Quem ainda vota em Bolsonaro ?





Os fascistas votam, certamente. Eles são a base política do governo. Pensam como ele e nunca se sentiram tão à vontade no governo como agora. Desde os tempos dos Integralistas na era Vargas. Mas como eles não gostam de eleições fica a dúvida se podemos considera-los suporte do voto bolsonarista. Mas também lembro agora que são mentirosos, falsos, fazem de tudo para conseguir o que querem, sem moral, sem pudor.

Depois deles vêm os preconceituosos, os racistas, os elitistas, os espertalhões, os violentos, muitos do agronegócio, outros tantos do mercado financeiro, alguns banqueiros, outros industriais, algumas mulheres, alguns evangélicos, muitos eu diria e um bando de gente que não gosta do próximo, não quer pensar nem viver num país para muitos. O sonho deles é um país onde a maioria se mate de trabalhar e eles fiquem no bem bom ainda fazendo proselitismo de progressista.

Essa gente certamente prefere o Bolsonaro. Também preferem aqueles que não querem pensar muito, que não se metem em política, que olham para o próprio nariz achando que ali se abre um enorme horizonte. Entre os que votam coloco também muitos militares, no bom e no mau sentido, se é que existe algum bom sentido em votar no Bolsonaro. Mas talvez um certo espírito de corporação, ainda um medo do progresso, das transformações e da desmistificação da farda. O problema não é a farada e sim o mau uso dela.

Tenho até uma certa dúvida se os conservadores, monarquistas, reacionários, todos fecham com o Bolsonaro. Ele não preza pela inteligência e alguns desses que citei têm veleidades intelectuais. Também não votam no Lula. Ficam ali entre a Simone Tebet e o sonho eterno do Fernando Henrique. Mas FHC não está mais no páreo e a época da política “per bene” acabou. O povo está na rua passando fome, pedindo transformações. Não dá para resolver a questão nas salas de aula da Sorbonne. Até podemos usar o que aprendemos lá, mas na prática temos que ser realistas e ter coragem política para votar bem e ajudar a mudar este país.

Essa é a escolha de quem vota à esquerda. Sem medo de ser feliz. Tratar o país como um ser em eterna transformação e não estagnado para favorecer que vive desta paralisia progressiva.

Chega disso. O país não saiu do lugar. Pelo contrário, retrocedeu a ponto de aumentar a violência, os assassinatos, a roubalheira, a falsidade, o cinismo, a politicagem, a grilagem, e tudo aquilo que o desenvolvimento havia abolido.

É fácil identificar olhando em volta hoje quem tem pinta de votar no Bolsonaro. Faça uma experiência sem colocar sua vida em riso, é claro. Certamente você vai encontrar o grupo mais complicado desses eleitores do homem. Aqueles que votaram em branco ou nulo. Essa é a fatia importante. E nesses eleitores que colocamos nossa esperança de transformação. Não há voto em branco que não possa escolher alguém, nem voto nulo que não possa ser útil.






 

Diário do Bolso . . . 07/08/2022



Diário, tem uma carta aí contra mim. O nome da bagaça é “Carta às brasileiras e aos brasileiros em defesa do Estado Democrático de Direito”.

É coisa da Faculdade de Direito da USP. Tem que mudar o nome dela pra Faculdade de Direita da USP. Aí, sim!

O treco foi lançado terça-feira. Na mesma noite já tinha 30 mil assinaturas. Ontem à tarde chegou a 70 mil e agora de manhã já eram 165 mil.

Agora me diz, Diário, como vai caber tanta assinatura numa carta? Só se ela for escrita num rolo papel higiênico, pô!

Eu não li o negócio, porque é cheio de letra amontoada, mas me mandaram um pedaço pelo twitter que diz assim: “Estamos passando por momento de imenso perigo para a normalidade democrática, risco às instituições da República e insinuações de desacato ao resultado das eleições.”

E tão mesmo! Mas é só todo mundo votar em mim que isso passa.

O link da tal carta é esse: https://direito.usp.br/.../3f8d6ff58f38-carta-as.... Mas eu espero que ninguém mais assine essa porcaria.



Querendo assinar a carta clique no link abaixo :

785.702 Adesões




  

Giovanna Ewbank e Taís Araujo choram ao falar sobre racismo e Titi tem atitude comovente




Taís alertou Giovanna antes do ataque racista sofrido por Titi e Bless: 'Nos emocionamos ao falar dos nossos filhos. Tudo isso sem saber que, uma semana depois, o racismo nos atingiria de frente'.

Na última terça-feira (2), foi ao ar mais um episódio do videocast “Quem Pode, Pod”, apresentado por Giovanna Ewbank e Fernanda Paes Leme; desta vez trazendo como convidada a atriz Taís Araújo. O programa foi gravado antes de Titi e Bless, filhos de Giovanna e de Bruno Gagliasso, serem vítimas de ataques racistas em Portugal, no último sábado (30/7).

Durante a conversa, Ewbank destacou como a relação com a atriz tem sido importante para ela desde que se tornou mãe de Titi e Bless. As duas não conseguiram conter a emoção e foram às lágrimas aofalarem sobre racismo.

Giovanna contou que recebeu um telefonema de Taís logo que Titi chegou ao Brasil:

“Você me falou sobre a sua escola, que você estudou numa escola particular e que você sempre viu, na sua escola, mulheres pretas em posição de servir. E me falou: ‘Só te peço para que você tenha essa visão na hora de escolher a escola da sua filha, e eu estou aqui para te ajudar, para o que você precisar.”

“E isso, para mim, foi de uma importância, porque você me deu um parâmetro que eu não tinha. E você foi muito incrível. Essa frase me pegou muito! De fato, os filhos nos transformam, dão propósito e o propósito da minha vida hoje é mudar esse mundo para que o mundo para eles seja melhor. Quero te agradecer. Você é um p#* exemplo para mim e para os meus filhos”, disse Giovanna.

Muito emocionada, Taís Araújo falou sobre sua preocupação: “Fiquei pensando muito assim: o que é que vai ser da vida de uma menina negra, africana, criada por dois brancos, loiros, de olhos azuis em que o mundo só está a serviço deles?”

De repente, Titi apareceu de surpresa e arrancou lágrimas de todos. Deu um forte abraço na mãe, que chorou muito, e um beijo em Taís numa bela demonstração de amor.

“A infância de uma criança negra é muito dura nesse país, e de uma criança negra com uma situação financeira como a deles sobretudo, porque ela vai ter muitos privilégios, muitos acessos, mas, ao mesmo tempo, é de uma solidão imensa…”, completou Taís.