8 razões pelas quais você precisa estar sozinho



Como seres humanos sociais que somos por natureza, em algumas etapas da nossa vida gastamos muito tempo a compartilhar experiências e emoções com as pessoas que amamos. Mas dentro desse precioso grupo, acabamos nos esquecendo do principal: nós mesmos. De vez em quando é importante lembrar que precisamos passar um tempo sozinho para nos encontrarmos.

Depois de muita pesquisa sobre a nossa maravilhosa solidão, descobri as 8 principais razões pelas quais precisamos estar sozinhos de vez em quando e nos afastarmos do mundo exterior. Adoraria compartilhar com vocês hoje esses motivos que descobri ao pesquisar sobre a solidão.

“O grande homem é aquele que, no meio da multidão, mantém com perfeita doçura a independência da solidão.”  - Emerson -



Passar um tempo sozinho purifica a nossa mente

O excesso de informação proveniente dos nossos entes queridos, trabalho, companheiros, meios de informação ou simplesmente de nós mesmos pode ter um impacto sobre o nosso corpo de forma pouco saudável.

Devido a isso, é recomendável durante o dia desfrutar de momentos de solidão para deixarmos de lado esse excesso de preocupações e nos reconectarmos com nós mesmos, permitindo-nos descansar por um momento.

A criatividade advém da paz e tranquilidade

Estar em paz quando nos encontramos perante a solidão nos permite expandir a nossa mente e liberar a nossa magia e talentos humanos. A solidão nos permite criar e desfrutar de nós mesmos. A solidão é a verdadeira origem da criatividade.
A sua confiança se fortalece com a solidão 

Não há nada mais dotado de imensa confiança do que escutar a nossa voz interior e analisar os prós e contras da nossa própria experiência de vida. Se pararmos por um momento, podemos escutar a nós mesmos e identificar quais são as nossas necessidades ou como nos encontramos.

Você melhora a sua tomada de decisão

Quando está sozinho, você concede a si mesmo o ato sagrado de se afastar por uns momentos do mundo exterior, das preocupações e emoções ao seu redor, o que proporciona serenidade e tranquilidade para tomar as decisões mais adequadas para você. E, certamente, para também conseguir algo fascinante: ver o problema a partir de um ângulo totalmente diferente e cheio de opções positivas.

“A solidão, embora possa ser silenciosa, é, assim como a luz, um dos agentes mais poderosos, pois a solidão é essencial para o homem. Todos os homens vêm a este mundo sozinhos e deixam-no sozinhos.”    - Thomas De Quincey -



Você deixa para trás o estresse e a ansiedade

Quando estamos sozinhos, permitimos que nós mesmos nos ajudemos a organizar os pensamentos e a recuperar as forças que precisamos repor depois de um grande dia cheio de desgaste energético e emocional.

A solidão lhe ajudará a entender o que é realmente necessário para você crescer interiormente e aprender, assim, a definir prioridades de forma positiva.

Aumenta a sua eficiência no que você faz

Certamente você já sentiu muitas vezes a necessidade de, ao dar resposta a uma incerteza, pedir espaço para ficar sozinho. Dessa forma, você pode organizar seus pensamentos, traçar um plano de ação e, provavelmente, determinar o próximo passo em direção aos seus sonhos. Os ingredientes perfeitos para realizar seus objetivos com êxito.

Fortalece os seus relacionamentos

Você pode se identificar com este ponto ou não, mas é uma realidade que os nossos entes queridos não precisam da nossa atenção constante todos os dias.

Poderíamos resumir isso com o princípio da vida: “primeiro temos que aprender a amar a nós mesmos para aprender a amar outro ser humano único e extraordinário”. Tirar um tempo e se dedicar à sua pessoa lhe permitirá desfrutar dessas emoções com as pessoas que você ama.

Permite que você veja o rosto real e precioso da sua vida

Uma coisa importante que aprendi nos meus momentos de solidão em que escutava o meu coração e sentia a minha alma foi a minha essência. Estar sozinho permite se encontrar, encontrar a magia tão maravilhosa que temos em cada um de nós, como esplêndidos seres humanos que somos.

Convido-lhe a experimentar, a se atrever a dar o passo do desconhecido, caso ainda não tenha experimentado o valor do silêncio consigo mesmo, mais nada. Você e só você…

“Nós nascemos sozinhos, vivemos sozinhos e morremos sozinhos. Somente através do amor e das amizades é que podemos criar a ilusão, durante um momento, de que não estamos sozinhos.”    - Orson Welles -

 

Em um minuto, deputado enterra mito do “ comunista de iPhone ”

 


Em um discurso que durou pouco mais de um minuto, o deputado espanhol Iñigo Errejon demoliu o mito do “comunista de iPhone”. Em sessão na Câmara da Espanha, Errejon mostrou o seu aparelho de iPhone e desmontou a falsa ideia de que o produto é fruto do “livre mercado” e da genialidade de Jobs e dos outros engenheiros da Apple.

Rogério Tomaz Jr., especial para o 247 - Em um discurso que durou pouco mais de um minuto [vídeo abaixo], o deputado espanhol Iñigo Errejon demoliu o mito do “comunista de iPhone”, usado por militantes da direita em qualquer lugar do mundo para alardear os supostos êxitos do capitalismo, que tem em Steve Jobs um símbolo e garoto-propaganda do modelo que defendem como ideal.

Em sessão na Câmara da Espanha, nesta terça-feira (22), Errejon mostrou o seu aparelho de iPhone, que é dado pelo Congresso a todos os parlamentares, e desmontou a falsa ideia de que o produto é fruto do “livre mercado” e da genialidade de Jobs e dos outros engenheiros da Apple, quando na verdade é, em boa medida, resultado do investimento de órgãos estatais financiados pelo conjunto da sociedade.

“Muitas vezes isso é tido como exemplo de ‘empreendedorismo’. Steve Jobs, que começou numa garagem e foi capaz de levar adiante um negócio privado em condições muito difíceis quase por seu mérito individual”, disse o jovem deputado.

“A economista de Londres Mariana Mazzucato se dispôs a estudar de onde vêm a maior parte das aplicações e inovações tecnológicas incorporados pelo iPhone”, continuou Errejon, referindo-se à economista italiana que é professora da tradicional Universidade de Sussex, no sul da Inglaterra.

“E o resultado é que a tela sensível ao toque se desenvolveu na Universidade de Delaware, com dinheiro público da Fundação Nacional para a Ciência. A Internet é um projeto que começa com financiamento público do Departamento de Defesa. O [protocolo] HTTP é do laboratório europeu CERN [público] em Genebra. O GPS, também com investimento público do Departamento de Defesa. As baterias de íon-lítio começaram com uma pesquisa pública do Departamento de Energia”, listou o espanhol, que é doutor em Ciência Política.

Assista ao vídeo :

 

O deputado refutou o lugar comum do “comunista de iPhone” que surge cada vez que alguém de esquerda defende ideias de redistribuição de riquezas e de um Estado forte.

“Quando eu olho um iPhone, na realidade o que vejo é a perfeita demonstração de que a única possibilidade de se ter um desenvolvimento industrial é com um papel central de um Estado empreendedor, do qual depois se aproveitam e com o qual depois colaboram muitas empresas privadas”, concluiu.

Quem é Iñigo Errejon

Errejon, 36, atualmente no grupo “Mais País”, foi um dos fundadores e principais dirigentes do Podemos, partido nascido como resultado da onda de protestos conhecidos como “movimento dos indignados” e pela sigla #15M que varreram a Espanha entre 2011 e 2013.

Em 2018 ele e outros militantes saíram do partido – hoje rebatizado de “Unidas Podemos” – devido a diferenças políticas com Pablo Iglesias, atual ministro de Direitos Sociais do governo Pedro Sanchez (PSOE), e criaram um projeto local na capital espanhola que aos poucos tem se expandido para outras regiões do país.

Ele também é especialista em política latino-americana. Sua tese de doutorado analisou o primeiro governo de Evo Morales na Bolívia (2006-2009) e este ano ele publicou em conjunto com Álvaro García Linera, que foi vice de Evo, o livro “Qué horizonte. Hegemonía, Estado y revolución democrática”.




Às vezes, você não conseguiu o que queria porque merece algo melhor



O que não conseguimos foi livramento. Quando andamos com uma vibe positiva, a vida tende a conspirar em nosso favor. Isso não é utopia, é energia.

Marcel Camargo

A gente tem cada decepção nessa vida, com pessoas, com sentimentos, com tudo. É o emprego que não vem, é o concurso em que reprovamos, é a traição de quem amamos, é aquela sensação de fracasso. Parece que a gente chegou aos trinta, quarenta, cinquenta anos e não conseguiu nada.

São tantas regras por aí, em livros, sites, redes sociais, motivando as pessoas a vencerem na vida, que a gente se sente obrigado a isso. No entanto, na maioria das vezes, o sucesso veiculado pela mídia está atrelado aos bens materiais que conseguimos comprar, muito mais do que ao que se passa dentro de cada um. A vitória parece ser medida pelo sucesso de nosso poder de compra. E isso acaba sendo muito cruel.

Nem todo mundo vai conseguir um cargo altíssimo numa multinacional. Nem todo mundo vai conseguir um carro zerinho anualmente. Nem todo mundo vai conseguir a casa própria aos trinta. Nem todo mundo vai viajar para outros países. E isso não deve ser parâmetro de sucesso e felicidade. Se quisermos seguir sãos, precisamos olhar para dentro. A felicidade vem de dentro.

É dentro da gente que a vida acontece primeiro, para então ocorrer lá fora. A forma como nos sentimos e sentimos o mundo é que determina, em grande parte, a vida que teremos. Não adianta ser rodeado de objetos luxuosos e se sentir vazio de sentimentos. Quando a essência padece, o mundo lá fora padece junto. Quando nosso íntimo se incomoda, não nos sentiremos confortáveis em lugar algum.

Além disso, é preciso manter pensamentos positivos e ser grato, afinal, se prestarmos atenção em nossas vidas, veremos o quanto somos afortunados, perceberemos o tanto de coisas boas e de pessoas especiais que fazem parte de nossa jornada. O que não chegou não era para ter sido. O que não conseguimos foi livramento. Quando andamos com uma vibe positiva, a vida tende a conspirar em nosso favor. Isso não é utopia, é energia.

Não podemos é desanimar, pois sempre haverá ainda muito a ser caminhado, muito a ser conquistado, muito a ser vivido. Às vezes, o que a gente queria nem era o melhor para ter acontecido, ou seja, tem coisa melhor nos aguardando. Não perca a esperança de ser feliz, porque colheremos o que plantarmos. Se você não tem medo do que a vida devolverá, porque sempre agiu com verdade e ética, aguarde. Sua colheita virá em abundância e será lindo. Lindo de viver.






Plano de Reconstrução e Transformação do Brasil

 




A Fundação Perseu Abramo (FPA) e o Partido dos Trabalhadores (PT) lançam nesta segunda-feira, 21 de setembro, às 10h, o Plano de Reconstrução e Transformação do Brasil, que reúne propostas ao mesmo tempo factíveis e ambiciosas para salvar vidas, gerar empregos e renda, desenvolver a economia nacional, radicalizar a democracia hoje ameaçada, promover a soberania e construir um novo país.

O lançamento será transmitido ao vivo pelos perfis do PT e da FPA no Facebook, no Twitter e nos canais do Youtube.

As propostas pressupõem uma nova orientação para a nação brasileira, baseada na ampliação da igualdade, das liberdades, da soberania, na qual o Estado assuma o papel principal de indutor do desenvolvimento de um novo tipo. Foram concebidas com base em contribuições de centenas de pessoas de origem diversa – trabalhadores, mulheres, negros, indígenas, representantes do setor público, LGBTQI+, artistas e intelectuais profundamente comprometidos com uma luta por melhor qualidade de vida para a população. 

No campo econômico, preveem um papel essencial para o Estado na reconstrução e transformação da economia.

No social, ousadas e inovadoras políticas públicas protetivas e inclusivas, de combate ao racismo estrutural, à opressão sobre as mulheres promovida pela sociedade patriarcal, à homofobia, à agressão constante contra os povos originários e os quilombolas.

Conciliação da preservação ambiental com produção agrícola, promoção da Reforma Agrária e apoio à agricultura familiar são as bases do plano para a agricultura, assim como a conquista e manutenção dos mercados para os produtos brasileiros.

No meio ambiente, é imprescindível combater a devastação ambiental provocada pelo atual governo, por meio de um Green New Deal, um novo “pacto verde” que facilite a transição ecológica para uma economia de baixo carbono. Dessa forma, é possível gerar empregos de qualidade e atividades sustentáveis com base em tecnologias limpas. 

Outro ponto essencial é a efetivação de uma Reforma Tributária justa, solidária e sustentável, marcadamente progressiva, com taxação de grandes fortunas e dos rendimentos financeiros, de lucros e dividendos, de forma a aliviar a carga tributária sobre os mais pobres e as pequenas empresas, reduzindo consideravelmente os tributos sobre o consumo e os serviços.

Na política, o plano propõe uma Lei de Proteção do Estado Democrático de Direito, além de reformas políticas, eleitorais, do aparelho de Estado e dos órgãos de controle, que assegurem a transparência da máquina administrativa, o combate à corrupção sem desvios políticos e ideológicos e a abertura dos processos decisórios aos interesses populares. Também será imprescindível democratizar a produção e a disseminação das informações e combater as fake news e os discursos de ódio.

Em relação à soberania, é primordial recuperar a dignidade e o respeito pelo país, perdidos com a política externa bolsonarista de submissão servil aos interesses da extrema-direita dos Estados Unidos, que tornou o Brasil pária mundial. Além de uma nova política externa, orientada para o estímulo ao desenvolvimento nacional e para a construção de um mundo mais simétrico, assentado no multilateralismo e na multipolaridade. 

Na cultura, estratégica para a identidade nacional e para o desenvolvimento econômico e social do Brasil, as propostas buscam assegurar à população o acesso aos bens culturais e eliminar a guerra contra a cultura desencadeada pelo governo atual, garantindo aos artistas e intelectuais, ameaçados pelo abandono do setor, pelo discurso de ódio e pelas tentativas de censura, a livre expressão e o necessário apoio do Estado. 

O plano completo estará disponível a partir do lançamento, no dia 21, nos sites da Fundação Perseu Abramo e do PT.


As cinzas de um país




Fernando Brito

A consciência de um povo, como as matas de um país, estão sujeitas a incêndios, naturais ou provocados.

O tempo seco da crise iniciada em 2015, claro, criou-lhes as condições adequadas às chamas, mas elas não aconteceriam sem as ateassem gente instalada em lugares propícios e sem precaução contra a propagação além dos limites daquilo que queriam queimar.

Sim, porque pretendiam, a fogo, dar fim a esta praga da democracia, que tantos anos fazia que não conseguiam extirpar, mesmo com a mídia pulverizando ardentes acusações sobre ela.

O resultado é que perderam o controle do processo e as ditas instituições – que, pensaram, funcionariam como aceiros de uma queima controlada – não detiveram e até espalharam o incêndio, generalizando a destruição.

Tudo ardeu: a educação, a saúde, a moeda nacional, a economia mas, sobretudo, a compreensão de que não somos um paiseco, medíocre e estagnado, servil e sem remédio.

Como nos restos fumegantes do Pantanal, restou por toda a parte um chão calcinado, onde vagueiam políticos atrofiados, disformes, famintos e vorazes, que fazem ou se dispõem a fazer a predação dos cofres públicos, das riquezas da terra e os direitos da população.

Um terço dos viventes deste país viraram zumbis, adoradores fanáticos de um besta-fera que exala labaredas, que fedem a morte e a destruição.

De nada adianta dizer ou mostrar que estamos a caminho de virarmos um deserto, não só de matas e cerrados, mas de ideias e amores.

Aceita-se e aplaude-se, que “em nome de Deus” estejamos no que chamam de “caminho certo”, ainda que este seja aquele em que sobem os números do desemprego, da fome, do ódio grassando nas ruas, do fogo devorando o país.

Parece que a devastação chegou aos corações e mentes de parte significativa do povo brasileiro e que nossa dignidade carbonizou-se, que nossa capacidade de pensar consumiu-se, que nossos sentimentos de humanidade e solidariedade viraram cinzas frias.

Nosso calor, agora, não é o humano, mas o desumano.

A fumaça que encobre nossos horizontes há de passar, ainda que com muito sofrimento, para que possamos voltar a enxergar o sol. Mas como a flora e a fauna calcinadas, levaremos tempo, muito tempo, até nos recuperarmos da queimada que engoliu um Brasil que, não faz muito, vicejava e crescia.

Tal qual nos versos do Chico Buarque, chegará a hora em que rebrotaremos, “como se o céu vendo as penas/ Morresse de pena/E chovesse o perdão”.

Até lá, nossa bandeira não será vermelha, mas a terra, as matas e os horizontes seguirão rubros, como nossos rostos ficam, de vergonha com o que deixamos fazerem ao Brasil.