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20 horas de silêncio por dia


Pandemia de coronavírus: o que muda no Brasil e no Espírito Santo ...


Fabrício Carpinejar

Não é hora de brincar. Não é hora de ser irônico. Não é hora de fazer piada. Não é hora de ostentar. Não é hora de fingir normalidade. Não é hora de ser egoísta. Não é hora de chamar atenção. Não é hora de querer destaque. Não é hora de festa. Não é hora de receber visitas. Não é hora de comícios e passeatas. Não é hora de praças lotadas. Não é hora de preparar churrasco para os amigos. Não é hora de beber e abraçar, de gritar “foda-se” pela janelas físicas e digitais, de soltar fogos de artifício, de não deixar os vizinhos dormirem pelo barulho. Não é hora de balada. Não é hora de virar as costas. Não é hora para perder a seriedade fúnebre. Não é hora de vídeos engraçadinhos sobre a pandemia no WhatsApp.

É grave debochar dos falecidos no epicentro da crise da saúde, é grave dançar com caixões, é grave rir de velórios e covas, é grave transferir o contexto de uma cultura africana de homenagem à memória do ente querido para escarnecer a esperança, é grave colocar coroas de flores sobre a cabeça como recepção de Honolulu.

Se cada morto diário no país pelo coronavírus merecesse um minuto de silêncio, passaríamos o dia inteiro calados. Estamos próximos de preencher os 1 440 minutos de um dia – já são 1179 vítimas. Sobra para dizer alguma coisa apenas quatro das nossas 24 horas.

A morte é um lugar sagrado dentro da educação e da decência.

Nem é por temer o que os familiares enlutados possam sentir. Devemos lembrar que os mortos ainda escutam. Tudo o que vai volta. E eles não perdoarão a sua omissão.



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Cloroquina : remédio político [ a ciência e a medicina não recomendam ]







Há um monstro no poder e contra ele tudo se justifica





Fernando Brito

Não é possível mais tratar Jair Bolsonaro como presidente da República, como deixou de ser possível tratar Adolf Hitler como chanceler da Alemanha.

O que ele fez ontem, em meio a risadas neuróticas com sua própria “piada” – quem é de direita, toma cloroquina; quem é de esquerda toma tubaína – é sinal mais que de um desequilíbrio mental, é revelador dos desejos mórbidos daquele que deveria ser o primeiro a consternar-se com a perda, só no dia de ontem, de quase 1.200 brasileiros.

O Brasil tem o direito de conhecer o grau de alucinação e de monstruosidade do homem que ocupa o mais alto cargo da República.

E saber a que se submetem – ou pior, se associam – aqueles que o servem e o sustentam.

É sobre isso que deve decidir, possivelmente hoje, o ministro Celso de Mello: se o brasileiro tem o direito de saber como falam e agem os que os (supostamente, ao menos) os governam e qual é o seu grau de selvageria.

Não se trata de invadir e publicizar uma conversa privada de um presidente da República, como Sérgio Moro não hesitou em fazer com Lula e Dilma.

Era um ato oficial, com mais de três dezenas de presentes, sobre o qual não pode haver qualquer dúvida sobre tratar-se de uma atividade de governo, sobre a qual pesa o mandamento constitucional da publicidade.

É preciso que pese sobre o decano do STF a imensa questão de se os brasileiros são adultos o suficiente para saber quem são seus governantes.

Ou se deveremos continuar tomando, indefesos, a cloroquina da farsa ou a tubaína da morte.







É Maduro que é ditador e malvado ! Será ? ! ?








É Maduro que é ditador e malvado ! Será ? ! ?

Não é isto que estamos vendo ! 

Aqui somos mandados, todos os dias, a voltarmos 

para as ruas e a tomar medicamento que os 

médicos e a ciência não recomendam ... 

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Veja frases de Bolsonaro durante a pandemia do novo coronavírus ...






O que se esperava de Regina Duarte, veio de Rodrigo Santoro : uma merecida homenagem aos artistas falecidos



Rodrigo Santoro treina no Vidigal para papel em nova série estrangeira


Usando nomes de filmes nacionais, o ator Rodrigo Santoro prestou uma bela e emocionante homenagem a todos os artistas que faleceram nos últimos dias. É assim que se faz !


Redação Conti Outra

Renomado ator, conhecido por inúmeros papéis marcantes no cinema e na TV, Rodrigo Santoro assumiu para si a missão de prestar uma merecida homenagem a Aldir Blanc, Ciro Pessoa, Daisy Lúcidi, Daniel Azulay, Flavio Migliaccio, Moraes Moreira e Rubem Fonseca, cujos falecimentos representam uma inestimável perda para a cultura brasileira.

Mesmo pressionada pela classe artística e pela opinião pública em geral, a atual Secretaria da Cultura não destinou uma única linha para repercutir o falecimento destes artistas que ajudaram a construir a identidade cultural do nosso povo e, talvez por isso, a atitude de Rodrigo Santoro seja tão significativa. 

A homenagem veio através de um post no Instagram contendo um vídeo em que Santoro narra um texto citando várias obras reconhecidas do cinema brasileiro.

O texto narrado descreve a situação da pandemia no país a partir dos nomes das obras do audiovisual brasileiro, que vão desde dramas críticos como “Cidade de Deus” até comédias como “Se Eu Fosse Você”.

“Esses filmes representam parte da identidade brasileira. Não caberiam todos aqui. Foram feitos por nós para que o mundo pudesse testemunhar”, escreveu Santoro na publicação. Ele ainda ressaltou a homenagem: “São a nossa herança, assim como ‘a esperança equilibrista’ de Aldir, o ‘ficou tudo lindo de manhã cedinho’ de Moraes, as palavras precisas e potentes de Rubem, o sorriso terno de Daisy, as aventuras intrépidas do Tio Maneco (Flávio querido), o som de Ciro, as obras de arte ‘só para baixinhos’ de Azulay… e os que ainda seguem fazendo o que é belo e potente no nosso país”.

Assista

Não aguento mais !

Cemitério Parque Taruma em Manaus


"Assistir as pessoas aglomeradas nas ruas, ou por necessidade de sobrevivência ou mesmo por ignorância alimentada pela omissão do presidente da república em relação ao isolamento, traz um sentimento de revolta incontrolável."



Miguel Paiva para o Jornalistas pela Democracia


Quando até o Jornal Nacional te sensibiliza com um discurso sobre as mortes no Brasil é porque a coisa chegou a um ponto insustentável. Assistir as pessoas aglomeradas nas ruas, ou por necessidade de sobrevivência ou mesmo por ignorância alimentada pela omissão do presidente da república em relação ao isolamento, traz um sentimento de revolta incontrolável. Hoje me deprimi com toda a situação. Tomar ciência do quadro da doença no Brasil , assistir as cenas dramáticas das mortes nos hospitais, das pessoas que não conseguem ser atendidas e das vidas encerradas assim, por conta de um vírus e de um presidente me deixou bem desanimado. 

Não vou parar de fazer a minha parte. Foi isso que me fez sentar aqui no computador e colocar essa raiva toda pra fora. Não dá para ficar calado quando no meio desta farra dos bois do governo Bolsonaro, onde os que não se locupletam ameaçam endurecer o regime, onde os apoiadores vão para as ruas ou para frente do palácio da Alvorada para gritar mito e concordar com o suicídio coletivo, repito, no meio disso tudo escuto que o TRF-4 recusou o pedido de recurso do presidente Lula no processo do Sítio de Atibaia. 

Mesmo diante de toda a sujeira que não conseguiu ficar escondida debaixo do tapete com as relações tóxicas entre o ex-juiz Sergio Moro e os procuradores ao processar o Lula, eles continuam com essa farsa e ignoram ou menosprezam todos os crimes cometidos pelo governo Bolsonaro. O presidente do Supremo precisou de 3 dias para emitir mais uma nota de repúdio à agressão aos jornalistas em Brasília numa manifestação contra a democracia. Sérgio Moro ameaçou e acabou soltando somente um pum de palhaço nas suas denúncias contra o presidente.

O Brasil segue adiante e "reina a tranquilidade em todo o território nacional" como se costumava ouvir na época da ditadura. Agora é evidente que não reina coisa nenhuma e é ainda pior porque mesmo sabendo que o bicho tá pegando as pessoas lá do alto de suas tribunas reagem como se estivesse tudo normal. A imprensa anda castigando o governo Bolsonaro porque também ficou impossível não castigar. Passamos a assistir o Jornal Nacional com a ilusão de que ele poderia ter sido sempre assim. Vemos as notícias na internet torcendo para que alguém das instituições renomadas do país tome alguma atitude porque nem sair à rua podemos.

Os números da Covid 19 são assustadores mas parece que as pessoas só se assustam quando a doença chega em você, ou na sua família. Com um governo que alimenta essa ida silenciosa para o matadouro e que a morte realmente não mete medo, ou melhor, ajuda nas contas é aterrador ter que acordar todos as manhãs sem perspectiva de mudança, seja no quadro da pandemia, seja no futuro do país. Se uma das duas coisas fosse mais leve e no caso uma está ligada à outra, usaríamos a flexibilização de uma para atacar a outra. Se o governo fosse melhor combateríamos com mais eficácia a pandemia e se a pandemia fosse menor combateríamos com mais eficácia o governo. 

Este é o nosso dilema e a direita não tem pudor nem senso de sobrevivência para ficar em casa. Vão para as ruas como um bando de Kamikazes loucos para atingir com seus aviões os navios inimigos, no caso, o sistema de saúde brasileiro. Espero que entre mortos e contaminados escapemos em número suficiente para reconstruir esse país que merece muito mais do que essas autoridades de quinta decidem estabelecendo nosso destino enquanto nação. Não admito que além dos velhos, os pobres, os negros, as crianças e os desempregados sejam jogados na vala comum deste desgoverno.



   Miguel Paiva - Cartunista, ilustrador, diretor de arte,                                         roteirista e criador da Radical Chic e Gatão de Meia Idade.






26 anos sem Ayrton Senna


REFLEXÃO DE AYRTON SENNA DO BRASIL! | Airton senna frases, Frases ...



Em 01 de Maio de 2020, completou-se 26 anos da morte de um 


dos ídolos do Brasil : Ayrton Senna.

Deixou algumas frases que demonstram grande sabedoria.


Frases de Ayrton Senna - Belas Mensagens


Deus - Ayrton Senna - Celebridades


Frases - A história de Ayrton Senna




Frases de Ayrton Senna - A Tarde Online


IRUACI CARVALHO Palestrante Treinadora Comportamental ...


Frase Ayrton Senna - Frases e Imagens


Ayrton Senna da Silva. | No dia 1º de maio de 1994, o Brasil… | Flickr

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Senna, o Último Brasileiro | Itu.com.br














O rei mau faz má a boa gente




Fernando Brito


Camões escreveu, falando de de Fernando I de Portugal, no século XIV, que um rei fraco faz fraca a forte gente.

Olhando para o que se passa no Brasil, hoje, talvez escrevesse que um rei mau faz má a boa gente.

De outra forma, como explicar que haja pessoas indiferentes indiferentes a um presidente que, diante de 5 mil brasileiros mortos diz: ‘E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê?’

Como entender que generais vejam o morticínio do povo e, como os da Alemanha nazista, contentem-se em apenas aplacar e conviver com os humores do chefe psicopata, virando babás de um demente cruel?

Ou que profissionais da Medicina, em troca de cargos e posições, assumam o comando do Ministério da Saúde aceitando para isso a barganha de não dizer sequer o óbvio “fique em casa”?

Como entender que gente com dinheiro e comida, com carro e apartamento, donos de lojas, ainda que em compreensíveis dificuldades em manter seus negócios, façam seus funcionários – o que não têm nem dinheiro, nem casa, nem carro, só têm a vida – se ajoelharem nas calçadas suplicando por seu “direito” de morrer, contaminando-se nas ruas, nos transportes, nos balcões?

Sim, é assim que estão, num campo de concentração, postos de joelhos e avassalados em troca do pão de suas famílias.

Alguém explique como os autoproclamados homens de Deus tenha apagado o “não matarás” das tábuas de Moisés, que os eleitos cavem a cova dos eleitores, que os cultores da saúde vão expor a sua e a alheia, apenas porque não podem se privar, dias que sejam, de correr no calçadão e esticar os músculos enquanto se lhes atrofia o cérebro?

Jair Bolsonaro, como o maníaco belicista de quase 100 anos, não é apenas um indivíduo insano e mau, é o produto de mil insânias e maldades que se conservaram inertes enquanto este era um país que, finalmente, parecia crescer como é de seu destino e vocação e que incluía ou tentava incluir a todos, como nunca foi a sua história.

Perdeu-o a mesquinhez de elites que, como aos comerciários de Campina Grande da foto, queria de novo seu povo genuflexo e morrendo no altar de seus luxos.

Teremos deixado irem-se com o século 20 os valores da honra, da dignidade, da humanidade que animaram a época de progresso e abundância e, nas dificuldades, adotamos o canibalismo – pois é de alimentarmo-nos de carne humana que se trata – como nova cruz da salvação?

Se for assim, não há porque viver. Mas, para que não seja assim, valerão as mortes sufocadas de nossos irmãos que se vão todos os dias.

Como eles, ansiamos por ar, por ar que nos faça respirar liberdade, amor, solidariedade, fraternidade, não as emanações pestilentas e mórbidas que brotam de Bolsonaro e de suas legiões.

Conserva, então, tua vida como uma chama preciosa, não apenas por você, mas porque ela será necessária para iluminar os caminhos para deixarmos a treva inimaginável em que estamos metidos.

Não somos maus, estamos é sob o tacão da maldade.







Existem várias maneiras de acabar com a própria vida sem morrer



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Sabotar a si mesmo, expulsar quem ama, trancar-se dentro de si, negligenciar o amor-próprio. Nesses casos, a morte é em vida.


Marcel Camargo


O suicídio é um assunto sério e que deve ser discutido e combatido amplamente, porém, existem formas de se suicidar, sem que se morra. Tem gente que continua vivendo, após ter se matado por dentro, e isso também é prejudicial demais. É preciso que se combata a tristeza generalizada, que parece se abater sobre grande parcela da população sem escolher faixa etária, classe social, gênero, nada.

Talvez um dos aspectos mais problemáticos, atualmente, seja a manutenção de uma autoestima positiva. Os parâmetros de felicidade, de estética, de felicidade, parecem estar a cada dia mais inalcançáveis, haja vista que muito daquilo que se dissemina como gerador de alegria depende de um alto padrão de vida, de um farto cartão de crédito. O poder de compra determina grande parte do que a mídia espalha como itens para ser feliz, tais como viagens internacionais, corpos torneados, dentes branquinhos, cabelos sedosos.

Com isso, muita gente acaba se achando menos, muito menos do que na verdade é. Se não conseguirem, por exemplo, comprar o smartphone de última geração, fazer academia, ostentar grifes, frequentar restaurantes e hotéis cinco estrelas, muitas pessoas se sentem incapazes de alcançar a felicidade. Além disso, há uma frieza tomando conta do coração de muita gente, tornando-as incapazes de manter vínculos, de regar afeto, de se colocar no lugar do outro.

A máxima apregoada incessantemente nos dita o desapego emocional, o tanto faz, o não estar nem aí para ninguém, o chutar o balde e cortar as pessoas da vida. Logicamente, teremos que assim agir em muitos momentos, para não sermos fantoches de pessoas tóxicas. Porém, tem muita gente se negando a amar, a confiar no outro, a dividir afeto, a acolher e a doar-se, por medo de se machucar, por temer passar pelo que já passou e machucou fundo.

Infelizmente, negar-se ao compartilhamento afetivo impede as pessoas de reunirem amor dentro de si. E é o amor a melhor proteção que teremos nessa vida contra as maldades, contra o desânimo, contra o que é ruim e quer ficar por perto. Precisamos nos abrir, ou explodimos, ou adoecemos. Quanto mais sentimentos pudermos preencher, mais estaremos completos e capazes de gostar de quem somos, mesmo que não sejamos nada daquilo que a mídia estampa nas capas, nos sites, na TV.

Como se vê, existem várias maneiras de acabar com a própria vida, sem que se morra: sabotar a si mesmo, expulsar quem ama, trancar-se dentro de si, negligenciar o amor-próprio. Nesses casos, porém, a morte é em vida. Lembre-se: enquanto houver vida dentro de si, haverá esperança, propósito, motivo, objetivo. Vivamos!






A morte de Paulo Henrique Amorim não é obra do acaso



morte Paulo Henrique Amorim


Paulo Henrique Amorim era o jornalista mais processado deste período digital. A ampla maioria das ações era movida por criminosos que não aceitavam ouvir o que ele falava. PHA estava sendo perseguido de maneira violenta.

Redação Pragmatismo

Três jornalistas que comentaram a morte de Paulo Henrique Amorim nesta quarta-feira (10) convergem em um ponto: a morte do editor do ‘Conversa Afiada’ não é obra do acaso.


“Combatendo com vigor na escuridão, seu coração não resistiu ao último golpe, o da Record”, escreveu a amiga e renomada jornalista Tereza Cruvinel, referindo-se ao afastamento de PHA de seu programa na TV Record após pressão do governo Bolsonaro.

“Paulo Henrique Amorim parte num momento péssimo. E provavelmente vítima dele e dos canalhas que o perseguiam. Ele foi o jornalista mais processado deste período digital. Na maioria das vezes por criminosos que não aceitavam que aquele baixinho carioca berrasse em alto e bom som o que lhes era merecido ouvir”, publicou Renato Rovai, editor da Revista Fórum e amigo pessoal de Paulo Henrique.


“Eu, aqui do meu canto, acho que Paulo foi ‘morrido’ por essa gente. Porque estava sendo perseguido de maneira violenta e recentemente, por pressão do governo, foi afastado da apresentação do Domingo Espetacular, da TV Record”, acrescentou Rovai.

Morte estudada

Para o jornalista gaúcho Moisés Mendes, a morte de Paulo Henrique Amorim precisa ser objeto de estudo. “Com suas circunstâncias, o contexto político e todos os seus significados, a morte de PHA deveria ser estudada já a partir de hoje à tarde nas escolas de jornalismo. Amorim foi morto pelo assassinato das grandes redações.”

“Hoje, as grandes redações são esvaziadas de qualquer possibilidade de resistência, porque são cada vez mais orientadas para serem cúmplices do poder. Amorim foi apenas um dos mais recentes expulsos do trabalho numa grande corporação […] Seu afastamento da TV Record ganhou manchetes porque ele era uma figura conhecida. Mas as redações passam por limpezas que a maioria não fica sabendo”, complementou Moisés.

O texto integral de Tereza Cruvinel sobre a morte de PHA pode ser lido abaixo. Os textos de Renato Rovai e Moisés Mendes podem ser lidos aqui e aqui.

por Tereza Cruvinel, em seu Facebook

“Obrigado, querida, disso entendemos nós dois: sobreviver”. Foi o que me disse Paulo Henrique Amorim no dia 24, em resposta à minha mensagem expressando solidariedade. Ele acabava de ser afastado do Domingo Espetacular pela TV Record, por pressão do governo intolerante, autocrático e autoritário de Bolsonaro.

Eu havia dito, na mensagem, que ele era um pilar da resistência e vítima do disfarçado e não comentado expurgo de jornalistas que vem acontecendo no país, afastando da mídia os combativos, os que não se vergam. “Eles passarão, nós passarinhos, ainda vamos gorjear”, eu disse ainda ele.

Paulo Henrique entendia mesmo de sobreviver. Eu, nem tanto. Combatendo com vigor na escuridão, seu coração não resistiu ao último golpe, o da Record. Não viveu para um dia gorjear , quando a luz finalmente voltar a iluminar o país com justiça, liberdade e democracia de verdade.

Falando e escrevendo, no estilo cortante que lhe era próprio e único, combateu o engodo, a mentira, a tempestade do ódio, o obscurantismo e o servilismo que tomou conta de boa parte da imprensa. Escandindo as palavras quando falava, ou construindo frases como quem amola a faca, PHA estava o tempo todo na trincheira.

Já fui tirada abruptamente por ato de força, quando o governo Temer interveio na EBC, logo depois do golpe do impeachment. Eu já não era presidente mas comentarista política e apresentadora na TV Brasil. O interventor Laerte Rímoli baniu imediatamente da rede pública uma penca de jornalistas.

Além de mim, Luiz Nassif, Paulo Moreira Leite, Emir Sader, Sidney Resende e outros mais. Havíamos feito uma cobertura intensa e pluralista da guerra contra Dilma, mostrando as duas faces do processo em curso. De repente, ficamos sem chão e sem voz. Imagine o que foi para PHA o golpe da Record, ele que há 14 anos apresentava o Domingo Espetacular.

Depois da covardia da Record, que cedeu à pressão dos que pediam a cabeça de PHA, ele continuou resistindo e combatendo no site Conversa Afiada e na TV Afiada. Ontem à noite ainda o li seu comentário sobre o áudio divulgado por The Intercept, em que o procurador Dallagnol festeja a liminar do ministro Fux impedindo Lula de dar entrevista antes do segundo turno da eleição.

“Hipócrita celebra a decisão de Fux que calou a imprensa “, escreveu ele, chamando agora Dallagnol de Dallainho. Já com data de hoje, outro texto falava da liberação de R$ 2,4 bi em emendas, pelo governo, para juntar votos a favor da reforma da Previdência. Paulo Henrique deve tê-lo escrito de madrugada, antes do infarto. Seu último dardo flamejante.

Caiu um pilar da resistência. Paulo Henrique não sobreviveu fisicamente, mas viverá no exemplo que deixou: como jornalista: não se calou nunca, não se vergou, não se vendeu, não se rendeu, não lambeu botas para preservar posições. Vai, PHA, você fez muito, travou o bom combate e se foi com dignidade.






Abaixo veja o último vídeo gravado por Paulo Henrique Amorim em 08/07/2019












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A foto que chocou o mundo : pai e filha bebê morrem afogados na fronteira mexicana




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Trata-se de um migrante salvadorenho chamado Óscar Martínez, que viajava com sua filha Valeria, de quase dois anos. Ambos morreram ao tentar atravessar o rio Bravo, com o objetivo de chegar aos Estados Unidos.




Victor Farineli

A imagem é horrível e comovente: os corpos flutuando sem vida, abraçados, em uma das margens do Rio Bravo não mostram apenas o desfecho trágico da curta vida do migrante salvadorenho Óscar Martínez, e da ainda mais curta existência de sua filha Valeria, que não tinha sequer dois anos completos.


Este também é um retrato de uma tragédia maior, que é a crise migratória centro-americana, que ganhou todas as capas de jornais desta quarta-feira (26), e se tornou certamente uma das imagens do ano, talvez da década.


Segundo relato da mãe, em entrevista para uma correspondente da agência Associated Press, a morte deles teria acontecido no domingo (23). Óscar teria se jogado no rio com sua filha sobre os ombros, e quando tentou ajudar sua mulher a segui-lo, a menina se atirou nas águas, levando o pai a mergulhar para tentar salvá-la. Pela imagem, pode-se deduzir que o pai colocou a filha dentro da sua camiseta, como forma de evitar que ela se afogasse.

Outra coisa que chama a atenção na imagem é seu parecido com outra fotografia que impactou o mundo, nesta década marcada por crises migratórias: a do corpo desfalecido de um menininho sírio, afogado às margens de uma praia grega, completamente ignorado pelos turistas que desfrutavam suas férias.

É importante ressaltar que o drama vivido na fronteira entre o México e os Estados Unidos não se dá somente pela agressiva política migratória adotada pela Casa Branca desde o início da administração de Donald Trump – que chantageou recentemente o México de López Obrador a adotar postura semelhante, conseguindo os resultados que queria –, mas também às diferentes crises do capitalismo em países como Honduras, El Salvador e Guatemala, de onde parte a maioria dos integrantes das diferentes e imensas caravanas migrantes.

São pessoas desesperadas, que tentam fugir da miséria e da violência em seus países, e sonham com melhores oportunidades nas grandes metrópoles do país que se apresenta como o mais desenvolvido do mundo, mesmo que isso signifique enfrentar a onda de xenofobia contra os latinos promovida pelo discurso do presidente Trump.

“Isto aqui era um barril de pólvora, uma tragédia anunciada, por tudo o que sabemos que acontece nos acampamentos de migrantes perto da fronteira”, comenta a correspondente da Associated Press, Julia Le Duc. Segundo a reportagem da agência, somente no ano passado faleceram cerca de 283 pessoas tentando cruzar a fronteira entre o México e os Estados Unidos. Na semana passada houve 9 vítimas, entre as quais 4 eram crianças.





Vídeo : Policial dá lição de civilidade ao constranger curiosos que queriam filmar acidente


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11 perguntas comuns após a morte de uma pessoa querida








A morte de uma pessoa querida nos provoca grande pesar e nos faz entrar em um estado de letargia do qual parece que nunca mais vamos sair. Esse é um estado natural após uma perda, é o luto que aparece de maneira única em cada pessoa.

Porque quando alguém se vai, alguma coisa se quebra dentro de nós. É um sentimento difícil de explicar que envolve milhares de pensamentos e perguntas para as quais às vezes não temos resposta.

Para cuidar desses sentimentos e nos ajudar, devemos nos permitir explorar e trazer à luz aquelas perguntas que nos atormentam e que conduzem nossa mente. Falar e não calar é essencial. As repostas para isso são bastante variadas, podendo ir desde o choro e a ansiedade até a tristeza e o medo.

É fundamental darmos tempo a nós mesmos para reagir e nos preparar, assim como permitir que as pessoas que quiserem nos acompanhar nos acompanhem. O silêncio, o olhar, o tato e a presença sem demonstrações de pressa ou desconforto têm mais valor que as palavras nesses momentos.

" Olho para o céu e tento ver você entre tantas estrelas, busco entre as sombras a sua imagem perdida.
Eu desenho seu rosto nas nuvens que vejo passar, viajando sem rumo fixo e me guiando pela Lua, pergunto:
Onde está você?
E, em seguida, meu peito se agita me dando a resposta com uma lágrima derramada que me faz compreender de novo: Você não está aqui, mas continua no meu coração."    - Autor desconhecido -



11 perguntas e 11 respostas após a morte de uma pessoa querida

Embora cada pessoa sinta a morte de uma pessoa querida de maneira diferente, há algumas perguntas que são comuns durante o luto. Não podemos ignorar essa realidade, pois acrescenta muitas preocupações e incertezas ao nosso estado emocional. Vamos analisar as mais frequentes (Martínez González, 2010):

1. Eu vou me esquecer da sua voz, da sua risada, do seu rosto?

Quando uma pessoa próxima falece, nós empregamos todo o nosso empenho na atitude de mantê-la presente no nosso cotidiano. Nós sentimos que não lembrar da risada, do olhar, do rosto e da forma de caminhar seria trair a pessoa. No entanto, o tempo faz com que a lembrança se torne menos nítida e com que as dúvidas nos invadam, gerando a possibilidade de esquecer aquilo que fisicamente a definia.

Nessa situação devemos saber que, embora a pessoa querida não esteja mais conosco e não possamos mais tocá-la ou escutá-la, ela permanece no nosso coração. O afeto e os momentos vividos permanecem no nosso coração e nada nem ninguém poderá tirar isso de nós, nem mesmo o tempo.

2. Estou ficando louco? Será que vou conseguir suportar?

A morte de uma pessoa querida provoca um estado de choque, de bloqueio, que é extremamente difícil e alienante. Tantas emoções juntas geram a sensação de que perdemos o controle sobre nós mesmos. Pode-se afirmar que quase sempre isso se constitui como uma fase transitória necessária para absorver o acontecimento, é como um mecanismo de defesa que aliena nossa grande força interior para reunir as energias de que precisamos para sair dessa situação e continuar com a nossa vida.




3. Quanto tempo isso dura?

A resposta a essa pergunta é extremamente variável, pois o tempo depende das circunstâncias, das características pessoais, da relação que nos unia, do modo como aconteceu essa perda, etc. No entanto, o primeiro ano é muito difícil, pois tudo nos lembra a pessoa falecida na medida em que as datas marcantes do calendário vão passando. O primeiro Natal, os primeiros aniversários, as primeiras férias, etc.

O primeiro sofrimento por não poder compartilhar os acontecimentos, as conquistas e os sentimentos com essa pessoa nos fazem reviver a tragédia de maneira constante. Contudo, podemos dizer que esse tempo interno não é um tempo passivo, pois nos ajuda a aceitar a morte e a conviver com ela lentamente.

4. Eu vou voltar a ser como antes?

A resposta é NÃO. Evidentemente a morte de uma pessoa querida nos marca e parte nosso coração, o que nos muda inevitavelmente. Nós perdemos partes de nós mesmos, partes que se vão com essa pessoa. Amadurecemos em alguns aspectos, restabelecemos nosso sistema de valores, damos importância a coisas diferentes, pensamos de maneira diferente. Tudo isso constitui um aprendizado que frequentemente se transforma em um compromisso maior com a vida.

5. Por que aconteceu isso comigo? Por que você foi embora? Por que agora?

Em uma tentativa desesperada de compreender o incompreensível e o injusto, nos fazemos esse tipo de pergunta. Elas têm a função de nos ajudar a repassar, a analisar e a compreender a realidade de maneira racional, pois sentimos a necessidade de controlar e conduzir a situação para combater a angústia.

A morte de uma pessoa querida sempre é inoportuna e indesejável. Na ausência de respostas acabaremos nos perguntando um “para quê”, o que será muito mais adaptativo para reestruturar a nossa experiência e o nosso luto.

6. Estou doente?

Não. A angústia e os sentimentos dolorosos após a morte de uma pessoa querida não constituem uma doença, e sim um processo natural do qual devemos cuidar.Isso não quer dizer que não devemos dar especial atenção a essa situação, sempre devemos refletir adequadamente sobre esse momento. Vamos precisar de um tempo determinado para nos recuperar e restabelecer um equilíbrio psicológico que nos permita lidar com as nossas emoções e os nossos pensamentos.

7. Eu preciso de ajuda psicológica?

É saudável não se sentir bem durante o período do luto. Nos primeiros momentos, a pessoa que está de luto precisa expressar, falar e relembrar a pessoa ausente de maneira constante muitas e muitas vezes. Algumas pessoas precisam de um profissional que marque os limites do mal-estar, assim como que os escute, os acompanhe e os compreenda incondicionalmente.

A terapia oferece isso, mas, sem dúvidas, nem todo mundo precisa de ajuda terapêutica para percorrer esse caminho. Portanto, isso vai depender das condições pessoais de cada um.

8. O que faço com as coisas da pessoa?

As reações costumam ser extremas. Algumas pessoas se desfazem de tudo com base na ideia de que esse ato vai diminuir a dor da lembrança, enquanto outras guardam tudo da mesma maneira que o falecido as deixou. Ambas as reações nos indicam que não há aceitação da perda, por isso é aconselhável ajudar essa pessoa a assimilar a ausência.

Não há uma maneira mais saudável de reagir, mas o que não se pode é ter uma reação extrema. O mais saudável é ir se desfazendo ou distribuindo as coisas pouco a pouco, conforme vamos tendo forças e assimilando a perda. No entanto, precisamos ter em mente que guardar aquelas coisas de maior valor sentimental nos ajudará a nos lembrar com carinho e afeto dentro do significado que dermos.

9. O tempo cura tudo?

O tempo não cura tudo, mas, sem dúvidas, nos oferece uma nova perspectiva. Ao acrescentar experiências e tempo no caminho, colocamos distância entre o doloroso acontecimento e o presente. Isso nos faz escolher tomar uma ou outra atitude em relação à vida: podemos ter uma atitude derrotista ou podemos ter uma atitude de superação. O tempo nos ajuda a repensar sobre tudo.




10. Quando o luto acaba?

O luto acaba quando voltamos a mostrar interesse pela vida e pelos vivos.Quando as energias são empregadas nas relações, em nós mesmos, nos nossos projetos e em nos sentirmos melhores, é quando começamos a renovar nossa esperança na vida.

Ele acaba no momento em que já conseguimos nos lembrar da pessoa com carinho, com afeto e com nostalgia, mas a lembrança não nos traz uma dor profunda, um estado emocional eterno.

11. O que posso fazer com tudo isso que eu sinto?

Após o turbilhão de emoções e sensações que nos prenderam, nos encontramos com a perspectiva da utilidade. Cada uma dessas manifestações tem um significado íntimo que precisamos trabalhar, explorar e decifrar para nos reconstruirmos. Escrever pode nos ajudar, ouvir música pode nos levar a processar as emoções ou também realizar alguma atividade significativa para nós mesmos.

Isso nos ajudará a agradecer e a lembrar com carinho da pessoa falecida, a qual nunca vai nos abandonar porque permanecerá para sempre em nós, em forma de lembranças e aprendizados. Nós seremos sua essência, uma essência que nunca vai desaparecer.


Ilustração principal de Mayra Arvizo

Referências bibliográficas:

Martínez González, R.M. (2010). Cicatrices en el corazón tras una pérdida significativa. Bilbao: Desclée de Brouwer.