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Johnny Mathis : A mais aveludada voz romântica



Hoje é dia de reverenciar a mais suave e aveludada voz de um cantor que soube, em suas melodias, exaltar o amor e a paixão: JOHNNY MATHIS.

Suas canções tornaram-se universais e inconfundíveis pela voz singela que alcançava o coração dos mais apaixonados e arrebatou até quem não queria se apaixonar...

Embora frequentemente descreva-se como um cantor romântico, sua discografia inclui um vasto número de estilos diversos.

Ele também desfrutou de bastante visibilidade no cinema, quando suas canções tornaram-se trilha sonora de vários filmes, entre eles Romeu e Julieta. Mas atuou somente em Lizzie, onde interpreta um cantor de salão no bar onde a protagonista está. Embora ele não tenha falas, ele canta duas primeiras canções de Burt Bacharach e Hal David, “Warm and Tender” e “It's Not For Me To Say”, É simplesmente apaixonante...

Johnny Mathis no início da carreira na década de 50


História de Vida e Carreira de Sucesso de Johnny Mathis

Um dos principais artistas da CBS, gravadora do Columbia Brodcasting, Johnny Mathis tornou-se cantor por incentivo do pai que o colocou no coral da igreja e , no estilo gospel, desfilou sua voz considerada uma das melhores junto a grandes intérpretes da época.

Então um jovem e tímido cantor negro de apenas 23 anos dominou a cena musical norte-americana no final da década de 50 à parte rock’n’rollers liderados por nada menos do que Elvis Presley.

Frank Sinatra, Nat King Cole, Dean Martin, Bing Crosby (só feras) e outros assistiam (e ouviam) o desfilar de canções românticas cantadas pelo rapaz chamado Johnny Mathis.

Johnny Mathis dominou a cena musical na década de 50 ao lado de feras da música

O jovem tornou-se um fenômeno musical entre aqueles que sabiam cantar de verdade. Dono de um timbre de voz único, com alcance excepcional nos agudos sem com isso machucar os tímpanos dos ouvintes, Johnny Mathis usava os falsetes deliciosamente como nenhum outro cantor fazia.

O cantor novato surpreendia também pela versatilidade pois cantava igualmente bem spirituals, rhythm and blues, soul music, blues e country music. Gravando pela Columbia (CBS), com produção do diretor musical Mitch Miller, Mathis embalou os corações românticos com as belas canções que lançou e que foram reunidas em seu álbum de 1958 intitulado ‘Greatest Hits.

Álbum de 1958 de Johnny Mathis permaneceu 10 anos entre os mais vendidos nos EUA

Naquele tempo os long-playings eram uma reunião de canções que buscavam agradar o público consumidor. Algumas vezes essas canções tinham alguma relação entre si e os álbuns eram chamados de temáticos, como alguns que Frank Sinatra gravou em meados dos anos 50.

Mas até então, à exceção de Elvis Presley, nenhum outro cantor conseguia gravar um long-playing composto em sua quase totalidade por seus próprios sucessos em forma de singles.

Foi quando a história da música se rendeu ao disco ‘Greatest Hits’. Mais exatamente “Johnny’s Greatest Hits” com os sucessos de Johnny Mathis.


O romantismo é exaltado nas canções do álbum
 Johnny’s Greatest Hits

A rigor nem todas as doze canções desse álbum foram sucessos absolutos, mas nove delas fizeram parte das listas das mais vendidas da Billboard entre fevereiro de 1957 e junho de 1958. Foram elas:

1-“Chances Are”, que atingiu o primeiro posto em setembro de 1957.

2- “It’s Not for Me to Say” (a que estou editando)

3- “Wonderful, Wonderful”

4- “A Certain Smile”

5- “The Twelfth of Never”

6- “Wild is the Wind”

7- “Come to Me”

8- “No Love (but Your Love)”

9- “All the Time”.

Algumas dessas faixas tiveram a regência do maestro Ray Conniff e outras foram entregues ao maestro Ray Ellis. Ray Conniff (e sua orquestra) tornou-se também à época um campeoníssimo de vendas.

O maestro-arranjador Ray Conniff, responsável por faixas do álbum "Johnny's Greatest Hits"

O álbum “Johnny’s Greatest Hits” chegou às paradas em 1958 permanecendo entre os long-playings mais vendidos, segundo a lista ‘Billboard Top 200’ por inacreditáveis 491 semanas. Por quase dez anos (até 1967) havia sempre um grande número de pessoas adquirindo esse disco magnífico contendo os primeiros sucessos de Johnny Mathis.

O recorde de Johnny Mathis viria a ser quebrado pelo álbum “The Dark Side of the Moon”, do grupo inglês Pink Floyd, que ultrapassou a barreira dos dez anos entre os discos mais vendidos da lista da revista especializada ‘Billboard’. Mas Johnny Mathis detém ainda outro recorde que nenhum outro artista solo conseguiu até hoje, que foi manter cinco álbuns entre os 20 mais vendidos na parada norte-americana.

Sinatra e Elvis

Mathis fica atrás apenas de Elvis Presley (500 milhões) e Frank Sinatra (400 milhões).

Johnny Mathis adora o Brasil, tendo estado em nossa terra inúmeras vezes, seja em apresentações ou a passeio.

Johnny Mathis durante uma de suas várias apresentações
 no Brasil

Aos 86 anos de idade Johnny Mathis continua a se apresentar, isto quando não está recebendo alguma das dezenas de honrarias por sua brilhante carreira como cantor.

Inúmeras vezes Mathis recebeu o prêmio Grammy ou foi homenageado por essa academia, tendo sido conduzido ao Hall da Fame do Grammy. Em 2014 foi a vez de Johnny Mathis ser conduzido ao Great American Songbook Hall of Fame, cerimônia que também conduziu igualmente Nat King Cole.

Johnny Mathis completará 87 anos em 30 de setembro

A Edição da Semana  IT’S NOT FOR ME TO SAY

Esta linda canção foi tema musical do filme “ Lizzie “ , conseguindo grande sucesso de bilheteria por ter a sua mensagem expressa no momento em que o personagem tenta se convencer da perda de um amor, mas confiante de que deve aproveitar o momento na esperança dessa paixão crescer no sentimento e ter de novo uma relação com sua amada.

Lizzie é a história de Elizabeth Richmond (Parker) que trabalha como assistente em um museu de história natural. Elizabeth, uma mulher tímida e bem-educada, é atormentada por dores de cabeça inexplicáveis ​​e insônia. Logo, ela começa a receber cartas vis e cheias de ódio de uma mulher chamada “Lizzie”. Mas Elizabeth não conhece ninguém chamado Lizzie.

Cartaz do Filme Lizzie com a atriz Eleanor Parker

Acontece que Lizzie é uma das outras personalidades de Elizabeth. E, ao contrário de Elizabeth, Lizzie é barulhenta, agressiva, irritada e uma garota festeira que quer matar Elizabeth e assumir seu corpo.

Este filme faz um ótimo trabalho ao explicar várias personalidades de maneira palatável e retrata a indústria da saúde mental de uma maneira muito nobre e honrosa, sem ser enfadonho. Também dá a ELEANOR PARLER um dos papéis mais importantes no meio de sua carreira.

Assim, fazendo sua única aparição no cinema em Lizzie, JOHNNY MATHIS, interpreta um cantor de salão no bar onde Lizzie sai. Embora ele não tenha falas, ele canta duas primeiras canções de Burt Bacharach e Hal David, “Warm and Tender” e “It's Not For Me To Say”, que se tornou um grande sucesso para o cantor.

É uma magia sem igual! Tomara que apreciem amigos! Linda semana!




Biografia & Pesquisa



Imagens do Google Imagens















Resgatar a democracia




LEONARDO BOFF*

A atual eleição representa um verdadeiro plebiscito: que forma de Brasil nós almejamos?

Ouvimos com frequência as ameaças de golpe à democracia por parte do atual presidente. Ele realizou aquilo que Aristóteles chama de kakistocracia: “a democracia dos piores”. Cercou-se de milicianos, colou nos cargos públicos algumas dezenas de militares de espírito autoritário, ligados ainda à revolução empresarial-militar de 1964, fez aliança com os políticos do Centrão que, ao invés de representar os interesses gerais do povo, vivem de privilégios e de propinas e fazem da política uma profissão para o próprio enriquecimento.

Não vi melhor descrição realística de nossa democracia do que esta, de meu colega de estudos, brilhante inteligência, Pedro Demo. Em sua Introdução à sociologia (2002) diz enfaticamente: “Nossa democracia é encenação nacional de hipocrisia refinada, repleta de leis “bonitas”, mas feitas sempre, em última instância, pela elite dominante para que a ela sirva do começo até o fim. Político é gente que se caracteriza por ganhar bem, trabalhar pouco, fazer negociatas, empregar parentes e apaniguados, enriquecer-se às custas dos cofres públicos e entrar no mercado por cima…Se ligássemos democracia com justiça social, nossa democracia seria sua própria negação”.

Logicamente, há políticos honrados, éticos e organicamente articulados com suas bases e com os movimentos sociais e com o povo em geral. Mas em sua maioria, os políticos traem o clássico ideal de Max Weber, a política como missão em vista do bem comum e não como profissão em vista do bem individual.

Já há decênios estamos discutindo e procurando enriquecer o ideal da democracia: da representativa, passar à democracia participativa e popular, à democria econômica, à democracia comunitária dos andinos (do bien vivir), à democracia sem fim, à democracia ecológico-social e, por fim, à uma democracia planetária.

Tudo isso se esfumou face aos ataques frequentes do atual presidente. Este pertence, primeiramente, ao âmbito da psiquiatria e. secundariamente, da política. Temos a ver com alguém que não sabe fazer política, pois trata os adversários como inimigos a serem abatidos (recordemos o que disse na campanha: há que se eliminar 30 mil progressistas). Descaradamente afirma ter sido um erro da revolução de 1964 torturar as pessoas quando deveria tê-las matado, defende torturadores, admira Hitler e Pinochet. Em outras palavras, é alguém psiquiatricamente tomado pela pulsão de morte, o que ficou claro na forma irresponsável com que cuidou do Covid-19.

Ao contrário, a política em regime democrático de direito supõe a diversidade de projetos e de ideias, as divergências que tornam o outro um adversário, mas jamais um inimigo. Isso tudo o presidente não conhece. Nem nos refiramos à falta de decoro que a alta dignidade do cargo exige, comportando-se de forma boçal e envergonhando o país quando viaja ao estrangeiro.

Somos obrigados a defender a democracia mínima, a representativa. Temos que recordar o mínimo do mínimo de toda democracia que é a igualdade à luz da qual nenhum privilégio se justifica. O outro é um cidadão igual a mim, um semelhante com os mesmos direitos e deveres. Essa igualdade básica funda a justiça societária que deve sempre ser efetivada em todas as instituições e que impede ou limita sua concretização. Esse é um desafio imenso, esse da desigualdade, herdeiros que somos de uma sociedade da Casa-Grande e da senzala dos escravizados, caracterizada exatamente por privilégios e negação de todos os direitos aos seus subordinados.

Mesmo assim temos que garantir um estado de direito democrático contra às mais diferentes motivações que o presidente inventa para recusar a segurança das urnas, de não aceitar uma derrota eleitoral, sinalizadas pelas pesquisas, como a Datafolha à qual ele contrapõe a imaginosa Datapovo.

A atual eleição representa um verdadeiro plebiscito: que forma de Brasil nós almejamos? Que tipo de presidente queremos? Por todo o desmonte que realizou durante a sua gestão, trata-se do enfrentamento da civilização com a barbárie. Se reeleito conduzirá o país a situações obscuras do passado há muito superadas pela modernidade. É tão obtuso e inimigo do desenvolvimento necessário que combate diretamente a ciência, desmonta a educação e desregulariza a proteção da Amazônia.

A presente situação representa um desafio a todos os candidatos, pouco importa sua filiação partidária: fazer uma declaração clara e pública em defesa da democracia. Diria mais, seria um gesto de patriotismo, colocando a nação acima dos interesses partidários e pessoais, se aqueles candidatos que, pelas pesquisas, claramente, não têm chance de vitória ou de ir ao segundo turno, proclamassem apoio àquele que melhor se situa em termos eleitorais e que mostra com já mostrou resgatar a democracia e atender aos milhões de famintos e outros milhões de deserdados.

Temos que mostrar a nós mesmos e ao mundo que há gente de bem, que são solidários com as vítimas do Covid-19, nomeadamente, o MST, que continuam fazendo cultura e pesquisa. Este será um legado sagrado para que todos nunca esqueçam de que mesmo em condição adversas, existiu bondade, inteligência, cuidado, solidariedade e refinamento do espírito.

Pessoalmente me é incômodo escrever sobre essa democracia mínima, quando tenho me engajado por uma democracia socioecológica. Face aos riscos que teremos que enfrentar, especialmente, do aquecimento global e seus efeitos danosos, cabe à nossa geração decidir se quer ainda continuar sobre esse planeta ou se tolerará destruir-se a si mesma e grande parte da biosfera. A Terra, no entanto, continuará, embora sem nós.

*Leonardo Boff é ecoteólogo e filósofo. Autor, entre outros livros de Cuidar da Terra-proteger a vida : como evitar o fim do mundo (Record).




Documentário A Fantástica Fábrica de Golpes

Dois jornalistas brasileiros radicados no Reino Unido investigam a longa tradição de golpes de estado no Brasil e na América Latina. Eles revelam como a grande mídia e as fake news tiveram um papel fundamental na derrubada de Dilma Rousseff, na campanha de lawfare e prisão política de Lula, e na ascensão da extrema-direita, encarnada por Bolsonaro. 

Paralelos claros com outras nações em todo o mundo revelam o viés e a manipulação da mídia como um fenômeno internacional. 

Imagens de arquivo e reportagens são combinadas com extensas entrevistas, que incluem a ex-presidenta do Brasil, ganhadores de prêmios Pulitzer e Nobel, advogados de direitos humanos e músicos.

A trilha sonora original é assinada por Erika Nande, com canções compostas pelo icônico Chico Buarque e interpretadas pelos jovens artistas Francisco El Hombre e Josyara. 

Dirigido por Victor Fraga e Valnei Nunes. 

Pool gratuito apoiado pelas seguintes mídia alternativas: Mídia Ninja, Jornalistas Livres, Viomundo, Fundação Barão de Itararé, Análise e Opinião, Cafezinho, 247, DCM, Fórum, Rede Brasil Atual, TVT, Saiba Mais, Construir Resistência, Mídia Livre, Inteligència Acima da Mídia, Prerrogativas e outros.









Smile - Melodia composta por Charles Chaplin



Michael Jackson - Smile  Melodia composta por Chaplin. Letra por John Turner e Geoffrey Parsons




Nat King Cole 



Nat King Cole 


Michael Bolton 



E no Brasil . . . 21/08/2022

 


Diário, a minha esperança é Deus. Quer dizer, Deus, não. Um poder acima dele: os pastores. Só os malafaias, macedos, santiagos, sônias e maltas é que podem me salvar de não perder no primeiro turno.

Tem uns evangélicos progressistas que não dão a menor bola pra mim. Mas os que seguem esses megapastores são mais fáceis de convencer. Com um discurso do bispo na orelha e umas feiquenius no celular, o cara cai na minha conversa fácil, fácil.

É esse eleitor que tá me salvando. Ele não se importa muito que mais de 30 milhões tão passando fome, que morreram quase 700 mil de covid, que a inflação passou de 10%, que o mercado de trabalho está precário do que nunca, etc... Ele quer é um governo que seja contra gays, demônios e comunistas.

Por isso, enquanto o Outro fala de livro, eu falo da Bíblia. Enquanto o Outro fala de trabalho, eu falo de Deus. Enquanto o Outro fala de saúde, eu falo de milagre.

Eu sei que o governo não tem nada a ver com Bíblia, Deus e milagre, mas e daí? É o que temos pra hoje, pô!

E vou te contar, Diário: não sou só eu que estou atrás do voto das ovelhas. Nessa eleição, 902 candidatos que colocaram as palavras “pastor”, “irmão” ou “bispo” na frente do nome. Tem mais santo na urna eletrônica que na Capela Cistite.

Por isso, toda noite eu rezo uma oração chamada Pastor Nosso. Eu que inventei. Ela é assim:

Pastor nosso que estais no púlpito,
santificada seja vossa conta bancária
e venha a nós o vosso eleitor
assim no primeiro como no segundo turno.
O voto para esta eleição nos dai hoje
que nós lhe entregaremos o MEC
assim como perdoaremos
os seus impostos e taxas.
E não nos deixeis ficar sem imunidade parlamentar,
mas livrai-nos da cadeia,
Amém.













A inspiradora lenda do menino e da estrela do mar




Há muitos estudos nos quais se tentou estabelecer qual é o traço comum aos grandes homens e mulheres que inspiraram a humanidade. Tudo parece indicar que a virtude mais decisiva é a perseverança. Muitas das grandes conquistas são uma lição inspiradora de tenacidade e luta contra a adversidade.

A perseverança é uma virtude complexa, quase um dom. Quando é autêntica, alimenta a tenacidade e a vontade diante das dificuldades e dos obstáculos. Para manter essa vontade de ferro diante da adversidade, é preciso saber o que você quer, para onde quer ir e por quê. Normalmente, isso é resultado de um processo de reflexão e formação de caráter.

” A arte de superar grandes dificuldades é estudada e adquirida com o hábito de enfrentar as pequenas “.

Engana-se quem pensa que grandes feitos tomam forma desde o início. Em geral, tudo começa com uma pequena semente que é regada, se espalha e chega a um ponto em que toma seu próprio caminho de crescimento. Precisamente a lenda do menino e da estrela do mar explica, de forma simples, do que se trata tudo isso.

Uma lenda inspiradora e realista

Era uma vez um homem que morava perto da praia. Todos os dias ele acordava e a primeira coisa que fazia era dar um passeio na areia. Um dia ele ficou muito surpreso com o que encontrou em seu passeio matinal. Havia centenas de estrelas do mar espalhadas por toda a costa. Foi muito estranho. Talvez o mau tempo ou os ventos de novembro tenham sido os responsáveis por esse fenômeno.

O homem lamentou a situação. Ele sabia que a estrela do mar não podia viver mais de cinco minutos fora da água. Todas estas criaturas logo estariam mortas, ou estavam já mortas quando ele passou por lá. “Que triste !”, pensou. No entanto, nenhuma ideia inspiradora veio à sua mente.

Avançando um pouco, ele viu um menino correndo de um lado para o outro na areia. Ele parecia abalado e suado. “O que você está fazendo?” o homem perguntou. “ Estou devolvendo as estrelas ao mar ”, respondeu o menino, que parecia cansado.

O homem pensou por um momento. O que o menino estava fazendo parecia absurdo para ele. Ele não resistiu à vontade de dizer o que pensava. “ O que você faz é inútil. Eu andei um longo caminho e há milhares de estrelas. Não faz sentido o que você faz ”, ressaltou. O menino, que tinha uma estrela do mar nas mãos, respondeu: “Ah, com certeza faz sentido para esta aqui!”



Pequenas ações, grandes feitos

A inspiradora lenda do menino e da estrela do mar nos mostra o valor das pequenas ações. Às vezes deixamos de ver o valor de atos modestos. Isso acontece porque não estamos orientando nosso comportamento para valores, mas para resultados. É como se víssemos o mundo em termos de quantidade e tamanho, mas não em termos de significado e essência.

Todo grande feito começa com pequenos atos. De fato, os começos costumam ser difíceis, assim que quem não aprende a dar sentido a uma flor dificilmente encontrará sentido à natureza.

Da mesma forma, quem ignora o valor de um pequeno sacrifício dificilmente construirá um senso de esforço. O caráter geralmente é fortalecido a partir de pequenas restrições, de disciplinas discretas. O primeiro grande obstáculo aos grandes sonhos são os pequenos cepticismos dos que o rodeiam. Dar sentido ao pequeno é uma maneira inspiradora de viver.

A perseverança é, acima de tudo, descendente de valores. É preciso muita convicção para resistir às dificuldades e contratempos que estão sempre presentes quando você estabelece uma meta digna. O pior é que muitas vezes nos deixamos invadir por um pensamento totalitário. É aquele que lhe diz que se não há “tudo”, então não há “nada”. Por sua vez, esse esquema mental é um veneno para a motivação.

Se você vincular seus grandes sonhos e aspirações aos valores humanos, será muito mais fácil encontrar a força necessária para seguir em frente. Em vez disso, se você se concentrar apenas nos resultados imediatos, é provável que a frustração assuma o controle. As grandes catedrais são construídas pedra por pedra. A inspiradora lenda do menino e da estrela do mar nos diz que o pequeno faz sentido, e certamente vale a pena aprender a ver as coisas dessa maneira.






É preciso saber distinguir o que é nocivo do que é saudável




Você consegue estabelecer elos saudáveis e relações que são realmente mais abrangentes.

Não é porque a sociedade e o mundo enaltecem coisas e comportamentos que se tornam moda que essas coisas são saudáveis, boas…

Muita coisa que a maioria faz é fruto de uma insanidade e desequilíbrio coletivo.

A desarmonia individual, o desequilíbrio individual, o desamor individual, o desequilíbrio familiar, a desarmonia familiar são geradores de maiores desarmonias, maiores desamores, que são os coletivos, sociais.

Existem muitas coisas nocivas, muitas coisas destrutivas, disfarçadas de bacanas, de modismo, de divertidas…

Uma hipnose coletiva confunde muita gente, manipulação das sensações, dos prazeres efêmeros não confundem somente jovens que iniciam o processo de socialização e fazem muitas coisas para serem aceitos, mas também confundem pessoas mais experientes, que já conhecem muito da vida.

Autoafirmação, de uma forma negativa, não é uma coisa que só pode acontecer para pessoas que estão começando a se inserirem no contexto social, mas para todos aqueles que não fazem uma análise profunda dos seus atos, e também não possuem um entendimento mais
minucioso acerca de acontecimentos e pessoas.

Em grande escala, muitas pessoas são sugadas pela inversão comportamental, de valores, de sentimentos, sugados por seus próprios vazios existências, e por uma vida que não produz um sentido real sobre a própria interação vivida.

A atordoação e a insanidade viraram ponto de partida, transformaram-se em corriqueiras, aceitáveis, porque difícil é encontrar pessoas sãs, buscando o equilíbrio, tendendo a uma harmonia.

Nessa sociedade existe muita ilusão:

O justo se transformou em injusto.

O saudável, em doente.

O amor se transformou em ódio.

O desequilíbrio é chamado de equilíbrio e, porque é visto com mais frequência, está sendo chamado de “normal”…

O que era inimaginável para um comportamento infantil se tornou totalmente aceitável, corriqueiro, banal, e depois se cobram comportamentos justos e honestos aos adultos…

Honestidade tornou-se artigo de luxo. E alguém com tal comportamento, frequentemente, é considerado “bobo”.

A brincadeira entre crianças e jovens ultrapassa todo e qualquer limite, mas pais, escolas e sociedade consideram normais, aceitáveis.

A agressividade é o comum, qualquer anseio e comportamento tranquilo e sereno passa a ser considerado passividade e outras definições, como se pessoas equilibradas, que prezem por comportamento mais equilibrado, sadio, fossem permissivas, fossem pessoas que aceitassem
tudo.

A desordem impera com várias denominações e sendo cultuada, cultivada como se isso fosse uma ordem aceita e muito enfatizada.

Como esperar crianças saudáveis, emoções boas, comportamentos de solidariedade, de caridade, de amor verdadeiro por parte dessas crianças, de jovens, de adultos e de pessoas experientes?

Tudo vai se agravando e ninguém consegue dar conta de todo desmazelo, falta de ética, respeito, falta de amor, permissividade, e inversões de todas as ordens…

Depois vão à procura ensandecida de culpados, de encontrar “bodes expiatórios” para “rombos” sem fim, para as feridas, dores, e também para todos os males sociais, para os desatinos de todas as espécies, sem buscar e querer ver a raiz de todo o mal.

É preciso olhar para o que produzimos enquanto sociedade, o que é aceitável e que não é, o que é considerado “normal”, mas que não é e o que é inaceitável em qualquer época.

Dentro de casa, na família, como em grandes grupos, observar de fato o que não existe possibilidade de ser aceitável, de ser admitido, e como lidar com todos os contextos adversos, e que trazem uma ameaça à integridade física, emocional, psíquica. É importante perceber o que traz transtornos enormes para toda a ordem de cultura, sociedade, família.

Tudo o que gira em torno do amor: o afeto, o amparo, o cuidado, a proteção, o interesse verdadeiro, o olhar mais profundo para aquele a quem amamos, “o não fazer ao outro o que não queremos para nós”, a humildade… Nunca estarão fora de moda, nunca terão seus antagonistas como melhores do que seu próprio significado e atuação.

O amor é amor e sempre será, não é possível substituí-lo e nem querer convencer uma massa que ele é qualquer outra coisa, pois o amor só produz uma emoção: a de paz. O amor jamais poderá ser ódio, raiva, guerra e conflito. Isso é um fato. E não existem derivados. Ou é ou não é amor. Não existe meio termo.

O equilíbrio é o cultivo diário por autoconhecimento, por domar as más tendências que todos os indivíduos possuem, o equilíbrio traz uma sensação boa de ventura, e não de desventura, traz um bom-senso, uma alegria interior e traz harmonia com todas as condições do nosso ser. Quando estamos em equilíbrio, o nosso interior se acalma e existe um contentamento interior maior.

Não é porque, aparentemente, o mal impera, que o bem se extinguiu.

É preciso escolher entre coisas nocivas e destrutivas, escolher as coisas realmente boas e saudáveis, mas, antes de tudo, é preciso educar os sentimentos, equilibrar emoções, ver o que realmente é melhor em meio a tantas coisas ruins, destrutivas e avassaladoras. Antes de saber escolher, primeiro você precisa saber distinguir entre o que faz bem e o que faz mal, entre o saudável e o nocivo…





Ter fé não significa estar livre de momentos difíceis, mas ter a força para os enfrentar sabendo que não estamos sozinhos




Alessandra Piassarollo

Muitas pessoas têm se desiludido com a vida porque têm enfrentado dificuldades que parecem estar acima de suas forças. E é realmente difícil manter a fé de pé enquanto o coração padece. Para todos estes, o Papa Francisco traz um recado que pode mudar a forma de ver os fatos: “Ter fé não significa estar livre de momentos difíceis, mas ter a força para os enfrentar sabendo que não estamos sozinhos”.

Talvez a fé precise ser ressignificada. Precisamos entender que ela é, antes de tudo, uma luz que nos guia e nos faz persistir quando todo o mais parece ter dado errado. É um refúgio, que não representa fuga, mas sim o encontro de um abrigo que ofereça um pouco de segurança para nosso coração em apuros.

Sob esse ponto de vista é possível que a fé possa ser restaurada, reaprendida, recapitulada. E traga mais esperança, ao invés de desconsolo.

A fé é o que nos agiganta, nos encoraja, nos levanta. É a fé quem nos impulsiona para que nos tornemos do tamanho dos nossos sonhos. É ela também quem nos faz permanecer firmes diante das tempestades que caem sobre nós.

Muita gente tem se envergonhado de dizer que tem fé porque os problemas parecem estar falando mais alto, porque não consegue evitar ou se livrar de situações difíceis. E isso acontece justamente no pior momento, porque a falta de fé pode conduzir à desesperança. E nada se faz sem esperança, não é mesmo?

Trata-se de ter fé no que é divino sim, se assim for sua escolha. Se a fé no Superior te move, cultive-a. Saboreie essa conexão, porque ela tem potencial para te fazer sentir uma pessoa melhor, mais capaz e até mesmo, agraciada. Muitas pessoas fazem da fé sua maior fonte de força e se sentem mais felizes com isso.

Mas esta crença no divino está intimamente ligada à necessidade de se ter fé na vida em si; no ato de acreditar que tudo passa, até mesmo os momentos mais difíceis e que ao final, tudo dará certo. Crer que a tempestade dará lugar à bonança, mesmo que hoje isso ainda pareça distante de acontecer. É importante manter a fé nas pessoas, acreditar que nem todas são más ou nos querem o mal e que a felicidade voltará a sorrir para nós, mais ou menos dias.

É imprescindível manter a fé apesar dos obstáculos, independente do quão difícil eles sejam difíceis de vencer. Que a música de Gonzaguinha, aqui transcrita, contribua para que a fé reencontre espaço em seu coração:

“Nunca se entregue, nasça sempre com as manhãs. Deixe a luz do sol brilhar no céu do seu olhar. Fé na vida, fé no homem, fé no que virá. Nós podemos tudo, nós podemos mais. Vamos lá fazer o que será.”

Mantenha sua fé acesa e acredite que dias melhores virão. Obstáculos existem para serem superados, lembre-se sempre disso.








Minha vida em uma casinha nas montanhas ( Ma Vie )



"Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.

Irmão das coisas fugidias,
não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias
no vento.

Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço,
— não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo.

Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno a asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo
— mais nada."




É amigos, não está sendo fácil, está muito difícil atravessar os tempos atuais. Acho que para mim, nunca houve época tão dolorida e sofrida em todos os sentidos. Parece que o tempo estagnou em um eterno loopping de dor... E como seguir em frente?

"Sinto saudades de tudo que marcou a minha vida.

Quando vejo retratos, quando sinto cheiros,
quando escuto uma voz, quando me lembro do passado,
eu sinto saudades...

Sinto saudades de amigos que nunca mais vi,
de pessoas com quem não mais falei ou cruzei...

Sinto saudades da minha infância,
do meu primeiro amor, do meu segundo, do terceiro,
do penúltimo e daqueles que ainda vou ter, se Deus quiser...

Sinto saudades do presente,
que não aproveitei de todo,
lembrando do passado
e apostando no futuro...

Sinto saudades do futuro,
que se idealizado,
provavelmente não será do jeito que eu penso que vai ser...

Sinto saudades de quem me deixou e de quem eu deixei!
De quem disse que viria
e nem apareceu;
de quem apareceu correndo,
sem me conhecer direito,
de quem nunca vou ter a oportunidade de conhecer.

Sinto saudades dos que se foram e de quem não me despedi direito!

Daqueles que não tiveram
como me dizer adeus;
de gente que passou na calçada contrária da minha vida
e que só enxerguei de vislumbre!

Sinto saudades de coisas que tive
e de outras que não tive
mas quis muito ter!

Sinto saudades de coisas
que nem sei se existiram.

Sinto saudades de coisas sérias,
de coisas hilariantes,
de casos, de experiências...

Sinto saudades do cachorrinho que eu tive um dia
e que me amava fielmente, como só os cães são capazes de fazer!

Sinto saudades dos livros que li e que me fizeram viajar!

Sinto saudades dos discos que ouvi e que me fizeram sonhar,

Sinto saudades das coisas que vivi
e das que deixei passar,
sem curtir na totalidade.

Quantas vezes tenho vontade de encontrar não sei o que...
não sei onde...
para resgatar alguma coisa que nem sei o que é e nem onde perdi...

Vejo o mundo girando e penso que poderia estar sentindo saudades
Em japonês, em russo,
em italiano, em inglês...
mas que minha saudade,
por eu ter nascido no Brasil,
só fala português, embora, lá no fundo, possa ser poliglota.

Aliás, dizem que costuma-se usar sempre a língua pátria,
espontaneamente quando
estamos desesperados...
para contar dinheiro... fazer amor...
declarar sentimentos fortes...
seja lá em que lugar do mundo estejamos.

Eu acredito que um simples
"I miss you"
ou seja lá
como possamos traduzir saudade em outra língua,
nunca terá a mesma força e significado da nossa palavrinha.

Talvez não exprima corretamente
a imensa falta
que sentimos de coisas
ou pessoas queridas.

E é por isso que eu tenho mais saudades...
Porque encontrei uma palavra
para usar todas as vezes
em que sinto este aperto no peito,
meio nostálgico, meio gostoso,
mas que funciona melhor
do que um sinal vital
quando se quer falar de vida
e de sentimentos.

Ela é a prova inequívoca
de que somos sensíveis!
De que amamos muito
o que tivemos
e lamentamos as coisas boas
que perdemos ao longo da nossa existência..."



Sobre a Canção Ma Vie de Alain Barrière

Me emocionou , me encantou, é o poder da canção francesa que derrete os corações e fala da vida como se fosse única e irresistível...

Alain Barrière foi um cantor francês, ativo desde a década de 1950 até sua morte em dezembro de 2019 e ficou conhecido por participar do Eurovision Song Contest 1963.


Alain Barrière na década de 60


Depois de crescer em uma pequena cidade na costa da Bretanha , em 1955 Barrière se matriculou na École nationale supérieure d'arts et métiers em Angers . Ainda estudante comprou uma guitarra e começou a escrever canções. Depois de se formar em engenharia em 1960, mudou-se para Paris para trabalhar e começou a se apresentar à noite em pequenos clubes da capital.

Em 1963, a canção de Barrière " Elle était si jolie " ("Ela era tão bonita") foi escolhida como representante francesa no oitavo Festival Eurovisão da Canção.

"Elle était si jolie" acabou sendo de longe o maior vendedor da carreira de Barrière até aquele momento. Ele lançou seu primeiro álbum, Ma vie , em 1964 e a faixa-título se tornou um sucesso. Seu canto mais famoso é a música "Mon Vieux".

Mas é Ma Vie que me encantou por sua singularidade, marcha e beleza tomara que encante você também, fazendo com que eu editasse com imagens da vida real das pessoas intercalando com cenas do filme P.S. Eu Te Amo com os atores Hilary Swank e Gerald Butler que vale a pena assistir pela poesia e magia da película cinematográfica. Tomara que apreciem!





Bibliografia & Pesquisa