Elegância : A sutil arte de combinar simplicidade, educação e discrição





Fabíola Simões

Gosto de gente simples. Gente pé no chão. Gente que aprendeu que luxo não se trata de afetação, ostentação ou presunção. Gente que sabe que elegância não é esnobismo ou arrogância. Elegância é, antes de tudo, saber se comportar com uma simplicidade sofisticada e uma sabedoria discreta perante a vida.

Coco Chanel dizia: “Não é a aparência, é a essência. Não é o dinheiro, é a educação. Não é a roupa, é a classe”. Eu, igualmente, acredito que ser elegante vai muito além de conhecer e assimilar regras cerimoniais ou juntar dinheiro para comprar uma joia cara. Ser elegante é adquirir um conjunto de bons hábitos que revelam uma civilidade harmoniosa por dentro e por fora. É aprender agir com cortesia, empatia, gentileza, cuidado, educação e discrição. É descobrir o quanto é vulgar lavar roupa suja em praça pública; cuspir no prato em que comeu; participar de fofocas e boca a boca; fazer discursos inflamados sobre política e religião; assediar sem consentimento; criticar mais que elogiar; fazer diferença entre as pessoas; exagerar na roupa transparente, no tom de voz, na vontade de aparecer e na obscenidade.

Engana-se quem pensa que o contrário de luxo é a escassez de bens e recursos. Luxo é se despir de excessos. É descobrir que você não precisa exagerar na maquiagem, no brilho da roupa, no tom de voz, na quantidade de perfume, no filtro da selfie, na indiscrição. Luxo é conhecer seu lugar, não invadir a privacidade alheia, respeitar os limites (seus e dos outros), ser polido e refinado. Luxo é saber ser sofisticado na simplicidade, não desperdiçar, não esbanjar, não ostentar. Luxo é prestar atenção às próprias maneiras, e, na dúvida, agir com mais sobriedade que vulgaridade.

Pessoas elegantes não precisam impressionar ninguém, e por isso agradam a si mesmas em primeiro lugar. Não necessitam ostentar o último modelo de celular, não se incomodam em repetir vestidos, não competem pelo número de curtidas na última foto da viagem. Pessoas elegantes investem mais no brilho do olhar que na plástica das pálpebras, mais na naturalidade do sorriso que no preenchimento dos lábios, mais no caimento da vestimenta que na etiqueta famosa bordada na lapela.

A monarquia britânica, com suas Kates, Meghans e Rainha Elizabeth são referência de elegância e sofisticação para o mundo todo, não somente pela fortuna, mas, acima de tudo, pela classe, discrição, educação e ausência de excessos. A maquiagem sóbria de Meghan Markle e o hábito de Kate Middleton de repetir suas vestimentas vieram reforçar a ideia do quanto é bonito, fino, clássico, elegante e muito sofisticado adotar um estilo sóbrio, desprovido de exageros e despropósitos. É como diz o velho ditado: “menos é mais”.

A elegância está no comportamento, e não na posse disso ou daquilo. Já vi muita gente desprovida de recursos ter gestos nobres, e muita gente endinheirada ser extremamente desagradável e mesquinha. Isso me dá a certeza que não se mede grandeza por riqueza nem elegância por aparência.

Finalmente uma historinha: Quando eu tinha dezenove anos, fui conhecer a família do meu namorado na época. No dia de ir embora, ao acordar e ainda sonolenta, ouvi a mãe dele falando com a filha (que morava fora) ao telefone. Ela me descrevia exatamente assim: “ela é muito simples…” e me recordo que naquele dia, no auge da minha imaturidade, fiquei meio perdida, sem entender se aquilo era uma crítica ou elogio. Hoje, mais de vinte anos depois, me sinto privilegiada de ter passado essa impressão, e contente com a percepção dela. Porque sei que o meu valor não estava na minha fachada, e sim dentro de mim. Hoje continuamos próximas, amigas, e nos admiramos mutualmente. Nunca lhe contei esse episódio, e talvez fosse deselegante comentar que meus ouvidos captaram mais do que o necessário naquela manhã. Porém, mais tarde, esse incidente me trouxe lucidez. A compreensão de que, se houver educação e essência, a elegância chegará com a maturidade e o bom gosto. Pois como dizem por aí: “O mais importante não é ter, e sim ser…”






Microplásticos são encontrados em pinguins na Antártica e preocupam cientistas


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Gabriela Glette

A quantidade de plástico no mundo é tão grande que, em 2050 os oceanos abrigarão mais detritos plásticos do que peixes. Este dado foi apresentado pela Fundação Ellen MacArthur, uma das mais respeitadas no meio. Longe de ser um dado sem fundamento ou sensacionalista, cientistas da Universidade de Coimbra – Portugal, encontraram microplásticos no organismo de pinguins que habitam a Antártica, realidade que nos mostra que a alimentação destes animais já está sendo afetada pela poluição gerada por nós mesmos.

Para chegar à conclusão, os pesquisadores analisaram 80 amostras de fezes de pinguins da espécie Gentoo pygocelis papua. O microplástico estava presente em 20% delas. De acordo com o estudo – publicado na revista Scientific Reports, os microplásticos encontrados eram partículas minúsculas de diferentes tamanhos, formatos e cores, o que indica uma variedade do material no território da Antártica.

Se os detritos plásticos já chegaram ao continente mais frio e menos habitado do planeta, certamente os animais que vivem em áreas com maior densidade demográfica são ainda mais afetados. Este estudo, portanto, confirma as piores expectativas: este tipo de poluição já entrou na cadeia alimentar marinha, inclusive nos locais mais remotos do planeta.

De acordo com José Xavier – principal autor da pesquisa: “Esta descoberta é de muita importância para desenvolver novas medidas para reduzir a poluição na Antártida, particularmente relacionada com plásticos, podendo servir de exemplo para outras regiões do mundo”.

A importância de investir na economia circular

Os plásticos são parte fundamental do nosso cotidiano, mas também um dos exemplos mais emblemáticos da nossa atual economia linear ‘extrair-transformar-descartar’. Com quase 8 milhões de toneladas de plásticos caindo no oceano a cada ano, nós precisamos repensar a nossa forma de produzir, usar e reutilizar plásticos com urgência.

É por isto que a Economia Circular surge como um verdadeiro catalisador, já que distingue-se como um modelo focado na manutenção do valor de produtos e materiais durante um maior período de tempo. É preciso repensar o consumo. Cuidar do planeta não é apenas separar o lixo ou tomar banhos rápidos, mas sobretudo, o que compramos e a quais empresas entregamos nosso dinheiro.






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Quando agredimos o outro, movimentamos forças poderosíssimas de destruição



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Thiana Furtado


Muito já foi dito que agredir as pessoas não é algo interessante. Sabemos que isso fará com que você movimente uma força destrutiva poderosíssima. Estou me referindo ao ego alheio. E, como consequência, o seu também – a menos que você seja uma pessoa iluminada.
“ CAIREMOS, PARA DEPOIS NOS LEVANTARMOS, QUANTAS VEZES TORNAREM-SE NECESSÁRIAS PARA O NOSSO CRESCIMENTO INDIVIDUAL E COLETIVO, COMO CONSEQUÊNCIA.”
Mas isso é raridade, uma vez que, todos nós estamos aqui para aprender. Cairemos, para depois nos levantarmos, quantas vezes tornarem-se necessárias para o nosso crescimento individual e coletivo, como consequência. Vou começar citando um exemplo.

Quando estamos envolvidos em uma discussão, percebemos que estamos lidando não somente com o outro, mas também conosco, não é mesmo? Pois é, o outro servirá como um espelho prostrado diante de nós. Convém que você não mecha em vespeiros, se não for especialista no assunto de digladiação de terceiros.

Não que seja bonito ser especialista nesse assunto, mas se você não sabe em que terreno está pisando, lhe aconselho a manter a boca desse fogão desligada, para prevenir vazamentos desnecessários. E se você deixar o “gás” vazar muito, quando ligar o palito de fósforo, por certo terá, diante de si, uma explosão. Essa explosão, com toda certeza ocorrerá, se houver uma química receptiva, diante do seu possível alvo de gatilhos emocionais em desalinho.

O que precisamos ter em mente é que não deve partir de nós, essa desarmonia, que poderia abalar o equilíbrio contido na casa do universo. Torna-se necessário partir de nós, a paz que gostaríamos de fazer progredir nos ambientes em que nos encontramos inseridos. Se algum dia alguém lhe tirar do seu centro, pare, respire, reflita e diga para si mesmo em alto e bom som: Eu consigo! Eu não preciso brigar, discutir, me desgastar, por uma tormenta que não levará ninguém a lugar nenhum, exceto, a uma possível desarmonia relacional.

É claro que, enquanto humanos, cairemos por diversas vezes, nessas armadilhas. Mas, a medida que pudermos trabalhar o nosso interior em um sentido realmente revelador, estaremos mais próximos de um possível acerto. O mundo já tem brigas demais, já tem desentendimentos em demasia, já tem muita coisa errada e indigna acontecendo, para darmos atenção a coisas que não deveriam ter a menor importância. Mas, ao contrário do que parece, essas coisas têm incumbência, sim!

Por vezes pode parecer difícil fazer as pazes conosco e com algumas pessoas que estão em nosso ciclo de convivência. E essas pessoas parecem fazer de tudo para desafiar o nosso bem-estar. Mas escute esse sábio conselho que lhe dou neste precioso momento de reflexão.
SE VOCÊ PASSAR A IGNORAR O QUE SÓ O FARÁ MAL, SAIRÁ DESSE DILEMA VITORIOSO !
Sorria, olhe para si mesmo diante do espelho e diga enfaticamente: Olá! Eu sou a manifestação da política de boa vizinhança que desejo transmitir aos demais.

Você pode, você consegue, quer apostar como estou certa? É chegada a hora dos vencedores mostrarem a que vieram. E nunca se esqueça que sempre faltará um pouco, quando não se acredita suficientemente em sua própria majestosidade.
DEPOIS DE TODOS OS PASSOS SEGURAMENTE FOMENTADOS, UM NOVO DIA SURGIRÁ, REPLETO DE LUZ E DE REALIZAÇÕES.
E o melhor de tudo é poder dizer com o coração aberto: Obrigada, querido Criador, por ter me fornecido força, coragem e discernimento para vencer mais esse desafio! E lhe digo mais: Depois desses virão outros. Porque a vida é exatamente assim. Só os fortes sobreviverão.

Eu lhe desejo muito boa sorte em sua caminhada. Fé em Deus, porque ele é poderoso!






O que pessoas normais esperam de governos


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EUGÊNIO ARAGÃO, ex-ministro da Justiça

O que é normal, ou não, está longe de ser um consenso, mas quando se fala em “pessoas normais”, aponta-se para aquelas que querem o que todos querem: recursos para cumprir minimamente com as necessidades suas e de familiares – casa, emprego, saúde, alimentação, educação para si e os filhos, recreação, saneamento para ter acesso a água potável e ambiente sadio e por aí vai. Ninguém precisa ser escandinavo para ter aspiração e direito a esses bens. Pessoas normais querem viver em dignidade.

O discurso bobalhão de bílis com preconceito que elegeu Jair Bolsonaro não traz nada disso. Fazer pistolinha com a mão não torna ninguém digno – torna, quando muito, digno de piedade, de pena.

Governar é usar poder para cobrar tributos e aplicar sua receita naquilo que pessoas normais demandam, principalmente numa sociedade de desigualdades abissais como a nossa, em que a estabilidade política e social depende de ações compensatórias do estado. O resto é luxo e luxo é para ser custeado por quem o quer. A ciranda financeira, por exemplo, é para quem tem sobra e é dos bancos o papel mantê-la, não do estado.

Mas os atores que Bolsonaro trouxe para a máquina do estado entendem que cabe a nós todos, principalmente aos menos aquinhoados, pagar pela saúde financeira dos bancos que, mesmo em período de crise econômica, costumam fazer lucros enormes com os tomadores de seus serviços. São os que não têm o mínimo para garantir sua dignidade que custeiam o luxo dos que têm em excesso.

E, no meio disso, entre indignos e luxuosos, estão alguns servidores públicos com polpudos ganhos que fazem o serviço dos poderosos e ricos para continuarem a se diferenciar da ralé! O deles está garantido com Bolsonaro – basta fazerem o que os ricos esperam deles: perseguir o que sugerem que o estado deveria orientar suas prioridades para os fracos e não os fortes.

Não é por outro motivo que Lula está preso. Ele fez o que pessoas normais esperavam de seu governo. Deu-lhes dignidade, mesmo que não cobrando fatura exacerbada dos luxuosos. Mas a só “inversão” das prioridades – na visão dos que têm muito – era o suficiente para não querê-lo de volta. Mesmo que absolutamente disfuncional, preferem o governo da pistolinha com a mão a quem cumpre compromisso com a maioria.

O resultado está aí: temos um governo que não governa. Especializou-se na baixaria. Na rixa, na briga de boteco. Ora sua ex-líder no Congresso é chamada pela turma do Presidente – em virtude de sua avantajada circunferência – de “Peppa Pig”, no que ela replica e xinga os filhos do Presidente de eunucos ou de “veados”, a vomitar todo seu preconceito sexista. E, para o Presidente, a primeira-dama francesa é feia. Nisso se resumem os esforços bilaterais com aquele país europeu.

O país está literalmente paralisado. O óleo que invadiu as praias do nordeste não tiveram nenhuma prioridade do Ministério do Meio Ambiente, mesmo às vésperas da alta estação, em que a beleza do litoral nordestino atrai visitantes de todo Brasil e do exterior, dinamizando o turismo que é essencial para a economia da região. O ministro da educação, a par de jogral no YouTube, não faz nada. Prefere vomitar seu preconceito contra a comunidade universitária, exigindo mais polícia nos campi Brasil afora, não para garantir segurança, mas para vigiar a academia, feita, a seu ver, de maconheiros comunistas. O chanceler – ah, o chanceler! – manda retirar o busto de San Tiago Dantas do palácio do Itamarati, por atribuir-lhe o ato subversivo de ter estabelecido relações diplomáticas com a então URSS. No ministério dos direitos humanos, a ministra nomeia ressentidos da democratização para a comissão de desaparecidos, para negarem ter havido desaparecidos na ditadura, que eles também negam.

Governar que é bom, nada. Enquanto isso, avança a agenda de supressão de direitos sociais, trabalhistas e previdenciários, no Congresso Nacional, com suporte da bancada do chamado “centrão”, à revelia, mesmo, desse governo que só sabe brigar e insultar. O partido de Bolsonaro afunda no lodaçal das acusações mútuas de malfeitos de suas lideranças, enquanto ele posa no Japão com fraque, faixa e medalhas, dignas de um Idi Amin Dada. Evita banquetes por não gostar de comida japonesa. Prefere ir com seu ajudante de ordens a uma lanchonete de frituras, sempre observando de soslaio a braguilha dos japoneses, a conferir se têm mesmo o sexo pequeno, como dita o preconceito de botequim que cultiva com esmero.

Querer que o governo governe não é pedir demais. Mas, com o pandemônio que se instalou em Brasília, virou quimera. A única esperança repousa hoje no STF que, se assumir seu papel o de guardião da constituição, talvez decida, a partir desta semana, que a prisão de Lula, contrária à presunção de inocência, é ilícita. Teremos Lula livre, em breve, para liderar a conciliação entre sensatos dos mais diversos matizes políticos e ajudar a reorganizar o cenário nacional, na perspectiva de voltar a Governar, como já fez, com “G” maiúsculo. E, para pessoas normais, esse governo, minúsculo, ficará para a história como o período mais bizarro e vergonhoso da existência de nossa estatalidade.






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