Palavrões e xingamentos : " A boca fala do que o coração está cheio ”






 Jackson César Buonocore

Os palavrões e xingamentos estão por toda parte e são com frequência pronunciados em locais públicos, entre os quais: bares, restaurantes, lojas, empresas, escolas, igrejas, órgãos públicos, etc., que revelam o total desrespeito a tais ambientes e as pessoas que os frequentam.

O palavreado chulo, geralmente, é seguido de xingamentos, que viraram modismo nos programas de televisão e na web, que servem para chocar ou trollar seus espectadores. O problema é que a superexposição dessa linguagem é algo grosseiro, espiritual e psicologicamente nocivo.

Além do que é uma falta de educação que destrói o sentido das relações humanas, com a eclosão de ofensas evasivas, se configurando como uma catarse, que esconde questões mal resolvidas na fase anal, fálica e genital. É, principalmente, um interesse psicopatológico por fezes, ocultando desejos inconscientes.

Assim, as palavras obscenas se misturam nesse contexto, mas antes eram faladas somente em situações íntimas entre amigos, familiares e casais, que causavam uma “vergonha” permitida pelos interlocutores.

Hoje, essas coisas são vazadas na internet, onde as pessoas são esculachadas: quem mais ofende mais ganha likes, sendo que os insultos ainda chegam repletos de erros gramaticais. Não há nisso: estética literária, tampouco exercício da crítica e nem liberdade de pensamento.

Aliás, os palavrões e xingamentos crescem em lares ou famílias impregnadas de intrigas e discórdias, em que crianças e adolescentes assimilam essas atitudes, que se reproduzem nas escolas e rede sociais, em forma de bullying.

As palavras têm poder simbólico, mesmo no seu uso pejorativo, que de forma subjetiva são ditas por meios pegajosos, para nos transmitir a sensação de que vivemos em mundo escatológico, que precisa de ordem e força.

Há séculos os grandes filósofos e líderes espirituais tinham a consciência de que quanto mais obscenos os discursos dos sujeitos, mais obscenos serão seus pensamentos, consequentemente, mais nauseabundas serão suas condutas. E, atualmente, a neurociência identifica os “estragos” que a emissão de obscenidades causa no cérebro.

Contudo, temos várias maneiras dos indivíduos se libertarem do hábito repulsivo e medonho de dizer palavrões e xingamentos, o primeiro passo é não falar e nem postar nada, tentando vigiar os venenos da língua e as amarguras do coração. Elevando-se como ser humano acima da vulgaridade verbal, comportamental e da miséria da alma.

Portanto, essa linguagem se transmuta em indigência intelectual e imaterial, que se manifesta em ações sociopolíticas de ordem sádica ou necrófila. Afinal, é a comunicação verbal que nós, seres humanos, usamos para nos expressar, dando sentimento e intenção em todas as palavras. Mas, se elas estão corrompidas pela baixeza – vão mostrar sinais – do que existe de pior dentro de nós. É como disse Jesus: “A boca fala do que o coração está cheio.”







William de Lucca entrevista Glenn Greenwald : os impactos da Vaza Jato


Resultado de imagem para vaza jato




Resultado de imagem para vaza jato


Resultado de imagem para vaza jato



Existem várias maneiras de acabar com a própria vida sem morrer



Resultado de imagem para ame se mais


Sabotar a si mesmo, expulsar quem ama, trancar-se dentro de si, negligenciar o amor-próprio. Nesses casos, a morte é em vida.


Marcel Camargo


O suicídio é um assunto sério e que deve ser discutido e combatido amplamente, porém, existem formas de se suicidar, sem que se morra. Tem gente que continua vivendo, após ter se matado por dentro, e isso também é prejudicial demais. É preciso que se combata a tristeza generalizada, que parece se abater sobre grande parcela da população sem escolher faixa etária, classe social, gênero, nada.

Talvez um dos aspectos mais problemáticos, atualmente, seja a manutenção de uma autoestima positiva. Os parâmetros de felicidade, de estética, de felicidade, parecem estar a cada dia mais inalcançáveis, haja vista que muito daquilo que se dissemina como gerador de alegria depende de um alto padrão de vida, de um farto cartão de crédito. O poder de compra determina grande parte do que a mídia espalha como itens para ser feliz, tais como viagens internacionais, corpos torneados, dentes branquinhos, cabelos sedosos.

Com isso, muita gente acaba se achando menos, muito menos do que na verdade é. Se não conseguirem, por exemplo, comprar o smartphone de última geração, fazer academia, ostentar grifes, frequentar restaurantes e hotéis cinco estrelas, muitas pessoas se sentem incapazes de alcançar a felicidade. Além disso, há uma frieza tomando conta do coração de muita gente, tornando-as incapazes de manter vínculos, de regar afeto, de se colocar no lugar do outro.

A máxima apregoada incessantemente nos dita o desapego emocional, o tanto faz, o não estar nem aí para ninguém, o chutar o balde e cortar as pessoas da vida. Logicamente, teremos que assim agir em muitos momentos, para não sermos fantoches de pessoas tóxicas. Porém, tem muita gente se negando a amar, a confiar no outro, a dividir afeto, a acolher e a doar-se, por medo de se machucar, por temer passar pelo que já passou e machucou fundo.

Infelizmente, negar-se ao compartilhamento afetivo impede as pessoas de reunirem amor dentro de si. E é o amor a melhor proteção que teremos nessa vida contra as maldades, contra o desânimo, contra o que é ruim e quer ficar por perto. Precisamos nos abrir, ou explodimos, ou adoecemos. Quanto mais sentimentos pudermos preencher, mais estaremos completos e capazes de gostar de quem somos, mesmo que não sejamos nada daquilo que a mídia estampa nas capas, nos sites, na TV.

Como se vê, existem várias maneiras de acabar com a própria vida, sem que se morra: sabotar a si mesmo, expulsar quem ama, trancar-se dentro de si, negligenciar o amor-próprio. Nesses casos, porém, a morte é em vida. Lembre-se: enquanto houver vida dentro de si, haverá esperança, propósito, motivo, objetivo. Vivamos!






Eu gosto dos estudantes : Mercedes Sosa







Me Gustan Los Estudiantes 

Que vivan los estudiantes

Jardín de nuestra alegría

Son aves que no se asustan

De animal ni policía

Y no le asustan las balas

Ni el ladrar de la jauría

Caramba y zamba la cosa

¡Qué viva la astronomía!


Eu Gosto Dos Estudantes

Que vivam os estudantes,

Jardim da nossa alegria!

São aves que não se assustam

Com animal nem polícia.

E não se assustam com as balas

Nem o ladrar dos cães!

Caramba e samba a coisa,

Que viva a astronomia!


Me gustan los estudiantes

Que rugen como los vientos

Cuando les meten al oído

Sotanas y regimientos

Pajarillos libertarios

Igual que los elementos

Caramba y zamba la cosa

Qué viva lo experimento


Eu gosto dos estudantes,

Que rugem como os ventos

Quando lhes metem nos ouvidos

Batinas e regimentos.

Passarinhos libertários,

Igual aos elementos!

Caramba e samba a coisa,

Que viva o experimento!


Me gustan los estudiantes

Porque levantan el pecho

Cuando les dicen harina

Sabiéndose que es afrecho

Y no hacen el sordomudo

Cuando se presente el hecho

Caramba y zamba la cosa

¡El código del derecho!


Eu gosto dos estudantes,

Porque levantam o peito

Quando lhes dizem "farinha",

Sabendo-se que é farelo!

E não se fazem de cegos

Quando se apresenta o que foi feito!

Caramba e samba a coisa,

O código do direito!


Me gustan los estudiantes

Porque son la levadura

Del pan que saldrá del horno

Con toda su sabrosura

Para la boca del pobre

Que come con amargura

Caramba y zamba la cosa

¡Viva la literatura!


Eu gosto dos estudantes

Porque são a levedura

Do pão que sairá do forno

Com todo o seu sabor

Para a boca do pobre,

Que come com amargura.

Caramba e samba a coisa,

Viva a literatura!


Me gustan los estudiantes

Que marchan sobre las ruinas

Con las banderas en alto

Pa? toda la estudiantina

Son químicos y doctores

Cirujanos y dentistas

Caramba y zamba la cosa

¡Vivan los especialistas!


Eu gosto dos estudantes,

Que marcham sobre as ruínas

Com as bandeiras ao alto,

Para todos os estudantes.

São químicos e doutores,

Cirurgiões e dentistas.

Caramba e samba a coisa,

Vivam os especialistas!


Me gustan los estudiantes

Que con muy clara elocuencia

A la bolsa negra sacra

Le bajó las indulgencias

Porque, hasta cuándo nos dura

Señores, la penitencia

Caramba y zamba la cosa

Qué viva toda la ciencia!

Caramba y zamba la cosa

¡Qué viva toda la ciencia!



Eu gosto dos estudantes,

Que com eloquência bem clara

À bolsa negra sacra

Baixou as indulgências.

Porque até quando nos dura,

Senhores, a penitência?

Caramba e samba a coisa,

Que viva toda a ciência!

Caramba e samba a coisa,

Que viva toda a ciência!





Resultado de imagem para manifestações estudantes  13  de agosto 2019


13 de agosto: protesto em Maceió contra os cortes na educação


Estudantes protestam contra cortes do governo Bolsonaro na educação


Estudantes protestam contra cortes do governo Bolsonaro na educação





Todas as imagens acima são das manifestações ocorridas em 13/08/2019 

em favor da Educação e da Previdência Social públicas !