A pandemia ajudou a abrir a tampa do bueiro em que o fascismo hibernava





Moisés Mendes

Publicado originalmente no blog do autor


Alegrete tem 10 mortes pela Covid-19. Todos sabem alguma coisa dos que morreram. A pandemia chega também aos lugares em que negam sua existência.

Não há outra cidade da fronteira e da campanha com a simbologia de Alegrete como expressão do que possa ser o gaúcho.

Não há no Estado outra cidade com a mitologia de Alegrete, em  todas  as áreas.

Há duas semanas, morreu ali o fisioterapeuta Sebastião Fialho Guedes, figura admirada pela dedicação aos pacientes e pelo companheirismo.

Morreu dentro do Hospital de Caridade, onde trabalhava com alegria e onde deve ter sido infectado. Ficou um mês internado e não resistiu.

No dia do enterro de Sebastião, Alegrete viu se formar um longo cortejo de carros até o cemitério. Havia muito tempo não morria alguém tão conhecido.

Dias depois, mais carros saíram às ruas, em carreatas que se repetem em Alegrete desde maio. Com bandeiras e gritos pelo fim do isolamento e pela abertura do comércio.

Alegrete é uma das cidades gaúchas tomadas pelo gritedo da extrema direita. Alguns dizem que sempre foi assim. Não foi. Morei 15 anos em Alegrete, me criei num ambiente conservador, mas onde a transgressão criadora sempre teve espaço para contestar o reacionarismo.

Alegrete deve ser a única cidade no Brasil que mantém até hoje um jornal fundado seis anos antes da abolição para lutar pelo fim da escravidão.

Seu criador foi o advogado Luis de Freitas Vale, filho de fazendeiros, apoiado por um grupo de latifundiários, jornalistas, poetas, comerciantes, sapateiros.

Freitas Vale virou barão em 1888 por reconhecimento da Princesa Isabel. Por isso Alegrete é também a terra do abolicionista Barão do Ibirocay.

Tenho orgulho de ter sido editor-chefe da Gazeta de Alegrete com 19 anos, em 1972. Com carteirinha de editor assinada por Samuel Marques e Helio Ricciardi. Eu trabalhei num jornal tatuado pelo combate ao escravismo.

Hoje, Alegrete não é mais apenas conservadora, é uma cidade infectada pelo extremismo de direita. Os que saíram às ruas, logo depois da morte de uma figura com todas as virtudes do fronteiriço, não eram só os que temem perder empregos e negócios. Eram pregadores bolsonaristas.

Conseguiram ficar quietos durante uma semana de luto pela morte de Sebastião. Mas não resistiram e voltaram às carreatas.

Falo de Alegrete, a cidade da Confraria da Praça Nova-Grupo Antifascista porque li ontem que mais de 15 mil pessoas saíram às ruas de Berlim (foto) pelo fim do isolamento.

Uma multidão de negacionistas. Alguns carregavam cartazes com frases antissemitas e pediam a volta do nazismo. Não estavam ali apenas para negar a pandemia. Estavam para dizer que são racistas e superiores.

A pandemia ajudou a abrir a tampa do bueiro em que o fascismo hibernava, em Berlim e Alegrete.

Se há algum consolo, no Alegrete de Freitas Vale pelo menos não pedem a volta da escravidão. Ainda não.










Em bom “goianês”, goiana publica “ Carta aberta ao coronavírus ” e viraliza na rede


Humorista goiana bomba na web após escrever carta aberta ao ...

“E aí, corona? Cê tá bão?”, assim começa a carta em que a comediante goiana Dri Santos conseguiu, com muita sensibilidade e carinho, sintetizar o sentimento de todo o Brasil interiorano neste momento. Valendo-se do bom “goianês”, educada e gentilmente pediu para o vírus ir embora.

Neste momento de dor, é bom relembrar poeticamente os valores do Brasil interiorano.

Em seu Instagram, Dri assim apresenta o vídeo em que sua carta foi entregue ao mundo: “Marca aquele caboco comedor de pequi. Aquele que é rato do Marista e não vive sem pamonha. Marca sua amiga goiana que faz jus à frase “as goianas são lindas”. Enfim, marca alguém que ta cum saudadi de dar um abraço apertado aqui no mei dessi Goiais!”







Juristas lançam livro que explica como a Lava Jato violentou o direito e a democracia


AO VIVO: Juristas lançam livro que explica como a Lava Jato ...






Recantos de Estante : uma moda que você vai querer colocar na sua casa


33 Inserções De Estante De Livros Que Todo Amante De Livros Vai Adorar



Já ouviu falar em recanto de estante? É um pequeno cenário decorativo que dá um charme na sua estante de livros, colocados entre seus títulos favoritos. 


O site buzzfeed publicou uma lista dos mais bonitos e interessantes cantinhos que você pode comprar e colocar para dar um charme todo
 especial à sua biblioteca. Confira.




Esta lindeza inspirada em Harry Potter



Este incrível Cantinho Blade Runner tem tando detalhe que parece
um cenário do filme.



Este bequinho escondido no meio da estante




Uma trilha inspirada nos Ewoks de Star Wars



Esta pacífica e acolhedora galeria



Este cantinho criativo tranquilo entre os livros



Esta cara bizarra escondida entre os livros





Esse cantinho é ativado por sensor de movimento e inspirado em Senhor dos Anéis que acende quando você se aproxima…






… and has this whole setup inside it



Este maneiríssimo cenário de pedra que tem até iluminação de chamas










Uma lareira em uma casa aconchegante… dentro de um livro


 Esse foi inspirado pelo Beco Diagonal