Mostrando postagens com marcador empatia. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador empatia. Mostrar todas as postagens

Você pode seguir dietas, mas nunca se esqueça do peso de suas atitudes



Precisamos de olhos nos olhos, mãos entrelaçadas, toques no corpo, toques na alma. Precisamos conversar e ouvir a nossa própria voz. Precisamos ouvir as outras vozes.


Marcel Camargo


Não há quem não esteja reclamando dos tempos de hoje, seja em qual aspecto for. Viver não está fácil para ninguém e isso tanto na vida lá fora quanto aqui dentro de cada um. Assistir aos noticiários é agoniante, navegar pelas redes sociais é para poucos estômagos e o tédio longe da internet pontuam os dias atuais.

Parece que as pessoas estão cada vez mais se afastando da espiritualidade, da fé, da religião, ocupadas que estão com o consumismo material e com o melhor ângulo das selfies. Embranquecem os dentes, harmonizam a face, preenchem com botox as rugas, hidratam as madeixas, levantam pesos, correm maratonas. Acompanham stories, disseminam as fofocas dos famosos e tentam lacrar no twitter.

Nessa toada, infelizmente, muitos de nós resumimos nosso cotidiano a uma jornada trabalhista extenuante, entremeada por uma atenção exacerbada voltada à tela do celular. Não nos esquecemos de fazer checkin, de postar o prato de salada, de rebater comentários no twitter, de acompanhar a vida dos midiáticos em geral. Enquanto isso, quem vive com a gente, ali de carne e osso, vai sentindo solidão.

Na verdade, a solidão também está dentro de nós, enquanto interagimos virtualmente, uma vez que, por mais que troquemos mensagens cibernéticas com alguém, não há o que possa substituir a troca de energia viva entre pessoas ali ao lado umas das outras. Somos sentimentos, somos sentidos, toque, olhares, vozes, somos bem mais do que palavras digitadas em telas frias e robóticas.

Precisamos de gente com a gente. Precisamos de olhos nos olhos, mãos entrelaçadas, toques no corpo, toques na alma. Precisamos conversar e ouvir a nossa própria voz. Precisamos ouvir as outras vozes. Precisamos de interlocução no mundo, no real, na vida, ali juntinho. Somos seres gregários, desde sempre, e isso nenhuma interação virtual é capaz de fornecer com efetividade.

Não podemos tão somente nos preocupar com nossa imagem, com nossa aparência, com nossa vida virtual. É importante pensar em nós mesmos, mas sem deixar de lado o que somos em relação aos outros também. Ninguém é uma ilha. 

Pode se preocupar com o cabelo, com as unhas, com os músculos. Pode se preocupar com a alimentação, com os cílios, com a brancura dos dentes. Pode se preocupar com o peso do corpo, mas nunca deixe de atentar para o peso de suas atitudes, de suas palavras, de sua importância na vida das vidas que estão bem do seu lado. É isso.




 

Atenção, afeto e carinho : um mundo diferente se aproxima

 



Sigo acreditando que tudo será melhor que antes, que o sentimento de humanidade chegará de alguma forma a todos os corações e que não será tão necessário se falar de compaixão e solidariedade, pois serão comuns a todos nós, algo natural que todo o ser humano irá sentir.


Patrícia Tavares 


Atenção, afeto, carinho são o que existem de melhor em todos os tempos, principalmente em tempos tão estranhos. Eles fazem crer que a vida pode ser melhor e quando percebemos que temos pessoas ao nosso lado que realmente se importam conosco, esta constatação nos fortalece.

Saber que mesmo com tamanha distância existe tanta proximidade, tanta beleza nas relações, nos vínculos, isso enche o coração de esperanças, de fé na vida e no amanhã. Saber que existem pessoas que têm muito amor nos seus corações e que parte deste amor é um pouco nosso, traz luz, traz alegria para pensarmos em dias melhores. Saber que temos pessoas a quem amamos e que queremos muito bem nos traz conforto e muita força para desejar que tudo isso passe logo, que novos tempos mais renovadores venham logo.

Quando se tem amor no coração, se tem amor para dividir com as pessoas, se tem muita esperança e fé, porque o amor aproxima, amor transpõe montanhas, o amor transpõe todas as dificuldades, ele é a própria vida, nutre de melhores possibilidades nossa caminhada e nos ajuda acreditar em pessoas que se solidarizam, que iluminam, que cooperam, não só com a vida dos seus, mas com a vida de todos.
" Sigo acreditando que tudo será melhor que antes, que o sentimento de humanidade chegará de alguma forma a todos os corações e que não será tão necessário se falar de compaixão e solidariedade, pois serão comuns a todos nós, algo natural que todo o ser humano irá sentir."

A cooperação, gentileza, generosidade também serão uma constante na vida de todos.

Um mundo diferente se aproxima eu acredito, seremos melhores, seremos mais amorosos com todos. Vislumbre de um novo mundo. Transformações verdadeiras acontecerão dentro do coração de cada um porque as dores não são somente dores, as dificuldades não são só dificuldades, elas nos fornecem subsídios de evolução para cada um de nós.

Todos os acontecimentos da vida humana são carregados de representações, de significados. Existe muito mais do que podemos entender, a vida é de aprendizado e cooperação, de ajuda mútua, de afeto, carinho e amor, assim que todos nós merecemos viver, dando as mãos.

Uma vida de aprendizado, de trocas de experiências e de vivências, cada um se interessando em cooperar de verdade com a vida do outro, se sensibilizando pela história, possibilidades, limitações de cada um e contribuindo como for possível, deste jeito a vida será mais bonita, mais justa, mais igualitária, mais ampla e muito melhor. 
" A vida pode ser melhor e será. Ela depende de todos nós juntos."
Eu preciso de você assim como você precisa de mim.













Empatia e Respeito : duas palavrinhas mágicas que mudam o mundo !




Oi queridos amigos. Que tal conhecermos com mais profundidade o significado de EMPATIA e RESPEITO para colocarmos em prática atitudes que nos farão bem e mais bem ainda ao nosso próximo? A empatia é, em termos simples, a habilidade de colocar-se no lugar do outro e o respeito é a atitude necessária para conviver sem conflitos, aceitando as diferenças entre as pessoas. Vamos aprender mais sobre essas palavras mágicas? Venha comigo !


Empatia, saiba o que é ! 

A empatia é, em termos simples, a habilidade de colocar-se no lugar do outro. Por exemplo, se você escuta uma história sobre uma criança que perdeu os pais em uma comunidade que foi devastada pelo desmoronamento de uma barragem e se comove, é possível ter dois tipos de reação: sentir dó, que representa a simpatia; ou se colocar no lugar daquela criança, imaginar o que ela passou e tentar entender o que ela sentia, enxergar o panorama a partir dos olhos dela. É ser sensível a ponto de compreender emoções e sentimentos de outras pessoas.

Ser empático não se restringe às pessoas que conhecemos, mas principalmente com os desconhecidos ou mesmo com pessoas com características opostas às nossas. Este é um grande esforço que demanda sensibilidade, inteligência emocional e vontade de experimentar uma nova perspectiva. Esta é uma habilidade que pode ser aprendida, mas que precisa ser cultivada diariamente.
A capacidade de se colocar no lugar do outro é uma das funções mais importantes da inteligência. Demonstra o grau de maturidade do Ser Humano.  - Augusto Cury -


No entanto, apesar de toda a ênfase e valor que nossa cultura atribui à empatia – especialmente como um antídoto contra o bullying e outros comportamentos antissociais – há uma grande confusão sobre o que é, e o que não é. Aqui está o que a ciência sabe sobre a empatia:

1 - Empatia e Simpatia não são sinônimos:

Algumas pessoas costumam substituir uma pela outra, mas na verdade, são processos diferentes. Quando você sente simpatia por alguém, você se identifica com a situação que a pessoa vivencia. Isso pode ser um sentimento puro e verdadeiro; você pode sentir simpatia por pessoas que você nunca conheceu ou por um problema que você pessoalmente nunca experimentou, assim como por pessoas que conhece e cenários que são familiares à você.

Mas sentir simpatia não conecta você necessariamente com a pessoa ou com o que ela está sentindo. Você pode ser solidário com a situação de alguém, e ao mesmo tempo ignorar completamente seus sentimentos e pensamentos.

O processo emocional chamado empatia é outra coisa; envolve realmente ouvir e compreender o ponto de vista e/ou a situação do outro, podendo, ou não, se identificar e sentir os mesmos sentimentos. A simpatia é o sentimento por alguém; empatia envolve o sentimento com alguém.



2 - A Empatia é um comportamento aprendido

A pesquisadora e best-seller Brené Brown ficou famosa ao escrever sobre vulnerabilidade, vergonha, estranhamento e outras emoções que sentimos ao crescer.

Para ela, as crianças têm oportunidades de aprender empatia com seus pais, professores e colegas. Ler boa literatura pode ser uma maneira poderosa de desenvolver empatia, assim como estudar uma história ou estar presente com um amigo no parquinho que está passando por momentos difíceis.

No Brasil, um estudo da Universidade Federal do Rio Grande do Sul analisou 100 crianças carentes, com idades entre 6 e 9 anos, a fim de entender qual o impacto da empatia na vida delas. O resultado trouxe uma revelação importante: crianças mais empáticas tendem a ser mais competentes socialmente do que as outras.

3 - Você não é responsável pelas emoções dos outros

Um obstáculo para expressar empatia autêntica é a tendência de acreditar que somos responsáveis por fazer com que outras pessoas se sintam melhor, especialmente aquelas que amamos. Imagine se as emoções de todos a nossa volta fossem nossa responsabilidade, ficaríamos sobrecarregados !

A empatia não nos pede para assumir a responsabilidade pelos sentimentos de outra pessoa. Trata-se da capacidade de estar verdadeiramente presente e de manter um espaço seguro para os outros sentirem suas próprias emoções completamente. Assim, elas são capazes de entender sua experiência.

Desenvolver a empatia nos permite um maior bem-estar emocional e mais qualidade nos relacionamentos. Além disso, ela pode ajudar a manter a nossa saúde mental, já que promove o autoconhecimento.

É preciso dominar esta sabedoria que, em muitas situações, não nos ensinaram nem na profissão, nem nos livros. Empatia se aprende ! 


Quando demonstramos empatia?

Podemos ser muito empáticos, mas se não demonstrarmos e se não colocarmos em prática, isso não serve para nada. Dito isto, vamos enumerar algumas ocasiões em que podemos utilizar a empatia:

Quando sabemos ouvir e compreender os sentimentos do outro sem estar tão dependentes de nós mesmos e das nossas próprias palavras.

Quando não usamos apenas palavras para consolar. Também um abraço, um tapinha no ombro, um beijo e uma carícia nos fazem ser mais empáticos.

Quando estamos com alguém que tem um problema e o ajudamos, por exemplo, com o nosso senso de humor.

Quando nos expressamos com delicadeza e cortesia.

Quando não mostramos atitudes de aborrecimento, irritação e cansaço diante daquilo que os outros nos contam.

Quando não fazemos um comentário, uma piada ou uma brincadeira que sabemos que vai chatear o outro.

Quando fazemos, por exemplo, um idoso ou uma criança compreenderem que os entendemos.

Quando ajudamos a resolver problemas e somos capazes de acalmar os outros.

Por outro lado, também podem existir momentos e situações em que não mostramos empatia:

Quando acreditamos que os nossos problemas são os únicos que existem no mundo.

Quando não escutamos os outros.

Quando julgamos e fazemos comentários que machucam.

Quando não oferecemos um sorriso, um gesto amável ou uma carícia aos outros.

Quando fazemos sempre algo pelos outros na esperança de receber algo em troca.

A empatia é uma boa habilidade para colocar em prática, pois nos permite compreender os outros. Mas também é imprescindível termos cuidado ao praticá-la em excesso, para não nos desconectarmos de nós mesmos. E agora vamos conhecer um pouco do significado de respeito.

Para que serve o respeito?

Respeitar é colocar distância diante da visão diferente de outra pessoa. Ele, portanto, nos ajuda a não julgá-la pela sua escolha ou opinião.

Respeitar é considerar a outra pessoa nas suas diferenças individuais, não esperando que esta seja de outra forma, que opine ou que se comporte de forma diferente a como essa pessoa é.



Como conseguir respeitar a todos?

Respeitar é perceber que cada pessoa tem direito de escolher ser quem ela realmente é, na sua forma de pensar, de opinar, de sentir, de agir e inclusive nos seus gostos e preferências de vida.

Portanto, se cada pessoa tem o direito de ser quem ela decidir ser, ninguém mais tem o direito de opinar, nem de decidir sobre a outra pessoa.

De que forma mostrar respeito?

O respeito se expressa quando não se julga a outra pessoa pela sua visão, decisão, comportamento, ou forma de vida. A pessoa não é censurada nem recriminada por ser como é, e também não se espera que ela seja de outra forma.

Portanto, respeitar é a maior mostra de que aceitamos a outra pessoa na sua individualidade, na sua totalidade como a pessoa que é, não como gostaríamos que ela fosse.

Como expressar o respeito?

O respeito se mostra por meio da empatia, isto é, com uma atitude comunicativa que mostra que sabemos, aceitamos e respeitamos a outra pessoa como ela é, mesmo que talvez não estejamos de acordo com suas decisões, opiniões ou comportamentos.

A empatia é a ferramenta utilizada dentro da comunicação assertiva ou adequada, que mostra o respeito depois de escutar a outra pessoa, observando de onde ela nos fala, com seus sentimentos e experiências pessoais.

Para isto, expressa-se compreensão e entendimento em relação ao seu direito e, se for o caso, posteriormente podemos expressar a nossa própria opinião, que mesmo que seja diferente, é respeitosa diante do ponto de vista alheio.


Quando é mais difícil respeitar?

É mais difícil respeitar quando ser quer ter razão a qualquer custo, ou quando se supõe, frente a qualquer ponto de vista, que a própria postura é a única possível, e a que possui a certeza absoluta.

Por outro lado, é pouco provável que exista o respeito quando a atitude é agressiva com a outra pessoa, nos gestos, na comunicação não verbal e nas atitudes. Mesmo com as palavras adequadas, o respeito não está presente.

Para respeitar…

É preciso considerar a sua própria visão apenas como uma possibilidade entre muitas outras.

É preciso falar na primeira pessoa, opinando e expressando o que é o seu ponto de vista, não o que marca “a lei como verdade absoluta”.

É preciso aceitar que a própria percepção, ainda que pareça objetiva, não o é em nenhum caso. A percepção está sujeita à própria interpretação, baseando-se nas experiências anteriores, no estado de ânimo e, inclusive, nas crenças prévias que já existem em cada pessoa, em função do seu próprio aprendizado.

E quando nos dirigimos aos outros, devemos fazê-lo a partir da empatia, incluindo a escuta e a observação da abordagem da outra pessoa, assim como a aceitação do seu direito de ser como decidir ser.

Entendeu agora porque empatia e respeito andam de mãos dadas? É o amor imperando !


E agora uma canção incrível, muito empática que você vai adorar !

É dos anos 80 !  Erasure ♥ A LITTLE RESPECT 

❤️ “A Little Respect”, um dos maiores hits da lendária dupla Erasure, é a música mais incrível que você vai ouvir agora. Uma das bandas que mais fizeram sucesso na década de 1980, Erasure foi pioneira do synthpop e influenciou muitos artistas pop.


Duo Erasure

❤️ A banda, composta pelo guitarrista Vince Clarke e pelo vocalista Andy Bell, iniciou carreira no mercado musical em 1985, com o lançamento do single “Who Needs Love (Like That)” e logo em seguida estrearam com o álbum “Wonderland”.

"A Little Respect" é uma canção lançada em 1988 pelo duo britânico, sendo o terceiro single europeu (e segundo americano) do seu álbum The Innocents. A canção fala a importância do Respeito e da Empatia para todos, nós, saudosistas da boa música !

❤️ Até a próxima gente !! 




Fontes de Inspiração e Pesquisa: A Mente é Maravilhosa
Imagens do Tumblr editadas por Adriana Helena




Somos solidários ? Crônica e comentário de leitor


Resultado de imagem para solidariedade



Juremir Machado da Silva

Um cachorrinho entrou na ambulância para acompanhar o dono. Um desempregado enfrentou um pitbull para salvar uma criança. Pessoas servem refeições sob os viadutos para moradores em situações de rua. Uma mulher faz protesto solitário contra os bilhões destinados ao fundo eleitoral que alimentará campanhas políticas cheias de truques publicitários. Como é a vida nestes tempos trepidantes e tecnológicos?

Estávamos em Santa Catarina numa linda pequena praia numa zona de proteção ambiental. Ao final da tarde, conseguimos, contra todas as expectativas, um Uber para ir a uma praia vizinha com uma faixa de areia maior para caminhar. O motorista não podia nos esperar para o retorno. Tentamos obter um carro de aplicativo até que os celulares começaram a sinalizar que ficariam sem bateria. Era um bairro fashion de imensas casas, carros poderosos e muita gente nas ruas, mas nada de bares, salvo uma padaria. A estrada de volta para a nossa praia, cheia de curvas, não tinha acostamento. Era um convite para um acidente.

Táxis não havia. A noite caía no último dia do ano. Parou uma camionete. Fui conversar com o motorista. Ele disse que estávamos na mesma pousada, a uns 15 minutos de carro dali, mas que não podia nos levar por ter pressa de chegar a uma festa, a uns 15 minutos na direção contrária, onde passaria a noite. Tratei de mostrar-lhe que entendia perfeitamente a situação. A pousada não tinha carro disponível que soubéssemos. Ainda assim, se nada rolasse, ligaríamos para pedir resgate. Tão perto e tão longe. Meu celular se apagou. O da Cláudia ainda resistia. Surgiu, então, a esposa do homem da camionete. Ela saía da padaria com as últimas encomendas para a festa. Ficou constrangida com a nossa situação. Quando já se preparavam para sair, ela nos acenou com um papel: o telefone de um senhor que fazia corridas na região.

Ligamos. O homem que atendeu nos prometeu aparecer em 40 minutos. Será que viria? Enquanto esperávamos, sentados na calçada, víamos gente passar. Ninguém parecia nos notar. Comecei a me sentir profundamente infeliz. Refletia: eu teria levado aquele homem à pousada se fosse eu a estar de carro e ele a procurar uma saída para a bobagem em que se metera? É fácil acusar o egoísmo alheio quando se está em apuros. Faltando dez minutos, usamos o último restinho de bateria para conferir com Seu Antônio se, de fato, ele viria. Confirmou. No máximo em 20 minutos. Passaria por nós, acenaria, seguiria na direção oposta com passageiros e voltaria para nos pegar. Assim aconteceu. Precisamente.

O nosso problema era tão pequeno. Mesmo assim, desagradável. Como teríamos resolvido se o desconhecido Seu Antônio, fazendo corridas havia apenas 15 dias, não fosse um homem de palavra, que queria, além de tudo, apenas 20 reais pela viagem? Aprendi algumas pequenas coisas: não confiar cegamente na sorte e em aplicativos, ter fé nos homens simples, negociar melhor a volta quando a ida já é duvidosa. Uma coisa ainda não resolvi: eu teria voltado para deixar o outro na pousada?

*

Pelotas, 13 de janeiro 2020.

Caro Juremir, lendo a tua crônica de hoje no Correio do Povo, ao final respondi: - eu teria voltado. Teria mesmo? E nesse momento saltou de um escaninho da memória uma lembrança que estava esquecida. Década de 80, eu, jovem Veterinário, trabalhava na Cooperativa de Lãs de Santa Vitória do Palmar, e quase sempre me deslocava ao interior do município para dar atendimento aos associados nas suas diversas demandas que se relacionavam à área animal. De modo geral, retornava à sede do município ao final da tarde ou ao cair da noite. Nesse dia, de um verão calorento, já de noite, voltava cansado, trabalhara o dia inteiro perto da Ramada, distante uns 40 km da sede municipal, ansiando pela chegada em casa, mas tendo que ainda deixar o carro e meu equipamento veterinário na Cooperativa, vejo na estrada de chão, um carro parado, capô levantado e dois homens debruçados sobre o motor. Instantaneamente paro o meu carro na intenção de oferecer ajuda, repetindo uma ação muitas vezes realizada pelo meu pai. Desço, converso, o carro estava com algum defeito mecânico, o calor era insuportável, uma nuvem de mosquitos famintos nos cercava, olho para o interior do veículo, um chevete, vidros fechados, lá dentro duas mulheres e três crianças, uma de colo, trancadas por causa dos mosquitos, mas sufocando pelo calor!

- Como posso ajudar? Um deles me responde: - já está vindo alguém para rebocar o carro, mas vai demorar, se o Sr. pudesse levar as mulheres e as crianças de volta prá Ramada, nós moramos ali, seria de muita valia.

Eu usava um fusca, 1300, cinza, pneu lameiro, que Santa Vitória quando chove torna-se quase um banhado, e o banco traseiro era totalmente ocupado por uma caixa de metal, que até hoje me acompanha, com todo meu material de trabalho (material cirúrgico, medicamentos, seringas e agulhas descartáveis, material para necropsia, etc...).

Suspirei, - Sem problemas. Descarreguei a caixa, a deixei ao lado do chevete, sobre a areia da estrada. As mulheres e crianças, agradecidas, embarcaram no fusquinha, manobrei o carro e dei de volta, agora chato, pertinho do chão. Entre 20 e 30 km de retorno, deixei a turma em casa, voltei ao chevete, o auxílio ainda não havia chegado, mas chegaria em breve, carreguei minha caixa, despedi—me das pessoas e rumei para o meu destino.

Cheguei em casa noite alta, cansado, mas sentindo aquela sensação de dever cumprido. Meu pai teria feito a mesma coisa, era uma benção tê-lo como exemplo.

Sim, Juremir, eu teria voltado.

Paulo Ricardo Centeno Rodrigues









As crianças ainda vão nos salvar


Criança no Shopping Pátio Maceió
Criança no Shopping Pátio Maceió  (Foto: Reprodução)

Esperança : criança defende transexual expulsa de shopping em Maceió e dá lição sobre preconceito


No caso de transfobia que aconteceu no Shopping Pátio Maceió, disseram a um garoto que tinham pena dele por ter apoiado a transexual expulsa. O menino respondeu: "eu que tenho pena de você, que você é preconceituoso"

4 de janeiro de 2020, 11:56 h
247 - Após mulher trans ser impedida de usar o banheiro feminino e expulsa do Shopping Pátio Maceió, em Alagoas, criança, que apoiou a vítima, deu lição em uma pessoa que o tentou reprimir.

"Ele disse que tinha pena de mim porque eu tava apoiando a transexual. Eu fiz: eu que tenho pena de você, que você é preconceituoso", disse o garoto.
Assista:

Postado em Brasil 247 em 04/01/2020

Quem tem Deus no coração, tem Deus nas atitudes



19 Fotos de boas ações que mostram que a humanidade tem jeito



Por mais incrível que pareça, existem pessoas que usam a religião como véu para esconder um caráter maligno e egocêntrico. Então, elas vão à Igreja, rezam o terço, falam de Jesus, mas, de forma alguma, seguem suas atitudes. É muito fácil falar lindas palavras sobre Deus e defender sua crença. Difícil mesmo é calar diante de uma ofensa ou entregar uma injustiça na mão Dele sem ao menos desejar o pior para o próximo em um amargo desejo vingança.

Mais fácil ainda é elevar as mãos ao céu, em louvor. Mas quando você precisa que lhe estendam a mão, fazem-se de desentendidos. No dia que você precisa de ajuda, amigos e familiares fingem-se de ocupados e ignoram seus áudios no WhatsApp.
“(…) FICAR FELIZ COM A SUA GRAÇA ALCANÇADA, POR SUAS CONQUISTAS E REALIZAÇÕES, PODE SER UMA DURA TAREFA PARA OS CORAÇÕES ENGANADOS.”
Não exige muito deles pedir graças a Deus. Agora, ficar feliz com a sua graça alcançada, por suas conquistas e realizações, pode ser uma dura tarefa para os corações enganados. Ter empatia para com a sua dor, às vezes, é um trabalho árduo mesmo para quem se diz filho do Rei.

Levantar cedo para ir a Igreja parece natural, porém, para ir até você quando está necessitado, acompanhá-lo ao médico ou em qualquer momento delicado, falta espaço na agenda deles. Algumas pessoas dizem “Senhor, sou teu servo”, mas quando chega a hora de trabalhar pelo bem de quem está ao redor, estas palavras são esquecidas, como se trabalhar para as pessoas que estimam não fosse servir a Ele. Escutar a voz de Deus, é incrivelmente fantástico, mas para ouvir a dor de um amigo que se encontra em depressão ou terminou um relacionamento parece que falta ouvidos a eles. Escutar o lamento de um familiar que passa por dificuldade é chato e uma grande perda de tempo.

As pessoas se dispõem a fazer sacrifícios em nome do Senhor, que não precisa delas para nada porque já é onipotente em sua força infinita, mas quando é para ajudar alguém que se importa, como você se importa com eles, esse sacrifício vira tortura, estão cansados e sem tempo.

É fácil ficar em jejum em nome de Deus, difícil é dar um prato de comida a quem passa fome, seja por suas limitações físicas ou por suas dificuldades mentais e comportamentais. É fácil participar da campanha de alimentos da Igreja entregando um quilo de arroz, difícil é bater à porta de quem precisa e oferecer-lhe mais do que alimento.
“É MUITO BOM AMAR JESUS, O HOMEM MAIS BENEVOLENTE QUE JÁ PISOU NA TERRA. DIFÍCIL É ACEITAR A IMPERFEIÇÃO DOS PAIS, IRMÃOS E AMIGOS.”
Quantas pessoas se reúnem para uma missa ou culto? Mas muitas delas se afastam na hora que a união pode fazer a força para que o bem vença o mal, para que uma vida seja salva, para que uma família seja retirada da dificuldade ou para que um sonho seja realizado. É muito bom amar Jesus, o homem mais benevolente que já pisou na Terra. Difícil é aceitar a imperfeição dos pais, irmãos e amigos. É fácil doar na igreja, mas quando eles têm de ajudar uma pessoa difícil, problemática, no caminho da perdição, suas atitudes não correspondem a desse mesmo Jesus.

Eles pedem perdão aos céus pelos seus pecados e limitações, mas no minuto seguinte julgam você com arrogância e preconceito se mostrando incapazes de aceitar os defeitos dos outros, ignorando que todos foram feitos exatamente à vontade desse Deus, que nos deu o livre arbítrio. Eles insistem em condenar, confirmando que Suas ideias não estão em seus comportamentos. Fecham os olhos para rezar em nome do Senhor, e muitas vezes ficam cegos pelo egoísmo, pela ganância ou pela avareza, ignorando os problemas alheios e fazendo da religião um falso álibi para uma bondade que na verdade não existe.

E não adianta tentarem enganar, porque enquanto não tiverem Deus em suas atitudes, na forma de compreender o outro e o mundo, jamais terão Deus, verdadeiramente, em seus corações, e Ele sempre saberá…







 Uma camiseta para quem precisava



No dia de seu casamento, um noivo pulou na água para salvar um menino



Coala com sede



Ajudando uma mulher a resgatar seu amado cachorro



Esta mulher queniana encontrou seu amigo de infância nas ruas, enquanto ele estava sofrendo de um vício em drogas. Ela o levou para a reabilitação – e veja a diferença hoje!



Super-heróis que lavam janelas
Um fotógrafo mostrou ao mundo cenas de um hospital infantil em São Paulo, onde os limpadores de janelas se fantasiaram de super-heróis. Eles chegaram a interagir com as crianças quando passavam por cada quarto do local. A visita animou muito o dia dos pequenos que enfrentavam tratamentos por problemas graves de saúde.

Superhero window washers make at Brazil hospital : Foto jornalística


O cabeleireiro Mark Bustos dá um corte de cabelo gratuito para os sem-teto todos os domingos. Ele normalmente trabalha para um salão de elite durante a semana.




O poder da gentileza e empatia : Centauro oferece emprego a garoto após um desconhecido comprar par de calças para ele



centauro oferece emprego garoto após cliente comprar calça



Centauro oferece emprego a garoto após um desconhecido 
compra par de calças para ele 


Mais do que um par de calças, Sidmar acabou ganhando um

 emprego na loja !


Jéssica Souza


Quem imaginaria que um par de calças mudaria a vida de um garoto de 16 anos? Conheça a história do professor universitário Murilo Matos Mendonça, 50 anos, de Florianópolis (SC), que comprou um par de calças na loja Centauro para o garoto Sidmar, que vendia doces na porta de um restaurante e tinha o desejo de ter uma calça para ir à escola. Além da calça, Sidmar ganhou um emprego na própria Centauro !

No dia 20 de maio, Murilo publicou em seu Facebook a sua história com o garoto. Na publicação, ele mostra o desfecho maravilhoso que a compra de um par de calças teve na vida deles. A intenção era ajudar o Sidmar a não passar o inverno sem uma calça.
Conversamos com o professor e descobrimos como muitas pessoas foram importantes para transformar essa compra em algo maior, do SAC da Centauro ao gerente da loja. 

Hoje, finalmente, conseguimos compreender o quanto vale um par de calças“, diz um trecho da publicação. 



Legenda: Print da publicação do Murilo




Como tudo começou


No dia 23 de março, num sábado, Murilo foi almoçar num restaurante de um bairro nobre de Florianópolis. Como de costume, à porta do restaurante estava o garoto Sidmar com o seu tabuleiro de doces.


“Ofereceu-me. Declinei. Perguntou-me se eu não teria, então, um trocado que ele estava guardando para comprar uma calça. Eu disse que não. Entrei no restaurante, me arrependi, voltei e dei-lhe um trocado. Ele ficou muito agradecido. Almocei e ele ainda estava ali por perto. Resolvi conversar, me interessar por sua história, olhar nos olhos e ouvir”, relatou Murilo.


Sidmar contou para Murilo que estava guardando dinheiro para comprar uma calça para ir à escola no frio. Ele mora em Palhoça, município vizinho, e vende doces na rua de segunda a sábado. Sidmar também contou que estuda no 6º ano à noite, pelo programa EJA (Educação de Jovens e Adultos) e que a mãe está desempregada e tem mais dois irmãos mais novos.

“Ele disse que já tinha olhado uma calça “de esporte” e estava poupando para comprá-la. Despedi-me e desejei-lhe boa sorte. E fui ao Beiramar Shopping, ali perto", disse.





Murilo no dia que Sidmar foi recepcionado pela equipe da Centauro em Florianópolis 
e informado do novo emprego


Foi quando, mais tarde, novamente Murilo encontrou o garoto no shopping. “Avistei-o ao longe, entrando na Centauro, e fui lá, observar sem ser visto, por detrás de uma coluna. Ele estava justamente na seção de calças, sendo atendido por uma vendedora bem jovem também. Olhou uma e outra e saiu de mãos vazias e isso partiu o meu coração.”


Murilo foi até o garoto e ele contou que ainda não tinha juntado o suficiente para comprar a calça “de esporte”.

“Perguntei quanto que ele tinha e completei o que faltava, pois não foi difícil calcular que o inverno iria passar e ele não teria conseguido juntar a quantia necessária. Ele me disse que não sabia como me agradecer. Respondi que não havia nada, absolutamente nada a agradecer. E foi só depois que me dei conta de que, apesar de sempre o ver à porta do restaurante, eu nunca havia comprado um doce dele”, ponderou.

Pós-compra

Murilo relatou ao Razões que nunca imaginaria que esta história chegaria num final incrível como este! No dia seguinte ao da compra do par de calças, dia 24 de março, num domingo, Murilo enviou uma mensagem ao SAC da Centauro.

“Eles já me responderam, demonstrando que leram minha mensagem com atenção. Não foi uma resposta protocolar. Percebia-se que quem lera minha mensagem, o havia feito com atenção e respondeu-me de forma personalizada. Isto, por si, já me surpreendera e muito!”, disse. 

Confiram a resposta da Centauro na íntegra:

“Olá Murilo,
Boa tarde, tudo bem? eu espero que sim \o/
Eu li o e-mail com toda calma e tranquilidade, e sério, fiquei impressionado com esse ato generoso que você fez, por pessoas assim que acredito que podemos espalhar o amor no mundo com gestos simples, mas que com certeza fazem a diferença na vida de alguém.
Murilo eu deixei a sua solicitação registrada, iremos verificar com o time de marketing e se possível poderemos sim dar um presente de bom grado para esse menino que com certeza tem uma paixão pelo esporte dentro dele.


Agradeço de coração pela sua sugestão e empatia pelo próximo, pois buscamos cada vez mais estar próximos de nossos clientes, e de alguma forma levar a vocês boas experiências.


Conte com nosso time, tenha uma excelente semana.

O protocolo deste atendimento é: CE2019032506627
Gabriel

Time de Atendimento Centauro”


Após o retorno da Centauro, passou-se uma semana e Murilo não teve mais retorno. Ele havia acreditado que o assunto tinha finalizado alí, no e-mail mesmo. 


“Mas logo percebi ter-me enganado redondamente. Ao encontrar o Sidmar dias depois à porta do restaurante, ele me disse que a então diretora de compras da Centauro, Eliana, do Beiramar Shopping, tinha conversado com ele para confirmar a veracidade da história que eu havia enviado ao SAC. E dali em diante, uma corrente do bem estava formada!”, lembra.



Foto tirada no dia 11 de junho. Sidmar muito feliz com o novo emprego !


Emprego na Centauro 

No dia 20 de maio, Sidmar foi contratado pela Centauro! Ele foi recebido com balões, cartazes de boas-vindas e dois pacotes de presentes: um da equipe de colaboradores da loja Centauro do Beiramar Shopping e outro dos colaboradores do SAC da Centauro em São Paulo. 

“Uma teia de afeto foi sendo tecida pelas equipes da Centauro de Florianópolis e de São Paulo e esforços não foram medidos para superar todos os obstáculos burocráticos. Antes de iniciar seu trabalho na loja, frequentou o curso preparatório do CIEE/SC (Centro de Integração Empresa Escola de Santa Catarina). Aliás, ele foi contratado por meio do programa Jovem Aprendiz, devido à idade que ele tem”, comemora Murilo.









foi recebido com balões, cartazes de boas-vindas e dois pacotes de presentes !




Parabenizamos o Murilo e toda a equipe da Centauro por esse gesto encantador e que transformou a vida do garoto Sidmar !  E aí, bora encantar ?








Estamos perdendo nossa humanidade ? Pelos fatos relatados no texto abaixo parece que sim !


deboche morte marisa letícia


" Fod*, vagabunda morreu tarde ", diz mulher ao comentar matéria sobre morte de Marisa


"Fod**, morreu tarde. Vagabunda. Bandida", diz mulher ao comentar deboche de procuradores da Lava Jato sobre o falecimento de dona Marisa Letícia



A revelação pelo portal UOL de que membros da força-tarefa da Lava Jato tripudiaram da morte de Marisa Letícia foi uma das notícias mais comentadas na manhã desta terça-feira (27). As informações estão embasadas nos vazamentos do arquivo do The Intercept Brasil.

Dona Marisa Letícia deu entrada no hospital no dia 27 de janeiro de 2017, após sofrer um AVC hemorrágico. A morte cerebral foi diagnosticada no dia 3 de fevereiro. Um dia depois, a colunista do jornal Folha de S.Paulo, Mônica Bergamo, descreveu a agonia vivida por Marisa em seus últimos dias de vida.

Em abril deste ano, em entrevista à mesma colunista, o ex-presidente Lula disse que “Marisa morreu por conta do que fizeram com ela e com os filhos dela”.

“Dona marisa perdeu motivação de vida, não saía mais de casa, não queria mais conversar nada”, continuou o presidente ao responder uma pergunta sobre a possibilidade de a saúde da esposa ter sido afetada pelas investigações da Lava Jato.
“Querem que eu fique pro enterro?”

Nas conversas divulgadas na matéria mais recente dos portais Intercept e UOL, a visão apresentada pelos procuradores da Lava Jato era bem distante da humanizada.

No dia 24 de janeiro de 2017, quando foi noticiada a internação de dona Marisa Letícia, o procurador Januário Paludo escreveu no chat “Filhos do Januário 1”: “Estão eliminando as testemunhas…”

No dia 2 de fevereiro, quando saiu nos jornais que o cérebro da ex-primeira dama parou de receber sangue, a procuradora Laura Tessler disse no mesmo grupo: “quem for fazer a próxima audiência do Lula, é bom que vá com uma dose extra de paciência para a sessão de vitimização”.

No dia seguinte, quando confirmado o falecimento de Marisa Letícia, a procuradora Jerusa Viecili comentou: “Querem que eu fique pro enterro?”. A frase foi acompanhada com o símbolo de um emoticon sorrindo com os dentes à mostra.

No dia 4 de fevereiro, Telles disse sobre a nota de Mônica Bergamo descrevendo a agonia dos últimos dias de dona Marisa Letícia: “Ridículo… uma carne mais salgada já seria suficiente para subir a pressão… ou a descoberta de um dos milhares de humilhantes pulos de cerca do Lula…”

“Morreu tarde, vagabunda”

Ao comentar no Facebook a matéria da reação dos procuradores da Lava Jato diante da morte de Marisa Letícia, a internauta Fernanda Dress escreveu: “Foda-se, morreu tarde. #Vagabunda. #Ladra. #Bandida”.


(Reprodução/Facebook)



A publicação da internauta foi criticada por outros usuários. “Que gente escrota que apoia esse tipo de frieza e falta de compaixão. E ainda se dizem cristãos”, publicou um usuário.

“Até hoje não entendi todo furor que houve em torno de um evento do qual ninguém escapará. Quem está bem jamais vai se regozijar com a morte. Tanto é que elegeram alguém que tem a morte como um estandarte”, escreveu outra.

Para o advogado Arnobio Rocha, as conversas dos procuradores sobre a morte de Marisa, Vavá e Arthur são as mais cruéis e abjetas já reveladas até agora no escândalo da Vaza Jato.

“Os procuradores tratam de maneira sórdida as mortes de familiares de Lula. De forma jocosa e perversa, tramam como obstar a ida de Lula aos velórios de seus entes mortos. Ironizam, por exemplo, a internação de D. Marisa Letícia como ‘queima de arquivo’, por vezes como se a doença dela venha das ‘puladas de cerca do marido’, ou que o estado dela era “vegetal”, não servindo mais nem para testemunhar ou ser Ré”, observa Arnobio.

“A morte do irmão do ex-presidente traz uma discussão sobre a possível ida ao velório e enterro, e é vista não como um direito, mas como a oportunidade de Lula fugir, tabulam soluções para impedir e a todo momento a morte é tratada com desdém, a dor e o Direito são secundados”, continua o advogado.

“Na morte do neto de Lula, o pequeno Arthur, os procuradores aprofundam seus ódios e suas falas perversas, propõem a ‘solução Toffoli’, que era levar o cadáver até um local onde Lula o visse e não aparecesse para ninguém que estava velando o neto, assim, ele, Lula, não se vitimaria, não aparecendo publicamente”, acrescenta o advogado.

“Em todos os momentos, os procuradores da República, servidores públicos concursados, muito bem remunerados, formados em excelentes faculdades, a maioria públicas, uma espécie de elite do serviço público, tratam Lula como um inimigo público, sem direitos”, finaliza.












Peço a Deus que ilumine essa gente, diz Lula sobre diálogos da Vaza Jato


"Peço a Deus que ilumine essa gente, que poupe suas almas de tanto ódio, rancor e soberba. Quanto aos crimes que cometeram contra minha família e contra o povo brasileiro, tenho fé que, deles, um dia a Justiça cuidará", afirmou o ex-presidente Lula ao comentar sobre os diálogos da Lava Jato sobre a morte de seus familiares.

247 - "Foi com extrema indignação, com repulsa mesmo, que tomei conhecimento dos diálogos em que procuradores da Lava Jato referem-se de forma debochada e até desumana às perdas de entes queridos que sofri nos anos recentes: minha esposa Marisa, meu irmão Vavá e meu netinho Arthur", escreveu o ex-presidente Lula, sobre os novos trechos de conversas de procuradores da Lava Jato, revelados pelo The Intercept e UOL, nesta terça (27), que tratam sobre a morte de familiares.

" Confesso que foi um dos mais tristes momentos que passei nessa prisão em que me colocaram injustamente. Foi como se tivesse vivido outra vez aqueles momentos de dor, só que misturados a um sentimento de vergonha pelo comportamento baixo a que algumas pessoas podem chegar. 
Há muito tempo venho dizendo que fui condenado por causa do governo que fiz e não por ter cometido um crime sequer. Tenho claro que Moro, Deltan e os procuradores agiram com objetivo político, pois me condenaram sem culpa e sem prova, sabendo que eu era inocente. 
Mas não imaginava que o ódio que nutriam contra mim, contra o meu partido e meus companheiros, chegasse a esse ponto: tratar seres humanos com tanto desprezo, como se não tivessem direito, no mínimo, ao respeito na hora da morte. Será que eles se consideram tão superiores que podem se colocar acima da humanidade, como se colocam acima da lei? 
Peço a Deus que ilumine essa gente, que poupe suas almas de tanto ódio, rancor e soberba. Quanto aos crimes que cometeram contra minha família e contra o povo brasileiro, tenho fé que, deles, um dia a Justiça cuidará. 
Luiz Inácio Lula da Silva ”