Que delícia entender que a perda foi sua vitória




Tudo traz lição, tudo tem um lado bom. Nunca duvide dos livramentos que a vida traz para a sua jornada.

Marcel Camargo

Como é difícil perder. A gente se sente muito mal quando é rejeitado, quando é mal entendido, quando vem o que não deu certo. Sofremos com as amizades que acabam, com os rompimentos amorosos, com o emprego que perdemos. Muito do que queremos não acontece, muitos sonhos não se realizam. Viver tem muito disso.

Crescemos rodeados de finais felizes, nos contos de fada, nas novelas, filmes, nas propagandas da televisão. E, assim, acabamos imaginando que a vida da gente será como um enredo onde a felicidade será uma constante. Só que não. Na verdade, o caminho de todo mundo é cheio de percalços, de imprevistos, de tombos épicos. Mas nos esquecemos de nos preparar para isso.

Ultimamente, mais do que nunca, parece que vencer e conquistar tem que ser uma meta universal. Quanto mais as coisas ficam difíceis, mais somos bombardeados de mensagens, livros e lives preconizando que precisamos ser fortes e enfrentar tudo de cabeça erguida. E essa teoria toda se distancia cada vez mais de uma realidade em que a tristeza teima em nos acompanhar.

Isso não quer dizer que não sejam importantes as mensagens positivas que se espalham pela mídia, afinal, elas alcançam e ajudam muita gente. Qualquer ajuda é bem vinda nesses tempos difíceis. Porém, é preciso ter em mente que, uma ou outra hora, a tristeza chega, os pés tropeçam, a escuridão vem. E muito do que sabemos que tem de ser feito para combater essa desesperança não dá certo.

Quando estamos no meio da tempestade, fica difícil raciocinar direito, fica difícil enxergar além das lágrimas que turvam o nosso caminhar, fica difícil respirar sem suspirar. O que mais ajuda, o que mais tem que nos guiar, é a certeza de que o tempo ameniza, reconstrói, ressignifica, faz renascer. O tempo é o senhor da razão, não tem outro.

E, quando conseguimos aguardar a passagem do tempo, conseguimos receber tudo o que ele nos ensina. E é muito bom, porque a gente percebe que muito do que nos fez chorar serviu para nos livrar de problemas. Tudo traz lição, tudo tem um lado bom. Nunca duvide dos livramentos que a vida traz para a sua jornada. Você só vai entender lá na frente. E vai agradecer. Que delícia entender que a perda foi sua vitória.




Por que Lula - Editorial do Brasil 247



Brasil 247 e a TV 247 declaram, desde já, apoio a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Acreditamos que ele reúne as melhores condições para reconciliar o País, trazer de volta o crescimento econômico, combater a fome e tornar o Brasil uma Nação novamente respeitada no mundo

Há três anos, no mês de dezembro de um verão que se prenunciava tenebroso, eram consistentes e disseminados os temores sobre quão resilientes seriam as instituições democráticas brasileiras aos ataques que vinham sendo feitos à higidez de nossa estrutura republicana.

Havia pertinência para tais apreensões. Afinal, em 2016 o Brasil consumou o impeachment sem crime de responsabilidade da ex-presidente Dilma Rousseff. O golpe jurídico/parlamentar/classista era um atalho que parcela da sociedade brasileira, derrotada em quatro eleições presidenciais, irresponsavelmente tomava para voltar ao poder. Fingiam não saber: a Democracia não admite atalhos.

Quando alguns dos aventureiros embarcados na nau do golpe de 2016 se descobriram à deriva, em outro dezembro, o de 2018, sugeriram estar mareados com os solavancos que a vitória de Jair Bolsonaro no pleito assimétrico daquele ano passava a provocar no País. Na verdade, começavam a se assustar com os olhares assombrados que o mundo lançava para nós. Já ali, o Brasil 247 e seus canais eram uma trincheira consolidada em defesa do Estado Democrático de Direito, dos direitos e garantias individuais e da Constituição.

De lá para cá, tais trincheiras se multiplicaram. A sociedade civil, diversos partidos políticos, as centrais sindicais e os sindicatos; os movimentos estudantis, cidadãs e cidadãos têm se unido para repudiar as ameaças fascistas, a escalada da miséria e a desagregação econômica. O Brasil foi tomado de assalto por um grupo político de extrema direita e liderado por uma família cujo chefe é uma criatura pérfida, vil, despreparada, desqualificada para quaisquer funções públicas: Jair Bolsonaro.

Temos sido incansáveis em nossos veículos e canais. Nos perfilamos entre os pioneiros que denunciam as ameaças diuturnas ao equilíbrio institucional. Alertamos insistentemente o País das ilegalidades, das vinganças, dos recalques, das inconstitucionalidades, das iniquidades e das patranhas contidas em procedimentos investigatórios e operações promovidas desde 2014 pela “Força Tarefa da Lava Jato” ao arrepio das leis e das garantias constitucionais.

Tais assaltos se reproduziram, depois, nas sentenças exaradas pela 13ª Vara Federal de Curitiba. Ali, pontificava o então juiz Sergio Fernando Moro, ex-magistrado hoje considerado suspeito e parcial pelo Supremo Tribunal Federal.

Ao caírem as máscaras da parcialidade de Moro, ao serem reveladas de forma incontestável as manipulações promovidas pelos procuradores e delegados federais lotados na capital paranaense com o intuito de atuar politicamente a fim de mudar o curso da decisão soberana das urnas, à guisa da legitimidade do voto majoritário dos brasileiros, o porto onde o Brasil 247 estava ancorado passou a ser ponto de convergência de mais e mais veículos de comunicação e também de sujeitos diversos na luta pela restauração democrática.

À margem do atalho tomado por quem aderiu irresponsavelmente ao golpe do impeachment sem crime de responsabilidade viceja o saldo do assalto à Democracia: a fome retornou à paisagem nacional; a miséria e o desemprego são ameaças palpáveis que desestruturam cidadãs, cidadãos e as famílias brasileiras em todos os estratos sociais; a inflação voltou a ser o maior inimigo da estabilidade econômica de uma Nação que se orgulhava de tê-la vencido; o Brasil deixou de ser ator principal nos diversos foros internacionais para se tornar vilão e coadjuvante na paisagem diplomática de um mundo atordoado pelo cenário da pandemia.

O ano eleitoral de 2022 precisa ser, necessariamente, um período de transição política destinado a repor o nosso País na rota dos modernos Estados democráticos, das Nações que repelem com maturidade e dureza os aventureiros.

É intolerável sequer imaginar a ameaça e os riscos representados pela possibilidade – hoje remota – de reeleição de Bolsonaro.

Tanto quanto isso, não se pode naturalizar a tentativa do ex-juiz e ex-ministro desse governo ruinoso, Sergio Moro, de se vestir como político e almejar uma glória democrática imerecida. Moro solapou a Democracia, atuou ativamente para desmoralizar o Poder Judiciário como instituição republicana e foi agente ativo de todas as anormalidades e assimetrias produzidas nas eleições de 2018.

Aventureiros e abraçados às bandeiras da extrema direita que desuniram a sociedade brasileira esses dois, Moro e Bolsonaro, usam o ódio como combustível de suas práticas marginais à política.

À liderança a ser sagrada nas urnas da disputa presidencial não podem faltar a dimensão dos estadistas nem a magnanimidade e o espírito público das grandes biografias políticas. Será exigido dela a necessária e urgente reconciliação do Brasil. Certamente, mais de um candidato ou candidata apresentará tais credenciais aos brasileiros. Sem abandonar nenhum dos princípios éticos que regem o Jornalismo, basilares para nós e para nossos canais, o Brasil 247 e a TV 247 declaram desde já enxergar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como o melhor protagonista a quem a Nação deve entregar a missão de se reconciliar consigo.

Eleger Lula presidente da República pela terceira vez significa restaurar a esperança como bússola a nos conduzir de volta ao rumo que trilhamos desde 1985, quando a eleição indireta de Tancredo Neves inaugurou o longo e tortuoso processo de restauração democrática após a ditadura militar. Será também uma reparação histórica a todos os males que perpetraram contra o Brasil a “Força-Tarefa da Lava Jato”, os procuradores reunidos em Curitiba por Deltan Dallagnol que agiam sob o comando antirrepublicano de Moro e o embuste do discurso contra a política e os políticos apropriado por Bolsonaro na campanha passada.

Não é tradição, entre nós, ver veículos de comunicação e canais de mídia declararem voto. Consideramos que fazê-lo, como ousam o Brasil 247 e a TV 247, é decorrência natural do processo de amadurecimento democrático. Em outras Nações, sobretudo nos Estados Unidos e na França, berços das revoluções republicanas que forjaram o Estado moderno, isso é hábito e não provoca sobressaltos.

Todas as correntes políticas que perfilam no campo democrático seguirão contando com a cobertura equilibrada, profissional, múltipla e simétrica dos nossos canais e veículos.

Denunciar injustiças, ser voz ativa da sociedade no repúdio aos ataques contra a democracia, redobrar a energia na proteção dos muros de contenção ao fascismo serão sempre o dever dos profissionais que integram nossos veículos e canais.

A declaração de apoio do Brasil 247 e da TV 247 à candidatura de Lula não nos afasta do Jornalismo nem de seus princípios. Ao contrário, foi sopesada e, enfim, assumida para realçar a transparência da nossa conduta profissional. Temos certeza que agir assim torna o ambiente político mais saudável, faz os debates avançarem numa paisagem na qual todos os protagonistas têm seus contornos definidos.

Todos os brasileiros estão convocados a fazer História com seus atos e seus votos nas urnas de 2022. Omissões não deverão ser toleradas. O ato inaugural do Brasil 247 e da TV 247 está aqui. Nós o lançamos nas redes e esperamos que cumpra o destino de furar bolhas e singrar oceanos – sobretudo aqueles que ora se apresentam com ondas adversas.

Navegar é preciso; o porto seguro está à espreita.

 






Em entrevista ao repórter Leonardo Sanchez, Wagner Moura declarou voto a Lula e falou sobre o governo atual de Bolsonaro e o lançamento do filme Marighella. O ator chegou a definir a vitória de Bolsonaro em 2018 como “trágica, mas pedagógica” por revelar que o Brasil é “um país autoritário, violento, racista, de uma elite escrota” segundo ele.





E no Brasil . . . 11/12/2021

 














Moro : Um peão no tabuleiro de xadrez da Guerra Híbrida





Antônio Carlos de Almeida Castro, Kakay

O Brasil é um país desesperadamente complexo. Aquela piada antiga e preconceituosa, sobre Deus ter feito um país sem terremotos, maremotos e tufões, mas, em compensação, ter colocado um povo que iria dar o que falar, parece ser, em parte, tristemente verdadeira. Esse povo é a elite brasileira. Em alguns momentos, a gente até anseia por uma catástrofe natural para ocupar o espaço do fracasso de certa parte dessa aristocracia.

Em um período de profunda crise, com o país mergulhado num desastre causado pela administração caótica do Presidente da República, esse grupo, que optou pelo tsunami eleitoral ao eleger um fascista, está agora apoiando o criador de quem nos levou ao caos. Um ex-juiz que instrumentalizou o Judiciário, que foi “julgado” pelo Supremo Tribunal Federal como alguém que corrompeu o sistema de justiça e que mercadejou a toga ao aceitar ser ministro do governo eleito por suas peripécias apresenta-se agora como salvador da pátria e recebe o apoio de boa parte da elite, principalmente da mídia.

E é preocupante ver que o vazio de ideias tem uma enorme aceitação popular. O Moro e seus asseclas, por ele comandados na triste Operação Lava Jato, não tiveram nenhum pejo em subverter todo o sistema de justiça para atingir seus objetivos políticos.

Descaradamente, usaram o Poder Judiciário e parte do Ministério Público com o objetivo de assumir o poder. E, num primeiro momento, conseguiram, pois foram os grandes vencedores nas últimas eleições, sendo que o juiz ativista virou Ministro da Justiça do Bolsonaro. E ele usou a estrutura do ministério para fustigar os seus adversários políticos. Os dele e os do seu chefe de então. Só romperam na divisão do poder, briga de quadrilha.

Talvez, a única frase lúcida da “conge” do Moro foi quando ela disse que ele e o Bolsonaro eram a mesma pessoa. Rasos e inescrupulosos. Penso que, muito dificilmente, um Presidente da República, com todo o poder que tem em um sistema presidencialista, deixe de ir para o segundo turno. Mas temo que essa elite brasileira seja capaz de se unir em torno desse usurpador barato, um ex juiz que desonrou o Judiciário, caso considere que ele é a única chance de ganhar do Lula.

Por isso mesmo é necessário debater em público quem é e o que representa o bando liderado por Moro. E mostrar que o discurso falso e puritano nada mais é do que a continuação do plano que ele executou em busca do poder a qualquer custo, enquanto juiz. No Judiciário, como juiz-político, ele corrompeu o sistema de justiça, liquidou deliberadamente setores da economia nacional, apoiou o atraso na legislação penal, estuprou a Constituição e se vendeu como um Deus salvador. No Executivo, como líder desse poder, ele pretende aprimorar a barbárie implementada pelo seu ex- chefe e ex-sócio do poder.

O Brasil foi jogado num abismo pelas ações e omissões criminosas do governo Bolsonaro. Um muro intransponível foi levantado e dividiu o país pela ignorância, crueldade e intransigência do fascismo implementado. A ideia do bando do Moro é aumentar o fosso, fortalecer a muralha da discórdia e dar um verniz para a barbárie.

Anuncia-se uma longa noite para o país, com uma nuvem de densa fumaça que poderá nos tirar a visão e o ar. O que estamos vivendo com a obviedade do obscurantismo – que choca o mundo – poderá ser agravado com a falsa impressão de um moralismo hipócrita e um pretenso saber intelectual.

Esse grupo é a cara dos tempos de fake news e de mentiras. Resta-nos fazer o enfrentamento em defesa da civilização. Com coragem e determinação, em nosso nome e em homenagem a um Brasil que foi saqueado pela dupla Bolsonaro e Moro. Realmente eles são um só.

Sempre com a poesia do grande Miguel Torga, em Penas do Purgatório:

“Continua a lembrança dolorosa nas cicatrizes.
Troncos cortados que não brotam mais.
E permanecem verdes, vegetais.
No silêncio profundo das raízes.”


Antônio Carlos de Almeida Castro, conhecido pela alcunha de Kakay é um advogado criminalista brasileiro.





“ Muitas pessoas que apoiaram Sergio Moro contra Lula agora admitem que foram enganadas ”, destaca a jurista Carol Proner

Carol Proner

Não deixa de surpreender o descaramento de Sergio Moro quando se lança a pré-candidato à Presidência da República justamente contra Lula e depois de tudo o que fez. E mais ainda, quando lança um livro pedante, jactando-se de herói contra a corrupção e contando meias verdades a respeito da saga ilegal que promoveu como juiz da Lava Jato e como ministro do governo fascista.

Tem um lado provinciano nisso tudo, mas não é só isso. Há método nessa afetação bairrista de achar que pode discordar do Supremo Tribunal Federal, das leis, da Constituição.

Por exemplo, quando Moro lança a ideia de uma Corte Nacional Anticorrupção ele não está somente propondo a instalação de um tribunal de exceção, totalmente inconstitucional, mas sugerindo importar um método que tem sido usado em outros países, como na Ucrânia em 2019 e que, além de funcionar mal, tem servido como instrumento jurídico de desestabilização regional.

E mesmo antes, as International Anti-Corruption Court (IACC) são iniciativas formuladas na primeira década do século XX por magistrados, parlamentares, empresários e ONGs dos Estados Unidos e de governos aliados, como a Colômbia de Ivan Duque, com o objetivo de flexibilizar garantias penais e fortalecer a aplicação das leis criminais contra líderes supostamente corruptos.

Em recente evento internacional na cidade do México, o chamado Grupo de Puebla, que reúne líderes progressistas de 20 países, concluiu que a utilização do sistema de justiça e seus recursos legais na América Latina continua ativa, funcionando como arma de guerra não convencional e contribuindo com rupturas institucionais e ameaças aos sistemas democráticos.

O grupo jurídico que estuda casos comparados de lawfare na região constata claramente o uso da judicialização da política como forma de desestabilização de governos adversários. Constatam a mescla do aparato jurídico de processos criminais com sistemas eleitorais e a ingerência de organizações como a Organização dos Estados Americanos, dirigida pelo Secretário-Geral Luiz Almagro e, a partir daí, toda uma teia de instituições e organismos públicos e privados que administram o “tema da corrupção” como fator de instabilização geopolítica.

Eis que Moro não deu essa volta profissional por acaso. Esse giro de profissões, de magistrado a advogado, do poder judiciário para o poder executivo e agora anunciando medidas legislativas para salvar o país da corrupção, tudo isso tem método e serve a interesses alheios.

É importante levar a sério, não a candidatura de alguém que atuou como um delinquente judicial, mas o propósito de trair interesses nacionais e os apoios que esse projeto arregimenta. Quem é a claque curitibana que aplaude Sergio Moro no Teatro Positivo, quem são os políticos que lhe dão a forma “partido”, o que defendem, quem são as ONGs que o cercam, quem é a mídia que o sustenta?

Muitas pessoas que apoiaram Sergio Moro contra Lula agora admitem que foram enganadas, levadas a erro, mas de boa fé, a partir da legítima vontade de ver o país livre da corrupção.

E depois de tudo o que vivemos, de ver a devastação política e econômica produzida pela Lava Jato, penso que não temos mais o direito à ingenuidade.

Nosso país está em franco processo de destruição e o bom-mocismo lavajatista está na origem dos principais males, entre eles as eleições fraudadas em 2018 e a chegada de Jair Bolsonaro ao poder.


 Carol Proner  Doutora em Direito, professora da UFRJ, diretora do Instituo Joaquín Herrera Flores – IJHF


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Nosso tempo é precioso e devemos gastá-lo só com quem merecer





Eu costumava bater de frente, quando entendiam errado o que eu dizia. Hoje, não perco mais tempo tentando provar nada a ninguém, de jeito nenhum. O meu tempo é precioso e resolvi aproveitá-lo fazendo o que eu gosto, junto com quem me faz bem.

Marcel Camargo

Uma das coisas mais desagradáveis que ocorrem é sermos mal entendidos, quando o outro deturpa nossas palavras ou nossas atitudes, descontextualizando-as e utilizando-as em proveito próprio, enquanto nos coloca como o vilão da história. A gente acaba até ficando sem saber se nós é que não soubemos nos colocar ou se o outro é que não sabe interpretar um texto.

Infelizmente, quanto mais tentarmos provar o nosso ponto de vista, quanto mais nos explicarmos, pior ficaremos, porque quem não entende da primeira vez raramente compreenderá dali em diante. Quem se faz de bobo e de vítima jamais será capaz de assumir seus erros, de se responsabilizar por seus atos, de se colocar no lugar de alguém. Tentar fazê-los enxergar além de seu umbigo é inútil.

Na verdade, teremos que sempre ser verdadeiros e claros, com todo mundo, pois, assim, quem nos conhece de fato e gosta de nós não se abalará com as maledicências que alguém tentar espalhar sobre nossa pessoa. Temos que ter a tranquilidade de que vivemos de acordo com o que somos, sem dissimulações e meias verdades, para que a mentira alheia não nos atinja nunca, tampouco possa ser levada em conta por quem nos é importante.

Eu costumava bater de frente, quando entendiam errado o que eu dizia, quando maldiziam minhas atitudes. Hoje, não perco mais tempo tentando provar nada a ninguém, de jeito nenhum. O meu tempo é por demais precioso e resolvi aproveitá-lo fazendo o que eu gosto, junto com quem me faz bem. Hoje, tenho a certeza de que muitas pessoas só entenderão aquilo que quiserem e da maneira que melhor lhes convier.

Não importa o que eu diga ou o que eu faça, muitas pessoas somente interpretarão minha vida de acordo com o nível de percepção delas mesmas, para que possam se justificar através dos erros que transferem ao mundo – segundo elas mesmas, elas nunca erram. Não tenho muito tempo livre, portanto, não gastarei mais energia com quem não merece. Vivamos!