Vereador dá aula de história em Porto Alegre ao se negar a cantar “ hino racista ” do Rio Grande do Sul




A vereadora Comandante Nádia tentou passar uma descompostura em seu colega da bancada negra do PSOL e ouviu uma aula.



O vereador Matheus Gomes, da bancada negra do PSOL de Porto Alegre, deu uma aula de história à sua colega, a vereadora Comandante Nádia, durante a posse, nesta sexta-feira (1º), sobre o conteúdo racista do Hino do Rio Grande do Sul.

A vereadora tentou passar uma descompostura em Matheus e seus colegas de bancada que não se levantaram durante a execução do hino. O vereador pediu uma questão de ordem e afirmou:

“Nós, como bancada negra, pela primeira vez na história da Câmara de Vereadores, talvez a maioria daqui que já exerceram outros mandatos não estejam acostumados com a nossa presença, não temos obrigação nenhuma de cantar um verso que diz: ‘povo que não tem virtude acaba por ser escravo’”, disse.

Matheus disse ainda ser historiador, “faço mestrado na UFRGS, a nossa instituição, a Universidade Federal, é uma das mais importantes do nosso estado, fruto da luta de muitos de nós aqui, já reconhece a não obrigatoriedade das pessoas terem que tocar o hino devido a esse conteúdo racista dele em solenidades oficiais e acho que seria muito importante a Câmara de Porto Alegre também começar a se perguntar sobe esse tema”.

Ao final, o vereador completou: “Nós não temos obrigação disso e nós precisamos fazer um movimento na sociedade pra reverter a existência de uma frase de cunho racista no Hino do Rio Grande do Sul”.











A presença de pessoas negras multiplicou por cinco. Enquanto em 2016, apenas um candidato negro foi eleito, o já falecido Tarciso Flecha Negra, agora em 2020 foram cinco pessoas negras eleitas. Além de Karen Santos (PSOL), conquistaram assento na Câmara o jovem Matheus Gomes (PSOL), Laura Sito (PT), Bruna Rodrigues (PCdoB) e Daiana Santos (PCdoB).





Anciãos emocionam a todos ao celebrarem seu 70º aniversário de casamento. O amor é verdadeiro e duradouro !

 


Este veterano da Segunda Guerra Mundial se casou com o amor de sua vida em 1950. Desde então, eles têm aproveitado a vida juntos.

Ana Carolina Conti Cenciani

Entre tantos divórcios que ocorrem hoje em dia, é bom conhecer histórias de amor duradouras e emocionantes. São filmes de romance na vida real que felizmente não acabam e nos permitem acreditar no amor.

Desta vez, contaremos a história de Mel Hughes e Vera, um casal que selou seu amor em 1950 e tem sido feliz desde então.

A foto do casamento deles foi compartilhada nas redes sociais e no mesmo post colocaram imagens atuais. Eles foram virais imediatamente e se tornaram uma inspiração para muitos que desejam o mesmo tipo de vida. Afinal, um relacionamento tão duradouro é inspirador !

Mel Hughes é um veterano da Segunda Guerra Mundial de 95 anos, enquanto sua esposa Vera tem 90, dos quais eles estão juntos há 70. Isso é mais da metade de suas vidas e, até agora, eles não expressaram intenção de se separar.

Aparentemente, sua vida em Abergavenny, no País de Gales, é muito tranquila e eles se divertem muito entre diálogos e jogos típicos de sua época.

“Eles passaram por muitas provações na vida juntos e ainda assim são um. A maneira como cuidam um do outro, a maneira como brincam … e o mais importante, eles se respeitam. Tudo isso me deu muita esperança de que existe um amor verdadeiro e duradouro.“, conta a fotógrafa Sujata Setia através de seu Facebook.

Segundo uma das netas chamada Laura, a sua avó Vera disse-lhe que foi amor à primeira vista e que quando o viu só queria estar com ele.


E a verdade é que ela conseguiu, porque o tempo passou e eles ainda estão juntos, apaixonados e curtindo a vida. É fácil desejar-lhes muitos anos de vida e saúde, para que possam continuar a desfrutar da sua família e do seu tempo a dois.

Ver como eles se abraçam e recriam aquele momento especial que foi seu casamento é ótimo, mostra que eles ainda se lembram dele com carinho. O tempo não passa em vão, são muitas as experiências que eles tiveram e hoje, já com netos, podem conta-las como uma linda história de amor.



Acima, no vídeo, cenas do filme " Austrália " que recomendo

e que traz, entre outros temas, uma linda  estória de amor.




O professor na pandemia . . .

 


 




Receita de Ano Novo







Para você ganhar belíssimo Ano Novo

cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,

Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido

(mal vivido talvez ou sem sentido)

para você ganhar um ano

não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,

mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;

novo até no coração das coisas menos percebidas

(a começar pelo seu interior)

novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,

mas com ele se come, se passeia,

se ama, se compreende, se trabalha,

você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,

não precisa expedir nem receber mensagens

(planta recebe mensagens? passa telegramas?)


Não precisa

fazer lista de boas intenções

para arquivá-las na gaveta.

Não precisa chorar arrependido

pelas besteiras consumidas

nem parvamente acreditar

que por decreto de esperança

a partir de janeiro as coisas mudem

e seja tudo claridade, recompensa,

justiça entre os homens e as nações,

liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,

direitos respeitados, começando

pelo direito augusto de viver.


Para ganhar um Ano Novo

que mereça este nome,

você, meu caro, tem de merecê-lo,

tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,

mas tente, experimente, consciente.

É dentro de você que o Ano Novo

cochila e espera desde sempre.


Carlos Drummond de Andrade