Com ossos doados na mão, idosa desabafa : " comíamos carne com Lula e Dilma. Volta para o inferno, Bolsonaro ” (vídeo)




Idosa de 73 anos fez um desabafo emocionado que viralizou nas redes sociais.

247 - Uma idosa, que mora na cidade de Vitória da Conquista (BA), fez um desabafo que viralizou nas redes sociais. Aos 73 anos, ela relata que precisa pegar ossos doados pelos açougues para conseguir se alimentar com "um caldo".

Segurando os ossos na mão, ela faz um relato emocionado. “Boa noite pessoal. Eu tenho 73 anos e no governo de Dilma e Lula nóis podia comer frango, nóis podia comer carne, mas agora os véi estão enfraquecendo tudo (SIC)”.

Ela ainda reforçou que só consegue comer pois os açougueiros doam as carcaças de ossos.

A senhora ainda culpou diretamente Jair Bolsonaro pelo cenário de miséria no país. “Sai satanás do inferno, volta pro inferno”, disse.


Veja:




 

A ignorância não morreu





Anderson Pires*

A morte de Olavo de Carvalho é um fato carregado de simbolismos. O pseudopensador cumpriu o papel de sistematizar a negação ao saber. Como um oráculo do mundo bizarro, espalhava obscurantismo e um moralismo desumano de ultradireita. O defensor de teses absurdas como o terraplanismo, crítico do globalismo, escritor admirado por uma legião de figuras exóticas, foi alçado a grande influenciador nas decisões do país, com o título de guru do bolsonarismo.

A impressionante ascensão de Olavo de Carvalho diz muito sobre o culto a ignorância. Abre espaço para questionar: a quem serve esse tipo de idolatria, por alguém que propaga ideias sem qualquer fundamento científico? Mais estranho ainda, quando muitos dos seus discípulos são pessoas que tiveram acesso a boa educação, em algumas escolas e universidades renomadas, mas nem assim adotam tom crítico em relação aquilo que Olavo propagava.

A saída de cena de Olavo de Carvalho não significa cessar as ideias que defendia. Mas engana-se quem pensa que os pontos de maior convergência entre os olavistas está na discussão sobre a forma da Terra ou se a Antártida está na borda do planeta. Os pontos mais fortes de união entre seus seguidores são a promoção da desigualdade social e a propagação de preconceitos.

O terraplanismo está mais no campo do folclore, que das questões centrais que movem as figuras de extrema direita que gravitavam em torno de Olavo de Carvalho e que apoiaram Bolsonaro. Mais importante para esse grupo é manter a segregação das minorias, o que, consequentemente, implica em aumento da desigualdade e manutenção de interesses.

A relação entre negacionismo, desigualdade e preconceito são intrínsecas. Porque servem a uma classe social específica, minoritária, bolsonarista e que se une em torno de práticas desumanas. Parece absurdo que tenhamos médicos contra a vacina e que defendem o uso de medicamentos sem eficácia para covid-19. Porém, não podemos esquecer que o elo mais forte não é o aparente. Os mesmos que negam a ciência, desconsideram que a desigualdade é decorrente da exploração que o capitalismo promove e que as questões identitárias não são fruto de opções morais.

As discussões em torno da Terra Plana são mais ilustrativas, servem como parte da retórica quase publicitária que esse grupo adota. O cerne está na manutenção de preconceitos, que ferem princípios, mas servem para aglutinar os que não conseguem aceitar uma sociedade plural, nem enxergar com empatia pessoas que sofrem pela falta de oportunidade.

O olavista bolsonarista irá identificar razões morais para que um jovem congolês seja assassinado num quiosque na Barra da Tijuca. Na mesma praia que mora o Presidente em seu condomínio fechado, a desigualdade se expõe da maneira mais brutal. Porém, não se verá de seus seguidores uma atitude humana que vá além da piedade. O jovem morto será tratado pela ótica de quem se diz cristão, mas não aceita que para se viver existem condições objetivas que muitas pessoas não dispõem.

Em suma, a ignorância daqueles que lamentaram a morte de Olavo de Carvalho está recheada de preconceitos, interesses e falta de humanismo. Para esses, é conveniente a quebra de princípios acadêmicos, religiosos, morais ou éticos. Seja lá qual for a forma da Terra, o que querem é que seja ainda mais desigual e desumana.


*Anderson Pires é formado em comunicação social – jornalismo pela UFPB, publicitário, cozinheiro e autor do Termômetro da Política.





Seguidores de Olavo de Carvalho nos diversos Ministérios
 do Governo Bolsonaro





E no Brasil . . . 04/02/2022















A inteligência encanta e seduz





Será que ela está prestes a ser extinta?

Como ficará o desejo, o encantamento?

Tudo tão escasso, um mundo virado de ponta-cabeça …

Mas vou acreditar que a inteligência ainda dará um xeque-mate na esperteza.

A inteligência sempre foi soberana, mesmo quando se vestia de ignorante… Representava vários papéis ao longo do tempo, mas sempre a víamos ganhar e sair glamourosa diante de todos os cenários …

Agora existe o receio de que ela esteja ameaçada à extinção, e não esteja mais tão sensata, nem tão “dona do pedaço”, talvez ela perca para a ilusão…

Vamos vivendo e olhando para os palcos do poder e do ódio, assistimos a espetáculos sem fim, com uma pobreza de vocabulários, ideias e ideais, um sarcasmo ofensivo e desconfortante…

Um cenário caótico, mas muito mais que caótico: soberano e sem perspectivas de terminar.

Enquanto isso, existem espectadores da ignorância ou da falsa inteligência que aplaudem tudo que há.

Eu prefiro olhar, observar, como uma analista, como um psicólogo, sem tirar conclusão…

Apenas tentando entender os conflitos, as nuances do sistema, exercitando meu olhar profissional para analisar as dores intensas, as maiores frustrações de todos os envolvidos, “os prazeres” e os “não prazeres” de todos, tudo com entendimento psicanalítico, e não me contaminar com extravagâncias do sentir. Afinal de contas, existe uma doença nacional que é preciso ser muito bem entendida e, a meu ver tratada, e essa doença não é apenas exposta ou física, que necessita de médico e remédio, mas é algo muito subjetivo, em que é preciso muito cuidado, muita avaliação; é para ser entendido por um psicólogo, analista, por um médico da alma…

Sofro eu, sofre você, sofrem todos, mas ninguém vê.

Sucumbidos no corpo, nos sentimentos, na alma, no espírito, mas ninguém consegue ver. Que mal é esse que assola nosso coração, o coração do país?

Estamos todos perdidos. Quem sou eu? Quem é você? Onde está o Brasil? Estamos no mesmo país? Ou apenas por um triz?

A história dá nós, e a perplexidade toma conta de perguntas, respostas, reflexões…

Quem somos nós?

É preciso um pouco de cautela e atenção para ver o que não está dito, posto. É preciso um pouco de cautela para que todos não se transformem em inimigos…

E onde está o dar as mãos, a união, a verdadeira humanidade? Todos calados ou desunidos.

Ninguém quer isso não, a desunião.

Somos mais fortes que toda ignorância, que toda a lacuna do que não é bom, somos muito mais que sentimentos vãos. Somos garra e nação. Não queremos sucumbir.

Inteligência, tome conta dessa nação, não nos abandone não, por favor, nos dê as mãos. Venha mudar o panorama das pessoas, trazer mais união e compaixão.

Inteligência, reaja e traga mais verdades e felicidades para todas as pessoas dessa vida e que ela possa ser mais bem vivida sem a escravidão da temida ignorância.

Que o raciocínio e a inteligência possam elucidar e vencer qualquer outra forma de avaliação. Neste contexto, que possa existir reflexão e elucidação pela lógica da razão.

Senhoras e senhores, reflitam e tragam mais amor e inteligência aos corações.

A inteligência encanta e seduz. Ela é luz!