Pablo Villaça destrói ataque de Bial a Petra Costa : além de estúpido, é de um sexismo colossal


Pablo Villaça, Pedro Bial e Petra Costa


“É um ataque feio feito por um jornalista que há muito se tornou defensor ferrenho dos interesses dos patrões”, respondeu o crítico de cinema, lembrando ainda que Pedro Bial escreveu a biografia de seu próprio patrão, Roberto Marinho. “É um menino querendo dizer para o papai dele que ele fez tudo direitinho”, ironiza.



247 - Em uma sequência de tuítes publicados na tarde desta segunda-feira 3, o crítico de cinema Pablo Villaça destruiu, ponto a ponto, a agressão feita pelo apresentador da Globo Pedro Bial à cineasta Petra Costa, cujo filme Democracia em Vertigem, que está disponível na Netflix, concorre ao prêmio de Melhor Documentário no Oscar 2020.



Villaça contesta os argumentos de Bial de que o filme, por exemplo, é uma obra de ficção, e toca num ponto importante: o caráter misógino de seu ataque à cineasta. 

“É uma menina querendo dizer para a mamãe dela que ela fez tudo direitinho”, insultou o jornalista, em entrevista a uma rádio do Rio Grande do Sul nesta segunda-feira. Ele disse ainda que Petra “é uma ótima cineasta”, mas que escorregou em seu último filme, para ele uma “ficção alucinada”.

“Isso, além de estúpido, é de um sexismo colossal”, rebateu Pablo Villaça, se dizendo revoltado. “Eu DUVIDO que se o filme tivesse sido dirigido por um homem, Bial tentaria atacar o realizador dessa maneira. Ele usa dois clichês misóginos ao mesmo tempo: o de que as mulheres não são capazes de pensar por conta própria e o que precisam da aprovação alheia”, acrescentou.


“É um ataque feio feito por um jornalista que há muito se tornou defensor ferrenho dos interesses dos patrões e, no processo, se esqueceu de uma lição fundamental de sua profissão: a de que os FATOS devem sempre falar mais alto do que as opiniões pessoais. É um vexame, sua fala”, disse ainda, lembrando a seguir que Bial foi o autor da biografia de seu próprio patrão, Roberto Marinho. “É um menino querendo dizer para o papai dele que ele fez tudo direitinho, que ele está ali cumprindo as ordens do papai”, ironiza.



Finalmente assisti a Democracia em Vertigem, de @petracostal. Vou escrever sobre o filme, mesmo com atraso, mas o que quero comentar agora são as declarações de Pedro Bial sobre ela e o filme.
Em primeiro lugar, Bial diz que Democracia em Vertigem é uma obra de ficção. Desafio o jornalista a explicitar quais seriam as tais "mentiras" do filme. Não estou falando sobre suas INTERPRETAÇÕES do que é relatado, mas dos fatos em si. +





A única "mentira" - com boa vontade - é a foto dos revolucionários mortos pela ditadura, que apagou armas que apareciam na imagem original. Armas que, como se descobriu depois, haviam sido PLANTADAS pelos militares.

Ou seja: a foto alterada reflete mais a verdade que a original.
Aliás, até por precaução, fui buscar artigos que afirmavam apontar as "mentiras" do doc. "LISTAMOS X MENTIRAS DE DEMOCRACIA EM VERTIGEM", afirmavam. E aí você vai ler e são itens como "a eleição do PT representava a esperança do povo mais humilde - MENTIRA".

Nesse nível.






Mas o que mais me incomodou - aliás, digo mais: revoltou - foi Bial dizer que "“é uma menina querendo dizer para a mamãe dela que ela fez tudo direitinho, que ela está ali cumprindo as ordens de mamãe, a inspiração de mamãe".

Isso, além de estúpido, é de um sexismo colossal.
Eu DUVIDO que se o filme tivesse sido dirigido por um homem, Bial tentaria atacar o realizador dessa maneira. Ele usa dois clichês misóginos ao mesmo tempo: o de que as mulheres não são capazes de pensar por conta própria e o que precisam da aprovação alheia.





É um ataque feio feito por um jornalista que há muito se tornou defensor ferrenho dos interesses dos patrões e, no processo, se esqueceu de uma lição fundamental de sua profissão: a de que os FATOS devem sempre falar mais alto do que as opiniões pessoais. É um vexame, sua fala.
O simples fato de Democracia em Vertigem ter sido distribuído (e contado com dinheiro da @Netflix) é algo cujas implicações Bial ignora. Em produções do tipo, a exigência na checagem de fatos é gigante - até por autoproteção legal. A Netflix é uma empresa pública, não limitada.





E isso é um fator que diferencia um Democracia em Vertigem de um 1964: O Brasil Entre Armas e Livros, que, feito por um think tank (ou "think"), não tem a obrigação de se apegar a esse detalhe bobo que é a tal VERACIDADE FACTUAL.

Outro fator é a ética dos cineastas, claro.
Vou escrever sobre o doc agora. Mas tinha que dizer esse "que vergonha, Pedro Bial" em público antes de começar.

Ele devia olhar em torno de si mesmo, para seu camarim na Rede Globo, antes de acusar quem quer que seja de desrespeitar a verdade.





Para encerrar - e a propósito de nada -, me ocorreu lembrar que Pedro Bial escreveu a biografia oficial de Roberto Marinho.
Talvez alguém pudesse dizer, sobre a biografia de Roberto Marinho escrita por seu funcionário Pedro Bial: "é um menino querendo dizer para o papai dele que ele fez tudo direitinho, que ele está ali cumprindo as ordens do papai".

Quem sabe? 

Uma imagem vale por mil palavras . . .





Benditos sejam todos os que desejam o bem






Patricia Tavares

Bendito seja quem dá a mão para levantar uma pessoa, em vez de julgar os motivos de sua queda. Benditos sejam os que já conseguem manifestar amor com menos dores. Bendito seja quem consegue iluminar o seu caminho e por onde passa distribui a luz do afeto sincero e desinteressado. Benditos sejam todos os que vibram e se sentem felizes com a felicidade alheia.

Bendita seja a pessoa que oferece uma palavra de estímulo e incentivo a quem está cansado, desestimulado, em vez de ofender ou criticar. Benditas sejam as pessoas corajosas que saem do seu mundinho particular para entender as mazelas dos outros. Benditos sejam os que conseguem se colocar no lugar do outro e compreendê-lo. Bendita seja a pessoa que já pode ajudar uma pessoa a brilhar, em vez de competir ou invejar. Benditos sejam todos os que desejam o bem.

BENDITAS SEJAM AS PESSOAS QUE CONSTROEM, EM VEZ DE DESTRUIR.

Benditos sejam todos os que comungam com uma sociedade mais justa e cooperativa, e veem mais o ser do que o ter, eles propagam o melhor e incentivam pessoas a serem melhores.

Independentemente das mudanças da vida, do passar dos anos, é importante cultivar valores que jamais serão ultrapassados ou démodé, os valores do coração.

Ainda que muitos tentem convencer você de que vivemos hoje num mundo completamente diferente, determinados sentimentos não se alteram com mudanças sociais ou históricas, como o respeito ao outro, a paz, mesmo em tempos de guerra, e o amor. Ainda que haja tanto ódio, o amor continua sendo o principal, o único capaz de vencer todos os efeitos colaterais de tantas injustiças e sentimentos ruins. A compaixão é importante para se exercitar a humanidade em cada um de nós.

BENDITOS SEJAM A CONCÓRDIA E O PERDÃO !










Incrível e corajoso discurso da professora paraninfa para uma turma formanda da Universidade Federal de Goiás



Professora janta fascistas em formatura em Goiás (vídeo)


Em discurso como paraninfa da turma de Pedagogia da UFG, a professora Miriam Bianca Amaral Ribeiro saudou Paulo Freire e listou características do governo de Jair Bolsonaro. "Homofóbico, machista, racista, misógino, que odeia pobre", disse ela. Assista

247 - "Prepare o seu coração para as coisas que eu vou contar. Paulo Freire, Paulo Freire, Paulo Freire", assim iniciou seu discurso severamente politizado a professora Miriam Bianca Amaral Ribeiro durante a colação de grau da turma de Pedagogia da Universidade Federal de Goiás (UFG).

Em vídeo que circula pela internet, a professora começa sua fala saudando Paulo Freire e ressaltando sua importância para a educação pública e de qualidade. "Se alguém acha que não se pode falar em Paulo Freire em uma colação de grau, saiba que a universidade pública e gratuita só existe porque pessoas como Paulo Freire não abrem mão do direito de todos em acessar o conhecimento produzido pela sociedade".

Miriam Amaral Ribeiro afirma durante o discurso que o governo de Jair Bolsonaro é racista, homofóbico, nazista, entre outras características. "O fascismo está em curso em um governo que se diz que índio não é gente, que ter filha é um vacilo e que a pobreza é que desmata para comer. Um governo homofóbico, machista, racista, misógino, que odeia pobre, um governo que elogio o nazismo, que matou 8 milhões de pessoas".

Ela criticou também a tentativa de Bolsonaro e equipe em transformar, segundo ela mesma, a "pátria amada" em "pátria armada". "Leve para o seu trabalho a luta incansável contra qualquer tipo de preconceito, porque a desigualdade não é natural e, se foi construída por humanos, também pode ser destruída por nós. Não desista de enfrentar a violência, porque 'pátria amada' não é pátria armada".