Masturbação compulsiva : o que é e quais são suas consequências?
A masturbação é uma fonte de prazer saudável e benéfica. No entanto, é possível desenvolver uma dependência a esse comportamento. Se você quiser entender como ele surge ou quais providências podem ser tomadas, vamos contar tudo que você precisa saber neste artigo.

A masturbação compulsiva, também considerada um vício em masturbação, é motivada pelo desejo intenso e repetido de satisfazer essa necessidade. Embora se masturbar seja um ato saudável e agradável, torna-se se algo independente do prazer nesse caso. Assim, o afetado transforma a masturbação em um mecanismo para acalmar a sua ansiedade.
Este é um distúrbio psicológico que pode causar uma grande deterioração da vida social e profissional. Os que apresentam masturbação compulsiva podem chegar ao ponto de não comparecer a reuniões sociais para ter mais tempo para se masturbar ou interromper o horário de trabalho para satisfazer a necessidade no banheiro.
É comum que essas pessoas sejam rotuladas como viciadas ou pervertidas, quando a realidade é que se trata de um transtorno hipersexual que precisa de tratamento psicológico. Às vezes, você pode até precisar de assistência médica para tratar lesões no pênis ou na vulva devido à super estimulação.

Qual é o limite?
Existem pessoas que têm um forte desejo sexual e gostam de se masturbar com frequência, e não há nada de errado com isso. O problema surge quando alguém começa a aumentar sua frequência de forma exagerada. Ou seja, a pessoa se vicia na sensação estimulante.
Essa estimulação gera um estado particular e agradável no cérebro. No plano mental, falamos de uma sensação momentânea de bem-estar que a pessoa não consegue alcançar de outras formas. Logo, em muitos casos, acaba se tornando dependente.
A repetição funciona como uma espécie de automedicação com o objetivo de reduzir a ansiedade: como quem fuma, consome álcool ou joga. Portanto, ao não se masturbar, surge a síndrome de abstinência. Nela, a pessoa sente nervosismo, irritabilidade, dores de cabeça, falta ou excesso de apetite, insônia e até tremores.
Além da necessidade urgente de se masturbar e da presença da síndrome de abstinência, para se considerar que se trata de uma masturbação compulsiva deve haver um aumento do comportamento. Ou seja, a cada dia que passa a frequência é maior, assim como a incapacidade de se controlar. Por fim, para ser considerado um transtorno hipersexual, ele deve afetar a vida social e profissional da pessoa.
Consequências da masturbação compulsiva
Primeiro, a masturbação compulsiva afeta o comportamento sexual. Esse padrão de auto estimulação leva a pessoa a se concentrar principalmente na ejaculação ou orgasmo. O único objetivo é, agora, desabafar. Isso, a longo prazo, pode causar alterações nos circuitos neurofisiológicos que participam da resposta sexual.
Assim, quando você tiver um encontro sexual com outra pessoa, não estará focado no prazer ou bem-estar, mas buscará um orgasmo rápido que reduza o desconforto emocional. Ou você pode ter dificuldade em ficar excitado, começar e terminar.
Por outro lado, essa perda de interesse e prazer nas relações sexuais em companhia pode levar a pessoa a preferir se saciar sozinha. Isso é especialmente difícil quando você está em um relacionamento, pois tende a evitar as relações sexuais, além de perder a motivação para satisfazer seu parceiro. Além disso, sentimentos de culpa e instabilidade emocional podem aparecer.
A incapacidade de controlar o impulso e a necessidade de satisfazê-lo quando ele aparece levam a pessoa a se isolar socialmente ou até mesmo a se ausentar ou se distrair no trabalho. Elas param de frequentar reuniões sociais para passar mais tempo sozinhas, o que acaba deteriorando o relacionamento pessoal. No trabalho, é comum irem ao banheiro para se tocar ou até mesmo se ausentarem completamente.
Outra consequência marcante em pessoas viciadas em masturbação é a falta de energia. O desconforto causado pela sensação, aliado à falta de vontade de realizar outra atividade, assim como o cansaço físico, causam um cansaço característico. Sua energia diminui e isso, como um loop, afeta o seu dia a dia.

Como tratar esse problema?
Conforme afirmado acima, se o ato de se masturbar, assim como a vontade de fazê-lo, não causar desconforto e não afetar as outras esferas da vida, não há necessidade de procurar tratamento. A masturbação é um comportamento que faz parte da sexualidade e é totalmente saudável. No entanto, se estiver associado a sentimentos de ansiedade e falta de controle dos impulsos, é melhor consultar um especialista em psicologia e terapia sexual.
A intervenção terá como objetivo reduzir os sentimentos negativos, controlar o impulso e recuperar o interesse em desfrutar do sexo, sozinho ou em companhia. O objetivo nunca será eliminar totalmente o comportamento de masturbação, apenas fazê-lo voltar a ser um hábito saudável. Se você acha que tem esse transtorno e, antes de procurar uma terapia, deseja tentar melhorar por conta própria, experimente o seguinte.
Defina um cronograma, primeiro com objetivos curtos. Por exemplo, evite se masturbar a cada poucas horas (você decide quantas horas). Em seguida, aumente o tempo até que os dias tenham se passado e a prática seja menos comum. O ideal é que, aos poucos, o hábito seja eliminado. No entanto, o apoio psicológico é necessário para lidar com os sentimentos associados, especialmente se você não conseguir diminuir o comportamento depois de tentar fazer isso sozinho.
Vereador dá aula de história em Porto Alegre ao se negar a cantar “ hino racista ” do Rio Grande do Sul

A vereadora Comandante Nádia tentou passar uma descompostura em seu colega da bancada negra do PSOL e ouviu uma aula.
O vereador Matheus Gomes, da bancada negra do PSOL de Porto Alegre, deu uma aula de história à sua colega, a vereadora Comandante Nádia, durante a posse, nesta sexta-feira (1º), sobre o conteúdo racista do Hino do Rio Grande do Sul.
A vereadora tentou passar uma descompostura em Matheus e seus colegas de bancada que não se levantaram durante a execução do hino. O vereador pediu uma questão de ordem e afirmou:
“Nós, como bancada negra, pela primeira vez na história da Câmara de Vereadores, talvez a maioria daqui que já exerceram outros mandatos não estejam acostumados com a nossa presença, não temos obrigação nenhuma de cantar um verso que diz: ‘povo que não tem virtude acaba por ser escravo’”, disse.
Matheus disse ainda ser historiador, “faço mestrado na UFRGS, a nossa instituição, a Universidade Federal, é uma das mais importantes do nosso estado, fruto da luta de muitos de nós aqui, já reconhece a não obrigatoriedade das pessoas terem que tocar o hino devido a esse conteúdo racista dele em solenidades oficiais e acho que seria muito importante a Câmara de Porto Alegre também começar a se perguntar sobe esse tema”.
Ao final, o vereador completou: “Nós não temos obrigação disso e nós precisamos fazer um movimento na sociedade pra reverter a existência de uma frase de cunho racista no Hino do Rio Grande do Sul”.
A presença de pessoas negras multiplicou por cinco. Enquanto em 2016, apenas um candidato negro foi eleito, o já falecido Tarciso Flecha Negra, agora em 2020 foram cinco pessoas negras eleitas. Além de Karen Santos (PSOL), conquistaram assento na Câmara o jovem Matheus Gomes (PSOL), Laura Sito (PT), Bruna Rodrigues (PCdoB) e Daiana Santos (PCdoB).
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