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Gari dá aula sobre história e racismo no Brasil em vídeo e viraliza



Jr Jota teve que ser didático para explicar desigualdade racial


Kauê Vieira

Com o intuito de discutir a disparidade social entre negros e brancos no Brasil, o gari Jr Jota publicou em sua página pessoal do Facebook duas imagens. A primeira fotografia era de uma turma de médicos e o segundo de um grupo de garis do Rio de Janeiro. Como já se imagina, o registro número um com profissionais de medicina não continha um mísero negro, pois estavam todos compondo a foto dos responsáveis pela limpeza das ruas.

Ao analisar a imagem, não é difícil fazer uma associação com o racismo estruturante, certo? Pode até ser, mas não foi o caso de muitas pessoas, em sua maioria brancas, que acusaram Jota de “mimimi”. Determinado em fazer valer seu ponto de vista, o gari resolveu apagar as fotografias e fazer um vídeo explicativo.

Por aproximadamente seis minutos, Jr Jota constrói uma linha do tempo em que procura explicar as diferenças gritantes entre as duas imagens. O ponto de partida são as marcas deixadas pelo período de mais de 400 anos de escravização de negras e negros, fazendo do Brasil um dos últimos países a abolir a prática. Pelo menos oficialmente.

“Quando o negro foi solto da escravatura no Brasil, ele foi simplesmente largado”, comenta.

Durante a abolição da escravidão em 1888, muitos negros se viram impossibilitados de exercer a liberdade, isso pois não sabiam ler, nem escrever, além de continuarem sendo subalternizados pela sociedade, que intensificava o processo de embranquecimento. Naquele tempo aportaram no Brasil um grande número de imigrantes europeus para preencher os postos de trabalho. Assim, as famílias negras se viram obrigadas a migrar para as bordas das cidades, formando periferias e favelas.

Explicação esta que se resume na pergunta de Jota, “por que você acha que a maioria dos moradores de comunidades são negros? É o que sobrou pra gente.”

É com este argumento que ele volta para a fotografia dos médicos brancos e dos garis negros. Ora, em um país onde 26 em cada 100 alunos nas universidades são negros, como seria possível ter uma perspectiva diferente, ainda mais se tratando de um curso tão excludente como o de medicina?

“Então sim, não é igual. O Brasil é sim um país racista. A gente tem sim coisa pra reclamar. Se você branco não sabe, é chato passar na rua e na mesma hora a polícia te parar.”

Parafraseando Jr Jota, este é efeito borboleta do racismo. Não tem jeito, para que haja uma mudança efetiva, o primeiro passo é se reconhecer o problema. Antes de mais nada, é fundamental que os brasileiros como um todo, mas especialmente os detentores de privilégio, admitam a existência do racismo. Não existe desenvolvimento sem equidade, principalmente em um país fundado a partir da mão de obra negra.

“Tenho dito que o negro, longe de ser um problema, é parte importante da solução. O que consolida a democracia brasileira e dá sustentabilidade ao desenvolvimento aqui é a inclusão qualificada do povo negro. O Brasil do futuro depende do destino da família negra”, disse ao site da Fundação Palmares Helio Santos, presidente do Instituto Brasileiro da Diversidade.


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Humanidade artificial


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Erick Morais

A violência é sempre destrutiva. Seja de maneira física e concreta, seja de maneira simbólica, a violência cria atritos, traumas, isolamentos, destruição. Apesar dela ser corrosiva de qualquer modo, temos maior noção do seu poder quando há algo concreto que explode em nossos olhos. Afinal, a nossa cegueira cotidiana não nos permite enxergar além do meramente visível. No entanto, por mais que a violência seja destrutiva, ela não advém do nada. Há uma série de características que engendram a explosão da violência. Em nossos tempos, essa relação também acontece. E isso precisa ser dito.

A forma atual de organização do capitalismo – capitalismo financeiro – dentro de uma plataforma política neoliberal é produtora de um modo de vida extremamente violento, haja vista que a fragmentação da sociedade em corpos exclusivamente individuais, em ilhas afetivas, corrói as possibilidades de sustentação da vida social e de parâmetros democráticos para o Estado.

Em linhas gerais, ao mesmo tempo em que há uma precarização do mundo do trabalho, o que leva ao enfraquecimento do trabalhador e das formas de lutas contra o capital (como o esfacelamento dos sindicatos); há também o esvaziamento da política com a construção de uma lógica de vida pautada exclusivamente no sujeito individual e no atendimento de interesses privados. A esse binômio pode-se juntar um terceiro: o autoritarismo. O último elemento depende, todavia, de que haja uma potencialização dos dois primeiros, de maneira a tornar a vida social, econômica e política dos indivíduos extremamente pobres.

Como resposta ao quadro que se cria quando o mundo do trabalho e o mundo sócio-político se tornam demasiadamente frágeis, o capital não coloca como alternativa a revisão do próprio sistema que originou essas mazelas. Mas antes, a manutenção destas através do autoritarismo transvestido de solução definitiva para os problemas que a sociedade apresenta. Nesse prisma, as causas que levaram à sociedade ao colapso não são questionadas, já que há um salvador da pátria apontando o dedo para aquilo que, de fato, levou o corpo social ao estado que chegara.

Com alguém capaz de guiar a população, a resolução para os problemas sociais torna-se questão de tempo. Basta que o plano de governo seja cumprido, independente de, nesse processo, ocorrer a morte (real e simbólica) de inocentes, de pessoas que, sob um olhar crítico, não possuem responsabilidade alguma pelo estado de coisas que a sociedade se encontra. Entretanto, para que a ideia de um salvador da pátria se realize, as ideias que ele carrega precisam ser implementadas na íntegra, sem objeções.

Saindo do plano teórico (ainda que a exposição seja curta), não é possível compreender o fenômeno de ascensão da extrema-direita pelo mundo sem perceber que o autoritarismo é uma das facetas do capitalismo financeiro-neoliberal. E por uma razão óbvia: o modo de vida que tem se posto no mundo como hegemônico é extremamente violento e, portanto, destrutivo. Em outras palavras, leva à desumanização dos indivíduos; à destruição do planeta; e ao solapamento da democracia, já que os interesses do capital dominam as necessidades da sociedade.

Diante de um quadro terrível como esse, qual outra alternativa para manter o sistema, senão lançando mão do seu plano b, o autoritarismo? Mas não pela força física, e sim, por meio de atributos simbólicos – existentes em larga medida em mundo tecnológico e imagético – utilizados para o convencimento do sujeito de que o aprofundamento de um sistema opressivo e violento garantirá a sua libertação.

É como se abríssemos um livro de ficção científica ou assistíssemos a um clássico sci-fi. Porém, o mundo de “1984”, “Admirável Mundo Novo”, “Ensaio Sobre a Cegueira”, “Não Verás País Nenhum”, “Matrix”, “Blade Runner”… é o nosso. Aqui e agora. Sem uma segunda oportunidade sobre a terra. Ou acordamos e lutamos! Juntos, coletivamente. Ou a vida na terra está perdida, já que viver em um mundo desumanizado e permeado por violências (racismo, homofobia, misoginia, exclusão social, desigualdade, xenofobia, etnocentrismo, etc.) por todos os lados, parece-me, não ser vida. Senão, apenas a mera existência em um mundo de humanidade artificial.






Todo “hater” é infeliz, pois comentários de ódio são o resultado de frustrações pessoais





Uma pessoa feliz e bem resolvida é incapaz de escrever comentários 

de baixo calão ou cheios de ódio no perfil de qualquer pessoa



Luciano Cazz



A impressão que dá é que a humanidade está doente, porque a disponibilidade para odiar parece vencer de longe a bondade e o altruísmo. As pessoas odeiam políticos, artistas ou qualquer pessoa que faça um comentário contrário às suas convicções nem sempre tão certeiras. Então, é uma chuva de julgamentos generalizados por uma foto postada, de comentários depreciativos sobre o corpo e a alma de quem as pessoas nem sequer conhecem de verdade.

Expressar opinião nas redes sociais virou um “Deus nos acuda”. Parecem as antigas cruzadas onde as pessoas se matavam aleatoriamente engalfinhadas num sem sentido de vida. Então, precisamos de armaduras para protegermo-nos dos ataques insanos de quem a gente nunca viu na vida ou até do amiguinho que resolve destilar sua amargura opinando sobre aquilo que não faz a mínima ideia.

E essa onda de haters parece que aumenta cada vez mais. Alguns se escondem atrás do computador e distribuem um ódio pela internet que jamais seriam capazes de demonstrar ao vivo. Descarregam os rancores que guardam por seus familiares ou detratores, tentam escoar os desafetos que carregam e doem no peito, ou o desvalor quem têm de si mesmos.

Um hater certamente não deve estar satisfeito com seu trabalho ou talvez sua frustração seja na cama. Quem sabe sofra pelas qualidades que lhe faltam e agredir aos outros seja a única forma de se sentir vivo. Pode ser a postura de um mal-amado, abandonado, desprotegido, rejeitado, abusado, de um frustrado e até de um adicto. Agora, com certeza não é de alguém feliz. Porque funciona assim: odeia-se alguém porque existe algo dentro de si ou na vida que não admite-se odiar mais ainda.

A pessoa pode até discordar ou achar um absurdo um post, mas o que move alguém a comentar algo ofensivo e mal educado é a infelicidade que carregam consigo todos os dias. São as frustrações de uma vida medíocre que impulsionam um ser nem tão humano a usar o espaço de comentário nas redes sociais como uma faca.

Só que o ódio é paliativo, como uma substância química que aquieta um vício por um tempo, mas logo passa o efeito o corpo pede mais. Então, nossos ódios são liberados trazendo uma falsa sensação de plenitude, a qual esvai-se em cinco minutos e, então, o teclado do celular vira uma metralhadora de insultos, ironias e agressões desnecessárias que não constroem a felicidade de ninguém.

Porque as pessoas felizes, não estão na internet odiando e provocando brigas, elas estão correndo atrás de seus objetivos ou realizando seus sonhos. Estão amando seus parceiros, amigos e sua família porque são lovers em vez de haters. Estão fazendo sucesso, em vez de torcer pelo fracasso dos outros e agregam paz e amor, em vez de desarmonia e confusão porque inspiram luz e não escuridão.

Por isso, da próxima vez que você ler um comentário cheio de maldade na internet ou alguém lhe escrever algo com essa energia, lembre-se: Todo hater é infeliz…

Então, sorria e passe para o próximo. Afinal de contas, pessoas bem resolvidas, em vez de responderem aos haters simplesmente os ignoram porque preferem usar seu precioso tempo para ser feliz ao lado de quem sabe amar.







A era da insensatez e o caso do neto de Lula : Deus não perdoará !


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Lenio Luiz Streck

Resumo: A crueldade humana não tem efeito constitutivo; é declaratório. Assim como a imbecilidade. Ela sempre esteve aí. A internet a revelou! Se o mundo tem pessoas horríveis, meu dever é incomodá-las!

Duas frases marcaram a semana: a blogueira Alessandra Strutzel (sim, temos de dar nome aos bois e bois aos nomes!) disse, ao saber da trágica morte do neto de Lula, de 7 anos: "Pelo menos, uma notícia boa". E a do deputado Eduardo Bolsonaro (Deus acima de todos – eis o slogan da moda): A ida de Lula ao enterro "só deixa o larápio em voga posando de coitado"! Houve ainda muitos outros "pronunciamentos" de ódio e regozijo pela morte do menino de 7 anos.

Até onde chegamos? É o fundo do poço? O que Deus diria disso, ele que, conforme o slogan, "está acima de todos?"

Confesso a vocês – e Rosane, minha esposa e Gilberto, um de meus assistentes, são testemunhas – que esse episódio me abalou profundamente. Embarguei a voz. Triste pela morte da criança e estupefacto e magoado com a raça humana e com a reação das pessoas nas neocarvernas que são as redes sociais. Ah, blogueiros e influenciadores, coachings e quejandos, ah, quantos justos haverá em Sodoma? Abraão será um advogado que lhes conseguirá um HC?

Peço paciência para me seguirem no que vou dizer. No auge do macartismo, em audiência no Senado, o advogado Joseph Welch teve a coragem de perguntar ao senador McCarthy, o homem que deu nome à prática de ver comunismo em tudo:

"Senhor, você perdeu, afinal, todo senso de decência?" Pergunto aos odiadores que comemoraram ou trataram com raiva de Lula o episódio fatídico:"Senhores e senhoras, parlamentares, blogueiros, twuiteiros, whatsapianos e faceboqueanos: vocês perderam, afinal, todo senso de decência?"

Em tempos de hinos nas escolas, na era das acusações de marxismo cultural (sic), eu poderia muito bem falar aqui sobre o macartismo à brasileira. Não vou. Falo, hoje, sobre nosso senso de decência. Ou melhor, tento falar sobre o senso de decência que perdemos.

Também não vou falar — não diretamente — sobre aquilo que, agora, todos já sabem ter acontecido. Lamentavelmente, morreu o neto, de sete anos, do ex-Presidente Lula. Sobre isso, não há o que falar. É o zero total. É Timon de Atenas, de Shakespeare, propondo o fim da linguagem. Shakespeare, logo ele, que bem sabia que a linguagem é a casa do Ser (Heidegger).

Sou um hermeneuta. Bem sei que a linguagem é, como dizia Ortega y Gasset, um sacramento que exige administração muito delicada. Da palavra não se abusa; não se pode colocá-la em risco de desprestígio. É precisamente por isso que sei que sobre a morte de uma criança não se fala; lamenta-se. Chora-se.

Vou (tentar) falar, portanto, repito, sobre o senso de decência que perdemos. Confesso, é difícil: às vezes, a degradação e a desumanidade são tão grandes que também parecem impor o silêncio. Mas como Auberon Waugh dizia sabiamente,

se é verdade que o mundo é um lugar horrível com pessoas horríveis, temos o dever sagrado de incomodá-los sempre que possível.

Eis a minha tarefa: incomodar as pessoas horríveis. O que dizer em tempos nos quais uma legião de imbecis, para usar as palavras de Eco, aproveita-se da morte de uma criança e utiliza as redes sociais para destilar ódio e externar a própria baixeza? É hora do grito de Schönberg: Palavra, oh Palavra, que falta me faz!!!!

O que dizer quando se torna normal que um deputado — o mais votado da história do país — vai às redes sociais, sempre as redes sociais, para dizer que "cogitar" a saída de Lula para o enterro do neto (saída que está prevista na lei, diga-se) "só deixa o larápio [sic] em voga posando de coitado"?

Perdemos, afinal, todo senso de decência? Não, não tenho raiva. Sinto é...pena.

O que Deus, que está "acima de todos", diria? Ou dirá? Deus, que disse que nunca mais inundaria a terra:

"nunca mais será ceifada nenhuma forma de vida pelas águas de um dilúvio; nunca mais haverá dilúvio para destruir a terra".

Deus disse também que sempre que houvesse nuvens sobre a terra, e o arco aparecesse nas nuvens, lembrar-se-ia "da eterna aliança entre Deus e todos os seres vivos de todas as espécies sobre a terra".

E se o Altíssimo mudasse de ideia? E se Deus dissesse que, afinal, a humanidade deu tão errado que é hora de um novo dilúvio?

E se o critério de seleção para o dilúvio fosse aquilo que se diz, espalha, compartilha, no WhatsApp? Já pensaram? Como falei na coluna passada (ler aqui), que tal se Deus fizer uma PEC e alterar o estatuto do purgatório? Então, a partir de agora, o juízo final será feito por Ele a partir do exame do WhatsApp de cada um (e também do twitter e face). Uma olhadinha e Deus manda para o inferno. Platão foi o primeiro a denunciar as fake news. Platão mostrou que dizer aos néscios que as sombras são sombras é uma coisa perigosa. Pode ser apedrejado. Como o sujeito que saiu da caverna o foi.

Dizer hoje, a quem está mergulhado nas redes e pensa que o mundo são as redes, que esse mundo é imundo, em que o joio fez fagocitose ruim no trigo, pode também ser perigoso. Denunciar isso pode dar apedrejamento. Por isso, Deus acertou em fazer essa PEC alterando o regulamento do purgatório. O critério é simples: uma olhadinha no whatts e face. E, bingo. Vai para o fogo do inferno!

George Steiner bem dizia: tornamo-nos a civilização pós-verbo. A banalização da linguagem, por meio das redes sociais, corrompe a ideia da verdade. O limite do que é socialmente aceito é colocado cada vez mais longe. O que é verdadeiro? Não há mais critérios. O que se pode dizer? Tudo, porque limites já não há.

A era da técnica e das redes sociais, que prometiam a democratização da informação, desenvolveram um vocabulário próprio; estabeleceu-se um novo jogo de linguagem. No lugar do paraíso da horizontalidade, o inferno da barbárie interior que se exterioriza. ("Hipocrisia, que falta você faz", diz Hélio Schwartsman.) Será que a blogueira que comemorou a morte do neto de Lula externaria o pensamento na fila do banco?

No princípio era o Verbo. E no fim, o que será? No final era o whattsapp? O facebook?

Nenhum homem é uma ilha. A morte de todo ser humano diminui a nós, que somos parte da humanidade. Talvez as palavras, sempre as palavras, de John Donne nunca tenham sido tão urgentes.

Mas um alerta: não pergunte, afinal, por quem os sinos dobram. A resposta pode vir pelo WhatsApp.

(Pergunto mais uma vez aos macartistas que recusam as regras do jogo de linguagem da decência e aderem ao jogo das redes, e já têm – sempre - comentários prontos: senhoras e senhores, perdemos todo senso de decência?)

Post scriptum: gesto humano foi, dentre outros, o demonstrado por Gilmar Mendes, conforme noticiou Mônica Bergamo (aqui). Também me emocionei quando li a matéria de Mônica. E entendi melhor ainda a minha emoção anterior.


Lenio Luiz Streck   Lenio Luiz Streck - Jurista, professor de Direito Constitucional e pós-doutor em Direito.

Postado em Brasil 247 em 02/03/2019


20 de Novembro : minha homenagem




Zumbi dos Palmares


Nelson Mandela


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Bispo Desmond Tutu


Martin Luther King Jr.


Rosa Parks


Dr. Charles Drew


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Wangari Maathai 


José do Patrocínio


Machado de Assis


Daiane dos Santos


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João do Pulo


Abdias do Nascimento


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Jair Rodrigues


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Tim Maia


Grande Othelo


Alek Wek




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É ! A gente não tem jeito de babaca… É ! A gente quer viver todo respeito…



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 Jackson César Buonocore

O termo babaca está relacionado ao comportamento idiota de um homem ou mulher, que gosta de dizer babaquices e de estragar as coisas ao seu redor. E tudo indica que estamos cercados por eles. No entanto, o que precisamos é saber lidar e entender a mente dos babacas, que surgem em nosso cotidiano.

Para a psicanálise os indivíduos babacas são percebidos como perversos, pois têm orgulho extremado de si mesmos e de suas atitudes. Geralmente são paranoicos, apresentam delírios de grandeza e mentiras patológicas. Eles não têm senso de ridículo e bom senso. Aliás, lhes falta empatia, e por isso “azedam” e “minam” as relações humanas.

No sentido literal, os babacas são imbecis e desalmados que expõem sua fraqueza moral. É como bem disse o escritor irlandês, Oscar Wilde: “Os loucos às vezes se curam, os imbecis nunca.”

Os babacas mais populares sofrem de “egomania”, ou seja, uma preocupação obsessiva com si mesmos, e são irredutíveis aos comportamentos solidários e cooperativos. Adoram ser tratados com bajulação. Além disso, trazem uma visão distorcida dos seres humanos, uma vez acreditam que podem tudo, e que os demais que se “danem”.

O filósofo Platão arguiu que um tirano, por mais poderoso que seja, sofre no final por corromper sua própria alma. Hoje é possível utilizar esse parâmetro filosófico para perfilar os babacas, inclusive em proporções menores, já que transformam a vida das pessoas e das comunidades em um “inferno”.

Catalogamos dez tipos principais de babacas, que cometem imbecilidades em função da prática da desonestidade e da maldade: 1) babacas sádicos; 2) babacas violentos; 3) babacas psicopatas; 4) babacas sociopatas; 5) babacas narcisistas; 6) babacas bajuladores; 7) babacas preconceituosos; 8) babacas sexistas; 9) babacas elitistas; 10) babacas racistas. E tantos outros, que são escandalosamente visíveis, sobretudo, nas redes sociais.

Portanto, as palavras e ações dos babacas têm um efeito corrosivo sobre as pessoas, deixando-as exauridas e desenergizadas. O livro dos Provérbios bíblicos de Salomão já previa isso: “O caráter do perverso é maligno. Caminha de um lado para o outro murmurando atrocidades.”

Os babacas via de regra “se dão mal” por se acharem espertos. Porém, ao toparmos com babacas a melhor saída é ignorá-los, bloqueá-los nas redes sociais e se forem apresentadores de programas de televisão ou rádio é só trocar de canal, visto que os babacas necessitam de audiência ou público para dar os seus “shows” de manipulação e insultos.

As pessoas com autoestima, autocontrole emocional e conduta inteligente enchem a paciência dos babacas e por esses motivos eles acabam desistindo das artimanhas, que levam alguém ao engano, porque como diz os refrões da canção do nosso querido cantor e compositor Gonzaguinha:

É !
A gente não tem cara de panaca
A gente não tem jeito de babaca (…)

É !
A gente quer viver pleno direito
A gente quer viver todo respeito (…)


Postado em Conti Outra







Bolsonaro é um imaginário . . .


Dir.: Marcelo Camargo - ABR


BOLSONARO NÃO É UM CANDIDATO COMO 

OUTRO QUALQUER. 

 É UM IMAGINÁRIO, DIZ PESQUISADOR




Rio Grande do Sul 247 - Professor e pesquisador do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da PUC-RS, Juremir Machado da Silva afirma que o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) "não é um candidato como outro qualquer".


"É pior. Ele é um imaginário, uma mentalidade, uma visão de mundo. O seu método de leitura do que acontece na vida é a simplificação. Torna o complexo falsamente simples por meio de uma redução a zero dos fatores que adensam qualquer situação. Se há violência contra os cidadãos, que cada um receba armas para se defender. Se há impunidade, que a justiça seja sumária e sem muitos recursos. Se há bandidos nas ruas, que a polícia possa matá-los sem que as condições de cada morte sejam examinadas. Se há corrupção, que não se perca tempos com processos", acrescenta.

De acordo com o docente, "Bolsonaro encarna o pensamento do homem medíocre, o homem mediano que não assimila explicações baseadas em causas múltiplas. Se há miséria, a culpa é da preguiça dos miseráveis". "Se há crime, a culpa é sempre da má índole. Se há manifestações, é por falta de ordem. A sua filosofia por excelência é o preconceito em tom de indignação moral, moralista. A sua solução ideal para os conflitos é a repressão, a cadeia, o cassetete", continua.

"Bolsonaro corporifica o imaginário do macho branco autoritário que odeia o politicamente correto e denuncia uma suposta dominação do mundo pelos homossexuais. É o cara que, com pretensa convicção amparada em evidências jamais demonstradas, diz: – Não se pode mais ser homem neste país. Vamos ser todos gays", acrescenta.

O estudioso afirma que o presidenciável "representa a ideia de que ficamos menos livres quando não podemos fazer tranquilamente piadas sobre negros, gays e mulheres". Segundo Machado, "Bolsonaro tem a cara de todos aqueles que consideram índios indolentes, dormindo sobre latifúndios improdutivos, e beneficiários do bolsa família preguiçosos que só querem mamar nas tetas do Estado".

"Bolsonaro é o sujeito desinformado que sustenta que na ditadura não havia corrupção. É o empresário ambicioso que se for para ganhar mais dinheiro abre mão da democracia. É o produtor que vê exagero em certas denúncias de trabalho escravo. É o homem que acha normal, em momentos de estresse, chamar mulher de vagabunda. O eleitor padrão de Bolsonaro sonha com uma sociedade de homens armados nas ruas, sem legislação trabalhista, sem greves, sem sindicatos, sem liberdade de imprensa", diz.

O professor avalia que o "projeto de Bolsonaro é o retorno a um regime de força por meio de voto". "Aparelhamento da democracia. Na parede do imaginário e de certas propagandas de Bolsonaro e dos seus fiéis aparecem ditadores. O seu paraíso é da paz dos cemitérios e das prisões para os dissidentes. Um imaginário é uma representação que se torna realidade. Uma realidade que se torna representação. Bolsonaro é um modo de ser no mundo baseado na truculência, na restrição de liberdade, na eliminação da complexidade, no encurtamento dos processos de tomada de decisões", afirma.

"Bolsonaro usa a democracia para asfixiá-la. É um efeito perverso do jogo democrático. Condensa uma interpretação do mundo que não suporta a diversidade, o respeito à diferença, a pluralidade, o dissenso, o conflito, o embate. Inculto, ignora a história. Não há dívida com os escravizados e seus descendentes. A culpa pela infâmia da escravidão não é de quem escravizou. O presente exime-se do passado. Bolsonaro é a ignorância que perdeu a vergonha. Contra ele só há um procedimento eficaz: o voto. Se necessário, o voto útil", complementa.



Postado em Brasil 247 em 06/09/2018





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Criança veste camiseta de Bolsonaro e simula armas com as mãos



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Um dos filhos de Bolsonaro está segurando o cartaz !


Foto de Eduardo Bolsonaro, foi postada nas redes sociais. A imagem é de um dos filhos de Jair Bolsonaro, equipado com armamento pesado




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Nota


" Pois os senhores juízes e promotores, os senhores e senhoras da PGR, do TSE, do STJ e do STF estão – e nem mais se pode negar que seja conscientemente – despojando a vida brasileira da civilidade.

Há um monstro à porta e só o que sabem fazer é manietar e amordaçar o único que pode detê-lo. "  Jornalista Fernando Brito em  Os juízes levaram o Brasil ao paradoxo fascista