Mostrando postagens com marcador empatia. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador empatia. Mostrar todas as postagens

Empatia : está faltando, infelizmente . . .


Resultado de imagem para moradoras do bairro mais caro da paraíba pedem a vereadora que impeça deficientes de irem à praia


Resultado de imagem para moradoras do bairro mais caro da paraíba pedem a vereadora que impeça deficientes de irem à praia



Moradoras do bairro mais caro da Paraíba pedem a vereadora que impeça deficientes de irem à praia


O grupo, formado por moradoras do bairro do Cabo Branco, área em que fica o metro quadrado mais caro da Paraíba, disse que o projeto que promove a ida de pessoas com deficiência à praia incomoda e retira a beleza natural do local porque ali moram muitas pessoas ilustres.

Na manhã de ontem, 21, a vereadora Helena Holanda, de João Pessoa (PB), foi procurada por um grupo de mulheres que moram no bairro do Cabo Branco, área em que se encontra o metro quadrado mais caro da Paraíba. Elas pediram que a vereadora impedisse ou restringisse a presença de pessoas com deficiência na orla da capital paraibana. Helena é incentivadora do projeto Acesso Cidadão, da prefeitura do município, que leva as pessoas com deficiência ao banho de mar e a esportes aquáticos todos os sábados no trecho em frente à Fundação Casa de José Américo.

Sobre o pedido das senhoras, Helena Holanda declarou: “Reclamaram do som, mas nós só ficamos lá até o meio-dia e também vieram reclamar, em tom de intimação, a mudar o projeto de lugar porque estava incomodando e retirando a beleza natural porque ali moram muitas pessoas ilustres, muitas pessoas de renome e que a praia teria que ter uma história diferenciada. Eu não respondi à altura porque são pessoas idosas e eu devo receber as demandas e executar se puder e achar necessário. Essa eu jamais executarei. Pelo contrário, o projeto vai permanecer lá e será ampliado”.

A vereadora ainda acrescentou que, diante de sua recusa em restringir o projeto Acesso Cidadão, as moradoras sugeriram que ela cercasse a área utilizada pelos usuários: “Fizeram um pedido repetitivo para cercar o local do projeto, que fosse isolada e colocassem um portão”.

Para quem não conhece, o projeto Acesso cidadão objetiva fazer com que pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida tenham a oportunidade de aproveitar o fim de semana para tomar um banho de mar. As atividades tiveram início em dezembro de 2012.

O projeto, que também prevê o acesso a jogos esportivos, lazer e cultura, é resultado de uma parceria da Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP), por meio da Secretaria de Planejamento (Seplan), com a Fundação Casa José Américo; a ONG Assessoria e Consultoria para Inclusão Social; e a Fundação Centro Integrado de Apoio ao Portador de Deficiência (Funad).






Resultado de imagem para empatia


Resultado de imagem para empatia


Resultado de imagem para empatia







Empatia

Priscilla Alcantara



Acredita em mim

Quando digo que provavelmente

Não irá viver sem chorar


Acredita em mim

Quando digo que, mesmo se o choro durar

A vida não vai parar


Gravei uma conversa

Em que uma voz disse uma coisa

Que procuro sempre lembrar


Veja o Sol

Mesmo com nuvens, escolheu aparecer

Então você

Mesmo sofrendo, tem que escolher crescer


Do mesmo lugar que você, eu vim

Como você, ao pó eu voltarei

Você é igual a mim

Então faça por mim

O que faria a você, ê, ê, ê, ê

O que faria a você, ê, ê, ê, ê


Acredita em mim

Quando digo que provavelmente

Não irá viver sem chorar


Acredita em mim

Quando digo que, mesmo se o choro durar

A vida não vai parar


Gravei uma conversa

Em que uma voz disse uma coisa

Que procuro sempre lembrar


Veja o Sol

Mesmo com nuvens, escolheu aparecer

Então você

Mesmo sofrendo, tem que escolher crescer


Do mesmo lugar que você, eu vim

Como você, ao pó eu voltarei

Você é igual a mim

Então faça por mim

O que faria a você (ê, ê, ê, ê)

(O que faria a você, ê, ê, ê, ê)



Cuidar dos Pais, um texto emocionante por Valter Hugo Mãe




Luiza Fletcher


Chega um momento na vida em que nós nos tornamos “pais” de nossos pais. Quando eles não estão mais em perfeitas condições, é o nosso momento de retribuir todo o amor e cuidado que eles sempre nos ofereceram de todo o coração. 



Muitas vezes, somos responsáveis por reeducá-los, estabelecer limites e os apresentarmos diferentes realidades de vida. Isso pode ser um grande desafio para nós, já que estamos acostumados a ser cuidados, mas não nos sentimos totalmente capazes de cuidar daqueles que nos cuidaram por toda a vida.

Ainda assim, essa pode ser uma das experiências mais enriquecedoras e emocionantes que podemos viver em nossas vidas. Nossos pais são algumas das pessoas mais importantes para nós, e fazer o nosso melhor por eles enquanto ainda estão ao nosso lado é um grande privilégio que precisamos reconhecer.

Abaixo está um texto emocionante de Valter Hugo Mãe, publicado originalmente em Público, sobre a sua rotina cuidando de sua mãe que nos propõe uma grande reflexão: o quanto estamos fazendo por essas pessoas que sempre fizeram tudo por nós? Nosso cuidado é fruto da obrigação ou do prazer, do amor? Leia o texto e inspire-se pelas palavras de Valter.

Cuidar dos pais 

Valter Hugo Mãe

A minha mãe é a minha filha. Preciso dizer-lhe que chega de bolo de chocolate, chega de café ou de andar às pressas. Vai engordar, vai ficar eléctrica, vai começar a doer-lhe a perna esquerda.

Cuido dos seus mimos. Gosto de lhe oferecer uma carteira nova e presto muita atenção aos lenços bonitos que ela deita ao pescoço e lhe dão um ar floral, vivo, uma espécie de elemento líquido que lhe refresca a idade. Escolho apenas cores claras, vivas. Zango-me com as moças das lojas que discursam acerca do adequado para a idade. Recuso essas convenções que enlutam os mais velhos.

A minha mãe, que é a minha filha, fica bem de branco, vermelho, gosto de vê-la de amarelo-torrado, um azul de céu ou verde. Algumas lojas conhecem-me. Mostram-me as novidades. Encontro pessoas que sentem uma alegria bonita em me ajudar. Aniversários ou Natal, a Primavera ou só um fim de semana fora, servem para que me lembre de trazer-lhe um presente. Pais e filhos são perfeitos para presentes. Eu daria todos os melhores presentes à minha mãe.

Rabujo igual aos que amam. Quando amamos, temos urgência em proteger, por isso somos mais do que sinaleiros, apontando, assobiando, mais do que árbitros, fiscalizando para que tudo seja certo, seguro. E rabujamos porque as pessoas amadas erram, têm caprichos, gostam de si com desconfiança, como creio que é normal gostarmos todos de nós mesmos. Aos pais e aos filhos tendemos a amar incondicionalmente, mas com medo. Um amigo dizia que entendeu o pânico depois de nascer o seu primeiro filho. Temia pelo azedo do leite, pelas correntes de ar, pelo carreiro das formigas, temia muito que houvesse um órgão interno, discreto, que desfuncionasse e fizesse o seu filho apagar.

Quem ama pensa em todos os perigos e desconta o tempo com martelo pesado. Os que amam sem esta fatura não amam ainda. Passeiam nos afetos. É outra coisa.

Ficar para tio parece obrigar-nos a uma inversão destes papéis a dada altura. Quase ouço as minhas irmãs dizerem: “Não casaste, agora tomas conta da mãe e mais destas coisas.” Se a luz está paga, a água, refilar porque está tudo caro, há uma porta que fecha mal, estiveram uns homens esquisitos à porta, a senhora da mercearia não deu o troco certo, o cão ladra mais do que devia, era preciso irmos à aldeia ver assuntos e as pessoas. Quem não casa deixa de ter irmãos. Só tem patrões. Viramos uma central de atendimento ao público. Porque nos ligam para saber se está tudo bem, que é o mesmo que perguntar acerca da nossa competência e responsabilizar-nos mais ainda. Como se o amor tivesse agentes. Cupidos que, ao invés de flechas, usam telefones. E, depois, espantam-se: ah, eu pensei que isso já tinha passado, pensei que estava arranjado, naquele dia achei que a doutora já anunciara a cura, eu até fiz uma sopa, no mês passado, até fomos de carro ao Porto, jantamos em modo fino e tudo.

Quando passamos a ser pais das nossas mães, tornamo-nos exigentes e cansamo-nos por tudo. Ao contrário de quem é pai de filhas, nós corremos absolutamente contra o tempo, o corpo, os preconceitos, as cores adequadas para a idade. Somos centrais telefônicas aflitas.

Queremos sempre que chegue a Primavera, o Verão, que haja sol e aquecem os dias, para descermos à marginal a ver as pessoas que também se arrastam por cães pequenos. Só gostamos de quem tem cães pequenos. Odiamos bicharocos grotescos tratados como seres delicados. O nosso Crisóstomo, que é lingrinhas, corre sempre perigo com cães musculados que as pessoas insistem em garantir que não fazem mal a uma mosca. Deitam-nos as patas ao peito e atiram-nos ao chão, as filhas que são mães podem cair e partir os ossos da bacia. Porque temos bacias dentro do corpo. Somos todos estranhos. Passeamos estranhos com os cães na marginal e o que nos aproveita mesmo é o sol.

A minha mãe adora sol. Melhora de tudo. Com os seus lenços como coisas líquidas e cristalinas ao pescoço, ela fica lindíssima! E isso compensa. Recompensa. 

Comemos ao sol. Somos, sem grande segredo, seres que comem ao sol. Por isso, entre as angústias, sorrimos.


Postado em O Segredo



Gente genuína que elogia de verdade e que ouve com interesse


Resultado de imagem para reunião entre amigos


Gosto de gente genuína, que elogia de verdade, pergunta com motivo e ouve com interesse


A verdade não é para qualquer um. Ser verdadeiro, em meio ao rebanho, requer uma coragem absurda.



Por Marcel Camargo


Em tempos de aparências regendo as relações humanas, a verdade parece cada vez mais relegada a segundos e terceiros planos, adormecida e assustada. O interesse se sobrepõe ao convívio natural, ao encontro casual, às surpresas gostosas e descomprometidas com o outro. Ser de verdade, nesse contexto, pode doer muito.

Quanto mais autênticos formos, menos compreendidos seremos. Muitas pessoas estão acostumadas com a mentira, pois ela é cômoda, não pede enfrentamento, nem luta. A verdade não é para qualquer um. Ser verdadeiro, em meio ao rebanho, requer uma coragem absurda. Quem foge à verdade irá diminuir qualquer um que a contenha dentro de si.

Por isso, gosto de gente que elogia com verdade, que vê o que temos de melhor, que enxerga o que temos de bom e de ruim e, mesmo assim, fica junto. Gente que não inveja, porque se sente bem o suficiente para conseguir ficar feliz quando o outro conquista algo, quando o outro avança e ganha na vida.

Gosto de gente que pergunta com motivo, que se interessa sem interesse próprio, sem maldade, sem ser movida por pura curiosidade mórbida. Gente que consegue olhar para o mundo à sua volta, saindo de si, para além do próprio umbigo, enxergando o mundo com os olhos do outro, enxergando a si mesma com os olhos alheios. Gente que pratica a empatia naturalmente.

Gosto de gente ouve com interesse, que se dispõe, que acolhe e se compromete afetivamente. Gente que não julga, porque entende que a dor do outro somente foi sentida por quem vivenciou o fato de dentro. Gente que olha nos olhos e escuta, demora-se na vida que não é sua, pois sabe que ninguém é uma ilha isolada do todo. Gente que consegue perceber quando o outro somente necessita de um bom ouvinte.

Abençoadas aquelas pessoas que nos salvam sem nem perceber, retirando-nos de nossas escuridões, salvando-nos, enfim, da vida. O mundo precisa de pessoas assim e nós também sempre precisaremos, porque são elas a luz que nos guia e nos motiva a prosseguir, cada vez mais verdadeiros e felizes. Desse jeitinho.



Postado em Conti Outra 



Dj Alok revela a belíssima experiência que o fez crer na existência divina






Na África, Alok conheceu uma senhora de 90 anos que há 3 dias não comia nada. Cega dos dois olhos. O contato com essa senhora e o desencadear dos acontecimentos fizeram com que ele ponderasse: “não foi Deus que abandonou essas pessoas, nós é que abandonamos”.




Por Conti Outra


O vídeo do DJ Alok já tem mais de 5 milhões de visualizações.

Trata-se de uma fala do artista em que ele relata uma bonita experiência sua em um de seus projetos sociais. Primeiramente ele afirma ter questionado a existência divina, em especial quando visitou a África, participando do projeto “Fraternidade sem Fronteiras”. “Se Deus exite, por que ele abandonou essas pessoas?”, se questionava.

Mas certo dia ele conheceu uma senhora de 90 anos, que há 3 dias não comia nada, cega dos dois olhos. O contato com essa senhora e o desencadear dos acontecimentos fizeram com que ele ponderasse: “não foi Deus que abandonou essas pessoas, nós é que abandonamos”.

O relato é forte e emocionado, capaz de fazer com que venhamos a refletir sobre as nossas vidas, nossas prioridades, nossa essência.

“Eu percebi que o miserável alí era eu. Eu senti uma força muito grande de Deus sobre mim. Eu então percebi que não foi Deus que abandonou eles, fomos nós. É Deus que os mantém fortes”, afirmou Alok.

Confira:






Postado em Conti Outra







Resultado de imagem para Dj alok na africa



Resultado de imagem para Dj alok na africa



10 Filmes para quem entende que a empatia é um dos maiores valores da vida





Envolver-se em uma história é vestir a pele de seus personagens.


Josie Conti



Não são poucos os filmes que nos fazem estremecer quando notamos que, vestidos na pele de seus personagens e vivendo suas histórias, talvez nós não tivéssemos recursos para reagir. Nós vemos o quanto pode “pesar a cruz” do outro e percebemos que “olhar de longe”, mesmo que com compaixão, não faz com que o ajudemos em sua jornada.


É fato que nós nunca saberemos exatamente, a não ser que já passou por isso, como é ser perseguido por sua cor, credo ou religião.

Não sabemos como é ser abusado ou mesmo ser uma mulher na corpo de um homem. Só quem passa por isso pode dizer e sentir sua própria experiência. Entretanto, quando nos envolvemos sinceramente e de coração aberto em uma história, passa a ser possível, por algum tempo, que vistamos a pele de seus personagens, e imaginemos como seria. Nesses momento, novas perspectivas se abrem e repensamos nossos valores e escolhas. Identificamos que o que é simples para uma pessoa pode ser quase impossível para outra e podemos nos solidarizar e sermos mais gentis e até mesmo militantes no dia a dia.

Os filmes selecionados abaixo certamente tocarão a alma de pessoas sensíveis, pois lhes permitirão essa proximidade com a dificuldade de um outro alguém. E, nesses casos, sentir a dor do outro é uma grande maneira de crescer, pois, no futuro, saberemos melhor o que temos que concretamente fazer.


1 - Os meninos que enganavam os nazistas



( para sentir na pele o que é o xenofobismo )







Baseado no livro homônimo de Joseph Joffo. Baseado na história real descrita pelo autor, em meio ao medo, os irmãos judeus Joseph e Maurice se separam da família durante a Segunda Guerra Mundial, quando a França está ocupada pelos nazistas. Os dois têm de encontrar coragem e desenvolver estratégias para fugirem dos alemães, enquanto tentam reencontrar seus pais. 

O filme pode ser encontrado no Youtube


2 - A garota dinamarquesa


( para sentir na pele como uma pessoa percebe que possui uma identidade de gênero oposta a de seu nascimento )







Cinebiografia de Lili Elbe (Eddie Redmayne), que nasceu Einar Mogens Wegener e foi a primeira pessoa a se submeter a uma cirurgia de mudança de gênero. Em foco o relacionamento amoroso do pintor dinamarquês com Gerda (Alicia Vikander) e sua descoberta como mulher. 


Censura 14 anos

( em 20-08-2018 está disponível na Netflix, mas os filmes podem sair do catálogo sem aviso prévio )


3 - O quarto de Jack



( para sentir na pele a realidade de uma mulher sequestrada e acompanhar parte da infância de criança que nasceu em cativeiro )






Joy (Brie Larson) e seu filho Jack (Jacob Tremblay) vivem isolados em um quarto. O único contato que ambos têm com o mundo exterior é a visita periódica do Velho Nick (Sean Bridgers), que os mantém em cativeiro. Joy faz o possível para tornar suportável a vida no local, mas não vê a hora de deixá-lo. Para tanto, elabora um plano em que, com a ajuda do filho, poderá enganar Nick e retornar à realidade. 


Censura 14 anos

( em 20-08-2018 está disponível na Netflix, mas os filmes podem sair do catálogo sem aviso prévio )


4 - Para sempre Alice



( para sentir a dor, o medo, as adaptações, os lutos e recomeços de pessoas que têm suas vidas completamente modificadas por um diagnóstico de Alzheimer )







A Dra. Alice Howland (Julianne Moore) é uma renomada professora de linguistica. Aos poucos, ela começa a esquecer certas palavras e se perder pelas ruas de Manhattan. Ela é diagnosticada com Alzheimer. A doença coloca em prova a a força de sua família. Enquanto a relação de Alice com o marido, John (Alec Baldwinse), fragiliza, 
ela e a filha caçula, Lydia (Kristen Stewart), se aproximam. 


Censura 12 anos

( em 20-08-2018 está disponível na Netflix, mas os filmes podem sair do catálogo sem aviso prévio )


5 - Me chame pelo seu nome ( Call Me By Your Name )



( nesse caso podemos acompanhar o enamoramento de um rapaz que identifica, através de uma grande paixão, que possui interesse por homens )







O sensível e único filho da família americana com ascendência italiana e francesa Perlman, Elio (Timothée Chalamet), está enfrentando outro verão preguiçoso na casa de seus pais na bela e lânguida paisagem italiana. Mas tudo muda quando Oliver (Armie Hammer), um acadêmico que veio ajudar a pesquisa de seu pai, chega. 


Censura 14 anos

PS: esse eu assisti pelo Popcorn Time




6 - A Troca

( para sentir a dor de uma mãe que, se por um momento se auto engana, depois volta a lutar desesperadamente pelo seu filho )




Los Angeles, março de 1928. Christine Collins (Angelina Jolie), uma mãe solteira, se despede de Walter (Gattlin Griffith), seu filho de 9 anos, e parte rumo ao trabalho. Ao retornar descobre que Walter desapareceu, o que faz com que inicie uma busca exaustiva. Cinco meses depois a polícia traz uma criança, dizendo ser Walter. Atordoada pela emoção da situação, além da presença de policiais e jornalistas que desejam tirar proveito da repercussão do caso, Christine aceita a criança. Porém, no íntimo, ela sabe que ele não é Walter e, com isso, pressiona as autoridades para que continuem as buscas por ele.

( em 20-08-2018 está disponível na Netflix, mas o filmes podem sair do catálogo sem aviso prévio )


7 - 12 anos de escravidão



( e se você pudesse acompanhar como foi a vida de um homem que permaneceu escravo por 12 anos? Talvez seu olhar com relação as brincadeiras racistas mude )






1841. Solomon Northup (Chiwetel Ejiofor) é um escravo liberto, que vive em paz ao lado da esposa e filhos. Um dia, após aceitar um trabalho que o leva a outra cidade, ele é sequestrado e acorrentado. Vendido como se fosse um escravo, Solomon precisa superar humilhações físicas e emocionais para sobreviver. Ao longo de doze anos ele passa por dois senhores, Ford (Benedict Cumberbatch) e Edwin Epps (Michael Fassbender), que, cada um à sua maneira, exploram seus serviços.

( em 20-08-2018 está disponível na Netflix, mas os filmes podem sair do catálogo sem aviso prévio )


8 - Grandes olhos

( a história desse filme, baseado em fatos reais, nos mostra - e nos faz sentir - até que ponto um casamento abusivo pode chegar )







O drama apresenta a história real da pintora Margaret Keane (Amy Adams), uma das artistas mais comercialmente rentáveis dos anos 1950 graças aos seus retratos de crianças com olhos grandes e assustadores. Defensora das causas feministas, ela teve que lutar contra o próprio marido no tribunal, já que o também pintor Walter Keane (Christoph Waltz) afirmava ser o verdadeiro autor de suas obras.


( em 20-08-2018 está disponível na Netflix, mas o filmes podem sair do catálogo sem aviso prévio )


9 - O castelo de vidro



( aqui vemos como crianças crescem em meio a uma família disfuncional e marcada por transtornos psiquiátricos )






Baseado no livro “Castelo de Vidro” ( que é maravilhoso! ), da jornalista Jeanette Walls, a trama retrata a infância da escritora, criada com os irmãos no seio de uma família desequilibrada, bastante pobre e nômade.

O filme pode ser encontrado no Youtube


10 - Intocáveis








Philippe (François Cluzet) é um aristocrata rico que, após sofrer um grave acidente, fica tetraplégico. Precisando de um assistente, ele decide contratar Driss (Omar Sy), um jovem problemático que não tem a menor experiência em cuidar de pessoas no seu estado. Aos poucos ele aprende a função, apesar das diversas gafes que comete. Philippe, por sua vez, se afeiçoa cada vez mais a Driss por ele não tratá-lo como um pobre coitado. Aos poucos a amizade entre eles se estabelece, com cada um conhecendo melhor o mundo do outro. 

( em 20-08-2018, encontra-se fora do catálogo Netflix, mas pode ser encontrado no Youtube )

Todas as sinopses: Adoro Cinema



Postado em Conti Outra 



“ Em terra de egos, quem vê o outro é rei.”






Fomos dominados pela ditadura do ego, a qual não permite a conjugação dos verbos no plural. Sendo assim, existe apenas o eu, e, ainda, de forma superficial.



Erick Morais

Saramago já dizia: “ É dessa massa que nós somos feitos, metade de indiferença e metade de ruindade.”

Embora, seja dura a observação do português, devemos considerar que, de fato, temos vivido de modo a fazer jus ao pensamento dele. A cegueira, que nos dominou nesta quadra da história, nos transformou em tiranos de nós mesmos, como se houvéssemos perdido a capacidade de perceber o que nos circunda, o mundo, os outros, e, muitas vezes, até nossa individualidade verdadeiramente.

Fomos dominados pela ditadura do ego, a qual não permite a conjugação dos verbos no plural. Sendo assim, existe apenas o eu, e, ainda, de forma superficial, uma vez que para que possamos compreender as nossas tormentas é preciso perceber que no mar bravo existem outros barcos além do nosso.

Não há, dessa forma, a percepção da humanidade que nos forma, isto é, a nós e aos outros, de modo que o outro se torna indigno da nossa visão, tornando-se invisível diante da nossa cegueira egoísta.

Dessa maneira, não conseguimos perceber/enxergar que, assim como nós, o outro também chora, sofre, sente a dureza da vida, precisa de um afago, de alguém que o escute e se esforce para compreendê-lo. Ou seja, que o outro também precisa de alguém que seja capaz de desvestir-se do próprio ego para mostrar a sua nudez, a sua fraqueza e, por conseguinte, demonstre que ainda há ouvidos dispostos a escutar e olhos lacrimejados incessantes por mais lágrimas.

Ao adequar-nos a uma sociedade sustentada no individualismo e no egoísmo, passamos a estar doentes, a nos tornar estranhos perambulando em labirintos. Passamos a cegar e, acima de tudo, passamos a tornar a vida um lugar ainda mais inóspito, um lugar mais duro, mais seco, no qual não se brota amor, já que para que este nasça é imprescindível a presença da divindade que só existe no pequeno espaço colocado entre duas almas que procuram incessantemente a conexão através do toque das palavras.

Calamos as palavras na medida em que escolhemos não enxergar o interlocutor. Palavras ditas para sombras só conhecem o eco melodicamente fugaz de palavras não ditas. Tornamos a alma muda, amedrontada e carente de ouvir, de ter atrito, de ter mais cores vindas de outros potes.

Estamos perdidos em um sonho ridículo. Perdidos em vidas vazias e solitárias. Perdidos dentro dos muros que construímos. Perdidos em nossas depressões, em nossas frustrações, em nossas ansiedades. Perdidos na solidão, embaixo do chuveiro enquanto a água cai estilhaçando o nosso corpo. Enquanto procuramos nos livrar por meio das lágrimas do imenso vazio egoísta que nos enfraquece. Enquanto procuramos nos livrar das dores silenciosas e do martírio oculto da nossa ruindade.

A vida sempre será dolorosa e a terra dura, mas não podemos viver escravizados por nossos egos, nos achando sempre autossuficientes, sentados em cima do próprio umbigo. Viver é muito mais do que isso, é poder ter a riqueza de construir pontes que ligam pessoas e tecer palavras poéticas que comunicam almas. É ter fome de amar, de abraçar, de ouvir. É reconhecer a fome no outro mesmo quando a barriga está cheia. É ir além da massa de ruindade e egoísmo que ruge forte em nós.

É nunca cegar ou nunca permitir que essa cegueira se instale e retire o que há de mais belo no mundo: o olhar profundo entre duas pessoas sintetizando a essência do que é divino, pois lembrando outra vez Saramago – “Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara” – porque cabe a cada um de nós a responsabilidade de ter olhos quando os outros os perderam e como disse certo poeta meu camarada, Tokinho Carvalho: “Em terra de egos, quem vê o outro é rei”.


Postado em Conti Outra



Eu acredito em anjos




Eu acredito em anjos. Anjos humanos. Anjos na Terra. Anjos de carne, osso e um coração imenso.


Marcel Camargo

Eu acredito em anjos. Não me refiro àquelas imagens aladas tocando lira por entre nuvens de algodão, nem a personagens presentes em narrativas sagradas. Acredito em anjos na Terra, anjos encarnados e prontos a nos ajudar, sem ressalvas. São aquelas pessoas que ficam ao nosso lado e nos enxergam sempre, inclusive quando nos sentimos invisíveis.

Em nossa adolescência e em nossa juventude, geralmente possuímos um monte de amizades, que achamos serem para sempre, como se aqueles momentos durassem até nossa velhice. Mas não, a vida se encarrega de colocar cada pessoa em seus destinos, colhendo os frutos daquilo que plantaram, junto aos seus amores e dissabores. Com isso, a gente vai se afastando, aos poucos, outras vezes abruptamente, de quem queria por perto sempre.

Eu só fui perceber o valor da amizade verdadeira depois que amadureci, constituí família, quando se iniciam as perdas que toda jornada traz. Aprendi que amizade não quer dizer presença constante, mas sim estar pronto para vir até nós, nos momentos em que dói a nossa alma. Aprendi que, passe o tempo que for, algumas pessoas jamais saem de dentro de nós, mesmo que elas não se encontrem mais no plano terrestre.

E esses aprendizados me conscientizaram de que pessoas especiais são anjos. Aquela mão que se estende quando estamos no fundo do poço, aquelas palavras consoladoras de quem parece saber do que precisamos, aquele abraço que suaviza o nosso mundo todo, são verdadeiras bênçãos, porque partem de gente iluminada, sincera, gente que consegue entender o outro, que se coloca no lugar da gente. Anjos.

Eu acredito em anjos. Anjos humanos. Anjos na Terra. Anjos de carne, osso e um coração imenso. Eles aparecem quando menos esperamos, ajudando-nos a não perder a esperança no amanhã, a não desistir, porque sempre tem alguém que não desiste de nós. E, apesarem de não terem asas, eles são capazes de nos dar as mãos e nos levar para bem longe dos terrenos escuros e densos em que às vezes nos perdemos. Eles voam com o coração e levam a gente junto. Gratidão.



Postado em Conti Outra



Mãe agradece publicamente a entregador de compras pela forma como tratou o seu filho autista




O autismo é um transtorno bastante complexo, já que não existe uma causa específica – a não ser anomalias na estrutura ou na função do cérebro. Contudo, geralmente apenas é diagnosticado entre os 2 e os 6 anos, pois nos primeiros meses as alterações comportamentais típicas do autismo podem não ser perceptíveis.

Quando em crianças, os doentes portadores deste transtorno tendem a ser tratados de forma diferente. E é por isso mesmo que Lauren Browne, mãe de Tommy, um menino autista de três anos, decidiu publicar um agradecimento especial a um funcionário de um supermercado que foi entregar as suas compras a casa, precisamente por este fazer o contrário.

Ao chegar a casa de Lauren, o funcionário começou a falar para Tommy, mas como este não respondia, Lauren explicou que o pequeno tinha autismo. Contudo, ao contrário das outras pessoas, o homem continuou a tratar o menino como uma criança normal, dando-lhe pequenos itens para ele carregar e no final, pediu-lhe para assinar a entrega e ajudou-o a clicar no botão “concluído”.

A sua atitude tocou de tal forma Lauren que esta não pode deixar de demonstrar o seu agradecimento publicamente numa mensagem emocionante que partilhou na sua página do Facebook:



“Eu tive as minhas compras entregues esta manhã pela loja de Andover, Hampshire. O senhor que entregou as minhas compras disse “bom dia” e uma vez que ele me tinha aconselhado sobre substituições, começou a conversar com o meu filho de 3 anos que estava atrás de mim na porta. Depois de alguns instantes, o motorista do supermercado disse-lhe: “Não estás pronto para conversar hoje, pequenito?” Eu então interrompi a conversa unilateral para explicar que o meu filho tem autismo. Devido ao seu autismo ele não é verbal, por isso não foi capaz de manter uma conversa que qualquer poderia ter com a maioria dos meninos de 3 anos de idade. A resposta usual para isso seria um aceno de cabeça e talvez um “deus o abençoe”. No entanto, este senhor maravilhoso começou a entregar itens leves para o meu filho que alegremente os levou e seguiu-me para colocá-los ao lado do resto das compras. Assim que tínhamos todas as nossas compras lá dentro, eu assinei as compras e o motorista de entrega ajoelhou-se e pediu ao meu filho para assinar as nossas compras também. Ele ajoelhou-se enquanto o meu filho alegremente desenhou no bloco elétrico, e em seguida, ajudou-o a clicar no botão “terminado”. Eu só queria dar a esse adorável homem algum reconhecimento, em vez de ignorá-lo ou ser desajeitado com a notícia que acabara de receber, ele encontrou uma maneira alternativa de se comunicar com ele e isso realmente significa o mundo para mim. Tenho a certeza de que outros pais com filhos que têm necessidades adicionais vão realmente apreciar isso também. Infelizmente eu não percebi o nome dele, mas o Sr. Delivery Driver, se ver isto, agradecemos muito pela sua gentileza. Com amor de Tommy e da sua mãe.”

Um pequeno gesto que fez toda a diferença não só para esta mãe, como para o pequeno Tommy!


Postado em Sábias Palavras




Agentes da paz ( Israel e Palestina )





Anabela Pucynski


Moro em Israel há 34 anos. Longos quando penso nas inúmeras vezes em que fui perguntada porque abandonei o Brasil, e o que motivou minha vida para cá. Tenho respostas que foram mudando, ao correr dos anos. No cerne da questão, a única certeza é de queria uma mudança em minha vida.

Fui atraída por Israel, porque gostaria de rever o pais que houvera conhecido, somente por dois meses. Apesar de ter uma formação judia, não tenho apego a nenhuma religião, sou fundamentalmente contra a luta por ocupação de terras, e nem justifico o sacrifício de inocentes.

Costumo dizer que sou uma pessoa privilegiada. Gosto do pluralismo, das diferenças que, a meu ver, se completam. De que meu primeiro grande amigo, em Israel, tenha sido um palestino. De que tenha tido como companheiras de classe duas árabes cristãs, com as quais dividi experiencias e incertezas profissionais. De que eu, inicie, em pouco tempo, um trabalho com uma ONG que agrega jovens israelenses e palestinos. De que meu mais novo aluno seja árabe e compartilhe comigo sentimentos de rejeição por parte de seus colegas.

Meu privilégio vem do fato de que colho os frutos certos pelo caminho. Em que sei que um diálogo franco ,e sem rótulos, me ajuda a colocar uma pequena pedra na construção de um mundo que não divida, mas que seja apenas parte de uma casa que abrigue a todos. O lugar do ódio é para aqueles que se outorgam desafiar a grandeza da vida, no seu presente.

A mim cabe celebrar o fortuna das diferenças, no belo em que consiste o aprender de não se estar só. A paz só virá dos que se concentrem em ações positivas, sejam na crítica ou no pragmatismo a seus feitos. Um brinde aos muitos que permeiam a mesma vontade e decisão. Aos agentes da paz, sem nome, que construirão o futuro.

De Israel, Shabbat Shalom. Sejamos corajosos em nossa escolha para o bom, não importando as vozes retaliadoras que se interponham pelo caminho.


Anabela Pucynski   ANABELA PUCYNSKI

Blogueira e escreve sobre cultura, temas sociais e política brasileira e israelense




Postado em Brasil247 em 02/02/2018














5 maneiras de incentivar a bondade infantil



Resultado de imagem para atos de bondade em crianças


O ideal na educação infantil é ensinar a criança a ser uma pessoa boa, gentil e prestativa. Se conseguirmos isto, estaremos contribuindo para o seu desenvolvimento e sucesso no futuro.

Se uma criança é capaz de manter um ambiente de paz e não criar problemas gerados pelo egoísmo ou agressividade, será amado por todos e crescerá com uma autoestima saudável.

As crianças bondosas têm mais sensibilidade para tratar as pessoas, o mundo e os animais; isso tudo resulta em um mundo muito melhor.

Claro que não é uma tarefa fácil, por isso hoje falaremos sobre cinco chaves que ajudarão a construir a bondade infantil.

1 - Gratidão

Ensinar aos nossos filhos a importância da gratidão é como construir o primeiro andar de um grande castelo. As palavras mágicas (por favor e obrigado) lhe abrirão todas as portas, pois serão o seu melhor cartão de visita.

A gratidão é o primeiro passo para que a bondade e a compaixão fluam naturalmente.

Não devemos obrigar nossos filhos a pronunciarem as palavras mágicas, sem antes lhes ensinar o seu verdadeiro significado. Não é para simplesmente dizer obrigado, mas para sentir-se agradecido por tudo o que possuem: pelos seus brinquedos, pelos cuidados que recebem, pelas oportunidades…

A criança precisa saber e entender que a gratidão gera bons sentimentos e reciprocidade, e assim perceberá o valor de tudo o que tem e consegue alcançar.

2 - A solidariedade transforma o mundo, o torna mais digno

Solidariedade é dar o que temos, não o que sobra. Como em todos os aspectos da vida, somos o exemplo para nossos filhos, devemos ensinar-lhes o valor de compartilhar e ajudar os mais necessitados desde a infância.

Por isso, participe de projetos conjuntos destinados a resolver problemas da comunidade, faça trabalhos humanitários, de modo que a sua vida seja um exemplo de como melhorar a vida dos outros. O compromisso social é uma motivação muito importante e nós, como adultos e professores, temos o dever de ensinar.

3 - Eduque a mente e o coração

Este é outro tijolo a partir do qual cimentaremos a capacidade das crianças serem benevolentes. As crianças devem aprender a reconhecer e controlar as suas emoções.

O objetivo da inteligência emocional é cultivar a bondade, fazendo-a crescer com empatia e amor. As emoções servem como motivação, mas também como um ponto de partida para uma boa comunicação, na qual o respeito e o reconhecimento pelo outro estarão sempre presentes.

4 - O valor do esforço e da colaboração
“Quando você quer algo, tem que colaborar. Se quiser chegar rápido, caminhe sozinho: se quiser chegar longe, caminhe em grupo”. Provérbio africano
Sabemos perfeitamente que as crianças são capazes de colaborar e ficam muito animadas com isso. Então, sempre que possível, devemos deixá-las cooperar com as tarefas e ensiná-las que todo esforço tem sua recompensa.

5 - A mente que se abre para uma ideia nunca voltará ao seu tamanho original

Educar nossas crianças, ensinar-lhes os valores morais e cultivar seus conhecimentos é colocar o mundo ao seu alcance. Podemos dizer que “se não sabem que podem chegar até lua, não vão tentar alcançá-la; então dê-lhes uma escada”.

É muito importante dar às nossas crianças a oportunidade de crescer, cultivando no seu coração a bondade infantil, a compaixão e a empatia. Dessa forma, iremos promover a sua felicidade e o seu bem-estar, e é claro, do resto do mundo também.






Resultado de imagem para crianças fazendo o bem,


Imagem relacionada


Resultado de imagem para crianças fazendo o bem,


Imagem relacionada


Imagem relacionada


Resultado de imagem para crianças fazendo boas ações


Resultado de imagem para crianças fazendo boas ações


Resultado de imagem para crianças cuidando de criança deficiente


Resultado de imagem para crianças cuidando de criança deficiente



O motorista que “salvou” 15 estudantes do ENEM no país da empatia perdida





Nathalí Macedo

No país que mais parece um circo dos horrores, reza a lenda, ainda acontecem coisas boas, e ainda há pessoas capazes de bons atos, embora seja de fato a cada dia mais difícil de acreditar. 

Geraldo Casalli, um motorista de ônibus de São Carlos – SP, levava no ônibus, em um dia ordinário de expediente, quinze estudantes atrasados para o ENEM – que virariam meme, no máximo, e teriam que tentar de novo no ano que vem, enfrentando a sensação de desperdício de tempo, muito mais horrorosa quando se é jovem (e, consequentemente, imediatista). 

Ele poderia seguir o trajeto – e as regras da empresa para a qual trabalha, e a essência coletiva do tipo de transporte que conduz – mas optou, humanamente, por mudar o trajeto e evitar que os estudantes se atrasassem. 

Regras são feitas para seres humanos, de modo que, num sofismo barato, o ato de Geraldo não foi heroico, tampouco anti-heróico, foi humano.

Gosto de pensar que há dois tipos de motoristas de ônibus: aqueles que são muito mal humorados – não respondem ao seu “bom dia” – e aqueles que são gente finíssima, gente que finge que acredita em quem diz que foi assaltado porque não tem dinheiro para a passagem, gente que para fora do ponto para que mulheres saltem em ruas menos desertas, gente que pega a sensibilidade debaixo do travesseiro e leva pro trabalho. 

Geraldo, é claro, está no segundo grupo. 

Diz que pensou nas filhas quando mudou o trajeto – esse sentimento, esse lindo sentimento que alguns chamam de empatia – pode se manifestar em qualquer um, em qualquer lugar e em qualquer trajeto, gosto de crer. 

Lembrei de uma coisa de ouvi de um filósofo que nunca terminou o segundo grau, o meu pai: “A gente não tem medo de nada, até ter filhos. Depois que você tem filhos, você treme só de pensar que alguma coisa pode acontecer com eles.”

Penso que talvez Geraldo tivesse visto a imagem das filhas nos estudantes que ajudou, e penso no quão bonito o amor paterno pode ser, quando floresce. Talvez tenha tremido só de pensar que suas filhas sofreriam a angústia de terem se preparado o ano inteiro para um exame que não aconteceria por uma questão de minutos, e talvez tenha sido levado por esse sentimento sublime a arriscar o próprio emprego para ajudar quinze desconhecidos. 

Ou talvez seja só um motorista de ônibus gente finíssima. 

A essa altura, qualquer das opções é desejável. 



Postado em Diário do Centro do Mundo em 08/11/2017