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Mudanças




Denis Schaefer

Mudanças significativas estão ocorrendo no mundo, alterando nossa percepção da realidade. É hora de refletirmos sobre essas transformações e o impacto que isso deve causar em nossas vidas. Por um lado, se optarmos por fechar os olhos perante a situação, optando por nos apegarmos à volta a um estilo de vida baseado no egoísmo, preferindo pela vantagem pessoal, corremos o risco de vivenciarmos novas e piores catástrofes de todos os tipos. Por outro lado, entretanto, se escolhermos uma vida baseada no amor e respeito mútuos, com a observância da proteção ao meio ambiente, poderemos enfim viver uma nova e próspera era, de felicidade, abundância e plenitude universais.

Pestes, doenças, colapso do equilíbrio da natureza, rupturas na economia e falência nos sistemas políticos são o resultado de nossa forma de pensar e atuar sobre o mundo. Querer vantagem pessoal em detrimento de nossa saúde mental e física, retirando o máximo proveito de tudo e de todos, sem oferecer nada em troca, levou o mundo ao estágio em que nos encontramos. É o limiar de uma nova era, onde teremos que optar pela maneira que desejamos viver daqui para a frente.

O modelo de viver em sociedade é rigorosamente falido, nos termos atuais. Vivemos ainda baseados em uma forma retrógrada de crescimento econômico, que não respeita o ser humano, muito menos a natureza. Isso tem o seu preço, como estamos vendo. Pessoas doentes e poluição ambiental, a troco de algumas parcas moedas no bolso, que serão trocadas por mais objetos inúteis logo na primeira liquidação de uma rede de lojas mais próxima.

O sofrimento decorrente de mudanças pode ser penoso, até certo ponto, mas colocarmos em prática uma nova forma de viver é inevitável. Podemos nos preparar e adaptar, de forma consciente e responsável, para uma nova fase mundial. Caso queiramos insistir no velho modelo social e econômico, seremos forçados a mudar pela dor, às custas de muitas perdas materiais e até de vidas humanas. 

A escolha é nossa: queremos viver no paraíso ou continuar sofrendo com as mazelas produzidas pelas nossas intervenções estúpidas? Uma nova forma de viver é necessária e é inevitável que aconteça. Podemos fazer essa transição de maneira amorosa ou sofreremos todos as consequências de nossas escolhas. Sejamos todos, portanto, a mudança que queremos no mundo.









O melhor estado da vida



Com o tempo, costumamos descobrir que o melhor estado da vida não é estar apaixonado, e sim estar tranquilo. Só quando uma pessoa consegue alcançar esse equilíbrio interior onde nada sobra e nada falta é que ela se sente mais plena do que nunca. Assim, o amor pode até aparecer, se é o que você deseja, embora não seja uma necessidade obrigatória.

É curioso como a maior parte das pessoas continua tendo como principal objetivo encontrar o parceiro perfeito. Cada vez temos mais aplicativos nos nossos celulares para facilitar essas buscas. Também não faltam os clássicos programas de televisão em horário nobre orientados para o mesmo fim. Buscamos e buscamos neste vasto oceano sem termos feito antes uma viagem essencial: a do autoconhecimento.
 
O fato de não ter realizado esta necessitada peregrinação através do nosso interior para investigar vazios e necessidades faz com que às vezes acabemos por escolher companheiros de viagem errados. As relações efêmeras que acabam inscritas na solidão dos nossos travesseiros, tão cheias de sonhos rotos e lágrimas sufocadas. Tanto que são muitas as pessoas que passam grande parte do seu ciclo de vida saltando de pedra em pedra, de coração em coração, armazenando decepções, amarguras e desapontamentos tristes.

No meio deste cenário, assim como disse Graham Greene no seu romance “Fim de Caso”, só temos duas opções: olhar para trás ou olhar para frente. Se andarmos de mãos dadas com a experiência e a sabedoria, vamos tomar o caminho certo: o do interior. É quando devemos arrumar o labirinto das nossas emoções para encontrar o tão precioso equilíbrio.



O melhor estado da vida é estar tranquilo

A tranquilidade não significa ausência de emoções. Também não tem a ver com renúncia alguma ao amor ou a essa paixão que nos dignifica, essa que nos dá asas e também raízes. A pessoa tranquila não evita nenhuma dessas dimensões, mas as vê a partir dessa perspectiva em que sabe muito bem onde estão os limites, onde essa moderação ilumina a nossa paz interior, como se fosse um farol numa noite escura.

Vivemos em uma cultura de massas que impõe que devemos buscar um parceiro, como se dessa forma pudéssemos finalmente alcançar a tão desejada autorrealização. Frases como “quando tiver uma namorada vai se acalmar” ou “todos os seus problemas serão resolvidos quando você encontrar o seu homem ideal”, não fazem nada além de anular de forma constante a nossa identidade para edificar uma idealização absolutista e errônea do amor.

O melhor estado do ser humano não é amar até ser anulado. Não é dar tudo até que os nossos direitos de vida sejam atenuados só por causa desse medo insondável de estar sozinho. O melhor estado é estar tranquilo, com uma harmonia interior adequada, onde não há espaço para os vazios, para os apegos desesperados ou das idealizações impossíveis.

Porque o amor, por muito que nos digam, nem sempre justifica tudo. Não significa que temos que abandonar a nós mesmos.

Como alcançar a tranquilidade interior

Antoine de Saint-Exupéry disse uma vez que o campo da consciência é limitado: ele só aceita um problema de cada vez. Esta frase contém uma realidade evidente. As pessoas acumulam na sua mente uma infinidade de problemas, objetivos, necessidades e desejos. O curioso de tudo isso é que há quem chegue a acreditar que o amor soluciona tudo, que é esse bálsamo multiuso que resolve tudo, que ordena tudo.

No entanto, antes de nos lançarmos ao vazio esperando ter sorte no amor, o mais adequado é ir devagar. A primeira coisa a fazer será alcançar essa calma, essa tranquilidade interior onde podemos reorganizar nossos quebra-cabeças pessoais para adquirir força e temperança. Vamos agora refletir sobre uma série de dimensões que podem nos ajudar a alcançar este objetivo.


Chaves para alcançar o equilíbrio interno

Acredite ou não, em algum ponto do nosso ciclo de vida, este momento sempre vai chegar. Esse instante em que iremos dizer a nós mesmos “desejo calma, quero encontrar o meu equilíbrio interior” para estar tranquilo. É um modo excepcional de favorecer o nosso crescimento pessoal, e para o alcançar, nada melhor do que promover essas mudanças.

A primeira coisa que faremos é aprender a diferenciar quais das relações que temos atualmente não são satisfatórias. Ninguém poderá alcançar essa tranquilidade tão ansiada se contar com um vínculo nocivo entre os laços familiares, de amizade ou de trabalho.

O segundo passo é tomar uma decisão essencial: deixar de ser a vítima. De certa forma, todos a somos em algum aspecto: vítimas desses laços nocivos referenciados anteriormente, vítimas das nossas inseguranças, das nossas obsessões ou limitações. Temos que ser capazes de reprogramar as nossas atitudes para alimentar a coragem e derrubar todas essas cercas.

Uma vez conseguidos os dois passos anteriores, é necessário chegar a um terceiro e maravilhoso escalão. Devemos ter um propósito, uma determinação clara e definida: ser felizes. Temos que cultivar essa felicidade simples em que a pessoa finalmente se sente bem como é, pelo que tem e pelo que conseguiu alcançar. Essa complacência nutrida pelas raízes do amor próprio nos trará sem dúvida um grande equilíbrio.

As pessoas cujo equilíbrio respira no coração e cuja tranquilidade habita a mente não veem o amor como uma necessidade ou como um desejo desesperado. O amor não é algo que chega para resgatá-las, porque a pessoa tranquila já não precisa ser salva. O amor é um tesouro precioso que uma pessoa encontra e decide, por liberdade e vontade própria, cuidar dele como a dimensão mais bela do ser humano.
 



5 verdades que a pessoa emocionalmente madura deve aceitar




A pessoa emocionalmente madura fez uma longa jornada pessoal para adquirir tais habilidades. Aprendeu com seus fracassos e, em um dado momento, finalmente decidiu ser responsável por seu próprio destino.


A pessoa emocionalmente madura sabe que a vida não é fácil ou justa. Por isso, não responsabiliza ninguém pela sua felicidade ou sofrimento, nem coloca a chave do seu bem-estar no bolso de outras pessoas. Ela se limita a assumir a responsabilidade por suas decisões, é arquiteta de cada um dos seus passos e escolhas, bem como de suas possíveis consequências.

O conceito de maturidade emocional foi um dos pilares das teorias de Albert Ellis. Assim, para aqueles que não conhecem o pai da terapia cognitivo-comportamental, cabe destacar que foi uma das figuras mais notáveis dentro da psicologia. Seu entusiasmo pela vida e por seu trabalho é difícil de igualar.

Escreveu mais de 80 livros, 1800 artigos, formou mais de 200 terapeutas e criou um instituto que leva seu nome, onde ensina as pessoas a identificar, questionar e substituir suas crenças negativas ou limitantes por outras mais saudáveis. Aquelas que promovem o bem-estar e o crescimento emocional para que a pessoa possa conquistar seus próprios objetivos.

Assim, em todos os seus trabalhos emerge sempre a necessidade de transmitir ferramentas básicas com as quais facilitar o nosso crescimento e maturidade como seres humanos. Essas chaves ou princípios que expomos a seguir contêm a essência desse conhecimento que Albert Ellis nos deu através do que ele considerava seu verdadeiro propósito: tornar o sofrimento mais manejável.
“Se os marcianos descobrissem como os seres humanos pensam, morreriam de rir”.    - Albert Ellis -
1. A pessoa emocionalmente madura entende que o mundo não é como deseja

Muitos de nós gostariam de poder editar o passado. Ser como o escritor que termina um capítulo e decide apagar certos parágrafos para que a história faça mais sentido.

No entanto, quer acreditemos ou não, às vezes a vida não tem sentido. Há coisas que acontecem sem qualquer explicação; são eventos, fatos e circunstâncias que somos obrigados a aceitar para continuar avançando.

Da mesma forma, a pessoa emocionalmente madura aprendeu que não pode mudar as pessoas. Não pode esperar que os outros ajam ou digam o que se espera. Tudo isso é, sem dúvida, mais uma fonte de sofrimento inútil.

2. Sabe que para ser feliz, deve ser responsável por si mesma

Bertrand Malle, psicólogo cognitivo da Universidade de Brown, realizou um estudo em 2004 para analisar a relação entre a felicidade e a forma como a nossa mente entende o conceito de responsabilidade pessoal.

Assim, um fato que permanece em evidência é que o ato de assumir que a responsabilidade pelo que nos acontece está nas mãos dos outros gera um claro desconforto. É como viver no território de avestruzes, é esconder a cabeça enquanto culpamos o mundo por nossos fracassos e desânimos.

Fica claro, no entanto, que não temos controle sobre todos os aspectos da nossa realidade. No entanto, temos a oportunidade de escolher como agir diante da realidade que temos que viver. É aí que reside a chave; este é, sem dúvida, o plano de rota que a pessoa emocionalmente madura tem em mente todos
 os dias.

Não importa que minha infância não tenha sido exatamente a melhor, não importa que meu parceiro tenha me abandonado… A necessidade de me recuperar de tudo isso é minha, porque o passado não tem que me determinar. O presente me pertence, sou responsável por minha própria pessoa e posso reorientá-lo com novas e melhores ferramentas…

3. Descobriu que tem permissão para mudar quando quiser

A pessoa emocionalmente madura se permite mudar. Porque mudar é crescer e é ajustar o curso com maior precisão depois de ter adquirido novos aprendizados.

Dar um passo adiante no nosso crescimento muitas vezes significa deixar as coisas e as pessoas para trás para reduzir as cargas que nos limitam, corroem valores pessoais e o bem-estar. Algo assim implica reunir coragem para entender que o nosso potencial está em assumir mudanças periodicamente.

4. Deve carregar uma bússola emocional no seu bolso

Em cada viagem ao longo de nossos caminhos vitais, precisamos de uma bússola emocional. Uma que sempre nos oriente para o norte, onde os medos não pesam demais, onde não há angústias e onde a ansiedade não diminui nossos passos.

A pessoa emocionalmente madura aprendeu a lidar com os estados que lhe trouxeram consequências indesejáveis, a partir dos quais, de algum modo, obteve conhecimento. Porque toda bússola deve estar bem calibrada, e isso é aprendido através da experiência, estando mais atentos aos estados internos, aos pensamentos irracionais, às emoções que tiram o pior de nós mesmos.



5. Não é preciso estar apaixonado para ser feliz

A pessoa emocionalmente madura não busca o amor obsessivamente. Não o evita, não foge dele, mas tampouco o necessita. Porque se há algo que entende é que em questões afetivas o que vale a pena, o que conta, é poder continuar crescendo. Continuar aprendendo junto com alguém que enriquece a jornada da vida, uma pessoa que não veta valores emocionais, mas que os impulsiona e os expande.

Assim, no coração de alguém emocionalmente maduro só cabem os amores que sabe equilibrar, os sonhos e projetos onde todos podem seguir seus objetivos, mas tendo um espaço em comum. Se isso não acontecer, a solidão sempre será preferível, porque nesse território podem habitar o bem-estar e a satisfação pessoal.

Para concluir, um aspecto deve ser observado. Ninguém chega neste mundo sendo uma pessoa emocionalmente madura; este assunto é aprendido ao longo do tempo e dia após dia novas e melhores habilidades são adquiridas para incluir em nossa bagagem existencial. Portanto, sejamos receptivos a esse tipo de aprendizado.



 


Um dia de cada vez : contra o adoecimento mental da pandemia


7 dicas para manter a saúde mental durante a pandemia do coronavírus

Alberto Silva 

Mente sã, corpo são. É possível falar de saúde mental e equilíbrio pessoal em tempos de covid 19? Parece ser difícil afastar o espectro do pânico quando o inimigo invisível se instaura entre nós, ameaçando arrancar todas as perspectivas.

As pessoas vão à escola, ao trabalho, à universidade. Consultam-se nos hospitais, fazem compras nos shoppings, bebem nos bares, comem nos restaurantes, divertem-se nos teatros e cinemas. Em diferentes espaços, constituem-se as arenas de sociabilidade, os terrenos onde se exercitam as liberdades de ir e vir e de consumo. O dia-a-dia e a rotina fazem-se dos encontros, das trocas, dos fluxos e contatos.

Os indivíduos são eminentemente interdependentes, se constituem através da linguagem travada com o “outro”. Portanto, são seres das multidões, pois é nelas que criam relações e constituem a sua própria subjetividade. Essas lições básicas da sociologia contemporânea não cessam de ter espaço, ainda mais em um momento em que governos do mundo inteiro realizam um experimento em larga escala de confinamento de populações inteiras. O Leviatã mostra aqui todo o seu poder, em uma tentativa de frear a escalada de casos registrados de morte e contaminação por um vírus até pouco tempo misterioso.

No filme Teorema (1968) de Pier Paolo Pasolini, um clássico do cinema italiano e uma de minhas referências fundamentais, um estranho visitante leva uma família da alta sociedade a mudanças fundamentais. O rapaz, além de seduzir afetivamente a todos os membros do clã, ainda os leva a loucura. Também hoje, um vírus estranho nos visita a partir da China, impressionando por suas capacidades destrutivas e produzindo tensão, ansiedade, incertezas e vertigem.

Nessa conjuntura, o mundo de repente parou, forçando uma mudança radical nas nossas relações. Os amigos ou vizinhos queridos tornaram-se pessoas distantes; passou-se a evitar o contato com parentes, ainda mais se forem idosos ou crianças; dentro de sua própria casa, alguns metros são centrais para a precaução.

São consequências que reverberam nos micro espaços e ao mesmo tempo geram temor e paranoia: não se sabe até quando ficaremos nesse cenário de instabilidades, de paradas. Nele, muitos são os que perdem o emprego e as possibilidades de garantir o sustento para si e os mais próximos. Nele, carecemos de solidez em nossos planejamentos. A sustentação dos horizontes faz-se fluida e gelatinosa. Diante dele, a vontade contemporânea de tudo ser e tudo agarrar mostra-se como na verdade é: vã, inútil, pois nossos esforços conduzem ao ilusionismo.

O marketing corrente do sujeito do desempenho está agora frente a frente com a interrupção mesma da dinâmica do capitalismo. É necessário parar, com todos os custos que disso decorrer, ou senão adoeceremos e quiçá morreremos. Os que podem dão sequência a dinâmica da produtividade das suas casas, graças à tecnologia que hoje permite a extensão da linha de produção para a esfera do “privado” (sic). Outros continuam nos serviços essenciais, pois os nichos relacionados à saúde e ao abastecimento não podem parar.

Mais do que nunca, a intelectualidade e o pensamento crítico não podem fazer desses tempos férias impostas coercitivamente. Há material vivo para a reflexão, a inquietação e a perturbação. E há de se ter cuidado com o verbo “perturbar”. Se o mundo tal como conhecemos desaba, é natural que nem toda a reação seja de tranquilidade ou serenidade. Cresce a angústia com a letargia das pesquisas científicas e a morosidade das administrações. Deteriora-se o estado de saúde mental.

Correm em sites, vídeos, livros e informativos, algumas recomendações para proteger o seu “estado de espírito” durante a crise mundial vivenciada: não ler demasiadamente as informações correntes; cultivar algum hobbie (curso online, desenhar, assistir um filme, ler um livro etc.); e não deixar de fazer exercícios físicos, ainda que em casa. No fundo, o que se indicam são paliativos: modos de não se abalar suficientemente com o choque e a tragédia do horror emergente.

Busquemos o equilíbrio, afinal não somos como Deus, onipotentes. Cabe a nós cuidar de nosso terreno, não manter preocupações infinitas e simultâneas ao mesmo tempo. Tristemente, a realidade é o quadro em que dança a morte, pintado em pandemias passadas. Dificilmente se contém isso com uma dúzia de mãos leigas. Há especialistas, dia e noite, a decifrar o enigma. Em uma analogia com a história da arte, do jardim das delícias de Bosch (o cotidiano sem grandes intempéries) passou-se ao afresco em que os cidadãos europeus enterram os mortos pela peste negra.

Hoje, quando a ciência vive a sua batalha final contra o negacionismo, o casulo no qual muitos de nós fomos metidos repentinamente pode ser a chance de uma metamorfose, de um reencontro ou transformação. Isso é verdade. Mas para a maioria não deixa de ser agonia, aflição. Para quem mostra os sintomas da praga, desespero. Mas voltar-se a si, na tragédia grega (ops… italiana ou brasileira) dos nossos tempos, é da inevitabilidade da sanidade.

Somos tão finitos e passageiros quanto o mundo é perene até decisão contrária. A consciência de que não detemos sequer o controle de nossas próprias vidas vai de encontro à bulimia informacional. Como indivíduos, continuamos suscetíveis a cumprirmos o papel de átomos isolados, de números de estatísticas a serem divulgadas nos telejornais. O “eu”, mesmo provido de grande quantidade de recursos, não se mostra tão importante quanto pensa que é. A ilusão de grandeza é isso: ilusão, como o são também o passado e o futuro pelos quais deitamos em pensamentos e memórias. Procurar ajuda e ser firme ao mesmo tempo, são algumas táticas nas quais podemos nos fiar para resguardar algum tipo de salubridade no interior de nossas cabeças a essa altura.

A globalização que permitiu a circulação de pessoas, bens e capitais como jamais se presenciou na história da humanidade, permite agora a difusão rápida e acelerada de um mal, a partir de: aviões, navios, portos e aeroportos. O ideal do cidadão viajante e cosmopolita e das fronteiras livres e abertas está em cheque. Mais do que nunca, temos um flanco para o fortalecimento da xenofobia e do nacionalismo acrítico, embora a problemática global dependa de esforços globais em sua resolução.

A alteridade ainda é fundamental, mesmo para quem está sozinho em casa. As experiências bem-sucedidas lá fora devem ser adotadas cá dentro. O que ocorrer no alto dos poderes terá reflexos diretos na salvação de muitos (embora não seja possível evitar todas as mortes). E das saídas racionais e informadas haverá um sopro de esperança e sanidade nessa loucura que se abateu e obrigou a muitos de nós cuidados extremos.

A gripe que se abate sobre a humanidade nesse assombroso 2020 tem sido comparada a gripe espanhola (a cuja imagem principal do texto se refere) de meados do século XX que matou aproximadamente 100 milhões de pessoas. Entretanto, no oposto daquele tempo, agora dispomos de muito mais equipamentos hospitalares, remédios, inovações e profissionais qualificados do que naquela época para lidar com a suposta “histeria”. Como declara a OMS na data de 25/03/2020 cabe às lideranças políticas programarem as medidas que minimizem o caos na saúde pública.

Também no plano da psicologia estamos mais armados para lidar com os danos do sofrimento psíquico que já se faz presente na suposta “normalidade” de nossas vidas e se acentua nos últimos dias. Não dispomos de políticas públicas consistentes quanto a isso, mas já há pronto-atendimentos, inclusive por telefone, em parte significativa das cidades brasileiras para ajudar a preservar a vida de pacientes acometidos por problemas emocionais. São serviços que contam com voluntários e profissionais. O cuidado de si, seja pela verbalização da sua própria narrativa seja por medicamentos, nunca foi tão importante. Na pandemia do novo coronavírus, não precisamos lidar com o cansaço mental sozinhos. A grande luta de nossa geração será cumprir o dever de retirar intactos os nossos pulmões e os nossos cérebros.




História de um casamento : coragem emocional é para poucos



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Guilherme Moreira Jr.

Assistir “Marriage Story”, traduzido como “História de um Casamento”, do diretor e roteirista Noah Baumbauch, é praticamente mergulhar, mesmo sem intenção, em todos, absolutamente todos os relacionamentos amorosos que você já possa ter tido na vida. E isso não é algo ruim, mas é doloroso. Falar de qualquer relacionamento é falar sobre o emocional. É discursar sobre o amor em várias camadas que até hoje não conseguimos, sejam poetas, músicos, compositores, escritores ou filósofos, desvendá-lo a ponto de saber exatamente a sua fórmula ideal, o status quo que o deixa ali, alcançável em nossas desajeitadas mãos.

O amor tem dessas injustiças atemporais. Às vezes são detalhes notados logo no início da relação, mas ignorados por causa da euforia, do gosto do novo, da sensação de vida que o sentimento traz consigo. E às vezes eles se mostram somente com o tempo, porque queremos tanto a aprovação da outra pessoa que escondemos, melhor, disfarçamos quem realmente somos com o medo de perder aquela pessoa. Tanto a primeira quanto a segunda escolha resultam em um desfecho dramático, desleal e que deixa cicatrizes difíceis de serem esquecidas.

No caso de Marriage Story, Nicole (Scarlett Johansson) e Charlie (Adam Driver) escolheram ambos caminhos diferentes, esperando o mesmo resultado. Nicole precisava do novo na sua vida, de algo real que realmente fizesse sentido ainda que não houvesse sem sentido algum naquela época. Já Charlie esperava que Nicole não notasse o seu ego frágil, os seus medos, descontentamentos e carências emocionais. Quando o divórcio finalmente chega para o casal, tanto um quanto outro invertem os seus papéis e assim seguem até o término do longa. É uma gangorra de dores e curativos retirados, onde prevalece mais a descoberta individual de quem é cada um sem o outro do que enquanto eles estavam de fato juntos.

O roteiro de Baumbach consegue deixar essas nuances misteriosas sendo reveladas aos poucos. Talvez seja o principal motivo do filme ser tão cativante e sofrível para quem o assiste. Porque você torce pela Nicole e Charlie, não por causa necessariamente do filho, mas porque nota-se a existência de algo raro, independente de amor, na maioria dos relacionamentos: sintonia. Sintonia não de combinar as mesmas coisas, os mesmos gostos, mas o tipo de sintonia que abraça e compreende os defeitos do outro sob um olhar tão generoso que por vezes faz o espectador ficar com um nó no peito. Lógico, mesmo sendo fofo, nada disso é o suficiente para o amor durar. Afinal, quem conhece com toda a certeza o suficiente para saciar o amor? É uma resposta particular, mutável e acredite, intangível.

Passamos a maior parte da vida tentando encontrar os nossos pares perfeitos e acreditando em finais felizes, mas nos esquecemos que alguns finais felizes também são finais infelizes. Infelizes já que eles precisam dessa virada trágica para que avancemos algumas casas, para que saiamos da nossa zona de conforto. Coragem emocional é para poucos, gente. Não basta um tombo, uma queda e você aprende tudo. Tampouco adianta pensar que o tempo em conjunto foi perdido, foi anulado por más decisões e arrependimentos.

O amor é complicado. Na verdade, o amor é irônico. Ele gosta desse plot twist no coração. Talvez por conhecer a gente há mais tempo que nós ou simplesmente por ter essa pegada travessa. A única coisa que o amor não é burro ou estúpido. Não consigo concordar com isso e nem com essa culpa jogada sobre ele. Somos nós, enquanto cada oi, conversa, beijo, sexo, despedida, reencontro, saudade, partida e outras interações que somos responsáveis por suas consequências.

O amor, o casamento, o relacionamento combinado entre duas pessoas, é tudo pano de fundo para uma história maior. Uma história na qual nós protagonizamos uma chama que acende quando conhecemos alguém com esse oferecer singular e o mais valioso do mundo naquele momento. Mas tudo pode mudar. Todos podemos. De um dia pro outro, de uma hora para outro, de um pro outro. O amor permite descaminhos. Ficarmos zangados com o mundo não resolve nada.

Então eu digo, mais uma vez, coragem emocional é para poucos. É uma jornada de várias idas e vindas, onde podemos ter a sorte e o azar de conhecermos alguém que a sintonia encaixe ou que deixa de existir numa outra oportunidade. Só não dá pra acharmos que tudo é lindo, que o amor não tem dos seus dissabores e que amar, mas amar no patamar que todos os entendedores artísticos da vida reconhecem é que: às vezes também é amor, mesmo que acabe. Digo isso porque o amor não morre no desencontro, ele morre quando não conseguimos mais recordar dele com o mínimo de agradecimento e respeito pela passagem tida em nossas frágeis e complicadas vidas.

Veja o Trailer :








Atraia o amor, o trabalho, os amigos e a felicidade que você merece mudando a sua vibração


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Crenças que te fizeram agir ou não de certa forma precisam ser mudadas porque são elas que criam a sua realidade.


Em alguns momentos da vida, parece que estamos vivendo em looping: revivendo situações diversas vezes, com “atores” diferentes, mas com as mesmas atitudes e, claro, as mesmas consequências. Namorados que sempre mentem, traem ou são agressivos; patrões que exploram e não valorizam; os amigos que se aproveitam; os clientes que não pagam…

Você mal resolveu uma situação dessas e já aparece outra pessoa que, pouco tempo depois, está “te fazendo” a mesma coisa.

Por quê?

Estamos aqui, basicamente, para aprender, evoluir e sermos felizes. Afinal, se fôssemos perfeitos, não precisaríamos estar na Terra. O que não aprendemos antes, voltaremos, quantas vezes forem necessárias, para finalmente aprender e “mudar de fase” no jogo da vida.

Crenças que te fizeram agir ou não de certa forma precisam ser mudadas porque são elas que criam a sua realidade.

Se você acredita que todo homem mente, trai, engana, vai atrair homens que vão agir exatamente assim para validar a sua crença. Se você acredita que todo patrão é ruim, que são exploradores, vai atrair patrões que te explorem, tratem mal e assim por diante. Se pensa que dinheiro é ruim, vai perder o que tem. Se pensa que não existe amizade sincera, vai atrair pessoas falsas como “amigas”. E por aí vai.

E, enquanto você acreditar que é uma vítima, que a responsabilidade é do outro, você vai sofrer. Enquanto você não mudar suas crenças, o Universo vai te fazer reviver estas situações até que você aprenda. Em resumo: quer mudar sua vida, então mude você mesmo!

O que sentimos cria a nossa realidade. Não adianta dizer “ai, eu quero um namorado honesto, sincero” e sentir que todos os homens a sua volta são iguais e que uma hora ou outra vão aprontar alguma, por exemplo. Porque, repito, é o sentimento que cria a sua realidade.

Se você vive com medo de ser assaltado, vai ser assaltado. Você está vibrando medo e assalto. O que esperava?

Por que as pessoas que têm dinheiro atraem mais dinheiro? Porque eles não ficam pensando se vai faltar, se amanhã vai ter. Eles não vibram na escassez. Eles sabem que tem capacidade de conseguir mais. Vibram na confiança, na certeza, na abundância. E qual a resposta que recebem do universo? Mais confiança, mais certeza, mais abundância.

Por quantas coisas você já agradeceu hoje? E quantas vezes você reclamou? Quantas vezes você se menosprezou? Quantas vezes agiu como vítima nas ultimas 24 horas?

Percebe a diferença?

Se você quer atrair coisas boas, sinta coisas boas. Quer ser saudável, vibre na frequência da alegria, da saúde. Quer felicidade, seja feliz. Quer ser ajudado, ajude! Quer receber, dê.

Assuma o controle da sua vida. Tome as rédeas! Decida, neste momento, que vai ser feliz, que vai realizar seus sonhos.

Comece com pequenos passos e continue em frente. Se precisa de ajuda para limpar crenças antigas, procure um psicólogo, um terapeuta holístico, um mestre espiritual.
Peça ajuda! Mas siga em frente.

Atraia o amor que merece, o trabalho que merece , os amigos que merece mudando a sua vibração.

Não custa nada tentar!
Pense nisso!

Namastê
Muito obrigada! Kássia Luana







Maturidade espiritual é quando você aprende a calar, a se afastar, não se queixa e agradece pelo que tem


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Sil Guidorizzi

Maturidade espiritual é quando você aceita que erra, aprende a se desculpar e a não jogar no colo do outro o que é seu.

É quando você percebe que já não precisa de tanta coisa assim para suprir suas necessidades, que estar em paz consigo mesmo (a) é melhor do que provocar instigar ou cutucar o outro com vara curta a troco de nada, a troco de mexer em feridas por vezes já cicatrizadas.
É QUANDO VOCÊ PASSA A SER MAIS SELETIVO (A) INTERNAMENTE, É QUANDO VOCÊ SABE QUE PODE CONTAR COM POUCOS, MAS QUE SÃO ESSENCIAIS E QUE MANTÉM UMA BOA RELAÇÃO DE AMIZADE E EMPATIA SEM EXIGIR NADA EM TROCA.
É quando você olha mais à volta e se coloca no lugar das pessoas e não mensura a sua dor, assim como não quer que mensurem as suas. É quando você não interfere nas escolhas de ninguém e vai aprendendo a digerir os embates da vida com mais nitidez e resiliência.

É quando você percebe que não precisa ter a casa cheia, não precisa de tanto barulho, que estar a sós é como ir se retratando diante do que se sente, do que sentiu ou do que não quer mais sentir. É não precisar ir de um lado para o outro tentando encontrar sossego interior. É quando você se aprimora e abstrai o que não precisa, pede com mais fé e acredita mais no divino e não em falsas promessas ou pessoas que não tem serventia por serem apenas instrumentos prontos a desestabilizar seu coração, prontas a quererem se apossar do que não lhes pertence a troco de fazê-lo (a) sofrer.
É QUANDO VOCÊ ORA, PEDE PELOS QUE PRECISAM, PEDE PELOS QUE ADOECEM A ALMA, PEDE PARA QUE TODOS RECEBAM LUZ POR MAIS QUE NÃO SE QUEIRA APROXIMAÇÃO.
É quando você esvazia a bagagem, percebe que andar descalço por vezes é libertador e que se o sol não apareceu naquele dia mais nublado, você continuará acreditando em dias melhores e nas possibilidades de superação e cura.

Maturidade espiritual é quando você aprende a calar, a se afastar, a não se agredir e não agredir. É quando você sente que a porta do céu é melhor que abrir o chão para que você se afunde em dor ou discórdia.

A maturidade vem com os altos e baixos com o entender nas entrelinhas. Com a sensação de que não existe superioridade e sim a humildade de quem precisa manter o olhar atento, os sentimentos honestos e a obrigação de cuidar melhor de si mesmo (a), para que você tenha força para socorrer aos que também precisam de auxílio.
A MATURIDADE ESPIRITUAL VEM QUANDO VOCÊ NÃO PRECISA VIVER DE MELINDRES, NÃO PRECISA DISFARÇAR O QUE É, QUANDO VOCÊ ACEITA A PRÓPRIA CONDIÇÃO, SEJA ELA QUAL FOR, SABENDO DOS PROPÓSITOS DE DEUS.
É quando você abre a porta, não procura discórdia, não se queixa e agradece pelo que tem.






Aprenda a filtrar palavras, ações e pessoas


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Nem todo mundo faz bem, nem todo mundo quer bem, nem todo mundo deve ficar. A qualidade de nossas vidas em muito dependerá do tipo de companhia que tivermos enquanto caminhamos.

Marcel Camargo

Lá no século passado, Guimarães Rosa já escreveu que viver é perigoso, enquanto Vinícius de Moraes cantava que são demais os perigos dessa vida – imagine hoje. Perigoso porque temos que lidar tanto com o que ocorre lá fora quanto com o que acontece dentro de cada um de nós. Temos que equilibrar o caos da vida com o caos de nosso íntimo. Por isso, é preciso aprender a filtrar palavras, ações e pessoas.

Ouvimos muita coisa ao longo do dia, palavras que nos chegam com leveza ou com agressividade. Da mesma forma, nós mesmos dizemos as palavras com tranquilidade ou não. Por essa razão é que precisamos controlar o que entra em nossos ouvidos e o que sai pela nossa boca, tendo o cuidado de não segurar conosco o que vier como lixo e de não jogar o nosso lixo em quem não merece. O filtro que colocamos em nossa boca e em nossos ouvidos é providencial, em nossa jornada, para que ela fique mais limpa e feliz.

Enquanto vivermos, seremos, muitas vezes, pegos de surpresa, por atitudes e comportamentos que nos machucam, até mesmo por parte daqueles que mais amamos. As pessoas sempre nos surpreendem e, infelizmente, nem sempre no melhor sentido, ou seja, precisamos estar conscientes de que não conheceremos alguém completamente, ninguém é uma certeza. Nada é uma certeza nessa vida. Caso a decepção ocorra em relação a quem nem faz muita diferença, temos que tentar ignorar. Economizemos energias para as batalhas que importam. Com nossos queridos, por exemplo, teremos que resolver as pendências.

É preciso filtrar, também, pessoas. Nem todo mundo faz bem, nem todo mundo quer bem, nem todo mundo deve ficar. A qualidade de nossas vidas em muito dependerá do tipo de companhia que tivermos enquanto caminhamos. Nunca conseguiremos sorrir com verdade enquanto estivermos acompanhados das pessoas erradas. Seremos mais felizes longe de algumas pessoas e muitas delas serão melhores longe de nós. Amizade forçada é humilhante. Amor forçado é doloroso. Manter junto somente quem realmente torce por nós é o que nos tornará mais aptos a alcançar os nossos sonhos.

Como se vê, é preciso selecionar o que fica conosco e o que tem que ser deletado. A vida traz muita coisa, provoca muitas emoções, coloca muitos acontecimentos em volta da gente, de todo tipo, de todas as formas, nas mais variadas intensidades. Cabe a nós lidar com tudo isso da melhor maneira possível, a fim de nos preservarmos do que machuca, de quem faz mal. Não conseguiremos viver sem cair, sem sermos derrubados, porém, caso consigamos guardar o melhor de tudo e de todos dentro de nós, estaremos prontos para levantar, seguir, avançar, para buscar, sempre, incansavelmente, a felicidade. Porque, então, teremos amor verdadeiro alimentando o nosso coração.


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Sobre o ano que tive : não mudaria nada mas, se eu pudesse, viveria em tudo.


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Guilherme Moreira Jr.

Porque não teve nada que eu não tenha passado que não foi sinceridade, que não tenha tido uma importância no meu crescimento emocional. Todas as vezes nas quais eu quis mudar a direção e seguir por conta do coração, eu consegui externar e bancar os meus sentimentos.

Eu fui coragem quando eu não fazia ideia de como amadurecer. Eu reconheci os meus erros e aprendi a não repeti-los quando o mais fácil era fingir não tê-los. Eu mereci as minhas vitórias, pois plantei os meus melhores cumprimentos quando eu poderia simplesmente ter esperado que algo de bom caísse do céu. Mas também precisei engolir as minhas derrotas porque, sem elas, talvez ignorasse injustamente quem estava torcendo e me apoiando ao longo do caminho.

Eu fui compaixão para quem pediu ajuda e também para quem foi silêncio e não sabia como reagir. Eu fui amor quando o dia estava bom e também quando ele não estava. Tive essa paciência para abraçar e agradecer os dias nublados – eles também são dias a serem experimentados.

Eu fui muito das trocas que combinei e também daquelas que surgiram do acaso, da sincronicidade. Eu fui além do recíproco, ou pelo menos tentei. Eu não permiti não encarar as minhas escolhas. E é por todo esse intenso viver que, se eu pudesse, ainda assim teria vivido em tudo.

Porque sempre falta alguma coisa. Sempre fica/tem um espaço para uma dor, uma alegria, uma chegada, uma partida. A vida inteira é feita disso: breves lacunas, intervalos momentâneos.

Eu sei que fui forte. Eu sei que posso ser mais. Eu não me arrependo do ano que está indo embora, do ano que tive. Eu e ele tivemos a nossa história. Agora a leveza que habita em mim precisa continuar.



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3 hábitos tóxicos que nos tornam tremendamente infelizes


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Nem sempre as pessoas tóxicas, os maus momentos ou as adversidades nos causam infelicidade. Em muitas ocasiões, mais do que imaginamos, a infelicidade nasce das nossas ações, por meio de hábitos tóxicos que repetimos sem pensar porque se transformaram em parte da nossa rotina. Além disso, em vez de analisá-los e transformá-los, optamos por culpar a sorte enquanto mergulhamos na amargura.

Está claro que ser feliz o tempo todo é impossível. No entanto, é factível manter um certo equilíbrio e bem-estar emocional. Isso é simples quando tudo está bem. O problema surge quando aparecem os obstáculos ou temos que computar um retrocesso, algo que acontece com muita frequência. Por inércia, continuamos mantendo estes hábitos tóxicos, e por definição, quanto mais os executarmos mais difícil será “escapar” deles. Transformaram-se em um círculo vicioso no qual nos sentimos presos.

Não são as dificuldades que nos levam pelo caminho da amargura, e sim os nossos hábitos.

Hábitos tóxicos : ladrões de energia

Muitos de nós nos sentiremos identificados com os hábitos tóxicos que mencionaremos a seguir. É curioso porque fazem parte da nossa vida, sem nos darmos conta do tanto que nos influenciam negativamente. Um destes costumes tão humanos é o de desejar aquilo que não temos. 

Subestimamos aquilo que possuímos, desejamos mais e mais. Perceber que não precisamos de nada mais para sermos felizes é o que evitará que sintamos desgosto e tristeza.

Da mesma forma, ocorre a situação contrária: o estancamento emocional. Uma circunstância na qual não vamos para a frente, mas também não vamos para trás. Ficamos na famosa zona de conforto que nos prende, impedindo-nos de crescer e progredir, avançar e de nos sentirmos realizados. Por que não saímos dela? É por medo? O que nos causa tanta insegurança? Ser sincero consigo mesmo e refletir sobre isso nos permitirá dar um fim a uma situação na qual nos sentimos prisioneiros em nossa própria prisão.

Outro dos hábitos tóxicos que colocamos em prática é o do piloto automático.

Aquele momento das nossas vidas em que não prestamos atenção no presente, não o saboreamos. Avançamos sem nos deter para pensar no que estamos fazendo. É como se caminhássemos por um bosque, sem parar para contemplar a paisagem maravilhosa que se mostra ao nosso redor. Nos afastamos da realidade, não aproveitamos o aqui e agora, e perdemos um grande prazer.

Buscar a aprovação dos demais também é um hábito muito tóxico. Nunca faremos nada porque temos vontade, e sim porque será melhor visto pelos demais.

Também não podemos nos esquecer de algo que muitas vezes deixamos em segundo ou terceiro plano. Estamos nos referindo a nossa alimentação e também ao nosso sono. Comer mal, não manter uma dieta saudável, terá uma clara repercussão negativa em nosso humor: não teremos o nível de energia necessário e contaremos com uma autoestima prejudicada. Da mesma maneira, dormir o suficiente é importante para render no trabalho e para nos sentirmos melhor.

O pior dos hábitos tóxicos : fazer-se de vítima

Deixamos para o final um dos hábitos tóxicos que mais repercutem em nossas relações. Fazer-se de vítima é, para muitas pessoas, um recurso para conseguir atenção, entre outros privilégios. No entanto, este costume leva implícitas muitas outras práticas que fazem com que mergulhemos em uma realidade bastante adversa.

Fazer-nos de vítimas faz com que nos mantenhamos presos a todas as emoções negativas que teríamos que tentar soltar. No entanto, precisamos delas para causar pena e não nos sentirmos responsáveis pelo que está acontecendo conosco. Fechar os olhos, abraçar a negatividade, fará com que tenhamos apenas ira e ressentimento em nossos corações.

Negar a realidade : uma rua sem saída

Relacionado com isso está o terrível hábito de negar a realidade. Quando esta não é a que gostaríamos de observar, simplesmente lhe damos as costas e a negamos. No entanto, fazer isso não evitará que ela esteja presente. Seguirá existindo por mais que não queiramos vê-la, e sem dúvida, nos machucará de forma forte e violenta em um determinado momento.

O hábito de se fazer de vítima costuma estar acompanhado da tendência a culpar os demais. Nós jamais seremos os responsáveis pelo que acontece e, mesmo que este seja o caso, tentaremos fazer com que sejamos vistos como mártires. Por exemplo, se reprovarmos uma matéria na escola nunca seremos os culpados por não termos estudado o suficiente ou por não estarmos concentrados; a culpa foi do professor que fez uma prova muito difícil.

Transformar-nos em vítimas não nos permitirá aprender sobre as experiências passadas para poder enfrentar a vida.

Em conclusão, existem muitos hábitos tóxicos que mantemos em nosso dia a dia e dos quais precisamos nos desprender para nos sentirmos bem. Sem dúvida o último deles – fazer-se de vítima – é o mais complicado de abordar. Não ter a capacidade de ser autocrítico e de aceitar nossos erros impedirá que sejamos conscientes de todos estes costumes que incluímos em nossa rotina e que fazem com que nos sintamos mal com nossas vidas.









Se eliminar duas palavras do vocabulário, sua vida pode mudar




Eliminar algumas palavras do vocabulário


A linguagem é um fator fundamental na nossa maneira de compreender a vida e de nos comunicarmos com o mundo. Dependendo de como a utilizamos, ela nos influenciará de um modo ou de outro a nível emocional e intelectual. Assim sendo, Bernard Roth assegura que eliminando duas palavras do vocabulário, nossa vida muda.

Isso tem sentido se prestarmos atenção ao fato de que, sem perceber, tendemos a usar frases feitas, sem saber como elas moldam nossa maneira de pensar e de ver a realidade. No entanto, é lógico pensar que, se mudarmos a nossa maneira de nos referirmos à realidade, nossa vida também pode mudar.

“As palavras são a configuração acústica das ideias”.
- Novalis -

Cuidado com algumas palavras do vocabulário

Bernard Roth é professor de engenharia da Universidade de Stanford e também diretor acadêmico do Instituto de Design Hasso Plattner. Este intelectual escreveu um livro chamado The Achievement Habit. Nele, menciona várias das fórmulas linguísticas que levam ao triunfo ou ao fracasso. A seguir lhe contaremos as duas mais importantes.

Sem o poder do “mas”, sua vida pode mudar

A palavra ‘mas’ é uma conjunção adversativa. Isso significa que ela serve para opor duas ideias, seja para qualificar alguma afirmação ou para ampliá-la ou confrontá-la. Se falada do ponto de vista psicológico, esta palavra é frequentemente usada para justificar, adiar ou impedir a ação.




Especialmente quando se utiliza em frases como “Sim, mas”, revela uma intenção de autossabotagem. É equivalente a criar obstáculos desnecessários ou fictícios para agir.

O que o professor Roth propõe é eliminar a palavra ‘mas’ do vocabulário usual. Ele sugere que sua vida pode mudar se você se desprender dela, já que te obriga a mudar sua perspectiva ao usá-la. A proposta é substituir esses maspela conjunção e. Deste modo, em vez de dizer, por exemplo, “Quero trocar de parceiro, mas tenho medo de ficar sozinho”, se diria: “Quero trocar de parceiro e tenho medo de ficar sozinho”.

Porém, como sua vida muda mudando a maneira de dizer as coisas? Roth afirma que utilizar o mas te coloca diante de dois caminhos que são excludentes: ou segue um caminho ou segue o outro. Por outro lado, se você usar a conjunção e, verá as duas realidades simultaneamente, sem ser obrigado a escolher. Contempla o panorama de forma que não o força a escolher, mas o convida a ver as coisas de maneira mais objetiva e a não se sentir em uma encruzilhada.

A mudança de “tenho que” para “quero

A segunda grande recomendação do professor Roth é mudar a expressão “tenho que fazer” pela expressão “quero fazer”. Quando você diz “tenho que fazer”, imediatamente se localiza no registro da obrigação. Isso em si é muito desmotivador. Implica que deseja uma coisa, mas deve fazer outra coisa, mesmo contra a sua vontade. Utilizar o tenho que causa um choque emocional.

Bernard Roth salienta que, se você faz algo, nunca é porque realmente é obrigado a fazê-lo. De um jeito ou de outro, você escolheu fazê-lo. Então, eliminando a expressão “tenho que fazer” e substituindo-a por “quero fazer”, você está simplesmente admitindo sua responsabilidade para com a vida que leva. Vejamos alguns exemplos:

Substituir “Tenho que terminar esse trabalho para amanhã porque senão perco meu emprego por “Quero fazer esse trabalho para amanhã porque é uma maneira de manter meu emprego”.

Substituir “Tenho que ser tolerante com o meu parceiro porque senão pode se aborrecer comigo e me deixar” por “Quero ser tolerante com o meu parceiro porque é uma maneira de enriquecer a relação e ter mais bem-estar”.

Substituir “Tenho que fazer exercício porque estou engordado de uma forma horrível” por “Quero fazer exercício para me sentir mais confortável com o meu corpo”.

Toda vez que você muda o tenho que pelo quero, imediatamente se torna necessário trocar a perspectiva negativa por uma mais positiva. Ao mesmo tempo, elimina-se uma forte carga emocional. É por isso que sua vida pode mudar muito positivamente ao tirar essas palavras do vocabulário habitual. Por que você não pratica durante um mês e avalia os resultados?






Coerência cardíaca : harmonia física e emocional





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A coerência cardíaca é um termo que descreve um estado de grande eficiência física e psicológica. O coração tem cerca de 40.000 neurônios que se conectam ao nosso cérebro emocional. Dessa forma, quando há equilíbrio interno e emoções positivas, o nosso coração se harmoniza e envia sinais de tranquilidade ao cérebro para que os pensamentos fluam, de modo que o estresse seja regulado…

É muito provável que esta ideia seja nova para a maioria de nós. É um conceito fascinante que muitos especialistas relacionam com os fundamentos da Inteligência Emocional. Esse novo conceito descreve esses estados onde o nosso sistema nervoso, o sistema endócrino, o sistema imunológico e, sobretudo, o sistema cardiovascular, trabalham de forma eficiente, regulando o nosso estado emocional.
“Descanse. Um campo descansado dá uma colheita generosa”.
– Ovídio –
O nosso coração, embora isso nos surpreenda, também tem o seu próprio “cérebro”. Na verdade, ele possui um circuito neuronal inter-relacionado muito complexo que influencia as nossas emoções, bem como a fisiologia do nosso corpo. Além disso, o coração estimula a liberação de certos hormônios, como a adrenalina ou a oxitocina, relacionados ao amor, ao cuidado e ao comportamento social.

Tudo isso nos encoraja a entender um pouco mais o nosso corpo e a entender algo ainda mais fascinante, que é a coerência cardíaca. Um coração tranquilo, um coração que bate em harmonia, que interpreta que “tudo está bem”, envia sinais de calma para o cérebro e para o sistema nervoso periférico autônomo para que fiquem sintonizados com esse sentimento de bem-estar…




Coerência cardíaca: o seu cérebro e o seu coração estão conectados

Para entender melhor o conceito de coerência cardíaca, façamos um pequeno teste. Sente-se por alguns minutos, procurando relaxar. Coloque a mão sobre o coração e sinta por um momento como ele bate. Ele bate muito rapidamente ou faz isso de forma rítmica e calma? Se estivermos relaxados, a frequência cardíaca será normal e os nossos pensamentos fluirão com tranquilidade, sem pressões e negatividade.

No entanto, se mesmo que você esteja sentado, experimentar taquicardia, é muito provável que esteja submetido a um estado de estresse ou de ansiedade elevada. Isto favorece um tipo de pensamento caracterizado pela pressão; uma angústia orquestrada por um cérebro e um coração que interpretam que estamos enfrentando algum tipo de ameaça.

Como podemos deduzir, emoções como medo, estresse ou raiva fazem com que o nosso coração bata de forma rápida e irregular. Quando isso acontece, provoca um caos bioquímico e orgânico, um desequilíbrio que se irradia para os outros órgãos, especialmente o cérebro. De fato, a comunicação neurocardíaca entre os dois é muito intensa e o coração envia muito mais informações para o cérebro do que o cérebro para o coração.

Essa maravilhosa engenharia é conseguida através de fibras nervosas que vão do coração até a base do crânio.




Coerência e caos cardíaco

Todas aquelas emoções que chamamos de negativas, como a irritação ou a raiva, dão forma ao que conhecemos como caos cardíaco. No entanto, também podemos dizer que algo tão comum quanto os estados de preocupação ou tensão emocional originados pelo nosso trabalho ou nossos relacionamentos também quebram a harmonia, e o coração bate em um ritmo cardíaco irregular.

A coerência cardíaca, por sua vez, aparece com os estados de calma, felicidade, satisfação, bem-estar… A harmonia do coração atinge o nosso cérebro e nos permite pensar melhor, pensar positivamente ou mesmo favorecer a nossa criatividade. Por exemplo, a coerência cardíaca melhora os ritmos fisiológicos do sistema respiratório, circulatório e até digestivo, trabalhando em sincronia e de maneira mais saudável.
Como podemos favorecer a coerência cardíaca?

Alcançar uma coerência cardíaca adequada tem, como já podemos imaginar, inúmeros benefícios. Nos sentiremos muito melhor fisicamente, o cérebro trabalhará de forma mais eficiente quando se trata de processar informações, gerar ideias, se conectar com a realidade, com o aqui e agora.

No entanto… como podemos alcançá-lo? Como podemos favorecer uma coerência cardíaca adequada? Estas seriam algumas chaves.
“Elimine da sua vida tudo o que provoca estresse e apaga o seu sorriso”. – Paulo Coelho –
A Técnica do Biofeedback: é um tipo de terapia muito útil para pacientes com TDAH, com insônia, com fobias ou dor crônica… O objetivo é ambicioso e muito interessante: controlar as funções fisiológicas da pessoa para melhorar sua qualidade de vida física e mental. Para isso, podemos recorrer a um profissional especializado que trabalhe com essa técnica e nos forneça as ferramentas necessárias para nos beneficiarmos com os seus efeitos.

Estar mais atento ao nosso interior: vivemos centrados no exterior, em tudo o que nos rodeia, focados em tudo o que temos ou o que nos falta. No entanto, estamos desconectados desse mundo interior onde o coração e a mente produzem o nosso bem-estar ou o desconforto. Precisamos aprender a nos ouvir mais, controlar a nossa respiração, aplicar técnicas adequadas de relaxamento ou meditação…

Yoga, Mindfulness, exercício físico… Uma forma de promover a coerência cardíaca é praticar aqueles exercícios que nos tornam mais conscientes do nosso coração, como respiramos, como nos sentimos. Não hesite em dedicar pelo menos uma hora por dia para praticar algumas dessas dinâmicas que favorecem uma adequada conexão mente-corpo.

Para concluir, temos certeza de que, a partir deste momento, todos nós vamos manter este termo em mente. A coerência cardíaca é sinônimo de bem-estar, harmonia interna, tranquilidade mental. Pratique e descubra como a coerência cardíaca pode melhorar a sua vida.