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Não há democracia que sobreviva à tirania do judiciário



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Paulo Pimenta


O Brasil hoje gira em torno das chamadas "delações premiadas" deflagradas no âmbito da operação Lava Jato. Especialmente o depoimento de Marcelo Odebrecht chocou o país por mostrar a articulação de décadas entre empresas e políticos que agiram de forma criminosa e se beneficiaram mutuamente de recursos públicos para formar fortunas, muitas delas depositadas em contas no exterior.

Porém, o que mais chocou nesse depoimento não foi exatamente o fato de se descobrir que há corrupção, e sim a forma descarada, debochada, acobertada com que o diretor de uma das maiores empresas do país revelou em rede nacional que a construtora criou um departamento de propina e institucionalizou um esquema de compra de pareceres com uma espécie de "advocacy" que mais que defender seus interesses patrocinava vantagens e se aproximava de pessoas a fim de obter benefícios.

Pelo que tudo indica desvelou-se uma história de golpes bilionários que teve como escudo o financiamento privado de campanhas eleitorais, desvirtuado para servir aos interesses de indivíduos e grupos poderosos. É evidente a relação enraizada entre a construtora e os políticos do PMDB e do PSDB, que a mídia se esforça para acobertar, e a amplitude desse esquema, o qual parece impossível de se realizar sem a omissão deliberada, também, de setores do judiciário.

Os depoimentos poderiam ser vistos como positivos se a operação comandada pelo juiz Sérgio Moro confirmasse a intencionalidade de combater a corrupção e fizesse essa investigação de forma séria, isenta e guiada por objetivos públicos, não partidários. A farsa da Lava a Jato é tamanha que, enquanto as investigações estão em curso, as dependências da Polícia Federal, seus agentes e equipamentos são colocados à disposição de um filme que tem por finalidade promover a operação e cujos financiadores são mantidos em sigilo.


É nítida a ausência de compromisso com os fundamentos republicanos e democráticos, como a soberania, a cidadania, a dignidade da pessoa humana e o pluralismo político em todo esse processo. O que tem caracterizado a "Lava a Jato" é o populismo e o comportamento autoritário do juiz Sérgio Moro que desrespeita os direitos e faz a incitação ao ódio.

Isso se observou na condução coercitiva do ex-presidente Lula, no vazamento seletivo e ilegal de depoimentos e também na manipulação de delatores com vistas a proteger o presidente ilegítimo Michel Temer e outras figuras, especialmente do PSDB, ou forjar provas contra o PT a qualquer custo.

Todos sabem que os depoimentos de delatores exigem cautela e que a legislação requer a confirmação com provas, no entanto, a imprensa tradicional, principalmente a Rede Globo, tratou corruptores como heróis e tornou as peças da investigação um show midiático. A fórmula encontrada para maquiar as informações foi ungir a fala dos chefes da construtora com o dom da verdade e criar generalizações sobre tudo que disseram.

A Globo cria o estereótipo de que todos os políticos são iguais, oculta quem de fato beneficia e é beneficiado por essas e outras empresas. Ao mesmo tempo, esse noticiário perversos mantém ileso o governo ilegítimo que está atolado em corrupção, incluindo o próprio Michel Temer, que acelera a votação de medidas que liberam as terceirizações e retiram os direitos previdenciários e trabalhistas.

A falsidade da notícia é algo gravíssimo. Um crime contra a democracia. A Rede Globo é parte desse golpe e sua estratégia de tratar como iguais a quem recebeu doações legais de campanha, quem recebeu recursos de caixa dois e quem recebeu propina e se favoreceu de fraudes serve apenas para enfraquecer a política e minar a possibilidade do país reestabelecer a democracia. Da mesma forma, as práticas de setores do Ministério Público e da Polícia Federal são não apenas controversas, mas absolutamente comprometedoras.

Não há democracia que sobreviva à tirania de um judiciário que se empenha em arrancar delações contra um líder político como Lula pelo fato dele representar um projeto de esquerda no país, para tentar calar a sua voz e impedir que seja eleito, uma vez que detém 45% das intenções de voto, segundo as últimas pesquisas.

O teor do comando da "Lava a Jato" se revelou fascista e mostrou que não busca punir quem fraudou contratos públicos, exigir a devolução integral dos recursos ilegais ou fechar empresas que formam quadrilha para operar a corrupção. Estão mais interessados em "caçar as bruxas", e com apoio da mídia, irão repor o selo da honestidade em empresários corruptos, que serão "presos" em suas mansões e depois vão trocar a fachada de suas construtoras para seguir operando.

Na lógica em que se desenrola do golpe no país, contando com a conivência de grandes empresas, da imprensa tradicional e do judiciário, os partidos de direita cujos velhos líderes foram pegos em corrupção comprovada vão se reinventar com outros nomes tidos como "não políticos" para atender aos interesses do capital que precisa deles e exige que façam a chamada "modernização". Enquanto isso os partidos de esquerda terão que lutar para não terminar criminalizados pelo abuso de poder que se instaurou e que ganha espaço quando se consegue intimidar os investigados, torturar e destruir suas trajetórias.

Eugenio Aragão, ex-ministro da Justiça, sintetiza esse mal quando diz que "o mal da tortura é que não oferece provas sólidas da verdade, mas apenas provas sólidas da (in)capacidade de resistência do torturado", lembrando que a tortura que não é apenas física, do pau de arara, do choque elétrico, mas também é psicológica.

Tem ficado evidente que esses depoimentos passam por uma combinação prévia sobre o que interessa ser dito na deleção e para estabelecer a garantia de medidas especiais de proteção aos delatores, assegurando-lhes uma "nova vida", sem máculas, em algum paraíso, de preferência um paraíso fiscal.

É preciso estar atento, o golpe não chegou com militares dando tiros dentro de um tanque de guerra. As estratégias do golpe iniciado em 2016 no Brasil são mais subjetivas e de difícil percepção.

Contudo alguns líderes de esquerda estão presos, alguns serão injustamente punidos, a ameaça de jorrar sangue é eminente sempre que a população se organiza e usa o direito legítimo de se manifestar. A derrubada da Presidenta Dilma era apenas o início do golpe, e não seu fim, que, entre outros, prossegue com a retirada de direitos e o uso político do sistema de justiça. Mas, não podemos calar e submetermo-nos ao regime de força que vem se desenhando, o golpe ainda está em curso no Brasil e nós precisamos detê-lo.


Postado em Brasil 247 em 22/04/2017



Até 12 de Maio de 2016, tínhamos Democracia plena, Direitos e Escolhas !






Vídeo de Propaganda Política para a TV que foi ao ar em 11/04/2017





LISTA DE FACHIN CONFIRMA GOLPE DOS CORRUPTOS CONTRA PRESIDENTE HONESTA 



A lista do ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, confirma que houve no Brasil um golpe dos corruptos que tirou do poder uma presidente honesta, Dilma Rousseff.

Campeões de pedidos de investigação, com cinco inquéritos cada um, os senadores Aécio Neves (PSDB-MG) e Romero Jucá (PMDB-RR) tiveram papel crucial no processo de impeachment de Dilma.

Articulador do golpe que feriu a democracia e destruiu a economia brasileira, Aécio não se conformou com o resultado das eleições presidenciais em 2014 e pediu não só a recontagem dos votos, mas a cassação da chapa vitoriosa, e se aliando para isso com o então presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), hoje preso.

Ao lado dele, Romero Jucá teve sua voz interceptada em uma gravação da Polícia Federal defendendo, ao ex-presidente da Transpetro Sergio Machado, a saída de Dilma para "estancar a sangria" da Lava Jato.

Juntos, os dois instalaram no poder um governo, comandado por Michel Temer, com nada menos que nove ministros investigados: Eliseu Padilha, Moreira Franco, Gilberto Kassab, Helder Barbalho, Aloysio Nunes, Blairo Maggi, Bruno Araújo, Roberto Freire e Marcos Pereira.

Marchas contra a corrupção derrubaram Dilma, contra quem não pesa uma acusação de desvios de recursos, e instalaram no poder o governo mais enlameado da história.



Postado em Brasil247 em 11/04/2017 



PREVISÕES DE DILMA SOBRE O GOLPE SE CONFIRMARAM



No dia 12 de maio de 2016, quando a presidente eleita Dilma Rousseff foi deposta pelo golpe parlamentar de 2016, ela fez um discurso histórico, em que antecipou várias medidas que seriam tomadas por Michel Temer, empossado um dia depois, numa sexta-feira 13.

Dilma afirmou que o golpe seria contra o povo brasileiro, antecipando ataques às aposentadorias, aos direitos trabalhistas, a programas sociais de saúde, como a Farmácia Popular, e de educação, como o Ciência sem Fronteiras.

Tudo o que Dilma previu se confirmou e um vídeo, elaborado pela equipe do deputado Marco Maia (PT-RS), com reportagens da Globo e de outras emissoras de TV, como a TVT, confirma: o golpe foi contra você.

Confira acima.


Postado em Brasil247 em 08/04/2017




O fascismo avança





Geraldo Prado

Os fascistas são pessoas comuns… estão ao nosso lado, convivemos com eles, inicialmente conferimos pouca importância ao fato de serem incapazes de compreender a complexidade da vida e das relações humanas, o caráter plural da existência.

Não é raro até mesmo acharmos graça da ignorância que expressam com tanta autoridade… até que explode a violência.

A violência fruto da intolerância é, há um tempo, o elemento de identificação do fascista e o sinal de alerta de que, absorvida pelo corpo social e normalizada por aqueles que têm o dever de contê-la, já os fascistas não são poucos, organizam-se e reverberam sua estupidez sob o olhar concordante ou condescendente de grande parcela da sociedade.

De todas as consequências produzidas pela ação política de Deltan Dallagnol aquela que é sua responsabilidade direta e pela qual haverá de responder politicamente consiste em insuflar a violência em um quadro de expansão do fascismo.

Dallagnol está obcecado pela “luta contra a corrupção” a ponto de capitanear o ataque mais frontal e escancaradamente anticivilizatório à Constituição de 1988, por meio de propostas que vergonhosa e falsamente divulga como sendo de “enfrentamento à corrupção”.

O fascismo infiltra-se na democracia, vale-se de extratos do discurso democrático para ampliar o leque de influência das ideias de homogeneidade do corpo social, que claro são convite a “expulsar” os diferentes desse “corpo” hipoteticamente salutar, maculado pelos que não professam as mesmas ideias.

O jurista/historiador António Hespanha, em seu “O Caleidoscópio do Direito”, no campo específico da formação dos juristas, adverte para os cuidados que devemos ter se quisermos de fato viver em democracia. O alerta vale para todas as pessoas, não necessariamente apenas para os juristas.

Hespanha sublinha a necessidade do “cultivo de um espírito de contínua autovigilância e autocrítica, que previna a imposição de pontos de vista pessoais ou de grupo aos pontos de vista da vontade popular positivados na ordem jurídica; e, finalmente, de uma sagacidade e perspicácia que desconstrua o contrabando intelectual que consiste em fazer passar por naturais ou gerais as opiniões ou os interesses de um grupo ou de uma parte” (p. 160).

Dallagnol e os que o acompanham nessa empreitada político-midiática, tirando partido da Lava Jato, tentam passar de contrabando propostas de restrição significativa do habeas corpus e outras tantas garantias que a civilização ocidental edificou depois de muito arbítrio, arbítrio fascista, como se tais propostas visassem controlar de fato a corrupção.

Trata-se de “contrabando intelectual”, que não passa em um “tese de integridade das ideias”.

Como um jovem mimado, incapaz de tolerar frustração, vencido no debate na Câmara dos Deputados, instila no lado fascista de nossa sociedade essa sede por sangue – sangue dos que os fascistas identificam como inimigos.

Não há aqui teoria alguma. A agressão praticada contra o jovem fotógrafo F.P.R, em Copacabana, e sua namorada é a consequência inevitável da estupidez em forma de política.

Aos que supõem que haja exagero na avaliação e que conscientemente fecham os olhos diante da escalada de brutalidades que testemunhamos, recomendo que vejam o filme de Christoforos Papakaliatis, “Worlds Aparts” (Mundos Opostos), retrato do fascismo experimentado no berço da autoproclamada Civilização Ocidental, a Grécia.

Um dos episódios leva o sugestivo título: “O bumerangue”. Não tenham dúvida: a violência retorna e deixa cicatrizes profundas.

Minha solidariedade ao fotógrafo e à namorada na forma de compromisso por lutar sempre e sempre contra o fascismo.

Ps.: A fogueira da violência também é alimentada por reações que rebaixam muitos dos nossos políticos. Há uma grande diferença entre debater, com maturidade e senso crítico, a responsabilidade de magistrados e membros do MP por abusos, e agir irrefletidamente, a passar a impressão incontestável de revanche.

Em geral, excetuando-se os que pensam como Dallagnol, magistrados e membros do MP não são refratários a responsabilização por abusos. Mas todos – pelas mais variadas razões – são contra a intimidação das duas instituições.

Necessitamos mais do que em qualquer época de políticos que não joguem combustível na fogueira fascista.



Postado em Justificando em 05/12/2016







Campanha em defesa da democracia, do estado de direito e do ex-presidente Lula





LULA : HÁ UM PACTO QUASE DIABÓLICO 

DA MÍDIA, MP, PF E MORO CONTRA MIM




247 – No ato " Por um Brasil justo pra todos e pra Lula ", lançado nesta quinta-feira (10), na Casa de Portugal, na Sé, em São Paulo, que reuniu sindicatos, movimentos sociais, partidos, intelectuais e artistas, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que há um "pacto quase diabólico" entre a mídia, o juiz responsável pela Lava Jato, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal contra ele. Em seu discurso, Lula fez uma defesa ampla da democracia e alertou para "o período de perigoso regresso" no país.

Os principais trechos do discurso de Lula:

"Eu, na verdade, não me sinto confortável participando de um ato da minha defesa. Me sentiria confortável participando de um ato de acusação ao grupo tarefa da Lava Jato que está mentindo para a sociedade brasileira"

"Gostaria que este movimento fosse menos personalizado na figura do Lula e mais em nome da democracia, da justiça e dos estudantes que estão defendendo o direito de uma escola livre"

"Não tenho que provar minha inocência. Eles é que precisam provar a inocência delas nas acusações contra mim"

"Já vi a imprensa divulgar barbaridades, mas não conseguiram provar nada"

"Me disponho a fazer o papel de cobaia que eles querem. A única coisa que quero é que apresentem ao povo uma prova concreta"

“Eu quero que eles apresentem uma prova concreta. Não aceito a ideia de que a convicção vale como prova”

"Quantos políticos aguentam 13 horas de Jornal Nacional falando mal deles?”

“Nosso encontro de hoje pode ser resumido em uma única palavra: democracia”

"Muitas vidas foram sacrificadas até a Constituição de 88. Nessas três décadas passamos a compreender o valor da democracia”

"Hoje no Brasil vivemos um período de perigoso regresso"

"A prática da democracia começa pelo mais básico dos direitos, que é o direito de reivindicar os direitos"

"Tenho muita clareza de que nunca cometi nenhum crime nem antes, nem durante e nem depois de ocupar a Presidência da República"

"A democracia não é um pacto de silêncio"

"Esta noite sou mais um, entre tantos, que se levanta em defesa da democracia e do Estado de Direito"

A campanha

A campanha prevê eventos e manifestações, em todo o Brasil e no exterior, contra as perseguições ao ex-presidente e em defesa da democracia. No ato, foi lido manifesto que denuncia arbitrariedades cometidas por setores do Judiciário que se utilizam do combate à corrupção como pretexto para perseguição política. Também serão colhidas assinaturas em apoio ao documento.

"Hoje, o que vemos é a manipulação arbitrária da lei e o desrespeito às garantias por parte de quem deveria defendê-las. Tornaram-se perigosamente banais as prisões por mera suspeita; as conduções coercitivas sem base legal; os vazamentos criminosos de dados e a exposição da intimidade dos investigados; a invasão desregrada das comunicações pessoais, inclusive com os advogados; o cerceamento da defesa em procedimentos ocultos; as denúncias e sentenças calcadas em acusações negociadas com réus, e não na produção lícita de provas", diz um trecho do documento (leia na íntegra abaixo do vídeo).

Assista:




A íntegra do manifesto:



Em defesa da democracia, do estado de direito e 

do ex-presidente Lula


O estado de direito democrático, consagrado na Constituição de 1988, é a mais importante conquista histórica da sociedade brasileira. Na democracia, o Brasil conheceu um período de estabilidade institucional e de avanços econômicos e sociais, tornando-se um país melhor e menos desigual, mas essa grande conquista coletiva encontra-se ameaçada por sucessivos ataques aos direitos e garantias, sob pretexto de combater a corrupção.

A sociedade brasileira exige sim que a corrupção seja permanentemente combatida e severamente punida, respeitados o processo legal, o direito de defesa e a presunção de inocência, pois só assim o combate será eficaz e a punição, pedagógica. Por isso, na última década, o Brasil criou instrumentos de transparência pública e aprovou leis mais eficientes contra a corrupção, provendo os agentes do estado dos meios legais e materiais para cumprirem sua missão constitucional.

Hoje, no entanto, o que vemos é a manipulação arbitrária da lei e o desrespeito às garantias por parte de quem deveria defendê-las. Tornaram-se perigosamente banais as prisões por mera suspeita; as conduções coercitivas sem base legal; os vazamentos criminosos de dados e a exposição da intimidade dos investigados; a invasão desregrada das comunicações pessoais, inclusive com os advogados; o cerceamento da defesa em procedimentos ocultos; as denúncias e sentenças calcadas em acusações negociadas com réus, e não na produção lícita de provas.

A perversão do processo legal não permite distinguir culpados de inocentes, mas é avassaladora para destruir reputações e tem sido utilizada com indisfarçáveis objetivos político-eleitorais. A caçada judicial e midiática ao ex-presidente Lula é a face mais visível desse processo de criminalização da política, que não conhece limites éticos nem legais e opera de forma seletiva, visando essencialmente o campo político que Lula representa.

Nos últimos 40 anos, Lula teve sua vida pessoal permanentemente escrutinada, sem que lhe apontassem nenhum ato ilegal. Presidiu por oito anos uma das maiores economias do mundo, que cresceu quatro vezes em seu governo, e nada acrescentou a seu patrimônio pessoal. Tornou o Brasil respeitado no mundo; conviveu com presidentes poderosos e líderes globais, conheceu reis e rainhas, e continua morando no mesmo apartamento de classe média em que morava 20 anos atrás.

Como qualquer cidadão, Lula pode e deve ser investigado, desde que haja razões plausíveis, no devido processo legal. Mas não pode ser submetido, junto com sua família, ao vale-tudo acusatório que há dois anos é alardeado dentro e fora dos autos. Acusam-no de ocultar imóveis, que não são dele, apenas por ouvir dizer. Criminalizam sua atividade de palestrante internacional, ignorando que Lula é uma personalidade conhecida e respeitada ao redor do mundo. A leviandade dessas denúncias ofende a consciência jurídica e desrespeita a inteligência do público.

A caçada implacável e injusta ocorre em meio a crescente processo de cerceamento da cidadania e das liberdades políticas, que abre caminho para a reversão dos direitos sociais. Líderes de movimentos sociais são perseguidos e até presos, manifestações de rua e ocupações de escolas são reprimidas com violência, jornalistas independentes são condenados por delito de opinião. Ao mesmo tempo, o sistema judiciário recua ao passado, restringindo o recurso ao habeas corpus e relativizando a presunção de inocência, garantias inalienáveis no estado de direito.

Esse conjunto de ameaças e retrocessos exige uma resposta firme por parte de todos os democratas, acima de posições partidárias. Quando um cidadão é injustiçado – seja ele um ex-presidente ou um trabalhador braçal – cada um de nós é vítima da injustiça, pois somos todos iguais perante a lei. Hoje no Brasil, defender o direito de Lula à presunção da inocência, à ampla defesa e a um juízo imparcial é defender a democracia e o estado de direito. É defender a liberdade, os direitos e a cidadania de todos os brasileiros.

Alguns dos nomes que já apoiam o movimento:

Chico Buarque, Paulo Betti, Fernanda Takai, Paulo Sergio Pinheiro, Rogério Cerqueira Leite, Luiz Carlos Bresser-Pereira, Luiz Gonzaga Belluzzo, Fernando Morais, Raduan Nassar, Antonio Cândido, Dalmo Dallari, Celso Bandeira de Mello, Marcelo Neves, Rui Falcão, Carlos Luppi, Luciana Santos, Sebastião Salgado, Beth Carvalho, Daniel Filho, Tiê, Ailton Graça, GIlberto Gil.

O documento pode ser acessado e assinado aqui.



Postado em Brasil247 em 10/11/2016



Ana Júlia : Estudante de 16 anos defende ocupações e dá aula aos deputados !



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Paraná 247 - O discurso de uma estudante de 16 anos na Assembleia Legislativa do Paraná tem repercutido com força nas redes sociais. Ana Júlia defendeu emocionada as ocupações nas escolas do Brasil contra medidas do governo Temer e deu uma verdadeira aula aos deputados que não compreendem o movimento e são contra o diálogo com os movimentos sociais.

Mais de mil escolas estão ocupadas no País, sendo cerca de 800 apenas no Paraná. 

Segundo Ana Júlia, os estudantes se sentem insultados quando são chamados de "doutrinados", como vêm fazendo o governo paranaense, de Beto Richa (PSDB), e parlamentares da base governista na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, em crítica ao PT e partidos de esquerda.

"É um insulto a nós, que estamos lá, nos dedicando, procurando motivação todos os dias, sermos chamados de doutrinados. É um insulto aos estudantes, aos professores", diz Ana Júlia. 

"Nós não estamos lá de brincadeira. Nós sabemos pelo que nós estamos lutando. Nossa bandeira é a educação. Nossa única bandeira é a educação", acrescenta a estudante.

Segundo ela, com a medida provisória da reforma da educação, “o Brasil está fadado ao fracasso”. 

Ela também faz duras críticas ao projeto Escola Sem Partido e à PEC 241, que congela os gastos públicos por 20 anos.

Assista:






Postado em Brasil 247 em 26/10/2016



TVE Entrevista Especial - Dilma Rousseff : Imperdível para quem defende a Democracia !

















NA PRIMEIRA ENTREVISTA desde seu afastamento, a ex-presidente Dilma Rousseff citou a declaração em que Michel Temer diz que o impeachment foi motivado por Dilma não aceitar o plano econômico do PMDB, e não por supostas irregularidades praticadas por ela.


A entrevista foi conduzida pelo jornalista Bob Fernandes para a TVE Bahia e será transmitida nesta terça-feira, às 20h40, na TVE e no portal do canal

O comentário da ex-presidente refere-se a um discurso dado por Temer na sede da Sociedade Americana/Conselho das Américas (AS/COA), em Nova York, na quarta-feira passada, dia 21, quando disse que ele e seu partido começaram a articular o afastamento de Rousseff em consequência direta da não aceitação, pela ex-presidente, do programa neoliberal do PMDB chamado “Ponte para o Futuro”.

A fala inesperada de Temer foi noticiada por vários meios de comunicação da mídia independente, mas foi completamente ignorada por toda a mídia tradicional, com exceção da revista Exame, Carta Capital e Jornal do Brasil.

Veja o vídeo aqui:










Postado em The Intercept Brasil em 27/09/2016








Wadih Damous : “ o que aconteceu ontem foi um atentado fascista à democracia brasileira ”



OAB critica espetáculo do Dallagnol



O deputado Wadih Damous (PT-RJ), ex-presidente da OAB-RJ, postou na sua página do Facebook um vídeo em que denuncia o absurdo que foi a coletiva de imprensa do MPF: "o que aconteceu ontem foi um atentado fascista à democracia brasileira". Assista.




Uma Poesia e o Golpe







Roteiro



Parar. Parar não paro.

Esquecer. Esquecer não esqueço. 

Se caráter custa caro 

pago o preço. 


Pago embora seja raro.

Mas homem não tem avesso 

e o peso da pedra eu comparo 

à força do arremesso. 


Um rio, só se for claro.

Correr, sim, mas sem tropeço. 

Mas se tropeçar não paro 

- não paro nem mereço. 


E que ninguém me dê amparo

nem me pergunte se padeço.

Não sou nem serei avaro 

- se caráter custa caro 

pago o preço. 



Autor : Sidonio Muralha (Lisboa, 28 de julho de 1920 - Curitiba, 8 de dezembro de 1982), escritor português, viveu na África e depois no Brasil em exílio voluntário fugindo da Ditadura de Salazar. 



Para entendermos o contexto da poesia Roteiro é necessário um breve relato da História de Portugal.

Antonio Salazar assumiu o poder, em 1932, como chefe de governo (Primeiro Ministro), implantando a ditadura salazarista. Seu governo durou até o ano de 1968.

Impôs uma nova carta constitucional com traços explicitamente inspirados nos ditames do fascismo italiano. O novo documento estabeleceu a censura dos meios de comunicação, a proibição dos movimentos grevistas e a criação de um sistema político unipartidário. A partir de então, se instalava uma das mais duradouras ditaduras criadas na Europa.

Somente com a morte de Salazar, acontecida em 1970, um movimento revolucionário de caráter liberal tomou conta do cenário português. Em 1974, o movimento de transformação política atingiu seu auge com a deflagração da chamada Revolução dos Cravos. Somente após esse episódio, Portugal conseguiu dar fim a um dos mais trágicos momentos de sua história.

Por Rainer Sousa
Mestre em História



Nota

A poesia acima é a preferida do Senador Roberto Requião (PMDB-PR), que é contra o Golpe de Estado (travestido de Impeachment) e a favor da Democracia e do respeito aos votos que elegeram a Presidente Dilma Rousseff na eleição de 2014.

Agora são 23 horas e 40 minutos deste dia 9 de Agosto. A sessão no Senado continua, desde às 9 horas da manhã.

A maioria dos Senadores são Golpistas e com seus "discursos" estão tentando convencer a si próprios que não estão promovendo um Golpe e que a Presidenta cometeu crimes, portanto deve ser retirada do cargo para o qual foi eleita por mais de 54 milhões de brasileiros.

O Senador Roberto Requião, em seu lúcido e claro discurso, leu a poesia Roteiro. 

Creio que ele quis mostrar como age um homem de caráter em contraposição àqueles que não têm caráter algum, e que estão no Congresso Brasileiro em benefício próprio e a serviço do Capital, ignorando, completamente, o Povo Brasileiro.