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Vida feliz não vem pronta, é conquista




Patricia Tavares

Reconfigurar-se exige que nos perdoemos muito, perdoemos aos demais, por erros/equívocos, exige que consigamos nos realinhar em uma nova órbita, em torno do nosso próprio sistema, e entender mais de nós (e não é fácil), conseguindo ultrapassar o ego e as fronteiras sombrias de nossa personalidade.

Ressignificar é algo para elaborarmos dia a dia, mais e mais, e onde se possa buscar o melhor daquilo que vivemos, o melhor independente das situações, e isso é tarefa para muita coragem, também para ir além do que podemos entender.

Vida feliz não vem pronta; é conquista, não uma conquista de quem tem o melhor, mas de quem consegue viver o melhor de tudo, sem utopias, sem idealizações ... uma conquista de quem consegue viver o entendimento de que tudo é transitório, e que coisas boas/ maravilhosas, assim como coisas ruins/ desagradáveis, passam. Tudo passa.

Usarmos de resiliência para ultrapassarmos situações/sentimentos que nos levaram ao fundo do poço, é uma condição fundamental para vivermos mais saudáveis psicologicamente/fisicamente/espiritualmente, em um mundo ainda tão cheio de dores, provações, equívocos, de tantas pessoas que ainda não conseguem usar o seu melhor.

Ainda é via de regra usarem mais o lado sombra no trato com os demais e em todas as relações/situações.

Claro que já deu para observarmos que este planeta não é um parque de diversões e, por mais que tenha tantos momentos divertidos, a vida nos coloca frente a frente com situações, pessoas que nos incitam a crescer / a amadurecer / a uma evolução.




De onde o cérebro obtém sua motivação e vontade de viver?



Às vezes, mesmo tendo atingido o limite das nossas forças, nutrimos esperança e motivação para seguir em frente. De onde vem esse empenho, essa força vital? Vamos analisar.

Durante a Segunda Guerra Mundial, os japoneses chamaram de “bura-bura" ou doença do abandono o fenômeno pelo qual alguns prisioneiros eram deixados em estado de letargia até se permitirem morrer. Agora, de onde o cérebro obtém sua motivação e vontade de viver? Por que existem pessoas que perdem o ânimo, o desejo e até o instinto de sobrevivência?

Este tópico interessa especialistas e leigos há décadas. Nick Moloney, um dos marinheiros mais famosos do mundo, ressalta que se trata de uma inflexão mental: morrer é fácil, viver é o mais difícil. Ele próprio se viu em situações extremas, aquelas em que a dor era tão intensa que a falta de adrenalina o impedia de continuar navegando.

Uma vez ele ficou preso, ferido e à deriva. Foi então que perdeu completamente a vontade de viver. Esse é o pior cenário psicológico em que uma pessoa pode cair, porque então a esperança desaparece e a pessoa para de lutar. Nesses momentos, o ser humano é obrigado a fazer um último esforço, aquele que vai além do físico e exige o emocional…

Em que consiste este último? Como despertar a motivação quando estamos em situações extremas?

De onde o cérebro obtém sua motivação e vontade de viver?

Um dos maiores especialistas em resistência psicológica e sobrevivência foi o Dr. Al Siebert, da Universidade de Michigan. Um dos seus livros mais conhecidos sobre o assunto foi The Survivor Personality: Why Some People are Stronger, Smarter, and More Skillful at Handling Life’s Difficulties. Nesta obra, ele nos apresenta inúmeros exemplos de sobrevivência e também de perdas.

Um dos mais marcantes foi o caso de um avião militar canadense com 18 pessoas que caiu bem próximo a uma base canadense do Ártico. Treze deles sobreviveram, conseguindo por conta própria avançar e caminhar por 4 dias até a base militar. Dos restantes, três morreram no local e dois deles, sem ferimentos, acabaram morrendo de frio. Este último fato foi altamente desconcertante para todos.

Como explicou o Dr. Al Siebert, naquela área, apesar do clima severo, a comunidade nativa vive normalmente e as crianças são criadas felizes. Eles eram militares, estavam equipados e tinham os restos do avião para se proteger do frio. No entanto, como os sobreviventes contaram, dois dos seus companheiros optaram por ficar porque eles haviam desistido.

Al Siebert chamou de morte psicogênica aquele fenômeno pelo qual o ser humano se rende e se deixa morrer. Este é um fato que parece ser mais comum do que pensamos. Isso levanta uma questão óbvia e necessária para nós: de onde o cérebro obtém sua motivação e vontade de viver?

A dopamina não é tudo

Algo que sempre é dado como certo na neurociência é que a dopamina e o núcleo accumbens são o centro do prazer e da motivação. Este neurotransmissor é o que impulsiona os comportamentos que produzem bem-estar, como comer, socializar, se divertir, fazer sexo, etc. A sobrevivência também é impulsionada por este elemento.

No entanto, estudos como o realizado no departamento de neurociências da Universidade de Colônia (Alemanha) indicam algo importante. Foi constatado em modelos animais (camundongos) que, embora seus níveis de dopamina estejam reduzidos, eles continuam apresentando comportamentos motivacionais que garantem a sua sobrevivência.

Além disso, também sabemos que as pessoas que sofrem de Parkinson (e que têm falta de dopamina no cérebro devido à sua doença) não perdem o interesse em comer, socializar ou praticar aqueles comportamentos que, no final, também garantem a sua sobrevivência. Isso nos mostra que há algo mais do que o aspecto neuroquímico.

Hábitos, propósitos e uma vida social ativa para manter a vontade de viver

De onde o cérebro obtém sua motivação e vontade de viver? Até pouco tempo atrás pensávamos que tudo dependia desse universo neurológico, da dopamina, da serotonina, das endorfinas. Bom, há algo importante que devemos entender. O cérebro não secreta essas substâncias químicas apenas “porque sim". Elas aparecem na corrente sanguínea porque algo as favorece.

A sobrevivência requer esforços e motivos

Voltemos ao caso dos militares do Ártico canadense. Essas 13 pessoas que foram salvas tinham esperança. Eles sabiam que pedir ajuda era melhor do que ficar parado e desistir. O simples fato de ter um propósito promove a liberação desses neurotransmissores. O marinheiro, ferido e perdido à deriva, tinha pouca força ou motivação para continuar conduzindo seu barco.

Mesmo assim, ele fez isso porque se lembrou da sua família, das pessoas que o amavam. Lembrar das nossas razões para viver acende a motivação para permanecer vivo e lutar pela existência. Os hábitos e os costumes também são importantes. Ninguém tem vontade (motivação) de se levantar às 6 da manhã para praticar esportes. No entanto, ser exigente com a nossa rotina nos permite continuar a desenvolver hábitos saudáveis.

Por último, mas não menos importante, se nos perguntarmos de onde o cérebro tira a sua motivação, há um aspecto que devemos ter em mente. Como bem assinalamos, a motivação precisa de “motivos” para ser acionada, e algo assim nos é oferecido pela vida ativa, pelo convívio social, pelos bons relacionamentos… O desejo de viver não vem de fábrica; devemos encontrá-lo diariamente estabelecendo metas, desfrutando do que nos rodeia e alimentando a esperança.








4 sinais de que você está desperdiçando a sua vida




Com certeza você tem diversas ideias do que você quer para a sua vida. Coisas para fazer, metas a cumprir e pessoas com quem conviver. Mas às vezes você não tem tempo para alcançar tudo… ou talvez apenas pareça isso. Você já pensou que talvez esteja desperdiçando a sua vida?

Talvez algumas coisas nas quais você se vê submerso não sejam necessárias, ou talvez você esteja perdendo muito tempo sem nem perceber. Será que realmente falta tempo ou você só investe em coisas que não levam a lugar nenhum? Continue lendo e descubra.

“ O passado já fugiu, o que se espera está ausente, mas
o presente é seu. ”  - Provérbio árabe -

1. Você gasta tempo no que não contribui

Você precisa de momentos para se desligar das obrigações profissionais e se distrair. Mas se a maior parte do seu tempo é destinada a distrações, você acabará com a sensação de que não fez nada. Não estou dizendo para eliminar todas as atividades recreativas da sua vida, e sim que você preserve aquelas que contribuem com alguma coisa e reduza as outras.

Entre as atividades que farão você sentir que desperdiça a sua vida estão beber em excesso, passar horas assistindo televisão ou se perder nas redes sociais. Se você quer estar com seus amigos, procure alternativas como sair para acampar ou jantar em casa e bater papo à vontade. Escolha alternativas que sirvam para melhorar as suas relações e ter a vida que você deseja.

2. Você não melhora as suas habilidades

Os seres humanos estão programados para aprender coisas novas. Uma forma de desperdiçar a sua vida é não dar a si mesmo a oportunidade de aprender e crescer sempre. Você lembra que anteriormente mencionei que você deve evitar as atividades que não contribuem com nada? Então, uma excelente alternativa é usar os tempos mortos para praticar jogos mentais.

Faça com que a sua mente trabalhe e desafie-se sempre que puder. Opções como palavras cruzadas e sudokus o ajudarão, e em pouco tempo você ficará viciado em seus desafios. Outra excelente alternativa para fazer com que a sua mente se desenvolva é aprender novas habilidades. Desde tocar um instrumento musical até aprender um novo idioma. Se você quer algo que requeira menos esforço, leia.
“Aprender a aprender é a habilidade mais importante da educação, e deve ser explicada desde as primeiras lições”.

  - John Seymour -

3. Falar consigo negativamente

O diálogo negativo é uma excelente forma de desperdiçar a sua vida. Se esse diálogo se dá no seu interior e com você mesmo, é ainda pior. Lembre-se de que aquilo que você pensa se torna realidade. Você é consciente do que você diz a si mesmo cada vez que você tem um tempo ocioso? Quão gentil você é consigo mesmo? Quando chega o momento de enfrentar um desafio e você se dá por vencido na sua mente, o fracasso está praticamente assegurado.

Claro que não é fácil mudar esse tipo de diálogo porque ele não acontece de forma consciente. O que você precisa fazer é prestar atenção ao que você está falando para si e pouco a pouco modificar essa mensagem. Você também pode ocupar a sua mente para diminuir esse tipo de mensagem.

4. Você não planeja o futuro, nem a sua vida

Como você se imagina daqui a dez anos? O que você gostaria de estar fazendo neste momento? Com quais recursos você fará isso? Embora seja verdade que é preciso viver o presente, nunca se deve esquecer do futuro. As metas funcionam como um motivo para continuar e evitam que você desperdice a sua vida. Permitem criar um caminho e fazem você sentir que realmente tem algo a melhorar e pelo que perseverar.

“O futuro tem muitos nomes. Para os fracos é o inatingível. Para os temerosos, o desconhecido. Para os valentes, a oportunidade.” 
 - Victor Hugo -

Muitas pessoas vivem quase como zumbis. De manhã acordam, tomam café, vão para o trabalho e voltam para casa. Todo dia é igual e quando tiram um tempo para analisar as suas vidas, se sentem vazios. Isto acontece porque elas não têm uma meta a cumprir.

Defina uma ou duas grandes metas e outras menores. Que tal correr uma maratona em 2017? Depois de definir o seu objetivo principal, crie metas menores e realistas que possam ser alcançadas, como correr uma prova de 5km, depois uma de 10km, completar uma meia-maratona, etc.

Não se permita desperdiçar a sua vida. Aproveite-a para crescer e melhorar. A melhor coisa que você pode fazer é viver plenamente porque você não vai ter oportunidade de desfazer as suas decisões.




10 verdades desconfortáveis que tens de aceitar para teres uma vida plena



1 – Falhar é inevitável.

Vai acontecer… e não vai ser pouco. Mas esse é o único caminho para o sucesso. Será sempre um caminho a ser feito de cair, levantar e seguir.

2 – As pessoas em quem confias também te podem desapontar.

Não tenhas expectativas diferentes dessas. Caso contrário vais acabar a não confiar em ninguém. Relações, sejam elas quais forem, devem ser com base no teu próprio compromisso, o melhor que consigas, sem esperar nada em troca. Tudo o que vier será lucro e alegria.

3 – O amor vem sempre acompanhado de ficar vulnerável.

O que dizer disto. Temos de aceitar para podermos ser felizes. Mesmo que algumas vezes termines com o coração partido. Noutros momentos poderás sentir o coração tão cheio que parece que nem cabe lá tudo dentro. Não tenhas medo disso.

4 – Deixar ir é uma técnica imprescindível.

A velha técnica do desapego. Conheces né? Vale para tudo, desde coisas até pessoas.

5 – Tudo é temporário.

Quando estiveres muito mal, calma, também isso é transitório. Mas atenção, quando estiveres muito muito bem, lembra-te também disto, para o caso de caíres do trono. Assim não vai doer tanto!

6 – As outras pessoas estão tão confusas como tu.

Ninguém se consegue entender a si próprio com tantos “adjectivos e definições” que cada um de nós pode ser ou não ser. CLARO! No meio de tudo isto como entender os outros?!

7 – Não vais conseguir que todos gostem de ti.

Nem que te transformes num pote de Nutella!

8 – Sair da zona de conforto sempre te vai fazer crescer.

É a vencer os nossos medos e inseguranças que nos tornamos adultos. Esse será um dos sentidos da vida, expandir.

9 – Aquilo que deres ao mundo, será o que vais atrair para ti também.

Lembra-te, toda a ação tem uma reação. Se agires com negatividade, a reação tem alta probabilidade de ser parecida. Ao contrário, se agires com positividade, vais atrair do mesmo para ti.

10 – Não podes contar com ninguém a 100%.

Por muito boas que sejam as pessoas. Por muito que te queiram bem. Aliás, sabes bem, nem em ti próprio(a) confias a 100%. As pessoas têm as suas vidas, vez ou outra qualquer um te pode falhar.




Pratique a arte de saborear a vida para melhorar a sua saúde


Pratique a arte de saborear a vida para melhorar a sua saúde

Se você dedicar tempo de qualidade às coisas que importam, sua saúde vai melhorar. Pratique a arte de saborear a vida e de apreciar cada pequeno detalhe. Tente encontrar magia e felicidade nas pequenas coisas.


Você deve saborear a vida, levar as coisas lentamente e abraçar completamente o momento presente. Mantenha seus olhos e seu coração abertos para o que está ao seu redor. Quando você vive no momento presente, suas experiências o ajudam a se manter positivo quando as coisas ficam difíceis. Não esqueça que dedicar tempo de qualidade para as coisas que mais importam afeta positivamente a sua saúde física e mental.

À primeira vista, isso parece óbvio. Você já deve saber que provavelmente se sentiria melhor se pudesse ir um pouco mais devagar e apreciar as coisas mais simples do seu dia a dia. No entanto, como o escritor e pesquisador Nassim Taleb aponta, o senso comum das pessoas está falhando.

Esquecemos de como saborear a vida. Muitos de nós estão presos nesses estranhos labirintos de pressões, medos e ansiedades. Existem tantas coisas a serem alcançadas e tanta incerteza que fixar nosso olhar no presente e apreciá-lo é bem complicado.

Além disso, existe o fato de que o cérebro está sempre ciente de possíveis ameaças e riscos. Ele não se importa se você está feliz ou não. Seu principal objetivo é mantê-lo vivo. Portanto, você deve fazer um esforço consciente para aprender a apreciar a vida.


O controle consciente da atenção também cria um tipo de reserva cognitiva e emocional que afeta diretamente a sua saúde. Isso é algo importante a se ter em mente.

A arte de saborear a vida e a memória autobiográfica

Todos nós fizemos isso em algum momento das nossas vidas. Quando você se sente bem, feliz e realizado, você tenta tirar uma “foto mental”. Você provavelmente até disse a si mesmo: “vou me lembrar desse momento para sempre”. Essa memória não inclui apenas as coisas que estavam acontecendo naquele momento, mas também as coisas que você estava sentindo e pensando.

Algo tão simples (e maravilhoso) como guardar essas memórias é mais do que apenas garantir a si mesmo que você será capaz de se lembrar da experiência maravilhosa. Esse processo também é um ato cognitivo e emocional voluntário que torna o momento presente útil para o futuro. Você espera, de alguma maneira, sentir a felicidade de hoje no futuro.

É um exercício baseado no mindfulness. Ocorre numa mente consciente cheia de emoções positivas. A arte de saborear a vida é precisamente esta: ser capaz de criar momentos de bem-estar e integrá-los à sua memória. Com isso, elas se tornam “pílulas de felicidade” para o amanhã.

O exercício psicológico de saborear a vida e a nostalgia positiva

Em 2018, Marios Biskas, da Universidade de Southampton, no Reino Unido, realizou um estudo sobre a nostalgia. Ele descobriu uma série de aspectos que devemos considerar:

“Saborear a vida” é mais que apenas uma frase e uma mensagem positiva para o desenvolvimento pessoal. É, na verdade, um exercício psicológico muito saudável para o cérebro.

De acordo com esse estudo, a arte de “saborear a vida” é um exercício que envolve prestar muita atenção ao que acontece ao seu redor. É uma atividade mental deliberada que permite capturar a experiência presente e retê-la. Essa atividade, por sua vez, cria o que os cientistas chamam de “memórias nostálgicas”.

O Dr. Biskas e sua equipe mostraram que criar esse tipo de memória possibilita recuperar esses fragmentos no futuro e sentir essas emoções positivas novamente. É um tipo de nostalgia enriquecedora. Assim, consiste em ter uma janela aberta pela qual você pode olhar de vez em quando para respirar e se envolver em sensações agradáveis.

Construir essa memória autobiográfica baseada em momentos de equilíbrio, paz interior e bem-estar afeta positivamente o seu equilíbrio psicológico.

A importância de ter um controle consciente sobre a sua memória

Para saborear a vida, você precisa primeiro criar o momento. Muitas pessoas pensam que a felicidade vai e vem e que os momentos de bem-estar são casuais e nem sempre dependem de nós mesmos. Isso é um erro.

Você desempenha um papel na sua própria felicidade. Todos nós devemos promover esses bons tempos em nossas vidas. Isso implica saber desacelerar, dedicar momentos para descansar, e passar bons momentos com as pessoas que amamos, além de um tempo de qualidade sozinhos para nos conectarmos com nós mesmos.

Você não precisa de grandes eventos ou viagens caras para isso. A melhor forma de saborear a vida é através da simplicidade. Veja a vida com um olhar aberto e humilde que lhe permita apreciar as coisas mais básicas. Quando você vivenciar esses momentos de bem-estar, procure ativar um controle consciente da sua memória e manter esse momento em sua mente.

Quanto mais disposto você estiver e mais controle tiver para acumular esses momentos de equilíbrio e felicidade, mais seu cérebro vai cooperar. Assim, será mais fácil guardar essas memórias de bem-estar. É uma tarefa que vale a pena e que o ajudará a criar uma reserva cognitiva e emocional.






Gente sem frescura : melhores pessoas



Gente sem frescura: melhores pessoas


Marcel Camargo

É tão gostoso conviver com pessoas sem afetações, gente que não liga para luxos e ostentações. Não, não se trata de romantizar a miséria e a pobreza extrema, que são faces desumanas da desigualdade social que se arrasta no Brasil e no mundo desde sempre, mas sim de entender que a simplicidade é uma das maiores riquezas dessa vida.

Na verdade, simplicidade não tem a ver com riqueza, mas sim com a forma como se vive e se encara a vida, não importando o quanto se possua de grana no banco. Não são os dígitos do salário que comandam a forma como pessoas simples vivem e sim suas certezas, suas convicções, prioridades e o seu olhar sobre o outro. Pessoas sem frescura conseguem entender que não são o centro do universo e se adequam aos ambientes, às pessoas, aos lugares.

Trata-se de indivíduos que se dispõem a trocas e a aprendizados, que nunca se acham os donos da verdade, que sabem ouvir, sentir o mundo, sentir o próximo, para muito além do próprio umbigo. São pessoas que, mesmo cercadas de bens materiais e de luxo, conseguem sair de seus casulos, de seus terrenos, para se entrosarem com outros mundos além dos seus, sem julgamentos, críticas ou olhares de desaprovação.

Quem não é fresco é uma pessoa bem resolvida com seus sentimentos, com suas convicções, com aquilo em que acredita. São pessoas que transpiram verdade e felicidade, porque se permitem mudar, conhecer o novo, o diferente de si, sem estranhamento e preconceito. Como já colocaram a sua identidade em ordem, não tentam desarrumar o emocional dos outros, respeitando a essência de cada um.

Por isso são apaixonantes as pessoas sem frescura, que dividem litrão e torresmo no boteco da esquina, que comem miojo bebendo Tang, que vão a pé, de ônibus, chegam sozinhas e se entrosam rápido. Gente que é feliz apenas por estar ali, viva, curtindo cada momento, onde e com quem estiver. Melhores pessoas.





A Frase - Seja humilde





“ A vida não pode ser economizada para amanhã.”(Rubem Alves)


Carpe Diem" quer dizer... Rubem Alves




Alessandra Piassarollo

Sempre se disse que amanhã pode ser muito tarde. Que é preciso aproveitar o hoje como se fosse uma oportunidade única. E é assim que a vida segue, sem voltar atrás, no ritmo que dermos a ela, no compasso que escolhermos.

Embora, ela não seja tão vaidosa quanto acreditamos. Ela quer ser aproveitada, mas não requer os luxos que atribuímos a ela. A urgência não está somente no ter, no conseguir, no ganhar. Existe importância em tudo, nos momentos de descanso, nas risadas, nas brincadeiras de criança, nas rodas de conversa. Tudo ensina, tudo acrescenta, tudo é capaz de satisfazer.

Vive mais feliz quem aprende a dosar tudo isso. Quem entende que a vida é um conjunto equilibrado de todas essas coisas; que ela vai muito além da rotina apressada que estabelecemos para nossos dias.

A vida é artigo de primeira necessidade. Não se vive sem, não é óbvio? Mas, a maior parte do tempo não reparamos nisso, porque temos nos ocupado com muitas coisas ao mesmo tempo. Os dias passam e na maior parte dele, nós apenas pilotamos nosso automático, porque já programamos nossos passos. O que acontece ao longo do dia passa despercebido. Os abraços, os sorrisos, os encontros, o jardim, a gentileza… tudo fica em segundo plano, porque já temos pressa demais para nos preocupar. 

Há um conto muito interessante a esse respeito. Diz-se que um homem se apresentou a um mestre e disse: Meu mestre anterior faleceu. Ele era um homem santo, capaz de fazer muitos milagres. Que milagre és capaz de realizar? E a resposta do mestre foi: Eu quando como, como; quando durmo, durmo. O homem respondeu, dizendo que isso não era milagre algum, já que ele também era capaz dos mesmos feitos. Ao que o mestre rebateu: Não! Quando você come, pensa em mil coisas; quando dorme, fantasia e sonha. Eu somente como e durmo. Isto é um milagre. 

A verdade é que temos cada vez menos a capacidade de fazer esse milagre. É preciso repensar. É necessário se reinventar e tornar a viver com mais leveza, rindo e chorando, errando e aprendendo, caindo e levantando e enxergando tudo isso como algo essencial ao processo de viver. A vida pede compromisso, temos um acordo, o de fazer o nosso melhor a cada dia. Mas com menos pressão do temos feito sobre nós mesmos. É preciso suavidade, doses menores, menos exageros. 

É importante que se aprenda a desfrutar de cada dia, com zelo e com gosto. É fundamental criar momentos agradáveis todos os dias, ter um pouco de diversão, de calmaria e de descanso. Por Rubem Alves, “Carpe Diem” quer dizer “colha a vida”. Colha o dia como se fosse um fruto maduro que amanhã estará podre. A vida não pode ser economizada para amanhã. Acontece sempre no presente.” 




As Mais Legais De Bom Dia Imagens #24 | Imagens para Whatsapp


E por falar em Rubem Alves ...  



Escutatória – Rubem Alves | Boas citações, Poemas de fernando ...


Ensinar é um exercício de... Rubem Alves


EDUCAÇÃO 16 ª CRE RS: RUBEM ALVES PRESENTE


Rubem Alves: Somos as coisas que moram dentro de...


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A VIDA É MUITO CURTA, POR ISSO SONHE E VIVA O MÁXIMO QUE PUDER !





Adriana Helena

Sabemos que às vezes não é fácil viver... Nossas vidas são feitas de bons e maus momentos. No entanto, muitas pessoas escolhem focar nas coisas negativas: problemas, lutas pessoais e necessidades não atendidas. Elas permitem que as fases ruins se sobressaiam às boas e dificilmente conseguem aproveitar a vida da maneira certa. Te digo que a vida passa rápido demais para nos afundarmos em sofrimento... Por isso reaja!

Pessoas assim não sonham, não se divertem e não dão risada com os amigos. Encaram cada novo dia como uma nova guerra a ser vencida e nunca reservam um tempo para apreciar todas as coisas incríveis que existem ao seu redor. Há um mundo belíssimo lá fora esperando por você, basta saber enxergar!




É um fato que sempre haverá algum imprevisto no caminho e que as coisas nem sempre seguirão as nossas vontades, mas não podemos nos fechar por conta disso. O nosso tempo é limitado, devemos nos concentrar nas coisas boas da vida e criar a nossa própria felicidade.

Quando mantemos os pensamentos em coisas ruins, não conseguimos direcionar nossas mentes para as coisas positivas, ficamos limitados, sem evoluir ou atrair uma vida realmente boa. Por isso, devemos aprender a enxergar o bem, mesmo nos momentos ruins e alimentar a confiança de que logo seguiremos um caminho melhor. Olhe o mundo ao seu redor e veja quanta coisa linda...




Devemos tirar o foco das situações difíceis e dos sentimentos negativos e nos abrir para a verdadeira beleza da vida. Há muito mais na vida do que podemos ver e do que vivemos hoje

Há muito mais para experimentarmos do que a tristeza, as lágrimas e a falta de esperança. A vida é muito mais do que um relacionamento que não deu certo ou um trabalho que nos frustrou. Precisamos nos abrir para que grandes coisas possam chegar em nossos caminhos. Liberte os seus sonhos!

Permita-se viver uma boa vida. Sonhe, ame e ria muito. Crie amizades com boas pessoas, devolva os sorrisos que lhes derem, valorize as pessoas que nunca saem do seu lado. Aprenda a valorizar o hoje e deixe o passado para trás.

Anime-se com as oportunidades de cada novo dia e deixe de sofrer por coisas que não merecem a sua atenção.Viver apegado à dor apenas nos priva de aproveitar a vida da maneira certa. Deixe de lado esse apego e descobrirá quantas coisas incríveis esperam por você. Que tal escalar uma montanha? Tenho certeza de que você conseguirá chegar ao topo!




Aproveite muito bem cada novo dia de vida, porque é uma nova oportunidade de recomeçar e enxergar a beleza que existe em tudo ao seu redor.

A vida é muito curta, por isso sonhe, ame e ria o máximo que puder! E faça tudo isso com o auxílio da música que é um excelente combustível para a sua felicidade!

Roy Orbison - In Dreams (Tradução) 1963

💘" In Dreams " é uma música encantadora composta e cantada pelo artista de rock and roll Roy Orbison. Trata-se de uma balada de ópera lançada como single pela Monument Records em fevereiro de 1963.

Tornou-se a faixa-título do álbum In Dreams , lançado em julho do mesmo ano. A música tem uma estrutura única em sete movimentos musicais, nos quais Orbison canta através de duas oitavas, muito além do alcance da maioria dos cantores de rock and roll.




A música alcançou o topo das paradas da Billboard Hot 100 no número 7, e ficou no Reino Unido por cinco meses, enquanto Orbison excursionava compartilhando faturamento com os Beatles . Ele ganhou notabilidade novamente em 1987, quando Orbison lançou uma antologia regravada de seus maiores sucessos.

A Rolling Stone listou "In Dreams" no número 319 de suas 500 maiores músicas de todos os tempos.

Orbison mais tarde afirmou que a origem de "In Dreams" veio a ele enquanto ele dormia, como muitas de suas músicas. Ele costumava ouvir música enquanto dormia com um disc-jockey de rádio anunciando que era a nova música de Elvis Presley.

Para esta música, no entanto, ele estava meio acordado quando a imaginou e pensou: "Garoto, isso é bom. Eu preciso terminar isso. Coisas ruins não acontecem nos meus sonhos". 

Quando ele acordou na manhã seguinte, toda a composição foi escrita em 20 minutos e veremos agora o quanto ficou maravilhosa na minha mais nova edição, em uma espetacular indicação da Heleni Farsetti do Grupo Só Música & Poesia! 









Viver exige coragem



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Marcel Camargo

Rasteiras, decepções, doenças, desemprego, traição, morte, a vida tem dessas coisas. Existem momentos maravilhosos que marcam as vidas de cada um de nós. E há aqueles períodos em que a gente só quer sumir. Gangorra, instabilidade, imprevisibilidade, caos, beleza, amor, prazer, tudo junto e misturado nesse trem em que embarcamos assim que nascemos.

Talvez soframos por sermos esperançosos e sonhadores demais, porque o ser humano é cheio de planos e de projetos, desejos e afetos, mas nem tudo se realiza. A gente se frustra o tempo todo, com os momentos, com as pessoas, com o que vem na contramão e nos derruba. A gente enfrenta rejeição, gosta da pessoa errada, escolhe o que deveria ficar longe.

A gente acorda, na maioria das manhãs, com o propósito de vencer e de ser feliz. Mas a gente depende do que está lá fora e de quem caminha conosco, para que a felicidade resida completa na gente. E então o chefe acorda azedo e desconta na gente. E então o filho desiste da faculdade e volta para trás. E então um irmão adoece, o cachorro fica cego, um amigo se vai para sempre.

A gente planeja que as coisas durem, que as amizades sejam fiéis, que os amores sejam recíprocos, que nosso trabalho dê certo. A gente espera uma notícia boa, uma promoção no trabalho, o reconhecimento de alguém. E lá vem o contrário disso tudo, e lá vêm as colheitas amargas de nosso passado imaturo. E tudo de novo parece desandar, e nada mais parece ter sentido.

Daí a gente se agarra a alguma coisa que nos salve dessa escuridão que machuca: a gente ouve aquela música, lê aquele livro, dedilha uma peça de Bach esquecida, escreve, come sorvete, deita e dorme, ou vai andar na esteira. Daí a gente tem que se virar com o que sobra dentro do peito, com o que contorna a essência de nossa alma, dando as mãos a quem nos ama, abrindo-nos a quem nos escuta, orando no fervor de nossas crenças. Porque o tanto que a fé ajuda nessas horas é indescritível.

E então a gente se levanta e se reergue e se reencontra com tudo o que há de mais bonito em nossas vidas, com tudo aquilo que a gente teima em deixar de enxergar quando a vida dói. O colo dos pais, o abraço do amigo, o olhar de quem nos ama, uma lembrança que acalenta, um Salmo que conforta, uma oração que ilumina. Há tanta coisa boa também, há tanta gente especial, tantas memórias mágicas. Ah, como a vida é bonita!

É. Às vezes, a gente acha que não pode ficar pior, mas fica. Acha que algo não vai acontecer, mas acontece. A gente fica sem ar, sem chão, sem esperança. A gente se revolta e chora muito, mas a gente não desiste. Somos muito mais fortes do que pensamos. A gente sobrevive e volta a sorrir, porque somos corajosos. A vida exige que sejamos assim, como fortalezas. E a gente é. E a gente continua. E começa tudo de novo. Vivamos!









Existem finais felizes, finais tristes e finais necessários



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Muitas vezes, teremos que sair de relacionamentos, sair de casa, sair do emprego, pular fora, partir, ir embora. Ou isso ou a gente prolonga sofrimento, dor e decepção.


Marcel Camargo



A vida é feita de ciclos, de pequenas histórias que se entrecruzam, de momentos que se somam uns aos outros, de chegadas e de partidas. Como diz a canção, há um vai e um vem na estação de nossas vidas, como num trem sem parada, apressado, cheio de surpresas pelo caminho. Há o que se inicia e o que acaba. Muitos finais pontuam a nossa jornada, ou seja é preciso saber lidar com eles.

Há finais felizes. Relacionamentos de uma vida, amores recíprocos para sempre, amizade eterna, emprego dos sonhos. Finais felizes são aqueles que não acabam nunca, quando algo que nos faz bem fica junto, fica com vontade, faz morada. São aqueles que ficam na gente, mesmo quando já se tornou passado, porque o que é intenso e verdadeiro, ainda que tenha que terminar, jamais sairá de nossos corações.

Há finais tristes. Infelizmente, a vida vai nos obrigar a separações bruscas, repentinas e extremamente dolorosas. Perdemos coisas e pessoas pelo caminho, perdas cujas marcas carregaremos enquanto vivermos. A saudade então nos fará companhia, bem como a lembrança de tudo o que foi bom, roubando-nos sorrisos, acalentando nossa alma, acelerando as batidas de nossos corações, preenchendo-nos de gratidão.

Há finais necessários. Nem tudo o que a gente quer e nem todos que a gente ama vão ficar – e essa será uma das lições mais duras que aprenderemos. Muitas vezes, teremos que sair de relacionamentos, sair de casa, sair do emprego, pular fora, partir, ir embora. Ou isso ou a gente prolonga sofrimento, dor e decepção. Será difícil, mas nossa sobrevivência dependerá da atitude certa em relação à pessoa errada, por mais que isso doa. E dói pra caramba, mas passa.

Como se vê, os finais serão recorrentes em nosso caminhar, sejam bons ou não. Caberá a nós enfrentar cada um deles com coragem, com a esperança de que dali sairemos mais fortes e dali sairemos prontos para receber o que ainda nos aguarda lá na frente. Pontos finais são necessários, para que novas histórias sejam escritas, com a gente protagonizando e conduzindo a trama, fazendo parte de enredos marcantes, inesquecíveis e recheados de amor.













Existem várias maneiras de acabar com a própria vida sem morrer



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Sabotar a si mesmo, expulsar quem ama, trancar-se dentro de si, negligenciar o amor-próprio. Nesses casos, a morte é em vida.


Marcel Camargo


O suicídio é um assunto sério e que deve ser discutido e combatido amplamente, porém, existem formas de se suicidar, sem que se morra. Tem gente que continua vivendo, após ter se matado por dentro, e isso também é prejudicial demais. É preciso que se combata a tristeza generalizada, que parece se abater sobre grande parcela da população sem escolher faixa etária, classe social, gênero, nada.

Talvez um dos aspectos mais problemáticos, atualmente, seja a manutenção de uma autoestima positiva. Os parâmetros de felicidade, de estética, de felicidade, parecem estar a cada dia mais inalcançáveis, haja vista que muito daquilo que se dissemina como gerador de alegria depende de um alto padrão de vida, de um farto cartão de crédito. O poder de compra determina grande parte do que a mídia espalha como itens para ser feliz, tais como viagens internacionais, corpos torneados, dentes branquinhos, cabelos sedosos.

Com isso, muita gente acaba se achando menos, muito menos do que na verdade é. Se não conseguirem, por exemplo, comprar o smartphone de última geração, fazer academia, ostentar grifes, frequentar restaurantes e hotéis cinco estrelas, muitas pessoas se sentem incapazes de alcançar a felicidade. Além disso, há uma frieza tomando conta do coração de muita gente, tornando-as incapazes de manter vínculos, de regar afeto, de se colocar no lugar do outro.

A máxima apregoada incessantemente nos dita o desapego emocional, o tanto faz, o não estar nem aí para ninguém, o chutar o balde e cortar as pessoas da vida. Logicamente, teremos que assim agir em muitos momentos, para não sermos fantoches de pessoas tóxicas. Porém, tem muita gente se negando a amar, a confiar no outro, a dividir afeto, a acolher e a doar-se, por medo de se machucar, por temer passar pelo que já passou e machucou fundo.

Infelizmente, negar-se ao compartilhamento afetivo impede as pessoas de reunirem amor dentro de si. E é o amor a melhor proteção que teremos nessa vida contra as maldades, contra o desânimo, contra o que é ruim e quer ficar por perto. Precisamos nos abrir, ou explodimos, ou adoecemos. Quanto mais sentimentos pudermos preencher, mais estaremos completos e capazes de gostar de quem somos, mesmo que não sejamos nada daquilo que a mídia estampa nas capas, nos sites, na TV.

Como se vê, existem várias maneiras de acabar com a própria vida, sem que se morra: sabotar a si mesmo, expulsar quem ama, trancar-se dentro de si, negligenciar o amor-próprio. Nesses casos, porém, a morte é em vida. Lembre-se: enquanto houver vida dentro de si, haverá esperança, propósito, motivo, objetivo. Vivamos!






O grande desafio de se desconectar na era das novas tecnologias






Mesmo com todas as coisas positivas que as novas tecnologias trouxeram consigo, em especial a capacidade de conectar as pessoas entre si, se o uso das mesmas for abusivo, elas podem ser prejudiciais. É preciso saber quando se desconectar.

É possível se desconectar de verdade com telefones e computadores sempre ao nosso redor? Como colocar o tempo em modo avião e se afastar das novas tecnologias? É saudável estar disponível o tempo todo para qualquer pessoa que possa nos solicitar?

Como quase tudo que nos rodeia, as novas tecnologias, em sua medida justa, são uma inovação que nos oferece um mundo de possibilidades. No entanto, o que acontece quando cruzamos a linha?

Atualmente, estar sempre disponível a apenas um clique — seja por e-mail, redes sociais ou uma chamada — é considerada uma característica distintiva de uma pessoa solidária, diligente, generosa, e até mesmo de um parceiro ideal.

A verdade é que, embora estar presente para os outros seja importante, não podemos nos esquecer de nós mesmos.

A vida através das telas nem sempre é igual à vida real; é um teatro, um cenário artificial. Portanto, saber quando se desconectar é o que nos permite distinguir entre um e outro.

Enviar um e-mail a seus funcionários e querer obter uma resposta imediatamente, a qualquer hora, pode não ser saudável. Saber o que seu parceiro ou seus filhos fazem a cada minuto pode não ser saudável. Querer que um amigo lhe responda instantaneamente porque você se sente mal pode não ser saudável. Você já pensou nisso?

Todos nós temos o direito ao nosso tempo, à nossa vida e à nossa privacidade. Merecemos, por isso, nossos momentos off-line, fora de rede … merecemos nos desconectar, fechar os olhos e respirar.




Então, o que acontece ao se desconectar?

Para algumas pessoas, não estar disponível o tempo todo é algo negativo. No entanto, isso não é verdade. Não podemos estar conectados ao telefone, ao e-mail ou a qualquer rede social a cada segundo.

A realidade das coisas pode ser diferente da realidade mostrada no mundo digital: não é mais feliz quem publica mais, não viaja mais quem compartilha mais fotos, nem é melhor quem responde instantaneamente.

Uma maneira saudável de utilizar as novas tecnologias é fazê-lo a seu favor, e não o contrário. Não nos tornemos escravos de seu uso.

Cada um de nós é livre para decidir quando e como utilizá-las, para escolher o que publicar e em que momento, mas acima de tudo, para responder a qualquer mensagem. Além disso, quem nos dá valor também valoriza nossa vida privada e nosso tempo livre.

A Internet e, em geral, a nova era tecnológica nos oferecem a possibilidade de assumir a responsabilidade pelo uso que fazemos das tecnologias e de como educamos as crianças através do exemplo.

O problema é que todas as possibilidades que nos aproximam dos outros também podem nos aprisionar e escravizar ao mundo digital.

Novas tecnologias, novas formas de vida

Em muitos casos, as novas tecnologias significam uma nova maneira de se relacionar e até mesmo de viver a vida. Não temos escolha a não ser nos adaptarmos.

Por exemplo, se quisermos tirar alguém de nossas vidas, talvez tenhamos que bloquear essa pessoa nas redes sociais, excluir seu número, ignorar suas chamadas, etc. O mesmo ocorre se quisermos encontrar alguém novo: estamos a um clique de seu nome para saber muito, talvez mais do que a pessoa gostaria.

Assim, é nossa obrigação saber até onde queremos chegar com as redes, até onde podemos dar informações e até que ponto queremos compartilhar nosso tempo.

Uma vez que tenhamos isso claro, estaremos preparados para fazer um uso saudável das novas tecnologias, sem permitir que elas nos invadam e nos dominem.

Às vezes, parece mentira que antes era possível viver sem um telefone, ou que alguém esperava semanas até receber uma carta de uma pessoa distante.




Atualmente, temos a oportunidade de desfrutar daqueles que estão mais longe, nos conectando instantaneamente, e de ter todas as informações que desejamos com apenas um clique.

Apesar disso, o tempo gasto no mundo virtual não é comparável ao que dedicamos a um olhar, a um abraço, a uma conversa ou, em resumo, ao contato real.

As novas tecnologias podem ser uma faca de dois gumes; está em suas mãos decidir quando se desligar e ir viver a sua vida. Você tem coragem de se desconectar?














7 pérolas de sabedoria que aprendi com Mario Sergio Cortella



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Isaias Costa 

Vida longa a esse mega professor ! 

Estou publicando esse texto como uma pequena homenagem ao aniversário de 65 anos do professor e filósofo Mario Sergio Cortella, nascido em 05/03/1954. Desde 2013 venho lendo diversos livros seus e ouvindo suas palestras e comentários.

Ele é um senhor admirável, não apenas pelo conhecimento enciclopédico que tem, mas acima de tudo, pelos valores humanos que construiu ao longo de sua trajetória de vida tão bonita.

Farei uma breve reflexão sobre 7 pérolas de sabedoria que aprendi com ele.


Essa frase atribuída a Benjamin Disraeli foi e continua sendo amplamente dita por ele e foi uma das primeiras que ouvi dele. De fato, precisamos compreender que a duração temporal da vida é muito pequena para a transformarmos em algo fútil e superficial. É exatamente a vida vivida sem profundidade que leva muitas pessoas a terem os famosos 5 maiores arrependimentos no leito de morte, uma pesquisa de uma enfermeira australiana chamada Brownie Ware diz que são estes: 1) Eu gostaria de ter tido a coragem de viver uma vida verdadeira a mim mesmo, e não a vida que os outros esperavam de mim. 2) Eu gostaria de não ter trabalhado tão duro. 3) Eu gostaria de ter tido a coragem de expressar meus sentimentos. 4) Eu gostaria de ter mantido contato com meus amigos. 5) Eu gostaria que eu tivesse me deixado ser feliz…


Essa ideia me impactou demais e certamente levarei para a minha vida toda. O verbo importar significa “portar para dentro”, “carregar dentro de si”, ou seja, é levar alguém no seu coração para onde for. Milhões de pessoas são importantes sem serem famosas. A fama é algo passageiro e frágil. Em questão de pouco tempo uma pessoa famosa é substituída por outra, já a importância não. Ela faz com que não sejamos nunca esquecidos pelos que nos amam.

3) Esperança Ativa

O Cortella passou cerca de 17 anos convivendo com o ilustríssimo Paulo Freire, que certamente lhe deixou um legado ético e humanitário imenso. O Freire era um senhor que jamais deixava esmorecer sua esperança. Ele dizia e o Cortella brilhantemente propaga que precisamos ter esperança do verbo “esperançar”, que é absolutamente diferente de esperança do verbo “esperar”. Espero que resolvam! Espero que consiga! Espero que melhore! Essa passividade só atrapalha nosso processo de crescimento pessoal e coletivo.

4) Humildade como pessoa e também como professor

Uma frase dele que viraliza sempre que compartilham é essa:“Uma pessoa humilde é aquela que não diminui o outro para crescer, há pessoas que são tão arrogantes que elas só conseguem se elevar se ela diminuir a outra pessoa, e há pessoas inteligentes que crescem junto com o outro”.

Eu sempre pensei dessa maneira, e ler isso com a contundência e objetividade do Cortella só me estimulam a ser cada vez mais humilde.

Também levo todos os dias para meu trabalho como professor a humildade que ele aprendeu com o mestre Paulo Freire que sempre dizia: “Quero que você me honre, me supere!”. Muitas vezes li isso e me arrepiei. É maravilhoso ter essa humildade! Quando dou aulas, olho para meus alunos com esse forte desejo de que eles se tornem pessoas muito, muito melhores do que eu. Que o meu exemplo os estimulem a superar a si mesmos um pouquinho mais a cada dia!

5) O amor não aceita tudo

Um dos conselhos sobre o amor mais objetivos e profundos que aprendi foi com ele. Nas entrevistas ele sempre comenta que as pessoas que verdadeiramente amam não aceitam tudo, quem aceita tudo está provando pelas atitudes descaso, falta de empatia, submissão, covardia etc. etc. Esta é uma pérola de sabedoria acima de tudo para os pais em relação ao ensinamento dos valores éticos e morais para os seus filhos.

Essa passagem resume o seu pensamento: “Porque eu te amo é que eu não quero que você use drogas ilegais; é porque eu te amo que eu quero que você seja decente; é porque te amo que eu não quero que você banalize a sua sexualidade livre e bonita; é porque eu te amo que eu quero que você tenha esforço na sua produção e é porque você me ama que eu quero que você, meu filho, minha filha, me adverte, também me apoia, também me corrija naquilo que eu estiver equivocado.” – Cortella

6) Cansaço e Estresse

A forma que ele utiliza para diferenciar cansaço de estresse é muito bacana. Veja!

“Levantar-se cansado, em uma segunda-feira, porque ainda não deu tempo de recuperar todas as forças é muito diferente de levantar estressado. Quando estamos cansados, queremos ficar um pouquinho mais na cama, dormir mais um bocado,. No estresse, a pessoa não quer dormir mais um pouco, ela não quer é levantar, não quer é sair da cama.

Como resolvemos a questão do cansaço? Fácil, descansando. Já o estresse demanda uma reflexão sobre o que nos está deixando infelizes naquilo que fazemos. Só se mexe com estresse mudando de rota, de objetivo.”

Com esse simples ensinamento ele mostra que muitas pessoas estão estressadas e infelizes porque não estão trabalhando naquilo que amam fazer, não estão sendo sinceras nos seus relacionamentos, estão “empurrando com a barriga”um monte de coisas!

Que tenhamos consciência para perceber ao nos sentirmos abatidos: Isso é cansaço ou é estresse?…


Outro aprendizado que levo para meu dia a dia é esse. Precisamos ser sinceros, pois a sinceridade é muito mais sábia do que a franqueza.

Sinceridade é falar a verdade com jeito, com delicadeza, com uma olhar compassivo. Franqueza é falar toda a verdade, sem o cuidado com o interlocutor. A franqueza pode fazer você ser visto muitas vezes como uma pessoa estúpida, arrogante, insensível etc. Já a sinceridade fará de você uma pessoa confiável, amiga, agradável de se conviver.

Nesses tempos belicosos no qual estamos vivendo, eu diria que é vital evitarmos a franqueza. As pessoas não suportam ouvir a verdade de forma direta e sem rodeios. Por isso, considero extremamente importante essa pérola de sabedoria.

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Com ele aprendi e continuo aprendendo muito! Nesse dia especial, desejo a esse senhor muita saúde, amor, paz, prosperidade e claro, que tenha muitos anos de vida para nos presentear com sua sabedoria…


Postado em Conti Outra



A vida não é curta, o problema é que começamos a vivê-la muito tarde





Com frequência nos queixamos de que a vida é curta, quando na verdade o problema é que começamos a vivê-la muito tarde. Somente quando deixamos as máscaras caírem, os pesos e os vínculos obsoletos, damos o passo: abrimos finalmente a porta dessa bela criatura que, como um lobo faminto, emerge livre em busca do seu próprio território.

Okot p’Bitek foi um maravilhoso poeta e escritor da Uganda que dedicou grande parte da sua carreira para exaltar a cultura tradicional africana. Segundo ele, as pessoas nunca serão completamente livres. Todos ocupamos um lugar na nossa sociedade: somos filhos, irmãos, mães, ou pais. Contudo, todos esses vínculos não são mais do que pontos de origem. Porque também temos a oportunidade de criar novos horizontes, mesmo preservando raízes comuns.

“A liberdade significa responsabilidade; por isso a maioria dos homens a teme tanto.”  - George Bernard Shaw -

Todos viemos livres a este mundo. Contudo, a vida, nossas famílias e o próprio contexto social que nos cerca vão nos moldando pouco a pouco com suas diversas mãos e sutis encorajamentos. Longe de assumir cada traço inscrito e cada forma, somos nós mesmos os verdadeiros artesãos, nós mesmos que em um determinado momento teremos que escolher o que aceitar dessa transferência de valores e ensinamentos e o que rejeitar.

Okot p’Bitek nos deixou uma grande sabedoria em livros como “Son of Lawino”. Nunca deixaremos de ser filhos de alguém, irmãos de alguém ou nativos de um certo lugar… Contudo, mesmo sabendo quais são nossas próprias origens temos o pleno direito de DESPERTAR e construir o tipo de vida que desejarmos.

E você, já começou a viver de verdade?

É possível que o conceito “viver de verdade” seja uma coisa que abale muitas pessoas. Não estamos todos vivos? Não gozamos do dom da vida simplesmente por temos nascido e respirarmos neste exato momento? A verdade é que existe uma clara diferença entre existir e alcançar uma vida plena onde realmente aproveitamos o que somos, temos e fazemos. Porque entre o momento em que nascemos e aquele em que partimos deste mundo existe um tempo precioso chamado vida que merece ser aproveitado com intensidade.

Mas, como fazer isto? Como propiciar esse despertar? Erich Fromm, célebre psicanalista, psicólogo social e humanista alemão, costumava dizer que o ser humano passa grande parte da sua existência se adequando ao que a sociedade rotula como normal pensando que isso é “o bom e o correto”. Contudo, na maioria das vezes acabamos presos a certos vínculos, comportamentos e atividades que vão contra nossos verdadeiros desejos.

Engolimos nossas amargas frustrações e escondemos os desejos nas profundezas do nosso ser como navios enferrujados, como tristes relíquias que é melhor não olhar porque a vida diária nos arrasta. Porque é preciso cumprir, encaixar e fazer parte dessa engrenagem que forma o pensamento único onde, obviamente, não existe liberdade. Despertar desse triste pesadelo requer coragem. Porque só quem está disposto a iniciar a sua própria revolução pessoal começará a viver como deseja de verdade.

Como iniciar o seu despertar em 5 passos

Pode parecer uma ironia. Contudo, são muitas as pessoas que avançam nos seus percursos de vida com o coração apagado e a mente dirigida por um piloto automático programado para se deixar levar. É uma existência mais fácil, mas sem dúvida, menos feliz, menos autêntica e realizadora.

A alquimia essencial para favorecer esse despertar ou essa transformação está baseada em cinco simples passos sobre os quais podemos refletir por alguns instantes. São os seguintes.

“ Não permita que o barulho afogue a sua própria voz interior. Ela já sabe o que você realmente quer ser.” - Steve Jobs -

Dicas para começar a viver a vida que você deseja

Voltemos agora para esse dado do qual falamos no início do artigo citando o escritor Okot p’Bitek. Atualmente existem diversos aspectos que sem dúvida o caracterizam, quer você goste ou não. Você é filho de alguém, é irmão e é colega ou amigo. Por sua vez, você também tem uma determinada posição nesta sociedade marcada pelo seu desempenho profissional.

Essas coisas o vinculam a certas entidades, mas não devem defini-lo a ponto de vetar a sua capacidade de decisão. Você controla o tipo de conexão que deseja manter: próxima se lhe traz felicidade, distante se lhe causa sofrimento.

Pare de fingir. Este aspecto é fundamental; precisamos ser capazes de parar de aparentar que estamos bem quando o que nos cerca nos queima por dentro. Pare de dizer “estou ótimo” quando você não se sente assim. Não vire o rosto quando você não gostar de alguma coisa. Seja autêntico, que seus pensamentos estejam em concordância com seus atos e que a sua voz soe com firmeza.

Aprenda a renunciar. Entenda que para começar a viver a existência que você deseja de verdade, talvez precise deixar para trás muitas coisas, muitas pessoas.

Viva o momento presente, pratique uma atenção plena e lembre-se de que o melhor momento para tudo sempre é AGORA.

Siga a sua intuição. Aprenda a se ouvir, a dar valor a essa voz interior que diz antes de qualquer um o que vale a pena e o que não.

Para concluir, lembre-se de que na verdade não se trata de viver muito ou pouco, trata-se apenas de dar significado a cada momento e valorizar a própria vida pelo que é: um presente que não se deve desperdiçar.