Estudantes, coragem !


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Ódio, o sentimento que inebria 




Ele chega aos poucos e, sem que notemos, vai tomando conta de tudo. Depois de dominar os pensamentos e as reflexões, ele passa a comandar nossas atitudes as quais se apresentarão, muitas vezes, sob o fogo cruel do nosso julgamento. Contudo, ressalta-se que, se esse julgamento está comprometido por falsos juízos a priori, a sentença será equivocada, pois a cegueira do ódio entorpece a consciência.

Assim, nessa nação moribunda, nós estamos caminhando e nos contaminando com esse patógeno letal - o ódio disseminado. São comuns as legiões de "moralistas" que julgam os outros. Por eles, são julgados os estudantes das escolas ocupadas, os movimentos sociais e as minorias, todavia os referidos moralistas realizam seus pareceres sob a roupagem tenebrosa do aniquilamento do contraditório. Eles são incapazes de aceitar o outro, sobretudo se a essência desse outro for diferente. Então, para justificar o ódio, abrem-se as cortinas das agressões cujo fel do perverso se apresenta em julgamentos excludentes. A sentença desse juízo aparecerá de várias formas, mas uma coisa é certa - o contraditório nunca será respeitado.

A consequência imediata disso será o surgimento de estratificações onde se propagará a idéia de que existem dois lados: os que "estão certos" e os que "estão errados". Lembremos da camisa com os seguintes dizeres: "eu não tive culpa, votei no Aécio". Dois lados antagônicos - os que votaram "certo" cutucando os que, supostamente, votaram "errado". Talvez, hoje, depois das inúmeras denúncias, o "certo" era mais uma bravata do que uma verdade.

Essas falsas-verdades corrompem o ser e o reflexo pode ser bem cruel. Agredir e excluir, pejorativamente, o diferente transforma-nos em seres embrutecidos. Você não deve abdicar do seu pensamento e daquilo que você acha certo, mas você precisa entender que o seu pensamento não sobrepuja o do outro. Na verdade, nunca sobrepujará. Não há hierarquia no que tange visão de mundo e conceituação filosófica de vida.

O pensar de cada um é soberano. Ele é inteligível em todas as esferas. Ele é único e verdadeiro. Ele é seu e pertence a ti. Não cabe nenhum ataque a ele. Ninguém pode neutralizá-lo ou impor outra vontade que corrompa seus valores. Pode-se discordar do que você pensa, mas nenhuma pessoa poderá te achincalhar em face disso. Essa situação é uma das válvulas de escape desse ódio inebriante. De forma perversa, tudo aquilo e todo aquele que se posiciona diferente são atacados.

Entendam que todo movimento social é bem vindo e deve ser aceito. Desde que pautado numa construção ética e pacífica, quaisquer construções coletivas são bem vindas. Desse modo, se a coletividade dos estudantes quer e se organiza para ocupar escolas, não há equívoco no valor dessa atitude. Talvez, o ódio apareça na não aceitação bitolada do achar que tal evento nacional é somente por política. Ou melhor, que um coletivo pensante não é capaz de pensar, visto que, são contaminados por "patógenos de esquerda".

Pergunto-vos, quais outras forças estão alimentando uma discussão nacional sobre a PEC 241? A resposta é simples: basicamente nenhuma.

Em face disso, seguremos esse ódio e analisemos os nossos ataques. Não é possível gozar de prazer ao ver truculências de autoridades policiais contra estudantes. Não validem a brutalidade pela tela do ódio ideológico do qual você discorda. Sejamos maiores e melhores, mesmo que a nossa visão de mundo seja diferente.

Aos estudantes, coragem e meu sincero respeito!


Dr. Régis Eric Maia Barros

Médico Psiquiatra

Mestre e doutor em Saúde Mental pela FMRP-USP



Postado em Conversa Afiada em 17/11/2016



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O correr da vida embrulha tudo. A vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem... Frase de Guimarães Rosa.



Não espere pelo final de semana





E se o final de semana não existisse?


Stephanie Gomes

Quando paramos para refletir sobre o que estamos fazendo com a nossa vida, duas perguntas bastante comuns que fazemos são:

- E se não houver amanhã?
- Se eu não precisasse de dinheiro para viver, o que faria para ocupar a minha vida?

São perguntas simples, mas às vezes difíceis de responder, porque não conseguimos realmente acreditar que essas hipóteses são possíveis, porém, encontrar a resposta para elas pode dizer muito sobre nós mesmos. É bom, de vez em quando, parar para fazer essas (e outras) perguntas a si mesmo.

Para incluir na lista de questionamentos que você deve se fazer, proponho mais uma pergunta, que provavelmente você nunca se fez: E se os finais de semana não existissem? Se você prefere nem imaginar ou sente desespero só de pensar nisso, é hora de refletir sobre o que tem feito da sua vida e repensar sua rotina.

Tudo o que você faz de prazeroso acontece nos finais de semana? Você vê sua família e amigos apenas aos sábados ou domingos? Deixa para praticar seus hobbies, relaxar, passear e se divertir apenas nos dias não úteis?

Como você viveria então se não existissem esses dois dias sagrados na semana? E se você tivesse que incluir coisas que gosta de fazer dentro dos dias úteis, como seria? Pensando na sua rotina atual, isso seria possível? Você continuaria sendo feliz fazendo o que faz agora, mesmo sem direito a um ou dois dias de descanso?

Existem pessoas que sequer se abalaram ao pensar na hipótese de viver para sempre apenas com dias úteis. São aquelas que amam o que fazem e que sabem equilibrar bem seu tempo entre prazer e obrigações. É o seu caso? Se não, talvez você ainda assim seja uma pessoa feliz, porém dependente do fim de semana. Pode ser que você adore sua profissão, mas tenha uma rotina cansativa e precise dos dois dias para fugir dela. Ou talvez você seja mais um dos que, por se sentirem tão completamente descontentes com o que fazem, jogaria tudo para o alto ou enlouqueceria se os finais de semana deixassem de existir. Com qual dos casos você se identifica?

O objetivo dessa reflexão é fazer você enxergar que a felicidade deve estar presente todos os dias. Se você limitá-la aos finais de semana, será feliz durante menos que a metade da sua vida. Não vale a pena!

Portanto, além do já conhecido conselho “viva como se não houvesse amanhã”, coloque também entre os seus lemas: viva como se o fim de semana não existisse. Não dependa do sábado e domingo, direcione a sua vida de maneira que não precise mudar nada e consiga ser feliz mesmo se algum dia decretarem a extinção do final de semana.

Se você está esperando o próximo sábado para fazer algo, pare de esperar e faça hoje. Se o seu trabalho não te traz nenhuma alegria, comece a procurar outro ou trabalhar em um projeto seu. Se a sua rotina te entedia, dê um jeito de incluir nela alguma atividade diferente que você goste de fazer. Se, quando o fim de semana chega, você só pensa em descansar, desacelere sua vida nos outros dias. Se você só tem tempo para ver os amigos e a família no sábado ou domingo, escolha um dia para substituir algo da sua rotina por estar com eles.

Não permita que sua vida seja uma proporção de cinco dias vazios para dois curtidos. Por mais que haja um ou outro em que seja necessário se dedicar totalmente às obrigações e não reste tempo para mais nada, não deixe que isso se torne rotina.


Postado em Desassossegada



Árvores podem fazer amigos e cuidar umas das outras



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Especialista afirma que árvores podem fazer amigos
 e cuidar umas das outras

João Rabay



As árvores não são “robôs orgânicos” que apenas produzem oxigênio e madeira. Elas são capazes de escolher o que fazer, têm memórias e até diferentes personalidades. Também são capazes de fazer amizade e ajudar umas às outras. Quem diz é o alemão Peter Wohlleben, especialista em árvores e guarda-florestal com anos de experiência.

No ano passado, ele lançou um livro, chamado A Vida Escondida das Árvores (ainda sem versão brasileira), que se tornou best-seller na Alemanha e foi traduzido em 19 idiomas, inclusive o português de Portugal. Nele, o autor explica de forma descontraída o que aprendeu nas décadas em que trabalhou nas florestas do país.

Foto: Gordon Welters/NY Times
Foto: Gordon Welters/NY Times


Segundo Peter, as florestas são uma grande comunidade que vive em conjunto. “Quando estudava, aprendi que as árvores competem entre si por luz e por espaço. Anos depois, percebi que era o contrário: elas se ajudam”. A conclusão veio quando, passeando pela floresta da qual ele cuida, perto da fronteira com a Bélgica, encontrou um toco de árvore ainda vivo.

O toco tinha de 400 a 500 anos de idade, e nenhuma ramificação ou folha. Como ele poderia continuar vivo? A resposta que ele encontrou é que as árvores ao redor lhe transmitiam uma solução açucarada através das raízes, o que permitia que ele continuasse se nutrindo.

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Foto: Peter Wohlleben


As árvores se comunicam através de sinais elétricos transmitidos pelas raízes e por sinais químicos através dos enormes fungos que ficam sob o solo. Elas avisam umas às outras sobre perigos como insetos, períodos de seca ou mesmo a ação humana, com galhos sendo cortados.

A visão de Peter sobre as árvores nem sempre foi essa: por vários anos ele trabalhou cuidando delas para que se tornassem boas fontes de madeira. Ele escolhia quais estavam prontas e as cortava. Seu olhar mudou quando, guiando grupos pela floresta, percebeu que os turistas gostavam de árvores retorcidas, que ele considerava ruins para a derrubada.

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Foto: Ranger McGrane


Esses troncos tortos o fizeram perceber que nem sempre as árvores disputam o espaço: às vezes elas fazem o possível para crescer sem atrapalhar as vizinhas, demonstrando grande senso de comunidade. “Não sabemos nem de metade do que acontece sob a terra, e, no último século, a ciência olha para a natureza como se ela fosse uma máquina”.

Peter diz também que as árvores nem sempre são amigáveis, e algumas vezes se unem contra outras espécies para preservar seus recursos. “Faias costumam não aceitar a presença de carvalhos, os atrapalhando até que eles enfraqueçam”. E cada espécie tem uma personalidade: “Salgueiros são solitários, suas sementes voam longe e as árvores crescem rápidas. Mas, sozinhas, não vivem muito”. Já as árvores nas cidades estão, segundo ele, “isoladas e lutando contra as probabilidades, já que não têm raízes fortes”.

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Foto: Reprodução/Intelligent Trees


Mas ele não gosta de ser visto como um “abraçador de árvores”, como ele mesmo define. Peter ressalta que o que ele escreve é apoiado por pesquisas científicas, como as da Professora Suzanne Simard, da Universidade de British Columbia, a quem ele se uniu para lançar um documentário, chamado Intelligent Trees (“Árvores Inteligentes”), com o objetivo de espalhar seus conhecimentos. Confira o trailer, em inglês:





Postado em Hypeness