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5 frases para nunca dizer a pais de crianças deficientes


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Mesmo que a intenção seja a melhor possível, algumas frases ditas com muita frequência para pais de crianças com deficiência magoam e até ofendem. A seguir, confira 5 exemplos que devem ser evitados e as respectivas dicas de como agir adequadamente:

1. “ Pais especiais recebem filhos especiais ”

Pode parecer um elogio, mas traz uma mensagem dúbia. O fato de ter um filho com deficiência não faz de ninguém uma pessoa melhor ou pior. A maneira com que os pais lidam com a situação, sim, podem transformá-los e levá-los a enxergar as coisas de outra forma. Por trás desse clichê, há a ideia de que esses pais “mereceram” uma criança com deficiência e, por isso, devem suportar todas as implicações que isso traz sem reclamar. O bordão minimiza o sofrimento e a luta dessas pessoas.

Quer dar uma palavra de apoio? Que tal substituir por “Vocês são os melhores pais que essa criança poderia ter”?

2. “ Você deve cuidar bem de si para cuidar melhor de seu filho ”

A frase é destinada especialmente às mães (reflexo de machismo). Embora haja uma parcela de verdade, soa ofensiva. Afinal, ninguém sabe o quão atribulada é a rotina dos pais. Além de muitas vezes exigirem cuidados diferenciados em casa, as crianças costumam frequentar fisioterapia, consultas médicas, fonoaudiólogo etc. Quem não gostaria de passar algumas horas se cuidando em vez de coordenar horas de terapia e outras coisas da família?

Se a intenção é ajudar a pessoa que está precisando de um tempo para si, não critique. Ofereça algumas horas do seu próprio tempo para cuidar da criança enquanto a mãe vai sair com amigos ou o pai quer cortar os cabelos (ou apenas quando eles querem tirar uma soneca). Essa colaboração será mais do que bem-vinda.

3. “ O que houve com o seu filho? ”

É um pecado mortal desejar saber o que se passa com a criança? Não. Só que, em algumas circunstâncias, os pais não têm todas as respostas. Há casos em que os diagnósticos demoram anos para terem uma conclusão. E, em português claro, esse tipo de informação não é da conta de ninguém. Aliás, é um direito dos pais proteger a privacidade do filho e que devem falar sobre o assunto apenas se tiverem razões apropriadas para isso.

Se você está perguntando por querer demonstrar seu interesse, o melhor, sempre, é mostrar que está à disposição para ouvir. Seus amigos têm um filho com uma deficiência e estão cheios de problemas? Deixe que desabafem, sem fazer perguntas.

4. “ Como você consegue? Deve ser muito difícil…”

Criar filhos não é fácil. Mas, a partir do momento em que alguém escolhe ser mãe ou pai, procura dar o seu melhor, independentemente de o filho nascer ou não com uma deficiência. Comparar uma criança a um fardo é de um tremendo mau gosto, insensibilidade e um engano: crianças sempre dão alegrias aos seus pais. E cada um se vira com o que tem e como pode, e isso não é da conta de ninguém.

Mais uma vez, vale a dica: se você está realmente preocupado com a rotina sobrecarregada dos pais de uma criança (qualquer uma, aliás), ofereça ajuda. Se os pais estão sem tempo de ir ao banco pagar uma conta, faça isso. Comprar mantimentos no mercado, tomar conta das crianças, levar o carro no mecânico… Qualquer coisa útil.

5. “ Só nos é dado aquilo com que conseguimos lidar ”

Isso supõe que a pessoa tem de enfrentar ou aprender a encarar a situação. A questão é: e se ela não puder lidar com isso? Ou, pior, e se essa frase for dita justamente no momento em que os pais desejam compartilhar suas angústias e pedir ajuda? Dizer algo assim pode fazer com que eles sintam que não podem discutir seus sentimentos e preocupações, porque eles “supostamente” devem saber lidar bem com as circunstâncias.

Quando a sua intenção é mostrar admiração por uma pessoa que cuida bem do filho ou filha, troque a frase acima por “Eu admiro seu esforço e dedicação”. É mais gentil.


Fonte: Juliana Endres, especialista em turismo/hotelaria, mãe de Isadora, 3 anos, que tem Síndrome de Williams; Leticia Gomes Gonçalves, psicóloga, doula, consultora em disciplina positiva, escritora no blog Conversa entre Marias e tia do Levy, 7 anos, que tem paralisia cerebral; Marley Galvão, jornalista, escritora no blog Mundo da Bela, mãe de Isabela, 6 anos, que tem paralisia cerebral; Monica Pessanha, psicopedagoga e psicanalista infantil e de adolescentes, de São Paulo (SP), e Sueli Adestro, coordenadora da equipe da área pedagógica do serviço de reforço escolar Tutores BR (UOL).


Postado em Pragmatismo Político em 15/09/2017



O brasileiro que ficou paraplégico em tentativa de sequestro e virou 'guru' do turismo para cadeirantes



Ricardo Shimosakai em viagem ao Peru



Daniel Gallas




Ricardo quer melhorar a experiência de turistas com mobilidade como ele




O pior é que não se tratou de um incidente isolado, afirma Ricardo, mas de algo que ocorre com frequência com cadeirantes em voos no Brasil.


'Não são vistos como consumidores'

Uma das principais diferenças com os Estados Unidos e países europeus é que os aeroportos brasileiros não têm um serviço para ajudar quem usa cadeira de rodas.

A tarefa cabe às companhias aéreas, e as equipes de algumas delas são mal treinadas. Por isso, ser bem atendido vira uma questão de sorte. "No Brasil, a acessibilidade é muito precária", resume Ricardo.


A acessibilidade na Europa e nos EUA é muito melhor do que no Brasil, diz o agente de turismo


E não são apenas os aeroportos e aviões que estão abaixo dos padrões internacionais. Toda a infraestrutura de turismo é precária, mesmo em grandes cidades como São Paulo e Rio de Janeiro.

Ricardo conta ter recebido um pedido de pacote para um grupo de 22 pessoas vindas de Israel - 10 das quais eram cadeirantes.

"Não há uma empresa de transporte no Brasil que atenda 10 pessoas em cadeiras de rodas ao mesmo tempo. Nenhum hotel conseguiria hospedar a todos. Tivemos de dividi-los entre três hotéis, que ficavam distantes uns dos outros. Nunca mais o grupo entrou em contato comigo", afirma Ricardo.

Por outro lado, se as mesmas pessoas quisessem ir para a França, Ricardo poderia oferecer um atendimento bem melhor.

Ele tem um roteiro para grupos de até 14 cadeirantes, em que todos são transportados no mesmo ônibus, visitam as atrações juntas e passam a noite no mesmo hotel.

'Obrigação ou pena'

A luta por melhorias acabou fazendo parte de seu trabalho. Para poder oferecer bons pacotes turísticos, depende da estrutura existente de aeroportos, empresas de ônibus ou hotéis.


Ricardo costuma levar grupos a Paris, onde há mais facilidade para turistas com mobilidade limitada


O contato com empresários e autoridades para pedir melhorias é constante - e Ricardo já ganhou prêmios por causa do seu trabalho.

"No Brasil, pessoas com deficiência só recebem ajuda por obrigação ou pena. Ninguém as vê como consumidores, como ocorre no exterior. Outros países faturam bilhões de dólares oferecendo serviços para esse público. Mas aqui não."

Estima-se que mais de 24 milhões de pessoas tenham algum tipo de deficiência no Brasil. As estatísticas mostram que elas têm uma situação econômica delicada - a taxa de desemprego é maior entre elas e os níveis de educação, mais baixos.

"Mesmo que você tenha dinheiro, muitas coisas são negadas a quem tem deficiência", diz Andrea Koppe, da Unilehu, organização sem fins lucrativos dedicada a pessoas com deficiência.

"Algumas escolas não aceitam crianças com necessidades especiais, dizendo não ter o preparo ou a especialização necessários. Pais precisam pagar uma taxa extra por um tutor especial, no caso de estudantes com problemas de visão."

Ação afirmativa

O Brasil vem tentando mudar essa situação com ações afirmativas. Desde 1991, a lei exige que, em empresas com mais de cem funcionários, ao menos 2% sejam pessoas com deficiência.


Rota acessível? Ricardo subiu até Machu Picchu como parte de seu trabalho de pesquisa


Andrea Koppe diz que, ao longo de 20 anos, isso ajudou a transformar várias pessoas com deficiência, que antes eram ignoradas por lojas e companhias, em em consumidores de fato. O número de pessoas com deficiência no mercado de trabalho subiu de 15 mil para 350 mil.

Ainda assim, ela diz que, se a legislação fosse seguida à risca, esse número deveria ultrapassar 1 milhão. Há 11 milhões de pessoas com deficiência em idade de trabalho, e a maioria está desempregada.

Ricardo diz que ainda há muito trabalho a ser feito. Ele tenta convencer autoridades sobre a importância de criar regulamentações.

O país está prestes a privatizar alguns de seus aeroportos. O agente de turismo gostaria que os contratos de concessão exigissem a presença de empresas especializadas em atender passageiros com deficiência, como em outros lugares.

Mas, com base em sua própria experiência, a maioria dos negócios não estão dispostos a promover mudanças.

A cadeira de rodas que ele usa foi dada por uma empresa área como compensação, após a cadeira que tinha ter sido danificada porque a equipe de voo não tinha preparo nem meios para transportá-la adequadamente.

"Tentei dialogar com eles", conta Ricardo. "Mas, em vez de treinar seus funcionários, eles acharam mais fácil comprar uma cadeira nova. Eles não querem mudar."



Para assistir o vídeo clicar em

 BBC Brasil em 22/02/2017



Pela primeira vez Paralimpíadas têm medalhas com guizos para que atletas com deficiência visual possam escutá-las




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Além da sensação de dever cumprido, de conquista e superação, os atletas no pódio das Paralimpíadas do Rio podem ir além de receber sua medalha, senti-la, morde-la e pendura-la em seu pescoço: é também possível ouvir a medalha. Pequenos guizos de metal foram colocados dentro das medalhas, para que elas emitam um som quando chacoalhadas.



A neozelandesa Mary Fisher ouvindo sua medalha de ouro dos 100ms nado costa


Em uma delicada e sensível preocupação dos organizadores dos jogos, as esferas foram inseridas para que os atletas com deficiência visual pudessem ter essa experiência sensorial no pódio. A medalha de ouro possui 28 guizos de aço, a de prata 20 e a de bronze 18.


O nadador brasileiro Matheus Souza curtindo o som de sua medalha de bronze


Além disso, a inscrição “Rio 2016 Paralympic games” vem escrita em braile na face da medalha. Junto, os atletas recebem um simpático mascote Tom de pelúcia, com os cabelos nas cores da medalha conquistada.


A nadadora australiana Ellie Cole e o som da prata




O nadador americano Bradley Snyder ouvindo a medalha de ouro




O vídeo abaixo mostra como são feitas as medalhas e como os guizos são colocados.



Postado em Hypeness



A vergonha dos interesses acima da Inclusão !


fotos abertura dos Jogos Paralímpicos

É uma vergonha e um absurdo que os Jogos Paralímpicos Rio 2016 não estejam sendo transmitidos, ao vivo, pelas TVs abertas ou pela Internet. Apenas pela TV Paga ! 

E a Cerimônia de Abertura não passou nem na TV paga. É um evento sediado aqui no Brasil !


TV Brasil na Internet :






O que mais se fala hoje é na Inclusão da Pessoa com Deficiência, mas o que estamos vendo é um Espetáculo da Exclusão.


Nos estudos sociológicos teóricos é tudo muito lindo, mas na prática é muito diferente.

Os problemas e obstáculos diários que as pessoas com deficiência enfrentam, neste país, são inúmeros, desde os causados pela falta de iniciativas públicas, como a melhoria de calçadas, por exemplo, até preconceitos das pessoas em geral.

Não transmitir na Tv aberta, a Paralimpíada Rio 2016 é absurdo. É odioso que se faça isso com um evento que tem tantas características de humanidade, mostrando, essencialmente, um desrespeito à igualdade de tratamento, à diversidade dos seres humanos e à inclusão.

Os interesses das TVs comerciais e seus patrocinadores predominam sobre os interesses do povo mais humilde, que neste país é a maioria, visto que só está podendo assistir, ao vivo, os Jogos Paralímpicos, quem pode pagar por canais da TV paga.

Não podemos estranhar muito que isto aconteça, pois nosso país passa por mudança drástica na ordem política, saindo de uma democracia onde o povo tinha espaço, direitos e voz, para um regime político dominado pelos interesses do Capital. 






Rosa Maria - Editora do Por Dentro ... em Rosa



Ideia de extremo mau gosto e incorreta ! A visibilidade deve ser dos atletas paralímpicos !


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Vogue mostra Cléo Pires e Paulinho Vilhena amputados em ação para Jogos Paralímpicos

Em post no Instagram divulgado hoje cedo, a revista Vogue mostra uma foto de Cléo Pires e Paulinho Vilhena amputados. A ideia é chamar a atenção para os Jogos Paralímpicos, que começam no próximo dia 07 de setembro. 

Cléo e Vilhena são embaixadores da competição e estrelam a campanha ‘Somos Todos Paralímpicos’. 

A criação é da agência Africa – Cléo aparece na pele de Bruna Alexandre, paratleta do tênis de mesa, e Paulinho com o corpo de Renato Leite, do vôlei. 

A ação, no entanto, está sendo muito criticada – basta dar um passeio nos comentários. 

O sentimento que prevalece, pelo menos entre os usuários do Instagram até o momento, é de que a campanha deveria dar destaque aos atletas paralímpicos ou a pessoas que de fato possuem alguma deficiência física. Acompanhe aqui e no Twitter, onde a campanha também já está dando o que falar.