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Socialistas de araque !







Primeiro de Agosto desse ano do capeta, 2017… O terremoto político, institucional e moral parece não ter fim. Vamos de pau a pique. Como disse o Suassuna “tudo ao redor do buraco é beirada”. 

Entramos no túnel do terror do circo chamado Brazil (dos golpistas), no dia da eleição em segundo turno que confirmou a releição da presidenta Dilma. Naquele mesmo dia o perdedor, hoje mega delatado chefão e patrãozinho dos tucanos, afirmou que ela não governaria, que seria sangrada até a morte…

Em 2013, ela já tinha enfrentado o fenômeno do “ gigante ” que finalmente acordara e saíra em desabalada corrida pelas principais cidades do país, reclamando, reivindicando 0,20 centis no transporte coletivo, acompanhado de mascarados que queimaram e incendiaram o que puderam filmado pelas câmeras das principais redes de tv especialmente a poderosa sonegadora e intocável Globo… Transmissões ao vivo costa a costa, acompanhadas por manchetes de incentivo aos grandes movimentos que na ocasião não atrapalhavam o trânsito nem causavam prejuízos as comunidades. Incensados pelos principais veículos de mídia. 

Dilma resistiu e se reelegeu deixando poderosos inimigos irados e sedentos de vingança. Afinal eles tinham compromissos com o Mercado e com o Tio Sam que queria o nosso petróleo, o fim do nosso projeto Nuclear, a Base Aérea de Alcântara, a Amazônia e todo o mais possível…

2015, um ano perdido! Dilma não aprovou NENHUM projeto no Congresso. Todos os seus planos soçobraram aniquilados pela oposição raivosa e irresponsável.

Sangraram Dilma durante todo o ano de 2015. A mídia tal qual chefe dos torturadores, escolhia dia e noite partes sensíveis do governo para atacar, destruir, criticar, enfraquecendo a imagem nas cabeças hipnotizadas…

Em 2016, o ódio cevado desde 2003 através de sistemática e focada determinação da oposição e mídia, explodiu e das sombras emergiu uma incalculável massa de brasileiros defensores dos projetos da direita mais obscura e sinistra. Cheios de “razões”, “nunca houve tanta corrupção”, “estão destruindo o país”, “querem implantar o comunismo” e outras sandices passaram a fazer parte do vocabulário dos recém ressuscitados mortos vivos admiradores de Hitler e Mussolini.

Num golpe de mestre derrubaram Dilma!

O que se soube através de gravações feitas entre os próprios golpistas, é que a trama estava aprovada por membros de todas as instituições… foi “tiro dado, bugio deitado”.

A esquerda, acomodada nas 4 brilhantes vitória democráticas, nas urnas, pensou ingenuamente que a direita casca grossa e colonialista e nem um pouco comprometida com a legalidade constitucional, ficaria lambendo as feridas por mais quatro anos. Apostaram todas as fichas no REPUBLICANISMO. Acordaram na UTI do impeachment ilegal, imoral e canastrão que entregou o país aos perdedores!

Passados vinte meses, continuamos afundando a cada dia mais. Credibilidade é produto esgotado nas prateleiras de todas as instituições especialmente as três que deprimentes já não representam o que no papel supostamente ainda é um país soberano!

Tudo isso já seria o suficiente para lamentarmos aos prantos o nosso terrível destino!

Vivemos uma guerra: de um lado a direita golpista, raivosa e sem compromisso com a legalidade, apoiada pelos EUA, a mídia poderosa nacional, federações de patrões e por religiosos com domínio absoluto nas mentes de milhões de “ovelhas” de seus rebanhos fanáticos, e do outro a esquerda esfarrapada, nocauteada sem aliados importantes e apoiada pelos mais pobres e prejudicados pelo novo modelo imposto nas relações entre capital e trabalho no país.

Contamos, sem dúvida nenhuma com a maior liderança política do país, com reconhecimento mundial. Luis Inácio Lula da Silva. Claramente perseguido por um grupo o qual premeditadamente tem como missão arrancá-lo para sempre da vida política.

Pois para desespero de muitos, se somos atingidos diariamente em milhares de frentes por inimigos implacáveis, o insuportável é ler e ouvir cotidianamente supostos parceiros de ideologia jogar nos blogs, nas redes sociais, de forma quase comemorativa, dada a insistência no método de espalhar; quando, como Lula será destruído por inimigos poderosos!

Todos os dias os próprios soldados da esquerda atiram no peito do seu general, aliás o único, antecipando o ato que deveria ser privilégio dos inimigos.

O que não falta é “quinta-coluna” na combalida tropa daqueles que querem de volta o Brasil para os brasileiros, soberano e protagonista, com respeito entre as nações!

Parem de antecipar com requintes de crueldade como os inimigos irão destruir o nosso candidato a Presidente da República em 2018: LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA!! Ou assumam sua preferência e passem para o outro lado!

Vazem traidores, travestidos de esquerdistas. Socialistas de araque!



Postado em Rádio Web Manawa em 02/08/2017










Médicos que receitaram o impeachment estão reclamando de que agora?





Mauro Donato

Generalizar significa ofender as exceções. Mas as classes de médicos apoiaram em peso o impeachment de Dilma Rousseff. Centenas de Conselhos regionais e o próprio Conselho Federal de Medicina patrocinaram o golpe.

O Sindicato dos Médicos do Ceará espalhou outdoors por toda a cidade de Fortaleza convocando os panelaços. A Associação Médica Brasileira pagou para publicar anúncios em jornais espinafrando o governo petista e convocou ‘pacientes e amigos’ para irem à av Paulista. E não ficou restrito apenas aos profissionais. Foram muitas as faculdades de medicina que fizeram campanha pró Aécio com os formandos. Portanto exceções confirmam a regra.

Por que agora estão tão revoltados com o ministro da Saúde de Michel Temer? Se o ministro Ricardo Barros é especialista em disparar frases recheadas de sandices e preconceitos (como a mais recente que tem causado a fúria na categoria: “Os médicos precisam parar de fingir que trabalham”), por outro lado, ele atende aos anseios de todos aqueles que queriam ver Dilma pegar o boné e deixar o Palácio.

A pauta não era de um estado mínimo? Pois bem, tão logo tomou posse da pasta, Ricardo Barros já havia dito que o SUS precisaria ser revisto porque ‘infelizmente o governo não tem capacidade financeira para suprir todas essas garantias que tem o cidadão.’ Ali o caldo azedou entre médicos e o ministro. E de lá pra cá, tudo piorou, como a chuva de ovos no casamento de sua filha não deixa mentir.

Ricardo Barros está como ministro de Michel Temer há mais de um ano e já cometeu gafes (para não dizer outra coisa) inacreditáveis. Barros é engenheiro de formação, portanto seu conhecimento sobre saúde associado a seu perfil ‘Temer’ que aprecia as ‘recatadas do lar’, propicia que solte pérolas como responsabilizar a ausência das mulheres em casa como causa da obesidade infantil (mesclou machismo com ‘achismo’).

Para comprovar que não se tratou de um deslize misógino, em outra oportunidade disse que os homens procuravam menos o atendimento de saúde porque ‘trabalham mais do que as mulheres’.

O ministro também já declarou – do alto de seu conhecimento acadêmico – que a população não colabora, exagera, que procura atendimento apenas por ‘imaginar estar doente’.

“A maioria das pessoas chega ao posto de saúde com efeitos psicossomáticos”, afirmou durante um evento na sede da Associação Médica Brasileira (aquela que pagou os anúncios exigindo ‘Fora Dilma’), quando aproveitou para passar um pito nos médicos, aconselhando-os a não pedirem tantos exames laboratoriais nem ficar prescrevendo remédios à toa.

“Não temos dinheiro para ficar fazendo exames e dando medicamentos que não são necessários apenas para satisfazer as pessoas”. Em tempo: o SUS, ao invés de ‘satisfazer’, tem deixado muita gente agonizando por não entregar remédios, e o ministério de Barros ainda reclama de uma ‘judicialização’ nos pedidos não atendidos.

Enfim, defender Ricardo Barros é impossível, mas os médicos pediram por isso.

A classe médica satanizou o Mais Médicos. Um programa que levou mais de 18 mil médicos a mais de 4 mil municípios (quando muitos deles não contavam com nem um único médico sequer) e que, de tão ‘ruim’, obteve nota média 9 (em uma escala de satisfação de 0 a 10), segundo levantamento da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) realizado com mais de 14 mil pessoas em 700 municípios.

Infelizmente a medicina (de novo, salvo exceções) parece ter desvirtuado sua motivação primeira de salvar vidas e tornou-se uma atividade calculista.

Não queriam um engenheiro?



Postado em DCM em 17/07/2017




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Com a morte na alma, os netos de Vargas




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Pedro Augusto Pinho



Em excelente artigo onde narra as esperanças e as transformações sociais após a Revolução de 1930, o jornalista Fernando Brito escreve a expressão “netos de Getúlio Vargas”, feliz síntese dos que nasceram e viveram na e após a Era Vargas (Sei bem de onde vim, de um mundo que estão matando, Tijolaço, 15/07/2017).


As forças, contra as quais lutaram o Exército dos tenentes e uma parte da burguesia brasileira em 1930, são as que tomaram, pelo golpe de 2016, o governo no Brasil. São elas:

(a) os traidores de sempre, aqueles que Barbosa Lima Sobrinho chamava do país dos Joaquim Silvério dos Reis, em contraposição ao Brasil dos Tiradentes, os que hoje propõe a alienação do pré-sal às Chevrons e petroleiras estrangeiras, inclusive estatais de outros países, a entrega do Centro de Lançamento de Alcântara (Maranhão) aos Estados Unidos da América (EUA), a venda de terras brasileiras para fundos financeiros alienígenas, a entrega de aquíferos e outras ações que poderiam ser criminalizadas como traição ao País;

(b) a classe ruralista, sempre saudosa da escravidão legal, pois a real jamais deixou de existir, como demonstram os assassinatos no campo de etnias indígenas e daqueles que nele produzem para sobreviver, lembrando a elite fundiária inglesa dos séculos XV a XVII, invadindo e cercando terras – os grileiros que abundam neste Congresso do Brasil, no século XXI;

(c) os rentistas de toda ordem, quer os proprietários de imóveis urbanos quer os especuladores com valores mobiliários. É ainda pouco conhecida a história da formação urbana brasileira, que professores e pesquisadores, da geração de doutores pós 1980, vem produzindo. Nestes trabalhos vai ficando nítida a importância do comércio de escravos na formação da burguesia urbana, formadora de parte dos rentistas de hoje. Os males causados pela escravidão no Brasil não cessam de emergir das sombras, onde as elites os quiseram ocultar;

(d) a imprensa e os intelectuais vendidos, quer por simples e nada meritórias condecorações quer por valores pecuniários, a depender de sua pouca inteligência ou ambição. No caso da imprensa, hoje, com o domínio da banca (sistema financeiro) em quase todo o mundo, a concentração da produção de informações e o desleixo de profissionais transformam todos em papagaios acríticos – muita propaganda, proselitismo, quase nenhuma informação veraz, fidedigna;

(e) o judiciário que sozinho já mereceria todo artigo. Sua formação vem do feudalismo do Brasil Colônia, quando o primogênito era encaminhado ao bacharelismo. Já se escreveu sobre a República dos Bacharéis, onde se a lei não ajudava o senhor das terras, sua aplicação “corrigia” este lapso. A República dos Bacharéis era a garantia da República dos Coronéis. Hoje os coronéis são a banca, o neoliberalismo que, como ideologia ou por corrupção, domina a cena jurídica, em seguida os mesmos e velhos coronéis do ruralismo e do rentismo urbano, e, pairando sobre a nação, como um urubu, os sempre presentes interesses estrangeiros, quer geopolíticos quer meramente econômicos;

(f) e, não por simples acaso, por último a ignorância, que se reveste de patos amarelos, camisas da seleção de futebol, panelas estragadas e com um profundo e não assumido desconhecimento de si mesma, de suas próprias necessidades como pessoa e cidadão, a classe que se chama média. Esta burguesia que se irritou profundamente quando a pensadora brasileira Marilena Chaui a colocou diante do espelho e a mostrou “violenta e ignorante”. Lembre apenas, caro leitor, que foi ela quem amarrou, no Rio de Janeiro, um pobre ao poste para surrá-lo, macaqueando o escravo que açoitava outro escravo para agradar ao senhor, que pedindo educação votou e vota em quem corta as verbas para o ensino, que se diz democrata mas pede ditaduras, se diz generosa e não dá férias à empregada doméstica etc etc etc. Hoje é esta “incorruptível classe média”, que acha natural dar “um trocado” ao guarda para estacionar em local proibido, que procura o amigo para usufruir de uma vantagem, nem que seja furar a fila, que, com seu comportamento hipócrita, fornece um péssimo exemplo para o Brasil e nos deixa humilhados no concerto das nações – um país com esta dimensão territorial, com tão grande população e uma economia que o coloca entre as dez maiores do mundo. Ser humilhado, como Temer, o golpista, o foi na recente reunião do G20, na Alemanha, é a consequência de sua falta de consciência de si mesmo e do respeito ao outro ser humano.

E qual era o propósito deste avô de todos nós?

Um projeto revolucionário, nacionalista, um projeto perigoso para a civilização cristã e ocidental: o Brasil industrializado, soberano e justo com quem produz sua riqueza: a classe trabalhadora. Um Brasil que se envergonharia de colocar em prisão perpétua um herói, o mais importante cientista nuclear brasileiro, Almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva, um Brasil que se envergonharia de ter presidindo o Executivo e o Legislativo pessoas que, comprovadamente, cometeram ilícitos penais e pior, condenando, sem provas, o ex Presidente que tirou da miséria 40 milhões de brasileiros; um Brasil que deveria se envergonhar de ir às ruas para aplaudir um agente estrangeiro que, por suas ações, destruiu a engenharia brasileira, quando ela ameaçava, pela competência técnica e gerencial, as congêneres estadunidenses e europeias.

Os propósitos eram a industrialização soberana e não a financeirização; o consumo nacional como prioridade e não o modelo exportador centrado na primarização; a construção da cidadania, com os programas de renda mínima (Bolsa Família), o atendimento à saúde (SUS) e não o incentivo à doença, a construção de moradias, contrariando o rentismo fundiário, o fornecimento de luz para todos, no sentido direto e figurado da construção de escolas técnicas e universidades, dos planos de educação e de cultura nacionais; a soberania nas relações internacionais, sem as humilhações de tirar o sapato para policial em aeroporto nem ser desdenhado em reuniões internacionais; o Brasil e não a banca como ideal.

Enfim, somos os netos de um projeto de País que os maus brasileiros, vocês coxinhas e antipovo, apoiando-se nos traidores e corruptos estão destruindo e impedindo de existir.

François Villon, trovador francês do fim da Idade Média, na célebre Balada das Damas do Tempos Idos (Ballade des Dames du Temps Jadis), concluiu cada estrofe com a pergunta: Onde estão as neves de outrora? E eu pergunto: onde estão os tenentes e a burguesia de 1930? Onde estão nossos operários da greve de 1917?



Postado em Brasil 247 em 16/07/2017



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A boa vontade que falta no Brasil de hoje



latuff/brasil247


Leonardo Boff


Na sociedade brasileira atual grassa uma onda de ódio, raiva e dilaceração que raramente tivemos em nossa história. Chegamos a um ponto em que a má vontade generalizada impede qualquer convergência em função de uma saída da avassaladora crise que afeta toda a sociedade.

Immanuel Kant (1724-1804), o mais rigoroso pensador da ética no Ocidente moderno, fez uma afirmação de grandes consequências, em sua Fundamentação para uma metafísica dos costumes(1785): "Não é possível se pensar algo que, em qualquer lugar no mundo e mesmo fora dele, possa ser tido irrestritamente como bom senão a boa vontade (der gute Wille)". Kant reconhece que qualquer projeto ético possui defeitos. Entretanto, todos os projetos possuem algo comum que é sem defeito: a boa vontade. Traduzindo seu difícil linguajar: a boa vontade é o único bem que é somente bom e ao qual não cabe nenhuma restrição. A boa vontade ou é só boa ou não é boa vontade.

Há aqui uma verdade com graves consequências: se a boa vontade não for a atitude prévia a tudo que pensarmos e fizermos, será impossível criar-se uma base comum que a todos envolva. Se malicio tudo, se tudo coloco sob suspeita e se não confio mais em ninguém, então, será impossível construir algo que congregue a todos. Dito positivamente: só contando com a boa vontade de todos posso construir algo bom para todos. Em momento de crise como o nosso, é a boa vontade o fator principal de união de todos para uma resposta viável que supere a crise.

Estas reflexões valem tanto para o mundo globalizado quanto para o Brasil atual. Se não houver boa vontade da grande maioria da humanidade, não vamos encontrar uma saída para a desesperadora crise social que dilacera as sociedades periféricas, nem uma solução para o alarme ecológico que põe em risco o sistema-Terra. Somente na COP 21 de Paris em dezembro de 2015 se chegou a um consenso mínimo no sentido de conter o aquecimento global. Ainda assim as decisões não eram vinculantes. Dependiam da boa vontade dos governos, o que não ocorreu, por exemplo, com o parlamento norte-americano que somente apoiou algumas medidas do Presidente Obama.

No Brasil, se não contarmos com a boa vontade da classe política, em grande parte corrompida e corruptora, nem com a boa vontade dos órgãos jurídicos e policiais jamais superaremos a corrupção que se encontra na estrutura mesma de nossa fraca democracia. Se essa boa vontade não estiver também nos movimentos sociais e na grande maioria dos cidadãos que com razão resistem às mudanças anti-populares, não haverá nada, nem governo, nem alguma liderança carismática, que seja capaz de apontar para alternativas esperançadoras.

A boa vontade é a última tábua de salvação que nos resta. A situação mundial é uma calamidade. Vivemos em permanente estado de guerra civil mundial. Não há ninguém, nem as duas Santidades, o Papa Francisco e o Dalai Lama, nem as elites intelectuais mundiais, nem a tecno-ciência que forneçam uma chave de encaminhamento global. Abstraindo os esotéricos que esperam soluções extra-terrestres, na verdade, dependemos unicamente da boa vontade de nós mesmos.

O Brasil reproduz, em miniatura, a dramaticidade mundial. A chaga social produzida em quinhentos anos de descaso com a coisa do povo significa uma sangria desatada. Nossas elites nunca pensaram uma solução para o Brasil como um todo mas somente para si. Estão mais empenhadas em defender seus privilégios que garantir direitos para todos. Está aqui a razão do golpe parlamentar que foi sustentado pelas elites opulentas que querem continuar com seu nível absurdo de acumulação, especialmente, o sistema financeiro e os bancos cujos lucros são inacreditáveis.

Por isso, os que tiraram a Presidenta Dilma do poder por tramoias político-jurídicas, ousaram modificar a constituição em questões fundamentais para a grande maioria do povo, como a legislação trabalhista e a previdência social, que visam, em último termo, desmontar os benefícios socias de milhões, integrados na sociedade pelos dois governos anteriores e permitir um repasse fabuloso de riqueza às oligarquias endinheiradas, absolutamente descoladas do sofrimento do povo e com seu egoísmo pecaminoso.

Contrariamente ao povo brasileiro que historicamente mostrou imensa boa vontade, estas oligarquias se negam saldar a hipoteca de boa vontade que devem ao país.

Se a boa vontade é assim tão decisiva, então urge suscitá-la em todos. Em momento de risco, no caso do barco-Brasil afundando, todos, até os corruptores se sentem obrigados a ajudar com o que lhes resta de boa vontade. Já não contam as diferenças partidárias, mas o destino comum da nação que não pode cair na categoria de um país falido.

Em todos vigora um capital inestimável de boa vontade que pertence à nossa natureza de seres sociais. Se cada um, de fato, quisesse que o Brasil desse certo, com a boa vontade de todos, ele seguramente daria certo.



Postado em Brasil 247 em 24/05/2017




"Dinheiro foi combinado<BR>com Temer"








Ainda bem que existem os vagabundos !



Foto: Ricardo Stuckert




Por Fernando Antinarelli, na Revista Fórum


Hoje, dia 28 de abril, vagabundos de todo o Brasil participam da greve geral em protesto contra as reformas trabalhista e previdenciária.

Ainda bem que existem vagabundos para defender os seus direitos. E, claro, os meus também. Afinal, os vagabundos tiveram papel importante na construção dos direitos em todo o mundo.

Foram vagabundos que, com as greves do início dos anos 80, forçaram os grandes empresários a apoiar a luta pela volta da democracia, pondo fim a uma ditadura de 20 anos.


Eram também vagabundos aqueles hippies que iniciaram uma revolução cultural nos anos 60 e culminaram na emancipação feminina e no respeito ao direito das minorias.

Naquela época, lá nos Estados Unidos, um pastor vagabundo liderou milhares de outros vagabundos pelo reconhecimento dos direitos dos negros e pelo fim do apartheid naquele país.

Por falar em apartheid, quem não se lembra do vagabundo que ficou preso na África do Sul por quase toda sua vida e que acabou derrubando um regime racista com suas greves e boicotes a produtos produzidos pelos brancos?

Foram também vagabundos que, no início do século XX, iniciaram uma onda de manifestações na Europa e na América pelo reconhecimento dos direitos trabalhistas e pela redução da jornada de trabalho.

Assim como as vagabundas que foram queimadas em uma fábrica norte-americana chamaram a atenção do mundo para a equiparação dos direitos femininos àqueles dos homens. Foi em um 8 de março, mais tarde reconhecido como dia internacional da mulher.

Se eu fosse lembrar de todos os vagabundos que lutaram e perderam a vida para que eu e você tivéssemos uma vida melhor, não bastaria um textão na internet. Eu precisaria escrever uma enciclopédia.

Portanto, termino com uma pequena frase: ainda bem que existem os vagabundos !


doriavaga



O Dia da Infâmia !



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DAMOUS LEMBRA DIA DA INFÂMIA E DIZ QUE BRASIL É GOVERNADO PELO JUDICIÁRIO


O deputado federal Wadih Damous (PT-RJ) lembrou um ano do 'Dia da Infâmia' nesta segunda-feira 17 em um vídeo postado nas redes sociais – quando o processo de impeachment de Dilma Rousseff foi aceito na Câmara dos Deputados.
Segundo ele, o Supremo Tribunal Federal não deve reverter esse cenário, mesmo depois da confissão de Michel Temer de que o impeachment ocorrreu por um ato de vingança de Eduardo Cunha, porque "está mergulhado no golpe. Está mergulhado no desmonte do País".
Para Damous, "Temer desgoverna aquilo que ele foi pago para fazer. O desmonte das políticas sociais, do estado brasileiro". O deputado diz ainda que "hoje quem governa o País é o sistema de Justiça brasileiro. A política foi engolfada pelo Supremo, pela República de Curitiba e pela Polícia Federal".




Postado em Brasil 247 em 17/04/2017



Wagner Moura : Quem tem medo de artista?




Wagner Moura

Artistas são seres políticos. Pergunte aos gregos, a Shakespeare, a Brecht, a Ibsen, a Shaw e companhia - todos lhe dirão para não estranhar a participação de artistas na política.

A natureza da arte é política pura. Numa democracia saudável, artistas são parte fundamental de qualquer debate. No Brasil de Michel Temer, são considerados vagabundos, vendidos, hipócritas, desprezíveis ladrões da Lei Rouanet.

Diante de tamanha estupidez, fico pensando: por que esses caras têm tanto medo de artistas, a ponto de ainda precisarem desqualificá-los dessa maneira?

Faz um tempo, dei muita risada ao ver uma dessas pessoas, que se referia com agressividade a um texto meu, dizer que todo bom ator é sempre burro, pois sendo muito consciente de si próprio ele não conseguiria "entrar no personagem".

Talvez essa extraordinária tese se aplicasse bem a Ronald Reagan, rematado canastrão e deus maior da direita "let's make it great again". De minha parte, digo que algumas das pessoas mais brilhantes que conheci são artistas.

Esse medo manifestado pelo status quo já fez com que, ao longo da história, artistas fossem censurados, torturados e assassinados. Os gulags de Stálin estavam cheios de artistas; o macarthismo em Hollywood também destruiu a vida de muitos outros. A galera incomoda.

Uma apresentadora de TV fez recentemente sua própria lista de atores a serem proscritos. Usou uma frase atribuída a Kevin Spacey, possivelmente dita no contexto de seu papel de presidente dos EUA na série "House of Cards".

A frase era a seguinte: "a opinião de um artista não vale merda nenhuma". Certo. Vale a opinião de quem mesmo? Invariavelmente essas pessoas utilizam o chamado argumento "ad hominem" para desqualificar os que discordam de suas opiniões.

É a clássica falácia sofista: eu não consigo destruir o que você pensa, portanto tento destruir você pessoalmente. Um estratagema ignóbil, mas muito eficaz, de fácil impacto retórico. Mais triste ainda tem sido ver a criminalização da cultura e de seus mecanismos de fomento, cruciais para o desenvolvimento do país.

Aliás, todos os projetos sérios de Brasil partiram de uma perspectiva histórico-cultural, como os de Darcy Ribeiro, Caio Prado Jr., Sérgio Buarque de Holanda e Gilberto Freyre.


Ver o ministro da Cultura dando um ataque diante do discurso de Raduan Nassar só faz pensar que há algo mesmo de podre no castelo do conde Drácula. Mesmo acostumado a esse tipo de hostilidade, causou-me espanto saber que o ataque, na semana passada, partiu de uma peça publicitária oficial da Republica Federativa do Brasil.

Sempre estive em sintonia com a causa do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto); fiz com eles um vídeo que tentava explicitar o absurdo dessa proposta de reforma da Previdência.

O governo ficou incomodado e lançou outro vídeo, feito com dinheiro público, no qual me chama de mentiroso e diz que eu fui "contratado" -ou seja, que recebi dinheiro dos sem-teto brasileiros para dar minha opinião. O vídeo é tão sem noção que acabou suspenso, assim como toda a campanha publicitária do governo em defesa da reforma da Previdência, pela Justiça do Rio Grande do Sul.

Um governo atacar com mentiras um artista, em propaganda oficial, é, até onde sei, inédito na história, considerando inclusive o período da ditadura militar.

Mas o melhor é o seguinte: o vídeo do presidente não conseguiu desmontar nenhum dos pontos levantados pelo MTST.

O ex-senador José Aníbal (PSDB) escreveu artigo em que me chama de fanfarrão e diz que a reforma só quer "combater privilégios". Devo entender, então, que o senhor e demais políticos serão também atingidos pela reforma e abrirão mão de seus muitos privilégios em prol desse combate? E o fanfarrão ainda sou eu?

Se o governo enfrentasse a sonegação das empresas, as isenções tributárias descabidas e não fosse vassalo dos credores da dívida pública, poderíamos discutir melhor o que alardeiam como rombo da Previdência.

Mas eles não querem discutir nada, nem mesmo as mudanças demográficas, um debate válido. O governo quer é votar logo a reforma, acalmar os credores, passar a conta para o trabalhador e partir para a reforma trabalhista antes que o povo se dê conta.

Tenho uma má notícia: no último dia 15, havia mais de um milhão de pessoas nas ruas do país. Parece que não é só dos artistas que eles deverão ter medo.


WAGNER MOURA é ator. Protagonizou os filmes "Tropa de Elite" (2007) e "Tropa de Elite 2" (2010). Foi indicado ao prêmio Globo de Ouro, no ano passado, pela série "Narcos" (Netflix)


Postado em Conversa Afiada em 21/03/2017


Temer citou como "papel" da mulher os "afazeres domésticos"




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GLEISI PEDE VOTO DE CENSURA À FALA MACHISTA DE TEMER



Líder do PT no Senado, Gleisi Hoffmann (PT-PR) disse já ter 15 assinaturas e pediu apoio para chegar às 27 necessárias para que o documento, em protesto contra o discurso de Michel Temer na cerimônia que "supostamente deveria fazer homenagem às mulheres", conforme disse Gleisi, seja colocado em votação na Casa. 



" Pensar em uma mulher vinculada apenas ao papel do lar é retroceder a história em pelo menos 70 anos. Por isso o discurso proferido ontem pelo presidente Michel Temer foi um insulto, para nós mulheres e para a sociedade, contra a história, contra as nossas conquistas, contra a nossa inteligência e a nossa participação social", disse a senadora; a visão de Temer " é a visão que está dirigindo as políticas públicas para as mulheres ", completou. 

Em cerimônia no Palácio do Planalto pelo Dia Internacional da Mulher, Temer citou como "papel" da mulher os "afazeres domésticos", a ida ao supermercado, cuidar dos filhos e do orçamento familiar. Ele recebeu uma enxurrada de críticas pelo discurso (leia aqui). Hoje, a equipe do Planalto tentou consertar a situação defendendo " igualdade de direitos " nas redes sociais, mas ele também foi criticado.

Assista.







Postado em Brasil 247 em 09/03/2017


Imagens de 1950



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