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Sou feita de retalhos . . .




Cris Pizzimenti 

Sou feita de retalhos.

Pedacinhos coloridos de cada vida que passa pela minha e que vou costurando na alma.

Nem sempre bonitos, nem sempre felizes, mas me acrescentam e me fazem ser quem eu sou.

Em cada encontro, em cada contato, vou ficando maior ...

Em cada retalho, uma vida, uma lição, um carinho, uma saudade ...

Que me tornam mais pessoa, mais humana, mais completa.

E penso que é assim mesmo que a vida se faz: de pedaços de outras gentes que vão se tornando parte da gente também.

E a melhor parte é que nunca estaremos prontos, finalizados ...

Haverá sempre um retalho novo para adicionar a alma.

Portanto, obrigada a cada um de vocês, que fazem parte da minha vida e que me permitem engrandecer minha história com os retalhos deixados em mim. 

Que eu também possa deixar pedacinhos de mim pelos caminhos e que eles possam ser parte das suas histórias.


E que assim, de retalho em retalho, possamos nos tornar, um dia, um imenso bordado de "nós".



5 frases maravilhosas de Federico García Lorca



Há almas aladas que quer olhar para fora, como uma janela cheia de sol.


Federico García Lorca é um dos poetas espanhóis mais conhecidos e lidos. Hoje, vamos descobrir algumas das suas melhores frases.

Podemos afirmar com segurança que Federico García Lorca é um dos poetas espanhóis mais conhecidos e lidos do mundo todo. Essa fama foi conquistada com os temas populares que sempre estiveram presentes em suas obras, bem como com a sua personalidade de menestrel moderno que permeou cada um de seus poemas. Por isso, hoje reunimos algumas frases de Federico García Lorca que consideramos dignas de destaque.

No entanto, antes de nos aprofundarmos em cada uma delas, é importante destacar que outro dos aspectos que deixaram famoso esse poeta espanhol foi sua morte trágica em 1936. A partir de então, obras como o Poema del Cante Jondo e o Romancero Gitano alcançaram uma difusão que tem se prolongado até os dias atuais. Com essa breve introdução, vamos descobrir juntos algumas das frases de Federico García Lorca que nos convidarão a refletir.

1. Uma das frases de Federico García Lorca sobre a vida

“Rejeitai a tristeza e a melancolia. A vida é gentil, tem poucos dias, e só agora a aproveitamos”.

Essa é uma das primeiras frases de Federico García Lorca que traz à mente um dos tópicos latinos mais conhecidos: carpe diem. Pois bem, esse poeta, apesar de ter consciência dos infortúnios da vida, destaca a importância de aproveitar.

Muitas vezes as pessoas se prendem à reclamação, uma situação que nos faz recuar para dentro de nós mesmos e perceber tudo ao nosso redor de uma forma negativa. No entanto, basta ler alguns artigos, como Una disminución de las quejas de memoria se asocia con una mejoría en el estado de ánimo: un estudio de seguimiento a los doce meses en pacientes deprimidos (Uma diminuição das reclamações de memória está associada a uma melhora no humor: um estudo de acompanhamento de doze meses em pacientes deprimidos), para saber que é necessário reclamar menos e aproveitar mais.

2. Chorar é necessário

“Eu quero chorar porque estou com vontade.”

Federico García Lorca já afirmava essa ideia de forma clara e simples. Chorar não é uma ação que deva ser escondida ou que mereça ser controlada para o nosso próprio bem. Também não é uma expressão que deva ser questionada. Por isso, com apenas sete palavras, Lorca dá uma lição sobre o choro.

Quantas vezes já choramos e alguém ao nosso redor tentou nos acalmar dizendo “não chore?” É importante deixar essa emoção sair. Podemos chorar de tristeza, de alegria, porque estamos desanimados ou porque nos lembramos de uma pessoa que perdemos. Podemos até chorar sem motivo.

3. Ficar calado é a pior autopunição

“Ficar calado e se consumir é o maior castigo que podemos dar a nós mesmos.”

A terceira das frases de Federico García Lorca está presente da tragédia que escreveu em versos, intitulada Bodas de Sangue. Nela, o silêncio é como um fardo, e pode não apenas nos causar sofrimento, mas também ir contra o nosso bem-estar.

Assim como chorar é uma forma de expressar as emoções, falar em vez de ficar calado é uma forma de expressar algo que precisamos comunicar.

4. A solidão nas frases de Federico García Lorca

“A solidão é o grande escultor do espírito.”

A solidão pode ser um ponto de apoio para o crescimento, mas também a pedra que nos afunda. Muitas pessoas fogem da solidão, sentem pânico ao ficar sozinhas e fazem o possível para não se encontrar nessa situação. Porém, como bem nos mostra Federico García Lorca, a solidão pode nos permitir saber quem somos.

Mas esse não é o único fim da solidão. A verdade é que, quando bem administrada, é um espaço para a clarividência: nos ajuda a identificar aquilo de que temos tanto medo para conseguir curá-lo.

5. Esconder a dor é um erro

"Porque você acredita que o tempo cura e que as paredes cobrem, e isso não é verdade, não é verdade.”

A última das frases de Federico García Lorca nos permite refletir sobre toda a dor na qual costumamos colocar um curativo, mas que continua presente mesmo quando retiramos esse curativo anos depois. Portanto, olhar para o outro lado, ignorar a dor ou colocar um curativo não são as melhores opções.

Esperamos que essas frases de Federico García Lorca lhe tenham trazido reflexões sobre diferentes aspectos da vida, bem como alertado para as reclamações ou atitudes que podem fazer mal a você. Você já leu algum livro de Federico García Lorca? Você se lembra de algum poema dele que o marcou?





ESTE É O PRÓLOGO

Deixaria neste livro
toda a minha alma.
este livro que viu
as paisagens comigo
e viveu horas santas.

Que pena dos livros
que nos enchem as mãos
de rosas e de estrelas
e lentamente passam !

Que tristeza tão funda
é olhar os retábulos
de dores e de penas
que um coração levanta !

Ver passar os espectros
de vida que se apagam,
ver o homem desnudo
em Pégaso sem asas,

ver a vida e a morte,
a síntese do mundo,
que em espaços profundos
se olham e se abraçam.

Um livro de poesias
é o outono morto:
os versos são as folhas
negras em terras brancas,

e a voz que os lê
é o sopro do vento
que lhes incute nos peitos
- entranháveis distâncias.

O poeta é uma árvore
com frutos de tristeza
e com folhas murchas
de chorar o que ama.

O poeta é o médium
da Natureza
que explica sua grandeza
por meio de palavras.

O poeta compreende
todo o incompreensível
e as coisas que se odeiam,
ele, amigas as chamas.

Sabe que as veredas
são todas impossíveis,
e por isso de noite
vai por elas com calma.

Nos livros de versos,
entre rosas de sangue,
vão passando as tristes
e eternas caravanas

que fizeram ao poeta
quando chora nas tardes,
rodeado e cingido
por seus próprios fantasmas.

Poesia é amargura,
mel celeste que emana
de um favo invisível
que as almas fabricam.

Poesia é o impossível
feito possível. Harpa
que tem em vez de cordas
corações e chamas.

Poesia é a vida
que cruzamos com ânsia,
esperando o que leva
sem rumo a nossa barca.

Livros doces de versos
sãos os astros que passam
pelo silêncio mudo
para o reino do Nada,
escrevendo no céu
suas estrofes de prata.

Oh ! que penas tão fundas
e nunca remediadas,
as vozes dolorosas
que os poetas cantam !

Deixaria neste livro
toda a minha alma ...


Federico García Lorca (1898-1936) foi um poeta e dramaturgo espanhol. Considerado um dos grandes nomes da literatura espanhola, levou para sua poesia a paisagem e os costumes da terra natal. Foi um dos maiores representantes do teatro poético do século XX. Foi fuzilado por fascistas no dia 18 de agosto de 1936, numa estrada nas proximidades de Viznar em Granada, Espanha. 


Degraus de Luz por Sonia Argon




Degraus de Luz


Se não pudermos ser Frutos para nutrir a Terra,

Que possamos ser Sementes.

Se não pudermos ser Flores para enfeitar as janelas,

Que possamos ser Vasos.

Se não pudermos ser Canção para embalar os sonhos,

Que possamos ser Silêncio.

Se não pudermos ser Discurso para encorajar os corações,

Que possamos ser Escuta.

Que tenhamos um Sorriso doce,

Quando faltar Esperança.

Que tenhamos um Olhar sereno,

Quando faltar Doçura.

Que tenhamos uma Palavra terna,

Quando faltar Companhia.

Se não pudermos ter a Segurança da terra firme,

Que possamos ter a Singeleza do grão de areia.

Se não pudermos ter a Valentia do vento,

Que possamos ter a Suavidade da brisa.

Se não pudermos ter a Força dos mares,

Que possamos ter a Simplicidade de uma gota d’água.

Que não almejemos ser Estrelas, mas que possamos ser a menor centelha de luz a iluminar a Escuridão.

Que não precisemos fazer grandes Obras, mas que consigamos ser uma pequena onda de calor a dissipar a Solidão.

Que não intencionemos fazer Sucesso, mas que tentemos plantar uma minúscula partícula de Esperança em cada Coração.

Se não pudermos ser Elogio sem restrição,

Que possamos ser Paciência.

Se não pudermos ser Parceria sem questionamento,

Que possamos ser Respeito.

Se não pudermos ser Atenção,

Que possamos ser Gentileza.

Se não pudermos ser Escada de transformação,

Que possamos ser, apenas, “Degraus de Luz”!


  Sonia Argon é Bacharel em Direito. Pós-Graduanda em Filosofia. Locutora, Roteirista e Narradora de Audiodescrição.



A miséria humana de um reality show em meio a um genocídio




Gustavo Conde

Um tanto chocado com as pessoas supostamente 'progressistas' assistindo o BBB.

É uma solidão muito grande.

Assistir sociologicamente é uma coisa. Fazer isso com o Jornal Nacional, por exemplo, me parece digno. Mas torcer publicamente por um reality show subdesenvolvido? Elogiar? Sofrer?

É um mico muito grande, me desculpem os que assistem.

Alguns, a gente entende.

Por exemplo, Felipe Neto. É muito contrato de publicidade. É muita grana envolvida. E é um ganha-ganha danado. Neto promove o programa e atiça as redes com engajamento (que a Globo não tem) e a Globo devolve a Neto o tráfego digital conquistado com o milionário marketing do programa.

"Jornalistas-subestrelas-de-redes" que transitam no meio-fio da história também oferecem sua cota de colaboração para o sucesso financeiro do produto global. Pablo Vilaça, Leandro Demori e mais uns tantos parecem viver para o BBB. Torcem, se emocionam, gritam, se animam, comemoram.

Enquanto isso, mais 4 mil pessoas morrem no país.

"Ah, mas que chatice ficar pegando no pé dessas pessoas legais!"

Eu não vivo num concurso de beleza, caras-pálidas. Tenho até medo de agradar - porque se eu "agradar", num país como esse, é porque alguma coisa estará errada comigo.

Para completar a miséria do momento, o engajamento anônimo pelo BBB invade as raias do constrangimento cognitivo.

O usuário de rede vai lá e comenta sobre o programa como se fosse uma subcelebridade do subjornalismo digital. É como tentar participar de uma festa para a qual você nunca foi e nunca será convidado.

"Fulano foi eliminado, yes!". "Que aula de cidadania do Leifert!". "Fulana vai ganhar um milhão, viva!"

É uma incomensurabilidade de clichês.

E para quê tudo isso, do ponto de vista psiquiátrico - com todo o respeito? Para se obter um sentimento de "pertença", para se sentir importante comentando uma coisa que todo mundo comenta porque todo mundo comenta.

Comentar BBB nas redes sociais é o processo cognitivo mais degradante e asqueroso que a tristeza e o azar do testemunho trágico podem oferecer neste momento. É pior que ser bolsonarista.

"Ah, mas você está comentando".

Sim, eu desci ao esgoto para manifestar minha repulsa a esse teatro dos horrores e a toda engrenagem que o permite subsistir.

O programa fetichiza (não "denuncia") todas as chagas contemporâneas da desumanização aplicada: racismo, homofobia, misoginia, machismo e todas as demais fobias trágicas de um tempo trágico.

O BBB é a expressão máxima do bolsonarismo. É um dos vetores midiáticos que permitiu a ascensão de Bolsonaro. É a matriz do cancelamento, a fonte da breguice, a arena das bestialidades, do ódio, da dissimulação.

Muito intelectual nesse país vibra com o BBB - eis a chave para entender porque temos duas cepas de intelectuais: uns que produzem a melhor ciência e a melhor crítica do mundo (pergunte se Miguel Nicolelis assiste ao BBB) e outros que são pura fachada (em geral, os colunistas da Folha, que participam de um clube privê de publicações e favores).

O Brasil já está massacrado demais por essa elite branca da Rede Globo e por esse governo catastrófico de Bolsonaro. O estrago cognitivo que já é imenso, com o BBB ganha ares de dramaticidade tenebrosa.

Seria demais pedir que as pessoas verdadeiramente progressistas largassem um pouco a Globo e olhassem mais para o próprio umbigo e para o próprio país?

Enfim, pedir não custa nada.




Nota

O querido Gustavo Conde, apenas, externou toda a indignação e revolta que, também, nós estamos sentindo com as 340 mil vidas perdidas e a volta da fome, consequências diretas do governo Bolsonaro. A globo e programas como o bbb levam à desinformação, à alienação e às fake news, que resultaram na eleição desta " pessoa " que é presidente do país. ( Rosa Maria - editora do blog )






“ Borboletas ” de Mario Quintana





Quando depositamos muita confiança ou expectativas em uma pessoa, o risco de se decepcionar é grande.

As pessoas não estão neste mundo para satisfazer as nossas expectativas, assim como não estamos aqui, para satisfazer as delas.

Temos que nos bastar… nos bastar sempre e quando procuramos estar com alguém, temos que nos conscientizar de que estamos juntos porque gostamos, porque queremos e nos sentimos bem, nunca por precisar de alguém.

As pessoas não se precisam, elas se completam… não por serem metades, mas por serem inteiras, dispostas a dividir objetivos comuns, alegrias e vida.

Com o tempo, você vai percebendo que para ser feliz com a outra pessoa, você precisa em primeiro lugar, não precisar dela. Percebe também que aquela pessoa que você ama (ou acha que ama) e que não quer nada com você, definitivamente, não é o homem ou a mulher de sua vida.

Você aprende a gostar de você, a cuidar de você, e principalmente a gostar de quem gosta de você.

O segredo é não cuidar das borboletas e sim cuidar do jardim para que elas venham até você.

No final das contas, você vai achar não quem você estava procurando, mas quem estava procurando por você !


Receita de Ano Novo







Para você ganhar belíssimo Ano Novo

cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,

Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido

(mal vivido talvez ou sem sentido)

para você ganhar um ano

não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,

mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;

novo até no coração das coisas menos percebidas

(a começar pelo seu interior)

novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,

mas com ele se come, se passeia,

se ama, se compreende, se trabalha,

você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,

não precisa expedir nem receber mensagens

(planta recebe mensagens? passa telegramas?)


Não precisa

fazer lista de boas intenções

para arquivá-las na gaveta.

Não precisa chorar arrependido

pelas besteiras consumidas

nem parvamente acreditar

que por decreto de esperança

a partir de janeiro as coisas mudem

e seja tudo claridade, recompensa,

justiça entre os homens e as nações,

liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,

direitos respeitados, começando

pelo direito augusto de viver.


Para ganhar um Ano Novo

que mereça este nome,

você, meu caro, tem de merecê-lo,

tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,

mas tente, experimente, consciente.

É dentro de você que o Ano Novo

cochila e espera desde sempre.


Carlos Drummond de Andrade









E agora José ?





E agora, José ?

O Olavo acabou,

a Globo faliu,

o Moro sumiu,

e o Lula ficou.

E agora, José ?

E agora, você ?

Você que achou

que tinha a solução,

que beijou o patinho,

que pediu ditadura,

que dançou na Paulista

com arminha na mão.

E agora, José ?

Está sem aposentadoria,

está sem emprego,

está sem futuro.

Já não pode ir à Disney,

já não pode estudar,

pegar avião já não pode.

A meritocracia não veio,

a mão do mercado não veio,

o empreendedorismo não veio.

E agora, José ?

Sua camisa amarela,

seu casaco militar,

sua bandeira americana,

seu cartaz sem nexo,

sua ânsia de matar,

E agora ?

Sozinho no escuro,

falando sem parar:

e o Lula? e o Lula?,

qual gado marcado,

sem público,

sem argumento,

sem parentes

para conversar.

Na sua plateia

não tem mais ninguém.

Você mente, José ?

Para quem ?


Autor : Jota Camelo

Paródia baseada na poesia " E Agora José ? "  

de Carlos Drummond de Andrade















“ Liberdade ” : Um poema de Carlos Marighella



Por Via Das Dúvidas*: Manual do Guerrilheiro Urbano * Carlos ...



LIBERDADE 

Um poema de Carlos Marighella 

Não ficarei tão só no campo da arte,
e, ânimo firme, sobranceiro e forte,
tudo farei por ti para exaltar-te,
serenamente, alheio à própria sorte.

Para que eu possa um dia contemplar-te
dominadora, em férvido transporte,
direi que és bela e pura em toda parte,
por maior risco em que essa audácia importe.

Queira-te eu tanto, e de tal modo em suma,
que não exista força humana alguma
que esta paixão embriagadora dome.
E que eu por ti, se torturado for,
possa feliz, indiferente à dor,
morrer sorrindo a murmurar teu nome”


( São Paulo, Presídio Especial, 1939 )











Rondó da liberdade (Carlos Marighella) - Poemas sociais | Luso-Poemas




O cocar


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No Brasil, existem cerca de 240 tribos, com um total de 900 mil índios - 0,4% da população do país.  A foto de 2014 é da tribo Asurini, no Tocantins, do
 fotógrafo Giordano Cipriani e foi premiada em concurso global.

Veja no link :
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Vou vestir o meu cocar
E vou dançar !

Não vou dançar carnaval,
ou a dança da chuva.

Não vou dançar por vaidade,
ou por felicidade.

Vou dançar para o mundo girar,
porque ao girar tudo muda,
acaba o inverno
e a primavera floresce !

Vou vestir o meu cocar
e cantar, dançar, girar
a dança cósmica de meu povo,
do nosso povo. Do povo !
A dança da vida !

Autor : Ronald Gavygkág Pinto kaingang ( descendente de indígenas )





Durante o encontro no Vaticano, dia 13/02/2020, Lula recebeu do Papa Francisco um rosário abençoado. E retribuiu o gesto presenteando o pontífice com uma imagem de Bejá Kayapó

O Ex-Presidente Lula prova, com este gesto, que ama o Brasil e o Povo Brasileiro ! Enquanto o atual governo odeia o país, odeia o povo e quer destruir os indígenas brasileiros, suas tradições e diversidade cultural.

A foto do indígena, registrada pelas lentes do fotógrafo oficial de Lula, Ricardo Stuckert, foi feita na aldeia Metuktire, no Parque Indígena do Xingu, e integra o projeto Índios Brasileiros, em que Stuckert retrata desde 1997 os povos originários do Brasil.


A imagem pode conter: 2 pessoas, pessoas sentadas



Saudade da infância . . .


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Frases típicas de vó !  Você provavelmente já ouviu alguma delas …


Ana Carolina Conti Cenciani


As avós são seres maravilhosos, vitais para o crescimento dos netos, são uma fonte inesgotável de amor, entendimento, carinho, sabedoria e conselhos. Mas, junto de tudo isso ganhamos um pacote de comentários cômicos e supersticiosos e que todo mundo provavelmente já escutou.

A ‘casa da vó’ é uma das melhores lembranças da infância e é por isso que hoje apresentamos 20 frases típicas dessas avós incríveis, que com suas palavras transmitiram suas experiências e lições aos pequenos.

Frases típicas de vó !  Você provavelmente já ouviu alguma delas …

O clássico “ Vai comer sim ” quando você se nega a comer alguma coisa do prato.

Ainda na refeição: “ Quem come quieto almoça e janta ! 

Desvira esse chinelo, menino. Quer que sua mãe morra ?

Ou caga ou sai da moita

Remédio pra doido é outro doido na porta !

Ô meu filho, não faz careta com esse vento. Já pensou se não volta? Você vai ficar com a cara feia para sempre.

Se você quiser casar,nunca deixe ninguém varrer seu pé, viu minha filha ?

Continuando as superstições… 

“ Nossa fia, sua orelha está vermelha. Deve ter alguém falando mal de você, cuidado.

Menina, fecha esse guarda-chuva dentro de casa. Isso dá azar !

Para de falar isso !  Bate na madeira três vezes pra afastar essa desgraça.

(Caindo uma tempestade) “ Corre, meu filho !  Vai cobrir os espelhos se não vai atrair raio.

Só quando eu morrer você vai sentir falta da vó ”. As frases em terceira pessoa são clássicas !

Pega aqui pra vó não ter que abaixar !

(Você saindo do banho descalço) “ Menino !  Quer ficar com a boca torta ?  Vai logo colocar uma chinela.

Ai minha nossa Senhora ! Você engoliu o chiclete? Vai ficar grudado no seu estômago, minha filha.

Meu filho, nunca tome manga com leite, viu?  Isso pode te matar

Para de brincar com o fogo, menino. Quer fazer xixi na cama?

Esse menino tá demorando muito pra começar a falar. Vamos colocar um pintinho pra piar aqui perto da boca dele, quem sabe dá um jeito.

E a mais clássica : “ Nossa senhora, minha filha. Tá carregada ein? Vem aqui que a vó vai te benzer.

E aí, você se identificou com alguma?




Capela



Quanta saudade sinto da 
Nossa casinha 
Bem pertinho da pracinha 
Da matriz lá do lugar 

Ainda criança 
Eu vibrava de alegria 
ouvindo a melodia 
Dos sinos a tocar 

Quanta saudade 
Das fogueiras de São João 
Dos arvoredos 
Enfeitados de balão

Daquela gente com pés no chão 
Feliz rezando 
A bandinha ia tocando 
No final da procissão 

E aos domingos 
Levantava bem cedinho 
Vestia o meu terninho 
E corria pra capela 
Rezava apenas uma Ave-Maria 
Porque o que eu queria era estar 
Pertinho dela 

Quanta saudade das 
Gangorras de cipó 
Quando escondia 
Os chinelos da vovó 
Da escolinha 
9, 8, 16 
Ai meu Deus que bom seria 
Ser criança outra vez 

E aos domingos
Levantava bem cedinho
Vestia o meu terninho
E corria pra capela
Rezava apenas uma Ave-Maria
Porque o que eu queria era estar
Pertinho dela

Quanta saudade das
Gangorras de cipó
Quando escondia
Os chinelos da vovó
Da escolinha
9, 8, 16
Ai meu Deus que bom seria
Ser criança outra vez

Ai meu Deus que bom seria 
Ser criança outra vez

Ai meu Deus que bom seria 
Ser criança outra vez. 





M
eus oito anos

Casimiro de Abreu


Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais!

Como são belos os dias
De despontar da existência!
– Respira a alma inocência
Como perfumes a flor;
O mar é – lago sereno,
O céu – um manto azulado,
O mundo – um sonho dourado,
A vida – um hino d’amor!

Que auroras, que sol, que vida,
Que noites de melodia

Naquela doce alegria,
Naquele ingênuo folgar!
O céu bordado d´estrelas,
A terra de aromas cheia,
As ondas beijando a areia
E a lua beijando o mar!

Oh! dias de minha infância!
Oh! meu céu de primavera!
Que doce a vida não era
Nessa risonha manhã!
Em vez das mágoas de agora,
Eu tinha nessas delícias
De minha mãe as carícias
E beijos de minha irmã!

Livre filho das montanhas,
Eu ia bem satisfeito,
Da camisa aberto o peito,
– Pés descalços, braços nus –
Correndo pelas campinas
À roda das cachoeiras,
Atrás das asas ligeiras
Das borboletas azuis!

Naqueles tempos ditosos
Ia colher as pitangas,
Trepava a tirar as mangas,
Brincava à beira do mar;

Rezava às Ave-Marias,
Achava o céu sempre lindo,
Adormecia sorrindo
E despertava a cantar!

[…]

Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
– Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais!



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Um amor tão grande... que aprendemos com ele o nosso enorme desejo de viver.!...


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