A história do Big Brother


 




Estudiosos revelam ligação entre a forma grave da Covvid-19 e a escassez das vitaminas A e D



Estudiosos nomeiam mais uma vitamina cujo déficit é ligado à forma grave da Covid-19

Especialistas da Universidade de Medicina em Ancara (Turquia) revelaram a importância da vitamina A no percurso da doença. Cientistas analisaram as amostras de sangue de um grupo de pessoas saudáveis e de pacientes infectados pelo SARS-CoV-2 que se encontravam na unidade de terapia intensiva em estado gravíssimo.

Agência Sputnik - Cientistas revelaram a ligação entre a forma grave da COVID-19 em pacientes com escassez de outra vitamina, além da vitamina D.

Especialistas da Universidade de Medicina em Ancara (Turquia) revelaram a importância da vitamina A no percurso da doença. Os resultados do estudo foram publicados no portal medRxiv.

Os cientistas analisaram as amostras de sangue de um grupo de pessoas saudáveis e de pacientes infectados pelo SARS-CoV-2 que se encontravam na unidade de terapia intensiva em estado gravíssimo. Revelou-se que os infectados tinham concentração baixa do retinol, ou seja, da forma biodisponível da vitamina A, mesmo nos casos de tratamento com medicamentos que impedem sua eliminação do organismo.

Segundo pesquisadores, a vitamina A desempenha um papel importante no combate à COVID-19, uma vez que é necessária para o organismo humano sintetizar interferons do tipo I, isto é, moléculas de proteínas antivírus capazes de desacelerar a reprodução do SARS-CoV-2.

Os cientistas chegaram à conclusão que as falhas na transmissão de sinais de retinoides, causadas pelo nível baixo da vitamina A, podem ser a principal disfunção patogénica que leva à forma grave da COVID-19.

Recentemente, pesquisadores britânicos revelaram a relação entre vitamina D e gravidade da COVID-19, afirmando que deficiência desta vitamina é um dos fatores da gravidade do coronavírus.



Alimentos ricos em vitamina A

Tatiana Zanin  Nutricionista

Os alimentos ricos em Vitamina A são principalmente fígado, gema de ovo e óleos de peixes. Os vegetais como cenoura, espinafre, manga e mamão também são boas fontes dessa vitamina porque contêm carotenóides, substância que no organismo será transformada em vitamina A.

A vitamina A tem funções como manter a saúde da visão, da pele e dos cabelos, fortalecer o sistema imunológico e garantir o bom funcionamento dos órgãos reprodutivos. Por ser um antioxidante, ela também é importante para a prevenção do envelhecimento precoce, de doenças cardiovasculares e de câncer.

Alimentos ricos em vitamina A


Lista de alimentos ricos em vitamina A

A tabela abaixo traz a quantidade de vitamina A presente em 100 g de alimento:

Alimentos ricos em vitamina A de origem animalVitamina A (mcg)
Óleo de figado de bacalhau30000
Figado de vaca grelhado14200
Figado de frango grelhado4900
Queijo cottage653
Manteiga com sal565
Mariscos ao vapor171
Ovo cozido170
Ostras cozidas146
Leite de vaca integral56
Iogurte natural semi-desnatado30
Alimentos ricos em vitamina A de origem vegetalVitamina A (mcg)
Cenoura crua2813
Batata-doce cozida2183
Cenoura cozida1711
Espinafres cozidas778
Espinafres cruas550
Manga389
Pimentão cozido383
Acelgas cozidas313
Pimentão cru217
Ameixa seca199
Brócolis cozido189
Melão167
Papaia135
Tomate85
Abacate66
Beterraba cozida20

A vitamina A também pode ser encontrada em suplementos como o óleo de fígado de peixe, que podem ser usados em casos de carência de vitamina A, seguindo orientação médica ou do nutricionista. Os sintomas da falta de vitamina A podem se manifestar com lesões na pele, infecções frequentes e cegueira noturna, que é a dificuldade de adaptar a visão em lugares com pouca luz. Normalmente os prejuízos causados pela falta de vitamina A são reversíveis, devendo-se tomar suplementos de vitamina para suprir a carência, de acordo com orientação médica.

Dose diária recomendada de vitamina A

As necessidades de vitamina A variam de acordo com a fase da vida:

Bebês de 0 a 6 meses:            400 mcg/dia
Bebês de 6 a 12 meses:          500 mcg/dia
Crianças de 1 a 3 anos:           300 mcg/dia
Crianças de 4 a 8 anos:           400 mcg/dia
Meninos de 9 a 13 anos:         600 mcg/dia
Meninas de 9 a 13 anos:         600 mcg/dia
Homens a partir de 14 anos:   900 mcg/dia
​Mulher a partir de 14 anos:     700 mcg/dia
Gestantes:                             750 a 770 mcg/dia
Lactentes:                              1200 a 1300 mcg/dia

Esses valores são a quantidade mínima de vitamina A que deve-se ingerir por dia para manter o bom funcionamento do organismo.

Uma alimentação diversificada é suficiente para atingir a dose diária recomenda de de vitamina A, por isso deve-se ter cuidado ao usar suplementos vitamínicos sem orientação médica ou do nutricionista, pois o excesso de vitamina A também traz prejuízos à saúde. Alguns dos sintomas relacionados ao excesso dessa vitamina são dores de cabeça, cansaço, visão turva, sonolência, náuseas, perda de apetite, coceira e descamação da pele e queda de cabelo.



Alimentos ricos em vitamina D

Tatiana Zanin  Nutricionista

A vitamina D pode ser obtida a partir do consumo de óleo de fígado de peixe, carnes e frutos do mar. No entanto, apesar de poder ser obtida por meio de alimentos de origem animal, a principal fonte de produção da vitamina é através da exposição da pele aos raios de sol, e, por isso, é importante que a pele seja exposta diariamente ao sol por pelo menos 15 minutos entre as 10h e as 12h ou entre as 15h e as 16h 30.

A vitamina D favorece a absorção do cálcio no intestino, sendo importante para fortalecer os ossos e os dentes, além de evitar diversas doenças como raquitismo, osteoporose, câncer, problemas cardíacos, diabetes e hipertensão. Veja outras funções da vitamina D.

Os alimentos ricos em vitamina D são especialmente de origem animal. Assista o vídeo seguinte e veja quais são esses alimentos:


Lista de alimentos ricos em vitamina D

A tabela a seguir indica a quantidade desta vitamina em cada 100 g de alimento:


Vitamina D por cada 100 gramas de alimento
Óleo de fígado de bacalhau252 mcg
Óleo de salmão100 mcg
Salmão5 mcg
Salmão defumado20 mcg
Ostras8 mcg
Arenque fresco23,5 mcg
Leite fortificado2,45 mcg
Ovo cozido1,3 mcg
Carnes (frango, peru e porco) e vísceras em geral0,3 mcg
Carne de boi0,18 mcg
Fígado de galinha2 mcg
Sardinha enlatada no azeite40 mcg
Fígado de boi1,1 mcg
Manteiga1,53 mcg
Iogurte0,04 mcg
Queijo cheddar0,32 mcg

Quantidade diária recomendada

Caso a exposição solar não seja suficiente para obter as quantidades diárias de vitamina D, é importante que a quantidade seja alcançada através da alimentação ou de suplementos vitamínicos. Nas crianças a partir de 1 ano de idade e em adultos saudáveis, a recomendação diária é de 15 mcg de vitamina D, enquanto que pessoas mais velhas devem consumir 20 mcg por dia.

Vitamina D para vegetarianos

A vitamina D só está presente em alimentos de origem animal e em alguns produtos fortificados, não sendo possível encontrá-la em fontes vegetais como frutas, verduras e grãos como arroz, trigo, aveia e quinoa.

Por isso, os vegetarianos estritos ou veganos que não consomem ovo, leite e derivados, precisam obter a vitamina através de banhos de sol ou por meio de suplementação indicada pelo médico ou nutricionista.
Quando tomar suplemento de vitamina D

Os suplementos de vitamina D devem ser usados quando os níveis desta vitamina o sangue estão abaixo do normal, o que pode acontecer quando a pessoa tem pouca exposição ao sol ou quando a pessoa possui alterações no processo de absorção de gordura, como pode acontecer em pessoas que realizaram cirurgia bariátrica, por exemplo.

A deficiência grave dessa vitamina em crianças é conhecida como raquitismo e nos adultos, osteomalácia, sendo necessário realizar exame que permita identificar a quantidade dessa vitamina no sangue, chamado de 25-hidroxivitamina D, para determinar sua deficiência.

Geralmente, os suplementos de vitamina D são acompanhados por outro mineral, o cálcio, já que a vitamina D é fundamental para a absorção do cálcio no organismo, tratando um conjunto de alterações no metabolismo ósseo, como a osteoporose.

Estes suplementos devem ser usados sob orientação de um profissional, podendo ser recomendado pelo médico ou pelo nutricionista em cápsulas ou em gotas. 


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O egoísmo une os covardes

Fabrício Carpinejar

Algo que absorvi desde cedo: esteja ao lado do mais fraco. Esteja ao lado do mais vulnerável. Esteja ao lado de quem não vem sendo entendido.

O único jeito de ganhar alguém para sempre é não deixá-lo perdendo sozinho.

Amizade é resgate, é socorro, é trazer alguém de volta dos seus pensamentos solitários e mórbidos. É quando a paciência combate o preconceito, é quando o ouvido estende a mão imaginária contra a desistência e o desespero.

É se aproximar e dizer: “eu sei o que você vem sofrendo, conte comigo”. Só se tira alguém do sofrimento dando atenção, respeitando as suas palavras.

Não seguir o rebanho indica personalidade: aguentar ser diferente no momento em que todos se copiam.

Juntar-se a quem tem poder e fama, por sua vez, é interesse, oportunismo, afinidades do autoritarismo. Busca-se o privilégio da imunidade. Você não quer se sentir ameaçado e agride em grupo para não estar no lugar de quem é debochado.

É a pior escolha da vida. Não obedece à voz da consciência por aquilo que é mais cômodo. Foge de se expor, foge da luta, foge de defender o que é justo e certo. Para não sofrer represálias, para também não ser boicotado, para não ser encaminhado ao paredão.

Sabe que está errado, mas prefere não correr o risco de se tornar a próxima vítima. Aceita rir de quem não merece a ser zombado. O egoísmo une os covardes.

Na escola, os meus melhores amigos não eram os mais populares, os mais bonitos, mas os que ficavam excluídos e escanteados pela turma. O bullying foi o cupido de grandes cumplicidades.

São meus amigos até hoje, porque nos escolhemos pela verdade, não pela aparência. Ao nos aceitarmos, acabávamos com a rejeição. As adversidades em comum fortaleciam nossas conversas pelo recreio.

A dor partilhada é o elo mais indestrutível da confiança. Mais do que a alegria. Mais do que a festa. Mais do que a aventura.

Os afetos humilhados serão exaltados pelo tempo.






O trabalho heroico do Padre Júlio Lancellotti

 







Música “A verdade vos Libertará”, de Padre Zezinho,

cantada por Antonio Cardoso


A Verdade vos libertará. libertará

A verdade vos libertará, libertará

Não temais os que matam o corpo

Não temais os que armam ciladas

Não temais os que vos caluniam

Nem aqueles que portam espadas

Não temais os que tudo deturpam

pra não ver a justiça vencer

Tende medo somente do medo

De quem mente pra sobreviver

Tende medo somente do medo

De quem mente pra sobreviver

A Verdade vos libertará. libertará

A verdade vos libertará, libertará

Não temais os que vos ameaçam

Com a morte ou com difamação

Não temais os poderes que passam

Eles tremem de armas na mão

Não temais os que ditam as regras

Na certeza de nunca perder

Tende medo somente do medo

De quem cala ou finge não ver

Tende medo somente do medo

De quem cala ou finge não ver

A Verdade vos libertará. libertará

A verdade vos libertará, libertará

Não temais os que gritam nas praças

Que está tudo perfeito e correto

Não temais os que afirmam de graça

Que vós nada trazeis de concreto

Não temais o papel de profetas

Que o papel do profeta é falar

Tende medo somente do medo

De quem acha melhor não cantar

Tende medo somente do medo

De quem acha melhor não cantar

A Verdade vos libertará. libertará

A verdade vos libertará, libertará.



Júlio Lancellotti


Júlio Renato Lancellotti é um pedagogo e presbítero católico brasileiro. Exerce a função de pároco da paróquia de São Miguel Arcanjo no bairro da Mooca, na cidade de São Paulo. Além da paróquia, o padre também é responsável pelas missas realizadas na capela da Universidade São Judas Tadeu, situada na mesma rua. Wikipédia


Em curso um golpe antijurídico para salvar a parcialidade de Moro. Por Lenio Streck


Sérgio Moro e Lenio Streck


Publicado originalmente no site Consultor Jurídico (ConJur)


LENIO LUIZ STRECK

Este texto poderia ter apenas algumas linhas. Elas comprovam o lawfare. O uso político-estratégico do Direito pela Lava Jato.

Leiamos a matéria da ConJur que se mostra fiel aos fatos ocorridos nos dias da prisão de Lula (aqui):

No dia 7 de abril de 2018, a procuradora Lívia Tinoco, diretora cultural da Associação Nacional dos Procuradores, parafraseava o ex-presidente Lula, que, antes de se entregar para ser levado à sede da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, Lula disse: “Fico imaginando o tesão da Veja colocando a capa comigo preso. Eu fico imaginando o tesão da Globo colocando a minha fotografia preso. Eles vão ter orgasmos múltiplos”.

Tinoco então escreve em um grupo com procuradores, a sua versão parafraseada:

TRF, Moro, Lava Jato e Globo tem um sonho: que Lula não seja candidato em 2018 […] E o outro sonho de consumo deles é ter uma fotografia dele [Lula] preso para terem um orgasmo múltiplo, para ter tesão”.

(…)
 
“Língua felina [ferina]! tomou umas no churras e ainda não passou. Bebeu nada. Tá espertão. Disse que vai cumprir o mandado. Sim. Vai se entregar. Falando que não tem mais idade para pedir asilo”.

Poderia parar. Todas mensagens reveladas por autorização do STF são autoexplicativas.

Mas, por dever de professor, advogado e ex-procurador de Justiça, sigo. Para dizer que li, estarrecido que:

“Ganha corpo no meio jurídico tese alternativa capaz de cravar a suspeição de Sergio Moro, porém sem devolver os direitos políticos a Luiz Inácio Lula da Silva. No STF, por exemplo, alguns ministros entendem que, pelo fato de a condenação do ex-presidente no caso do sítio em Atibaia ter sido assinada pela juíza Gabriela Hardt, a eventual suspeição do ex-juiz da Lava Jato não anularia esse veredicto, apesar de Moro ter tocado parte do processo: Lula permaneceria barrado das eleições. O caso deve ser julgado ainda neste semestre no Supremo.”

Sim, li isso na Coluna do Estadão. A questão é que não se trata de uma “tese alternativa” no “meio jurídico”. Trata-se de uma “tese” política. Simples assim. Há que ser direto. Cada coisa tem um nome.

Essa pretensa “tese alternativa” (sic) não passa de um puxadinho hermenêutico que rebaixa o Direito à política. Coloca o Direito na segunda divisão. Se fizerem isso, abriremos mão de qualquer ideia de institucionalidade.

Por quê? Ora, não sou ingênuo. Porque é Lula (lembremos da fala da procuradora Lívia Tinoco). É óbvio. O problema? Para o Direito, não deve importar quem é o réu. Esse é o grande ponto. Dizem que aqueles que se opõem à conduta antijurídica de Moro “defendem Lula”. Ora, quem “luliza” a questão é justamente quem dá um jeito de defender o que fez o juiz Moro. Ou de deturpar princípios básicos que fazem o Direito ser o que é, para dar uma volta toda e achar uma “solução” que não desagrada os politiqueiros — sob pena de não solucionar nada.

O que estão tentando fazer é enterrar o processo penal. Bom, se pensarmos bem, parte da dogmática processual penal brasileira (hoje tomada por facilitações e discursos prêt-à-porter) nunca se preocupou, mesmo, com as garantias. Nas faculdades não se ensina processo penal. Ensina-se uma péssima teoria politica de poder. As faculdades formam pessoas que, fossem da área médica, fariam passeatas contra vacinas e contra antibióticos. Aliás, nunca foram formados tantos reacionários e fascistas nas faculdades de Direito como nos últimos quinze anos.

Se vingar a “tese alternativa” (sic), as garantias constitucionais podem ser dispensadas. Parcialidade já não é parcialidade. Querem cindir o momento da produção daquele pertinente à avaliação da prova. Ora, respondo: um juiz suspeito, parcial, que articulou com a acusação a condenação de réus, contamina todo o processo.

Ora, é bom que os adeptos da tese do “puxadinho” saibam que a questão é bem mais complexa em termos processuais:

(i) Todas as mensagens mostram que houve conluio entre juiz e acusação. Isso está cravado, para usar a linguagem do Estadão.

(ii) Assim, se o juiz se fez de acusador, já na própria investigação feita pelo MPF existe uma ilicitude originária.

(iii) Isto porque tanto a investigação como a denúncia e a instrução processual (esta presidida por Moro) são nulas, írritas.

(iv) Não há puxadinho que resolva, com ou sem a juíza Hardt.

(v) E não se diga que as mensagens são produto de prova ilícita. A uma, o ministro Lewandowski já falou que foram periciadas; a duas, porque mesmo ilícitas, ainda assim podem ser utilizadas a favor da defesa, como se aprende em qualquer faculdade, mesmo nessas que formam reacionários.

A tese do “puxadinho”, baseada, segundo a coluna do Estadão, no fato de que foi uma juíza quem condenou — no caso do sítio de Atibaia — com base nas provas de outro juiz e que, por isso, haveria dois tipos de análise, é processualmente inconsistente e inconstitucional. Quer dizer, se entendi bem, se um juiz faz de tudo durante a investigação do MP e continua fazendo na ação penal, combinando prova com a acusação e quebrando acordos internacionais (para dizer pouco), basta que, depois, venha outro e prolate a sentença, copiando, inclusive a do antecessor? É isso mesmo?

Vamos falar a sério. Judge Moro’s bias: let’s take it seriously, para imitar o título de um livro de Dworkin, Taking Rights Seriously. E vamos levar a sério isso que estou dizendo sobre levar a sério o Direito. Quem pensa que o Direito não vale nada e que é só uma instrumentalidade, peço que pense no futuro. E, quem sabe, possa dar uma chance ao rule of law. Um rule of law de verdade e não o “rollo off law” praticado pelo juiz Moro.

Numa palavra: não dá para salvar o insalvável.

POST SCRIPTUM: De como o procurador Dallagnol confessa que o processo foi político! E chama garantias de “filigranas”!

Vamos falar a sério? O acusador chama o réu, desdenhosamente de “nove”, fazendo alusão ao dedo do réu que foi cortado em acidente de trabalho. Normal?

Juiz e acusadores fazem parte de um grupo de discussão; o juiz informa que decretou prisão temporária de um réu e que para a preventiva precisa melhorar. Normal?

Um procurador diz que o vazamento das conversas de Lula e Dilma eram ilícitas (Andrey Mendonça); Dallagnol diz: isso é filigrana dentro do contexto maior que é política (sic); outro procurador, Januário, também diz que que contestar o vazamento é “filigrana”. Normal?

O grupo de discussão era tão unido que o juiz pergunta ao procurador DD se não era caso de pedir à Ajufe fazer nota oficial. Normal?

E tem mais. Muito mais. Muito mais. A mensagem transcrita no início deste artigo, de responsabilidade da procuradora Lívia, nada mais faz do que dar o tom do imaginário força tarefa e operação lava jato. Parcialidade na veia.

Registro importante: tudo o que falei aqui é material periciado. Portanto, é oficial, é verdadeiro. Deveria haver uma tarja nesse dossiê: “É expressamente proibido mostrar este material para professores de processo, constitucionalistas e estudantes de direito”.

E bula: Se persistirem os sintomas, a Constituição deverá ser consultada!





Lenio Streck

Lenio Luiz Streck é um jurista brasileiro, conhecido principalmente por seus trabalhos voltados à filosofia do direito e à hermenêutica jurídica. É professor dos cursos de pós-graduação em Direito da Universidade do Vale do Rio dos Sinos e atua como advogado. Wikipédia