originalmente no Canaltech


Com a internet e as mídias sociais, tem se tornado cada vez mais comuns histórias sobre violações de privacidade e vazamentos de dados. O novo documentário da Netflix, O Dilema das Redes, veio para nos deixar ainda mais atentos a esse assunto.

Um novo trailer divulgado pela plataforma de streaming veio acompanhado da sinopse oficial, em que podemos ler o seguinte: “Nós tuitamos, curtimos e compartilhamos — mas quais são as consequências da nossa crescente dependência das mídias sociais? À medida que as plataformas digitais se tornam cada vez mais uma tábua de salvação para permanecer conectado, insiders do Vale do Silício revelam como a mídia social está reprogramando a civilização, expondo o que está escondido do outro lado da tela”.

Assustador, não? No vídeo, o ex-executivo do Twitter Jeff Seibert explica: “O que quero que as pessoas saibam é que tudo o que estão fazendo online está sendo observado, está sendo monitorado, está sendo medido. Cada ação que você realiza é cuidadosamente monitorada e registrada. Exatamente quais imagens você para e olha, por quanto tempo você olha para elas – ah, sim, sério, por quanto tempo você olha para elas”.

O Dilema das Redes é impactante não só pelo conteúdo, que chega a exalar uma aura de teoria da conspiração, mas também por trazer especialistas para tratar sobre o assunto, o que afasta a ideia de farsa e nos faz querer repensar nossa relação com as mídias sociais. Isso fica bem evidenciado na sinopse em português, disponível na plataforma, que traz a descrição do filme em formato de alerta: “Especialistas em tecnologia e profissionais da área fazem um alerta: as redes sociais podem ter um impacto devastador sobre a democracia e a humanidade”.

O Dilema das Redes entrou para o catálogo da Netflix no dia 9 de setembro.








Não há filme mais atual para nós, brasileiros, do que o polonês “ The hater – Rede de ódio ”


Não há filme mais atual para nós, brasileiros, do que o polonês ...


PUBLICADO NO BLOG DO INSTITUTO MOREIRA SALLES

POR JOSÉ GERALDO COUTO

Não pode haver filme mais atual – especialmente para nós, brasileiros – do que o polonês The hater – Rede de ódio, de Jan Komasa, que acaba de chegar à Netflix. O filme é deste ano, e chegou depressa ao streaming porque a pandemia de covid forçou o fechamento dos cinemas no mundo todo logo depois que ele entrou em cartaz na Polônia, em março.

Ao acompanhar algumas semanas ou meses na vida do jovem Tomasz Giemsa (Maciej Musialowski) em Varsóvia, The hater lança luz sobre o mecanismo de funcionamento das redes de ódio e fake news que infestam a internet, tornando quase irrespirável a atmosfera de nossa época. Mais que isso: o filme expõe as articulações desse submundo virtual com a deterioração do debate político e o recrudescimento de tendências como a xenofobia, o racismo, a homofobia e a intolerância religiosa.

Mas não se trata propriamente de um libelo político ou de uma denúncia “exterior”, e sim de uma tentativa de imersão no mundo emocional e psíquico de alguém que está no meio dessa engrenagem, alimentando-a e ao mesmo tempo sendo alimentado por ela. Por isso a narrativa não se descola jamais do ponto de vista de Tomasz, ou Tomek, como é chamado, buscando apreender suas motivações.

E Tomek é, antes de tudo, um ressentido. A primeira cena o mostra num momento de humilhação: flagrado por plágio num trabalho acadêmico, é expulso da faculdade de direito e ainda recebe uma lição de moral dos diretores da escola. Em seguida, ficamos sabendo que ele é um rapaz pobre do interior cujas despesas escolares são bancadas por uma família progressista, cosmopolita e intelectualmente sofisticada. Num jantar na casa bacana da família, ele é tratado com condescendência pelo casal de meia-idade e pela jovem e bela filha, Gabi (Vanessa Aleksander).

Antes de sair da casa, Tomek deixa disfarçadamente seu celular no sofá, no modo de gravação. Pouco depois, volta para recuperá-lo e, a caminho de casa, ouve as frases de escárnio com que seus benfeitores se referiam a ele às suas costas. Antes disso, ao se despedir de Gabi, diz que gostaria de manter contato com ela. A moça diz: “Peça minha amizade no Facebook”. E ele: “Eu já pedi. Há sete anos.” A essa altura, com poucos minutos de filme, já temos os dados básicos: o perfil psicossocial do protagonista, sua desenvoltura com a tecnologia digital e a subcorrente sexual que percorrerá todas as relações.

Do recalque à ação

A condição de humilhado é a base do comportamento de Tomek e da sua leitura da realidade. Inteligente e ambicioso, ele se emprega numa agência que presta serviços de marketing eletrônico. Entre outras coisas, o que se faz ali é derrubar a imagem de firmas concorrentes das empresas dos clientes. Logo a coisa envereda para as campanhas políticas, com perfis falsos de internet feitos para espalhar fake news, destruir reputações, insuflar ódios diversos. Qualquer semelhança com certo gabinete instalado no Planalto Central talvez não seja mera coincidência.

Dos ódios virtuais à violência real é um passo. Para concentrar na trajetória de um único personagem todas as questões que levanta, o diretor Jan Komasa se descuida às vezes da verossimilhança, engendrando situações não muito críveis, mas vá lá: acreditamos no personagem (graças em grande parte à excepcional atuação de Musialowski), e é isso que importa. Desse modo, o filme consegue ser, ao mesmo tempo, um thriller político e um estudo sobre a solidão e o recalque.

Mais do que propriamente o ódio, é o ressentimento que move Tomek e seus parceiros de desatino – como o sinistro Guzek, um bobalhão aficionado por videogames, que mora com a avó doente e tem tara por armamento pesado. Imagine, digamos, um tenente expulso do exército por mau comportamento, ou um deputado do baixo clero desprezado pelos colegas, ridicularizado pela imprensa e ignorado pela intelectualidade. Uma figura assim, com poder na mão, é um perigo incalculável.








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O que o suicídio de uma apresentadora britânica linchada nas redes diz sobre o Brasil de Bolsonaro





Mauro Donato

No sábado passado, o linchamento virtual da internet fez uma jornalista cometer suicídio.

Caroline Flack, apresentadora de programas de reality famosos como Love Island (Ilha do Amor), tinha 40 anos e não suportou o tribunal de carrascos das redes sociais. 

Em dezembro do ano passado, Caroline Flack foi acusada de ter agredido o namorado, o tenista Lewis Burton. Devido à repercussão, foi afastada do programa. 

Mesmo com o namorado recusando-se a prestar queixa e declarando apoio a Caroline, o estrago perante a opinião pública já estava feito. 

A Justiça britânica, pressionada pelo populacho, deu andamento e chegou a decretar que a apresentadora mantivesse distância de Lewis Burton. Eles passaram o Dia dos Namorados separados por decisão judicial.

Ontem, Burton fez uma postagem terrivelmente triste no Instagram: “Meu coração está partido, tivemos algo tão especial (…) Sinto tanta dor, sinto muito sua falta.”



No Reino Unido há um agravante clássico: os tabloides. Jornais sensacionalistas fazem grande sucesso na ilha e amplificaram a gritaria da internet. Passaram os últimos dois meses massacrando Caroline Flack. Ela sucumbiu. 

O episódio de Love Island de ontem não transmitido, mas segundo a ITV o programa continuaria normalmente nesta segunda-feira.

O caso reacendeu, com intensidade de pira olímpica, a pauta da regulamentação das mídias sociais.

“Eu me preocupo com permitirmos que as empresas de mídia social se regulem. Em nenhuma outra área da vida permitiríamos que empresas privadas se policiassem. Devemos garantir que o estado tenha um sistema de regulamentação”, declarou Lisa Nandy ao jornal The Guardian. 

“A imprensa também tem que assumir responsabilidades. Não apenas pelo ódio e abuso, mas pela difamação constante dos deputados trabalhistas e líderes trabalhistas. Temos que fazer algo para diversificar nossa imprensa, para ter uma mídia melhor. Não eram apenas as mídias sociais, eram as mídias amplificando o que as mídias sociais estavam fazendo”, afirmou Keir Starmer, candidato à liderança trabalhista.

Ele tem divulgado que irá “diversificar” a imprensa caso substitua Jeremy Corbyn, atual líder do Partido Trabalhista.

O caso merece destaque no Brasil pela similaridade aos ataques sofridos por jornalistas, entre eles Patrícia Campos Mello, da Folha de S.Paulo.

Desde que expôs o esquema de disparos turbinados em grupos de whatsapp (e financiados por empresas) que colaboraram para a eleição de Bolsonaro, a jornalista tem sofrido ataques odiosos.

Após a última sessão da CPI das fake News, mais de um vídeo sugerindo que Patrícia é prostituta passaram a circular entre grupos de direita.

A ampliação das bobagens de MBL e grupelhos afins que nasceram nas redes sociais circulando memes e mentiras tornou-se um monstro que agora está fora de controle.

Patrícia Campos Mello hoje pode estar achando graça de videozinhos esdrúxulos comparando-a a prostitutas. Mas com o tempo, e inevitável intensificação dos ataques e ofensas, isso pode ganhar uma dimensão insuportável.

A apresentadora inglesa Caroline Flack já tinha sido vítima de tabloides e parecia ter tirado de letra. Em 2009 ela namorava com o príncipe Harry. Quando o relacionamento vazou para a imprensa, o tratamento foi grotesco, como sempre é nesses jornais.

“Eu não era mais Caroline Flack, apresentadora de TV, mas Caroline Flack, a ‘ficante’ do príncipe Harry”, disse ela na época. Decidiram terminar o namoro de maneira descomplicada.

Mas o subconsciente pode ser um acumulador implacável. A soma de casos isolados, ainda que aparentemente inofensivos, pode resultar em tragédias.



Mãe desabafa em publicação e acaba por viralizar nas redes sociais



A imagem pode conter: 1 pessoa, sorrindo, em pé, criança e sapatos



Por muitos anos que passem e por muita luta que travemos, infelizmente o preconceito continua a existir, e não estamos a falar entre “raças”, etnias, religiões, mas em tudo, até no simples “apenas de menino” ou “apenas de menina”.Recentemente, Yokohamma Coronado, uma mãe de menino, acabou por escrever uma publicação na sua página do Facebook em tom de desabafo, após lhe ter acontecido uma “situação bem engraçada”, como a mesma descreveu.

Segundo esta, no dia em questão havia ido passear com o seu filho Stefan ao shopping, quando o pequeno viu uma série de bolsas com bichinhos desenhados e pediu-lhe para comprar uma para si. Apesar da mãe dizer que ele já tinha mochilas e que não precisava de uma bolsa, este insistiu tanto que esta acabou por aceitar comprar uma e disse então para ele escolher.

Foi então que o menino, indeciso sobre qual deveria levar, decidiu pedir a opinião de um outro menino que estava ao seu lado acompanhado pela mãe, mas qual não foi o seu espanto quando este respondeu que não gostava de nenhuma, pois eram de menina.

Perante tal situação, a Yokohamma baixou-se e disse ao pequeno Stefan que o seu preferido era o Panda e perguntou-lhe qual era o dele, ao que ele respondeu timidamente que era o Pinguim. Então a mãe pegou na bolsa, comprou e deu ao pequeno, dizendo-lhe “você pode usar o que você quiser, não tem essa se é de menina, se você gosta pode usar sim, tá bom? E você ta lindo um príncipe com sua bolsa nova”.

A partilha desta mãe acabou por vitralizar com mais de 70 mil gostos e 5,9 mil comentários de pessoas que parabenizaram a sua atitude, dando um verdadeiro exemplo do que deveria ser a educação de todas as crianças deste mundo.









Quem é verdadeiramente feliz não precisa de plateia


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Marcel Camargo

Em tempos de felicidade estampada nas vitrines e de selfies espalhadas pelas redes sociais, a impressão que temos é de uma sociedade feliz e alegre, positiva, apaixonada e apaixonante. Somos todos bem resolvidos, bem amados. As amizades são verdadeiras, os filhos são perfeitos, a comida é maravilhosa, vinte e quatro horas por dia – pelo menos nos perfis virtuais.

Logicamente, as redes sociais não devem servir a lamentações e queixas, nem a indiretas desagradáveis, pois lá estamos para nos divertir e higienizar nossa mente, fugindo um pouco à estafa de nosso cotidiano apressado e atribulado.
MUITOS CONFUNDEM A REDE VIRTUAL COM UM DIÁRIO ÍNTIMO, POSTANDO AQUILO QUE DEVERIA SER RESOLVIDO JUNTO A UM TERAPEUTA, AQUILO QUE NÃO INTERESSA A NINGUÉM.
Por outro lado, há quem exagera na felicidade estampada nas fotos e nos posts, expondo-se em demasia, como se a própria vida fosse um filme do interesse de todos. Embora cada um use seus perfis da forma que bem entender, há que se tomar cuidado para que não se exagere no compartilhamento de tudo o que acontece, de todo passo dado, inclusive se resguardando de gente que fuça os perfis à procura de casas sem ninguém para assaltarem ou de alvos de sequestros.

Como tudo na vida, há que se ter cautela e equilíbrio na forma como lidamos com o mundo à nossa volta, na maneira como nos relacionamos com as pessoas que convivem conosco. Não conhecemos ninguém tão a fundo, que possamos nos abrir totalmente, inclusive nos expondo em nossas fraquezas, uma vez que muitos não perderão a oportunidade de usar isso contra nós, quando lhes for interessante.

Da mesma forma, bradar aos quatro ventos uma vida cor de rosa, maravilhosa e perfeita, como se tudo desse certo na sua vida, muito provavelmente atrairá a inveja alheia. Embora o mal não nos atinja quando temos o bem em nossos corações, existem pessoas que usam de meios que jamais imaginaríamos para nos prejudicar, portanto, quanto menos souberem de nossas vidas, melhor será.
A MELHOR MANEIRA DE SER FELIZ, NO FINAL DAS CONTAS, É COMPARTILHANDO O QUE SENTIMOS COM AS PESSOAS QUE NOS AMAM COM SINCERIDADE, COM AQUELES QUE SEMPRE ESTARÃO DE MÃOS DADAS CONOSCO, FAÇA CHUVA OU FAÇA SOL.
Porque ninguém precisa saber o quanto somos felizes, além daqueles a quem devemos ser gratos por nos oferecer um amor verdadeiro, que sempre nos curará e nos provocará sorrisos espontâneos. Porque a felicidade não se alimenta de plateia, mas de amor que vai e volta cada vez mais forte, cada vez mais amor.





O desejo de aparecer nas redes sociais






O desejo de aparecer nas redes sociais parece ser influenciado por uma necessidade inerente de aprovação social, de ser aceito e reforçado pelos outros.


Atualmente existe um grande desejo de aparecer nas redes sociais, mas será que somos tão felizes quanto mostramos em nossos perfis? Essa questão surge do conceito de “felicidade”, talvez fictício, mostrado continuamente nas redes.

Se navegarmos em qualquer rede social, encontraremos posts de conhecidos viajando pelo mundo cheios de sorrisos, ou talvez uma foto daquele amigo – com quem não conversamos há semanas – com sua namorada, extremamente felizes e apaixonados como se tivessem saído de um filme.

De acordo com o Estudo Anual de Redes Sociais elaborado pelo IAB da Espanha, passamos aproximadamente 37 horas conectados por semana, cerca de 22% do nosso tempo.

Por esse motivo, de acordo com o estudo da IAB, nossa vida social está muito ligada às plataformas sociais da Internet. Portanto, não é de surpreender que usemos essa ferramenta para enviar mensagens para as pessoas ao nosso redor.

Em resumo, estamos interconectados à Internet e às redes sociais, e elas fazem parte do nosso dia a dia. Por isso, é importante nos perguntarmos: que parte da realidade mostramos nas redes sociais? 

Temos a urgente necessidade de contar ao mundo o quão felizes somos, embora essa felicidade possa não ser verdadeira.




A necessidade de aprovação nas redes sociais

De acordo com várias pesquisas, há uma necessidade genuína de agradar aos outros, representada por uma necessidade de aprovação social e de aparecer nas redes sociais.

É o que afirma um estudo da Universidade do México chamado A conveniência social reavaliada: mais do que uma distorção, uma necessidade de aprovação social.

Portanto, o desejo de aparecer nas redes sociais parece ser promovido por uma necessidade inerente de aprovação social, de sermos aceitos e reforçados pelos outros.

Por exemplo, obtemos uma sensação de bem-estar quando publicamos uma “selfie” e recebemos muitos likes e comentários lisonjeiros. Afinal, quem não gosta de elogios?

É daí que surge a atitude de adotar certos costumes ou atividades com o objetivo de querer aparecer ou causar uma boa impressão nos outros, principalmente nas redes sociais.

O psicólogo José Elías, presidente da Associação Espanhola de Hipnose, fala sobre “a adoção de certos hábitos, gestos e atitudes que buscam projetar uma boa imagem (uma imagem que receba reconhecimento positivo), para demonstrar aos demais que somos felizes, embora isso nem sempre seja verdade ou não estejamos convencidos disso”.

Em outras palavras, de acordo com o autor, satisfazemos nossa necessidade de aprovação social mostrando uma imagem de nós que pode não fazer parte da realidade.

O efeito “felicidade contagiosa”

Segundo um estudo da Universidade da Califórnia, o humor das pessoas é modificado e condicionado pelas postagens que elas veem nas redes sociais. O mesmo estudo garante que “o conteúdo publicado procura transmitir uma imagem de ‘felicidade contagiosa'”.

Segundo o estudo, perceber a alegria e o bem-estar dos outros nos leva a querer chegar a esse estado, e por isso nos estimula a publicar conteúdos semelhantes, produzindo o efeito de “felicidade contagiosa”.

Nesse sentido, demonstrar a “felicidade” online é contagiante e promove o desejo de aparecer nas redes sociais, ou seja, de fazer parte daquela onda contínua de mensagens e fotos “felizes”.




O que publicamos faz parte da realidade?

Yolanda Pérez, doutora em psicologia, diz que “Tem de tudo. Pessoas que mostram a verdade, algo mais irreal e até pessoas que exibem a verdade até a metade; estes últimos são os mais comuns”.

Além disso, a autora acrescenta: “Mostramos como somos bonitos, como somos simpáticos e sorridentes em um instante, mas essas fotos que são reais não mostram a nossa realidade, apenas parte dela, porque o dia tem 24 horas e é impossível sorrir por tanto tempo”.

A realidade que projetamos nas redes certamente não está completa, pois é impossível nos sentirmos felizes o tempo todo: a vida é cheia de emoções positivas e negativas, e ignorar essas últimas por causa do sistema só nos prejudica.

Em resumo, é claro que nem tudo que vemos nas redes é um reflexo da realidade. A aparência nas redes sociais, como explicamos, é relativa.

Portanto, não devemos cair no erro de pensar que existem pessoas que vivem 24 horas por dia em um estado de bem-estar máximo: todos nós temos momentos de crise, tristeza e angústia.

Ter dias ruins faz parte da vida e nos faz valorizar ainda mais os bons momentos. Em suma, ninguém tem uma vida absolutamente perfeita.

“ Sentir todos os tipos de emoções é o que enriquece as nossas vidas.”  - Daniel Goleman -