Um lindo exemplo de amor ao próximo. Você vai se emocionar ! / Não se esqueça : nascemos sem trazer nada e morremos sem levar nada !




Um lindo exemplo de amor ao próximo. Você vai se emocionar !  

Vendo que um menino de 22 anos em uma bicicleta danificada era quem chegava para entregar sua comida, um ministro da Malásia decidiu fazer algo a respeito. Então, resolveu dar a ele a possibilidade de melhorar seu emprego.

Uma das profissões que sem dúvida vieram para ficar é a de entregadores de comida. Eles não só significam um grande benefício para aqueles de nós que querem desfrutar de um pouco de variedade em nossos almoços, mas também não podemos sair para comer fora devido às quarentenas impostas para limitar a disseminação de COVID-19, mas eles também abriram a possibilidade de milhares de pessoas em todo o mundo encontrarem um meio de transporte e começarem a trabalhar agora mesmo.

Mas embora no papel pareçam quase uma solução ideal para problemas como o desemprego ou a falta de recursos, na prática o que temos é uma situação em que quem tem acesso ao que pode fazer toda a diferença.


Isso é o que Steven Sim Chee Keong, um ministro do governo da Malásia, descobriu depois de pedir comida a um dos entregadores. Quando foi até a porta para receber o pedido, o que encontrou foi um menino que havia acabado de atingir a maioridade. Mas isso não foi o mais preocupante do encontro, mas sim o fato de o menino ter chegado à sua porta não em uma das tradicionais motocicletas desses entregadores.

O menino, chamado Mohamad, pedalava uma bicicleta velha, que parecia não estar nas melhores condições.


Quando o político lhe perguntou sobre seu meio de transporte, ele teve uma surpresa amarga: a bicicleta não era sua, mas ele a havia emprestado de um amigo:

“Quando perguntei por que ele estava andando de bicicleta e não uma motocicleta como todo mundo, ele respondeu que não tinha uma motocicleta. Quando perguntei a Mohamad de que ajuda ele precisava, ele ficou com vergonha de responder. Ele não reclama da sua situação, mas é grato pelas oportunidades que tem.“ – Steven Sim Chee Keong em seu Facebook –

Steven decidiu que deveria fazer algo a respeito. Foi assim que levou Mohamad consigo a uma loja de motos, dando ao menino a possibilidade de escolher a que mais gostou. Assim que terminaram a compra daquele “upgrade” para a vida do jovem entregador, Steven perguntou se ele estava com fome.

Deixando a motocicleta apoiada do lado de fora, o ministro e o entregador entraram em um local para compartilhar uma deliciosa pizza. Mohamad não poderia estar mais grato pelo gesto deste notável servidor público.








Não se esqueça : nascemos sem trazer nada e morremos sem levar nada !


Marcel Camargo

A gente não se lembra do carro, da roupa, dos móveis de quem se foi, pois o que fica no sorriso da gente é tudo o que a pessoa nos fez de bom, é a forma como a pessoa nos fez sentir o mundo.

Neste ano, passei por duas perdas muito tristes e difíceis em minha vida. Quando algo assim acontece, a gente tem que começar a refletir sobre várias coisas, para buscar algum sentido naquela dor toda.

Nada pode trazer de volta quem morreu, trata-se de algo que não tem mais volta e, por isso mesmo, somos obrigados a ter que digerir o que aconteceu e tentar arranjar forças para prosseguir.

Então, eu pude perceber que o que nos dá força e nos faz levantar, a cada novo dia, é justamente tudo aquilo que acumulamos dentro de nós, em nossos corações.


São as lembranças dos momentos felizes, dos sorrisos, do colo, dos abraços e das palavras doces que nos agigantam frente à dor do vazio que se instala à nossa volta.

Não importa o tanto de luxo que nos rodeia, o modelo de nosso carro ou a marca de nossas roupas, o consolo afetivo que nos resguarda da demora na tristeza vem de dentro.

Nossas digitais não se apagam das vidas que tocamos. Nenhuma herança material substitui o legado de amor e de afeto que as pessoas que amamos nos deixam.

Por isso é que não dá para entender tanta gente se importando tanto com o que não se leva dessa vida. Pessoas se desentendem por dinheiro, brigam por um cargo, puxam o tapete por conta de status, distanciam-se da família para juntar renda e mais renda, e então, sem aviso prévio, tudo muda num átimo de segundo. Doenças, acidentes, desemprego, não há o que não possa acontecer, visto nada ser previsível nesta vida e, infelizmente, muitos acabam deixando para trás momentos de partilha amorosa verdadeira e que não voltam mais.

Como diziam nossos avós: da vida nada se leva. Chegamos sem nada e saímos da mesma forma. O que fica é amor, sentimento, afetividade.

Perderemos muitas pessoas ao longo de nossa jornada, mas, caso tenhamos realmente vivido com verdade junto a elas, teremos forças para enfrentar o mundo quando não mais estiverem conosco.

É assim que a gente caminha, haja o que houver.





5 perguntas para saber se você realmente se ama



Se você se ama, as emoções e a vida em geral tendem a se equilibrar. A autoestima faz com que seus planos e suas relações sejam mais fluidos. Além disso, também faz com que você seja mais forte e esteja mais preparado para assumir os acertos e os erros.

Se você se ama (isto é, tem amor-próprio), a vida se torna mais fácil. Em partes porque o amor-próprio está muito relacionado com a autoestima, e a autoestima é um pilar fundamental para ter saúde mental. No entanto, o apreço que cada um tem por si mesmo não é algo que permanece imutável. Há momentos e etapas nas quais somos mais dados a nos amar e outros em que é difícil ver um lado bom em si mesmo.

Quando você ama a si mesmo, a vida flui com mais sentido. Além disso, é mais provável que você acerte em suas escolhas e que as relações com os outros ganhem fluidez. Por isso, se as coisas não estão indo bem, é importante que você se pergunte como é a relação que tem consigo mesmo.

Há algumas perguntas que podem te ajudar a analisar se você se ama o suficiente para que esse amor te ajude. São um guia e não incluem todos os aspectos, mas sim os mais essenciais. Através delas, você poderá fazer uma revisão geral da forma como você se percebe e se trata. Cinco dessas perguntas são as seguintes.

Questões para entender se você se ama de verdade

“ Tenha fé no que existe aí dentro ”
- André Gide -

1. Você aceita seus defeitos e suas limitações?

Aceitar-se é compreender que você comete erros e que tem defeitos e limitações, e, ao mesmo tempo, não se irritar nem se preocupar ou se envergonhar com isso. Não se trata de ser conformista, mas sim de não ter problemas em admitir que, assim como os demais seres humanos, você é alguém que está em processo de crescimento.

A autoaceitação é uma evidência de que você se ama ou, pelo menos, de que você se dá a oportunidade de fazer isso. Para aproveitá-la, você precisa primeiro se conhecer. E também contar com uma visão realista, compreensiva e ampla sobre o ser humano. Implica não se comparar com os demais, mas reconhecer e conceder valor à sua própria história e às suas próprias particularidades.

2. Você valoriza suas virtudes e conquistas?

Tão importante quanto identificar os defeitos e as limitações é reconhecer as suas virtudes e conquistas. Sobretudo, dar-lhes um valor justo. Esse valor não depende do julgamento dos outros, mas da autoavaliação do que significam. Somente você sabe quanto esforço investiu em conseguir o que tem. Somente você sabe o quanto cresceu.

O orgulho pelo que você conquistou com seu esforço é uma prova de que você se ama. Esse orgulho não é vaidade, nem soberba, mas um sentimento de dignidade que nasce de uma percepção objetiva e serena do que você é. Valorizar-se não é se vangloriar, mas se sentir merecedor de respeito e apreço.

3. Você compreende e se perdoa pelos seus erros?

O tema de compreender e perdoar nossos erros não é tão fácil quanto parece à primeira vista. Torna-se simples se o que está em jogo não é determinante ou se os outros não dão mais destaque ao equívoco. Em contrapartida, quando um erro nos leva a uma consequência significativa ou aqueles que nos rodeiam nos criticam, deixa de ser fácil o ato de perdoar a nós mesmos.

Ninguém gosta de cometer erros, apesar de serem eles que nos permitem crescer. A verdade é que gostaríamos de acertar sempre, mas isso não é possível. Se você se ama, será mais fácil o processo entre o reconhecimento do erro, o incômodo por tê-lo cometido e o processo de aceitação, aprendizagem e perdão.

4. Você se permite expressar seus sentimentos, mesmo que desagradem aos outros?

Todos nós já nos deparamos alguma vez com alguém que questionou o que sentíamos. Vimos como nosso medo e nossa tristeza eram os em dúvida e julgados. Inclusive, é provável que nós também já tenhamos caído nessa tentação alguma vez.

Se você se ama, a dúvida ou a crítica dos outros não impedirá que você expresse o que sente. Você vai entender que tem o direito de manifestar aquilo que está em seu mundo interior; se os outros não aceitam, ou não toleram, o problema está neles, e não em você.

5. Você cuida do seu corpo e da sua mente?

Uma das mais claras manifestações de que você se ama é realizar ações para preservar e cuidar do seu corpo e da sua mente. Ações como ter atenção com a sua alimentação, fazer exercícios, praticar meditação, fazer algum esporte, ler, se divertir, etc.

Quando gostamos de nós mesmos, é mais provável que criemos um estilo de vida que nos seja favorável. Damos importância ao trabalho, mas também ao descanso. Às metas, mas também ao lazer. Ao desenvolvimento profissional e também às nossas relações sociais e afetivas.

Os seres humanos são dinâmicos e têm altos e baixos constantes. A autoestima sobe e desce, mas quando trabalhamos para fortalecê-la, ela se mantém em níveis adequados. Vale a pena fazer um esforço para que seja assim. Isso faz com que a nossa vida seja mais tranquila e plena. 







Em " Peste Brasileira ", no Le Monde, Raí destaca a pandemia no Brasil e diz : " Vacina sim ! Ele Não ! "




"A Peste" brasileira

Raí*

Colunista convidado

14/05/2021 16h30 Atualizada em 14/05/2021 22h09

Que me perdoem Camus, seus estudiosos e milhões de admiradores, peço licença para repetir aqui algumas de suas palavras, do clássico "A Peste", de reivindicar tua audácia, uma ousadia à imagem das tuas, para me ajudar neste momento de súplica rebelde, deste espasmo de "combat" e de "combattant", diante de atos desumanos e suas terríveis consequências.

Como brasileiro, como tantos outros e perante o mundo, assumo aqui que estamos habitados, sitiados, nestes tempos sombrios de nossa história, por mais de uma terrível peste. Este duplo flagelo, cujas devastações são apenas o acréscimo de nossos próprios erros coletivos, que pode contaminar muito além de nossas fronteiras.

Além da "Peste" biológica, epidemia pessimamente gerida, causadora da maior crise sanitária da história do Brasil, temos outro mal, que no longo prazo pode deixar terríveis sequelas ainda mais profundas. A peste antidiplomática que nos isola, a peste que corrói a Amazônia, o meio ambiente e persegue os que a protegem, o mal que distancia a vigilância e permite passar a boiada, aceita garimpos em reservas indígenas, que prefere troncos deitados a vê-los em pé, vivos, pragas cúmplices dos responsáveis por estes crimes. Também a peste que castra liberdades, ameaça a democracia e resgata a censura, a peste preconceituosa que promove a intolerância, a homofobia, o machismo e a violência.

Enfim, a Peste que nos destrói, destrói a razão e o bom senso, que perturba nossa essência, nossa consciência e nega a ciência. A Peste que promove o ódio é inimiga das artes e da cultura. Ela, que tem suas próprias variantes, é obra de um clã. Associada ao distanciamento, ao negacionismo, a desinformação, a mentira, acaba por reprimir, mesmo que temporariamente, nossa revolta, resistência e indignação.

Citamos Camus: "Os flagelos, na verdade, são uma coisa comum, mas é difícil acreditar neles quando se abatem sobre nós. Quando estoura uma guerra, as pessoas dizem: 'Não vai durar muito, seria estúpido'. Sem dúvida, uma guerra é uma tolice, o que não a impede de durar. A tolice insiste sempre, e nós a compreenderíamos se não pensássemos sempre em nós"

Sim, aqui do outro lado do Atlântico, este oceano que nos separa e nos aproxima, amigo francês, vemos de tudo. Da "ocupação" de boa parte de nosso espírito, até ideias muito próximas de um nazismo medíocre, ao menos de um ideal genocida de poder, que se pretende genocida de ideias, mesmo que para isso a morte de concidadãos enteja no caminho, nem que para isso aconteça um massacre humanitário, desnecessário, com centenas de milhares de mortes evitáveis.

O mal está espalhado: meio ambiente, relações internacionais, Fundação Palmares, direitos humanos. Chegamos ao cúmulo de assistirmos um certo secretário de Cultura parafraseando em rede nacional o discurso de Joseph Goebbels, ministro de Adolf Hitler antissemita, maldita alma da pior das ideologias.

"Tinham visto morrer crianças, já que o terror, há meses, não escolhia, mas nunca lhes tinham seguido o sofrimento minuto a minuto, como faziam desde essa manhã".

No nosso caso (que revoltaria ainda mais os personagens de Camus), morrem inocentes por falta de oxigênio, e/ou por falta de leitos.

É preciso então, mais que resistir. Contra este peste brasileira que veste um terno sombrio com seu sorriso astuto, ataca seus adversários com repressão, agressão e perseguição, resgatando "sobras legais" herdadas da ditadura, como a lei de segurança nacional. Nosso Brasil, depois de ter passado por 20 anos de torturas, assassinatos, censuras, pensávamos nunca mais sofreríamos deste mal.

Ainda Camus: "O padre dizia que a virtude da aceitação total de que falava não podia ser compreendida no sentido restrito que lhe era habitualmente atribuído, que não se tratava da banal resignação, nem mesmo da difícil humildade". "Era por isso - e Paneloux afirmou ao seu auditório que o que iria dizer não era coisa fácil - preciso querê-la, porque Deus a queria".

"O Brasil acima de tudo e Deus acima de todos" Este era o slogan da última campanha presidencial, esta que acompanhou a vitória do inominável. Alguns de nós já imaginávamos que por detrás destas palavras, se escondia a carne do mal coberta pela fake pele de um fake salvador da pátria, uma clara tentativa de iludir cidadãos de boa-fé, evangélicos, fiéis e crentes de Deus, já feridos e traídos em sua cidadania, querendo fazer crer que toda e qualquer atitude de seu governo segue princípios divinos.

Pois me diga, que Deus seria este que destrói e coloca a vida humana em um plano tão desprezível?

"Porque ele sabia o que essa multidão eufórica ignorava e se pode ler nos livros: o bacilo da peste não morre nem desaparece nunca, pode ficar dezenas de anos adormecido nos móveis e na roupa, espera pacientemente nos quartos, nos porões, nos baús, nos lenços e na papelada. E sabia, também, que viria talvez o dia em que, para desgraça e ensinamento dos homens, a peste acordaria seus ratos e os mandaria morrer numa cidade feliz".

E me permita completar, e em meu país, perigosamente distraído.

O Brasil que queremos e que o mundo precisa, também negou o horror que se aproximava. E, portanto, há décadas os ratos já estavam aqui mostrando seus rostos e dentes, de olhos revirados, afiando suas unhas. E não nos atentamos. Será que nós, concidadãos, e sobretudo nosso parlamento, também somos negacionistas/cumplices, ao não querer enxergar o tamanho do perigo, ao nos sujeitarmos a este poder já manchado de sangue e de crimes?

Eu sei que longo prazo, e seja qual for o país, o homem corajoso, o cientista, o resistente conseguirão juntos derrotar o mal. Aqui, não será tão simples assim, porque carregamos nas nossas costas a histórica extrema desigualdade, econômica, social e educacional que esteriliza alguns comportamentos e aniquila a vontade de ruptura.

Toda Peste causa separações profundas e dolorosas. E olhem nós aqui, já isolados, tratados como pária do mundo... mas, sobretudo, separados de nós mesmos, desviados do Brasil que viemos para ser, do nossa essência, da nossa natureza, do país do futuro e de um mundo mais humano e justo. Do país exuberante, da alegria de viver que faz sonhar, que dança, brinca, canta e encanta. Porém, ao nos rendermos ao mal, passivos, mostramos o que temos de pior. O país da miscigenação não pode ser o da negação do seu próprio destino!

"O flagelo não está à altura do homem; diz-se então que o flagelo é irreal, que é um sonho mau que vai passar. Mas nem sempre ele passa e, de sonho mau em sonho mau, são os homens que passam?"

Como fazer para se livrar deste pesadelo? Sobretudo não fiquemos anestesiados, amordaçados por esta "angústia muda". Fora com este mal maior, fora a estupidez que desencoraja o uso de máscaras, que dificulta o combate ao vírus, que mata e deixa morrer, e ainda insiste!

Vacinemo-nos uma vez por todas! Vacinemo-nos também para expulsar de nós o mal maior, que vai muito além do agente infeccioso microscópico, que gangrena nosso "corps social".

Porque não basta identificar o sequenciamento do vírus que nos impõe suas leis e viola nossos direitos, devemos agora encontrar o antídoto. Vacina sim! Ele não! Ele nunca mais! Fora Bolsonaro! Caso contrário, nos tornaremos a nossa própria peste.

"A partir desse momento, pode-se dizer que a peste se tornou um problema comum a todos nós".


*Raí é ex-jogador de futebol, campeão do mundo e ativista/empreendedor social. Texto publicado originalmente no jornal francês Le Monde.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.






“ Se a elite conseguisse se reencontrar com o Lula de 2003, ela fechava imediatamente com ele ”, diz Fernando Horta

 



247 - O historiador Fernando Horta, em entrevista à TV 247, avaliou que a elite brasileira, assim como em 2003, deseja se aliar ao ex-presidente Lula na eleição presidencial de 2022. No entanto, ele destaca que o cenário atual é diferente, já que bolsonaristas e conservadores ocupam mais espaço político.

Questionado se existe espaço para uma “repactuação” entre a elite e o petista, Fernando respondeu: “Esse é todo o caminho que eles [as elites] querem. Hoje, se eles pudessem voltar com o Lula de 2003, levantariam as mãos para o céu. Se eles pudessem retomar o primeiro e segundo governos Lula, fechava imediatamente com ele. A questão é que, hoje, tem no tabuleiro político brasileiro mais dois atores importantes que não tínhamos em 2003. Primeiro, é essa direita raivosa, que são caracterizados por bolsonaristas, mas não apenas. Temos conservadores de toda sorte nesse processo, que hoje são atores políticos relevantes e que não tínhamos em 2003. E, essencialmente, não se sabe como será o ator político Luiz Inácio Lula da Silva. Porque uma coisa é o presidente em 2003, que havia amainado seu discurso durante três eleições, que vinha se mostrando para a sociedade e num dado momento deixou de usar camisa polo vermelha para usar terno e gravata. Outra coisa é Luiz Inácio hoje, saído de uma prisão claramente injusta, que ele sabe que lhe foi impingida e urdida por essa elite. E em todos os discursos Luiz Inácio vem procurar a ideia de que não tem nenhum tipo de sentimento de vingança. Temos que entender que o ser humano é ser humano. O Lula não é nenhum ser divino”.

O historiador destaca que um processo de negociação com a elite buscará evitar “uma espécie de revanchismo” por parte de Lula, que já vem se mostrando como um “mediador”. “Portanto, as elites brasileiras ainda não estão com certeza suficiente para saber se efetivamente não haverá uma espécie de revanchismo com Lula no poder. Então há aí um processo de negociação. Essa negociação está se dando ao longo do tempo, e acho que o Luiz Inácio Lula da Silva está levando isso de forma muito correta, aparecendo como um estadista, como alguém mediador, se colocando inclusive na posição de centro, indo conversar com Maia, com Sarney... A ideia é essa. Agora, vamos ver se ele consegue convencer essa elite para que isso possa efetivamente se consolidar. Mas não tenho dúvida que hoje, a escolha seria Luiz Inácio de 2003”, completou.


Postado em Brasil 247 em 14/05/2021