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O golpe contra Lula, no segundo aniversário do golpe contra Dilma


Ricardo Stuckert


Mauro Lopes

Depois de arrancar a liberdade de Lula, o Judiciário brasileiro arrancou-lhe os direitos políticos neste 31 de agosto.

É um golpe contra Lula, derrubando-o da Presidência diante de sua inevitável consagração nas urnas. É o segundo e mais importante ato do golpe contra a democracia brasileira, desfechado há exatos dois anos quando o Senado derrubou a presidenta eleita por 54 milhões de brasileiros e brasileiras. Quem imaginaria a coincidência macabra para o país? Exatos dois anos depois. 

Maldito agosto para o Brasil! No 22º dia do mês, em 1954, as mesmas forças econômicas, sociais e políticas que desfecharam o golpe contra Dilma e Lula, levaram Getúlio Vargas ao suicídio depois de um cerco semelhante ao que sofreu o ex-presidente mais popular da história nos últimos quatro anos. No dia 25, em 1961, Jânio Quadros tentou dar um golpe contra o Congresso Nacional ao renunciar para ser reempossado com plenos poderes e lançou o país no redemoinho que tragou-o no golpe de 1964. No mesmo 22 de agosto, outra morte, em 1976. Juscelino Kubitschek morreu na Via Dutra numa colisão sobre a qual pairam suspeitas de assassinato por ordem dos militares até hoje.

Agosto das mortes, agosto dos golpes.

Uma afronta aos eleitores, que têm manifestado reiteradamente nas pesquisas seu desejo de levar Lula à Presidência já no primeiro turno. As elites alegam: mas as instituições, mas a lei, mas as condenações. Que instituições? Que lei? Que condenações? Se todo o processo contra Lula está baseado no rompimento das instituições, na transgressão da lei, numa condenação que se iguala em tudo à condenação de Nelson Mandela pelo regime do apartheid na África do Sul? Em 1964, outra coincidência temporal trágica, Mandela foi condenado à prisão perpétua, como Lula agora -não nos iludamos, a condenação de um homem de 72 anos como Lula a uma pena superior a 12 anos não têm outra intenção senão a que mantê-lo no cárcere até a morte, considerando-se que o regime do apartheid brasileiro tem outras condenações no forno para somarem-se à primeira. 

Em 2015/2016, as elites romperam a institucionalidade do país ao derrubar a presidenta eleita. Uma vez rompida a institucionalidade, somaram-se os atos de arbítrio, os abusos, as prisões, as censuras, as punições, os cercos um depois do outro, numa escalada rumo ao Estado Policial. O povo brasileiro rejeitou o rompimento com a institucionalidade definida pela Constituição de 1988. Não é por outro motivo que os líderes visíveis do golpe, Michel Temer e Aécio Neves, e seus representantes no processo eleitoral Geraldo Alckmin e Henrique Meirelles, são execrados, tidos como vis e desprezíveis, como atestam as pesquisa que se sucedem desde 2015.

O exílio de Lula em Curitiba, sua prisão política e agora a cassação de seus direitos políticos causa escândalo em todos os democratas no Brasil e ao redor do mundo. A tal ponto que as Organizações das Nações Unidas (ONU), num ato raro, excepcional em sua história, decidiu manifestar-se sobre a situação brasileira e conceder uma liminar ao ex-presidente para que ele possa participar do processo eleitoral.

Mas, não. As elites -um punhado de pessoas ricas, milionárias, não mais que 1% do país, algo como 2 milhões de pessoas, decidiram impor sua vontade aos restantes 99% do Brasil -205 milhões de seres humanos. Assaltaram o poder, tomaram para si do comando do Estado, nos três poderes, o Executivo, o Legislativo e o Judiciário, respaldados por uma rede de mídias sob seu controle que não tem paralelo no mundo.

Tomaram tudo para si.

Fizeram outro agosto. 

Maldito agosto. 


Postado em Brasil 247 em 31/08/2018



Com a retirada de Lula da eleição 2018 esta propaganda política não poderá mais ir
 ao ar na tv 






Só Lula traria democracia, soberania, desenvolvimento e dias melhores . . .


















bessinha (5).jpg


Janio de Freitas, na Folha, dizendo pouco e dizendo bem:

A ministra Cármen Lúcia
quer que o Brasil
“volte a ser um país gentil”.
Mas gentil com quem?
Com os negros, os índios,
os brancos pobres,
os milhões com ganho
abaixo de meio salário mínimo,
as crianças que nascem
para logo morrer
por falta de saneamento,
os assassinados por
certeira bala perdida,
os que têm fome
e não têm remédio,
gentil com quem?
O primeiro afazer para
o desejo samaritano
da ministra seria
apagar toda, toda a
História do Brasil.
Nela não há,
em página alguma,
o país a que voltarmos.
De posse do presente,
e só dele, porque
nos últimos tempos
e ainda agora
destruímos o futuro,
restar-nos-á
rogar aos céus
o raio que nos parta.
Não demonstramos competência para mais, em meio milhar de anos.


Ricardo Stuckert




Sem casa, sem emprego e com mais crianças mortas: o Brasil do golpe é um pesadelo


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Joaquim de Carvalho

Duas notícias dão a medida de como o Brasil piorou nos últimos anos, depois que se colocou em marcha o movimento para tirar Dilma Rousseff e o PT do poder.

O Fantástico da Rede Globo mostrou as obras do Minha Casa, Minha Vida que estão paradas em vários Estados do Brasil.

Um motivo é de ineficiência administrativa: o governo que assumiu em 2016 não conseguiu entregar as moradias por não fazer coisas simples, como a ligação de energia.

Outro problema é em razão da falta de recursos: as construtoras abandonaram as obras porque não recebem do governo federal.

Hoje a Folha de S. Paulo informa que, pela primeira vez em 26 anos, aumentou a mortalidade infantil.

Até 2016, o Brasil vinha reduzindo a taxa de mortalidade infantil em 4,9%, em média, a cada ano. No primeiro ano do governo de Michel Temer, essa taxa aumentou em 5%.

Hoje morrem 14 crianças a cada mil nascimentos. A tendência, segundo estudos do próprio Ministério da Saúde, é que a mortalidade infantil tenha crescido em 2017 e cresça também em 2018.

O governo que assumiu na mão grande, conspirando para derrubar a presidente eleita com cerca de 54 milhões de votos, atribui o desastre à herança da administração de Dilma.

Seus porta-vozes na velha imprensa endossam a posição. Mas estas análises já não convencem nem mesmo quem foi às ruas de camisa da CBF protestar contra a corrupção.

Em 2014, último ano em que Dilma pode governar sem estar emparedada pelo movimento, vá lá, golpista, os índices de emprego e renda eram vigorosos.

Na prática, não havia desemprego no Brasil: os 5% registrados indicavam que quem procurava colocação encontrava. Hoje a taxa de desemprego é superior a 12%.

Com renda menor e menos emprego, a economia trava, os impostos caem e o governo fica sem dinheiro para tocar o orçamento.

Não é difícil compreender.

Mas, desde 2016, o Brasil vive de farsa: com a aprovação do teto nas verbas do orçamento, o país voltaria a crescer. Não voltou.

A reforma trabalhista provocaria uma explosão na geração de empregos. Não provocou.

A privatização de ativos públicos provocaria um novo ânimo nos investidores. O que foi privatizado só deu alegria — e muita alegria — a quem comprou, não aos ex-donos, no caso, nós.

A passagem aérea, com a permissão de cobrança por bagagem, tornaria as viagens mais baratas. Não tornou.

Enfim, a lista de fracassos é gigantesca e, por óbvio, explica por que Lula, sem ser visto pelo grande público há 100 dias, lidera as pesquisas.

Explica também por que há um movimento gigantesco para que Lula continue longe do povo, movimento que é liderado por setores do Judiciário, mas que não parecem autônomos.

O Brasil é um país que se move por lobbies, como de resto a maior parte das nações. E Lula, numa definição precisa, é o lobista dos mais pobres.

É ele quem, efetivamente, briga por mais casas — Minha Casa, Minha Vida — e também contra a mortalidade infantil.

Havia um tempo em que se dizia que fazia isso por demagogia. Mas, desde que governou, colocou em prática políticas sociais que atenuaram as mazelas dos mais pobres.

É fato, não é discurso.

Ele e o PT falharam em muitas coisas quando governaram, mas dizer que o Brasil não era melhor com eles é uma mentira que ofende a inteligência.

E, além disso, ajuda a manter as coisas como estão: o pobre sem casa e a criança morrendo.

Alguém deve estar ganhando muito com este estado de coisas, e não é o brasileiro de uma maneira geral.



Postado em DCM em 16/07/2018



“Sucesso de público e crítica”, diz cearense que criou a camiseta “É gooolllpppeee no Brasil”




O cearense Ricardo Kelmer, escritor e roteirista, desenhou a camiseta com o lema “É gooooooolllpppe no Brasil”, sucesso instantâneo.

Ficou mais conhecida depois que uma senhora, a “Dona Ana”, apareceu na Fox Sports dando entrevista com ela na Copa da Rússia. Kelmer contou como surgiu sua criação em seu blog:

A ideia me veio no começo do ano: criar uma camiseta especial para a Copa do Mundo. Sim, pois eu não me sentiria à vontade em usar a camisa da seleção, com a logomarca da supercorrupta CBF, que se tornou símbolo dos paneleiros de direita em suas manifestações Fora Dilma.

Primeiramente, pensei numa assim: a camiseta amarela com foto do Maradona abraçado ao Lula, e os dizeres “Maradona es mejor que Pelé”. Sim, bem provocativa mesmo. Provavelmente, eu apanharia na primeira esquina.

Acabei optando por outra ideia: “É GOOOOOOLLLPPPEEE NO BRASIL!!!”, uma frase dividida em sete linhas, com o letreiro na estampa sugerindo, no início da leitura, um grito de comemoração de gol, mas que se transforma em um brado de denúncia política ‒ uma bem humorada pegadinha visual.

Esta me pareceu melhor. Meus sócios no bloco Simpatizo Fácil concordaram em comercializá-la, aprimoramos o desenho original e começamos a divulgar. Alguns amigos sugeriram que, além da amarela e da azul, fizéssemos também na cor vermelha, porque a democracia também sangra. E assim foi.

O resultado é que a camiseta é um sucesso de público e de crítica (com exceção dos paneleiros, claro). As postagens na internet foram compartilhadas aos milhares e recebemos centenas de pedidos de vários estados do país, e até do exterior.

Foram feitas imitações em algumas cidades, inclusive em Fortaleza. Fico gratificado que minha ideia esteja sendo usada para divulgarmos esse golpe nefasto que assola nosso país. Aliás, apesar da camiseta ter sido criada para a Copa, ela poderá também ser útil nas Eleições.

Uma curiosidade. Do total de compradores da nossa camiseta, 73% são mulheres. Mesmo considerando que algumas tenham comprado para a família e amigos, o percentual é bastante significativo. Seriam elas mais conscientes que os homens da situação política de seu país?

Ah, sabe aquela tal camiseta do Maradona?

Nós fizemos também. Nela, o craque argentino, admirador declarado do presidente Lula, exibe uma camiseta com o rosto de Lula e os dizeres “Lula Livre”, e embaixo a frase “Maradona Es Mejor que Pelé”. Folclore futebolístico e ativismo político.

Caso você deseje conhecer e adquirir a camiseta É Golpe no Brasil!, a original, o link da postagem no Facebook é este: 



Postado em DCM em 19/06/2018