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No mundo, mais de 1 milhão de crianças órfãs pela pandemia de covid-19




Um milhão e meio de crianças perderam pais, avós ou cuidadores para Covid-19

Estudo publicado na revista 'The Lancet' é o primeiro a tratar do efeito das perdas sobre a formação de crianças e adolescentes

Guilherme Venaglia e Leonardo Lopes da CNN, em São Paulo

Um estudo divulgado pela revista científica "The Lancet" nesta segunda-feira (19) aponta que cerca de 1,5 milhão de crianças perderam pais, avós ou outras pessoas responsáveis por seus cuidados diretos em razão da Covid-19. Trata-se do primeiro estudo global sobre o tema diante da pandemia do novo coronavírus.

De acordo com o levantamento, o Brasil figura como um dos países em que proporcionalmente essa ocorrência é maior, com 130 mil crianças que perderam o principal responsável pelos seus cuidados, o que equivale a duas crianças a cada mil.

Esse índice só é menor que o registrado no Peru (10 a cada mil), na África do Sul (cinco a cada mil) e no México (três a cada mil). Das 1,5 milhão de crianças, em torno de um milhão perderam o pai e/ou a mãe. Outras 500 mil crianças perderam uma outra pessoa, como um avô, que vive no ambiente familiar e fazia parte desse cuidado.

O levantamento segue critérios científicos, como a revisão por pares. Os pesquisadores responsáveis alertam que "crianças que perderam um parente ou cuidador estão arriscadas a sofrerem de efeitos adversos de curto e longo prazo sobre a sua saúde, segurança e bem-estar, como o aumento do risco de doenças, abusos físicos, violência sexual e gestação na adolescência".

"Os pesquisadores pedem a adoção de uma ação urgente para responder o impacto das perdas de cuidadores como parte dos programas de combate à Covid-19", afirma a "The Lancet". "A cada duas mortes por Covid-19 no mundo, uma criança foi deixada para trás para enfrentar a morte de um parente ou cuidador", diz Susan Hills, do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos e uma das pesquisadoras que lideraram o estudo.

Pesquisadora pede vacinação e auxílio financeiro às famílias

Lucie Cluver, professora da Universidade da Oxford e da Universidade de Cape Town na África do Sul, diz que os governos devem se inspirar em medidas semelhantes adotadas em países mais afetados por doenças como a Aids e o Ebola.

A especialista sugere esforços adicionais para vacinar os cuidadores de crianças, em especial idosos que estejam com a responsabilidade de fazer esse cuidado, e dar suporte às famílias que ficarem responsáveis por ajudar os jovens que perderam seus pais e responsáveis.
"Nós precisamos apoiar as famílias estendidas ou adotivas a cuidarem dessas crianças, com ajuda de custos, programas de auxílio à parentalidade e acesso à educação. Precisamos vacinar os cuidadores das crianças -- especialmente os cuidadores avôs e avós. E precisamos responder rápido, porque a cada 12 segundos uma criança perde seu cuidador pela Covid-19", afirma Cluver.



Mais de um milhão de crianças perderam pais
 ou avós na pandemia

Brasil é um dos países onde mais crianças ficaram órfãs em decorrência da covid-19. Pesquisadores afirmam que o número real de menores afetados no mundo deve ser ainda maior.

Cerca de 1,1 milhão de crianças no mundo perderam ao menos um dos pais ou avós responsáveis por elas em consequência da pandemia de covid-19, estima um estudo publicado na revista científica The Lancet nesta terça-feira (20/07).

Em relação à população total, o número de menores de 18 anos nessa situação é particularmente alto no Brasil, onde 2,4 crianças a cada mil foram afetadas, atrás apenas do Peru (10,2), da África do Sul (5,1) e do México (3,5).

Segundo estimativas do levantamento, mais de 113 mil crianças ficaram total ou parcialmente órfãs em consequência da covid-19 no Brasil, sendo que 25,6 mil perderam a mãe, mais de 87,5 mil perderam o pai, e 13 crianças perderam tanto o pai quanto a mãe para a doença. Além disso, 17 mil perderam um dos avós que cuidavam delas, e 69 perderam os dois.

O estudo destaca que muitas vezes os avós, frequentemente os mais vulneráveis à covid-19, fornecem apoio prático, psicossocial ou financeiro para os netos. No Brasil, o segundo país do mundo com mais mortes por covid-19, atrás dos Estados Unidos, 70% das crianças recebem esse apoio financeiro, apontam os pesquisadores, indicando que muitas podem ter perdido esse suporte durante a pandemia.

Se considerados ainda avós ou parentes mais velhos que vivem no mesmo lar mas não são os principais responsáveis pelas crianças, o número total de menores afetados chega a mais de 1,5 milhão no mundo. O número de crianças que perderam o pai seria de duas a cinco vezes maior que o daquelas que perderam a mãe, segundo os pesquisadores, liderados por Seth Flaxman, do Imperial College de Londres.

Consequência trágica e negligenciada

"Como a maioria das mortes por covid-19 ocorre entre adultos, e não entre crianças, a atenção tem sido concentrada, compreensivelmente, nos adultos. Entretanto, uma consequência trágica do grande número de mortes de adultos é que um grande número de crianças pode perder seus pais e responsáveis para a covid-19", diz o estudo.

A pandemia vista pelos olhos de crianças


 

"Como a covid-19 pode levar à morte dentro de poucas semanas, famílias têm pouco tempo para preparar as crianças para o trauma que experimentam quando um progenitor ou responsável morre", destacam os pesquisadores.

Entre as consequências para as crianças órfãs ou que perdem um responsável por elas, o estudo aponta riscos de problemas de saúde mental e física, de vulnerabilidade econômica e de abusos sexuais. Tais experiências, por sua vez, aumentam os riscos de suicídio, gravidez na adolescência e doenças, afirmam.

Em comunicado sobre o estudo, os Institutos Nacionais da Saúde (NIH, na sigla em inglês), dos Estados Unidos, afirmam que as crianças órfãs são uma consequência significativa, até então negligenciada, da pandemia. Segundo os NIH, a análise mostra que o apoio psicossocial e financeiro a essas crianças deve ter um papel central na resposta à pandemia.

Metodologia e subnotificação

Para o estudo, os pesquisadores fizeram cálculos usando dados como taxas de natalidade e mortes por covid-19 de 21 países, que responderam por 76,4% dos óbitos por covid-19 no mundo entre março de 2020 e abril de 2021: Argentina, Brasil, Colômbia, Inglaterra e País de Gales, França, Alemanha, Índia, Irã, Itália, Quênia, Malawi, México, Nigéria, Peru, Filipinas, Polônia, Rússia, África do Sul, Espanha, EUA e Zimbábue.

Os pesquisadores destacam que os números apontados no estudo são apenas estimativas – e o número real de crianças afetadas provavelmente é ainda maior.

Os cientistas apontam ainda que não foi possível levar em conta nas estimativas famílias formadas por dois pais ou duas mães, devido à falta de dados nos países analisados.




Brasil tem 1 órfão por covid a cada 5 minutos: 'Pensamos que crianças não são afetadas, 
mas é o oposto'

Susan Hillis, pesquisadora de doenças infecciosas do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA, é líder do estudo que mostrou que há 1,5 milhão de órfãos da pandemia pelo mundo, e que o Brasil é o segundo país mais afetado pelo problema. "Se você parar agora e contar até 12, é o tempo que basta para haver um novo órfão por covid-19 no mundo."


Mariana Sanches e Matheus Magenta, BBC

A covid-19 evoluiu rapidamente nos corpos de Thiago e Antonielle Weckerlin (ou Nielle, como era conhecida). Casados por 13 anos, ambos acabariam intubados na mesma UTI de Ponta Grossa, no hospital do Coração Bom Jesus. Primeiro morreu Thiago, numa madrugada de março de 2021, pouco antes de completar 35 anos. Onze dias depois, sem sequer ter chegado a saber que ficara viúva, morreria Nielle, aos 38 anos. "Nossa querida Nielle não resistiu e agora foi encontrar com Thiago e Jesus no céu", dizia um post de luto da igreja evangélica que a família frequentava na cidade.

O casal, enterrado lado a lado, deixou quatro filhos, dois meninos e duas meninas. As crianças, com idades entre 1 e 11 anos, agora vivem com familiares que dizem ter condições financeiras de sustentá-los. Ainda assim, amigos e familiares arrecadaram R$ 70 mil em um esforço para ajudar o futuro delas.

As quatro crianças são parte dos mais de 113 mil menores de idade brasileiros que perderam o pai, a mãe ou ambos para a covid-19 entre março de 2020 e abril de 2021. Se consideradas as crianças e adolescentes que tinham como principal cuidador os avós/avôs, esse número salta para 130 mil no país. Globalmente, a cifra ultrapassa 1,5 milhão de órfãos, de acordo com um estudo publicado na última terça-feira, 20/7, no periódico científico Lancet.

"Se você parar agora e contar até 12, é o tempo que basta para haver um novo órfão por covid-19 no mundo", afirmou à BBC News Brasil a cientista que liderou o estudo, Susan Hillis, pesquisadora de doenças infecciosas do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC).

Hillis, ela mesma mãe adotiva de 11 filhos, se esforça para confrontar uma ideia que se disseminou desde o início da pandemia de que crianças não são afetadas pela covid-19. De acordo com a cientista, a magnitude no número de órfãos expõe exatamente o oposto, mas autoridades de diferentes países e a sociedade em geral têm ignorado — ou agido de modo lento demais — para ajudar esses menores de idade em situação tão extrema.

Para além da tragédia emocional, muitas famílias perderam pais ou mães que eram as principais fontes de renda da casa. Hillis defende que haja inclusão imediata desses menores de idade em programas de transferência de renda, para combater a vulnerabilidade financeira e social que vem junto com a orfandade. Essa seria uma necessidade especialmente verdadeira no Brasil, onde a maior parte dos órfãos, 87,5 mil, perdeu o pai, historicamente o responsável pelo sustento financeiro do lar.

Órfãos da pandemia: o desafio de criar as crianças que perderam os pais para a Covid


No Congresso brasileiro, onde Thiago e Nielle foram homenageados por um deputado federal do Paraná, tramitam diversos projetos de lei para beneficiar com assistência social órfãos da covid-19. O governo federal já anunciou que planeja pagar uma pensão para órfãos já inscritos em programas sociais, algo em torno de 68 mil menores de idade, segundo estimativas.

Mas nenhuma dessas propostas de auxílio saiu do papel ainda. "Nossos dados são muito claros em mostrar que o Brasil é o segundo país com maior número de órfãos, atrás apenas do México", afirma Hillis. "Só posso dizer que existe um chamado urgente para que o país previna mortes e se prepare para proteger as crianças que vão precisar."


Susan Hillis, especialista em doenças infecciosas e líder de pesquisas de orfandade, é mãe adotiva de 11 crianças
 Foto: Divulgação CDC

Leia a seguir os principais trechos da entrevista da pesquisadora à BBC News Brasil feita por videochamada.

BBC News Brasil - O artigo que a senhora coassina afirma que a orfandade é uma epidemia escondida dentro da pandemia de covid-19. Qual é a importância de conhecermos esses números?

Susan Hillis - Sabemos por epidemias e pandemias anteriores, como a da gripe espanhola de 1918, ou a pandemia de HIV/AIDS ou a epidemia de Ebola, que toda vez que há pandemias que matam um grande número de adultos, isso significa que há um grande número de crianças que ficaram órfãs pela morte de um ou de ambos os pais. Dessa vez, no entanto, me parece que ficamos tão chocados e consumidos pela urgente necessidade de combater as mortes — que realmente ocorrem principalmente entre adultos —, que presumimos que isso significa que as crianças não são afetadas.

E, na verdade, é exatamente o oposto disso. As crianças são altamente afetadas quando os adultos que morrem são seus pais ou avós, as pessoas que mantêm suas casas e que cuidam delas.

BBC News Brasil - A magnitude desses números surpreenderam?

Hillis - Eu acho que foi surpreendente para a maior parte do mundo pelo simples fato de que não temos pensado nisso. No entanto, nosso estudo deixa claro que agora é a hora de nos concentrarmos em um grupo de crianças que está em crise e que continuará a crescer à medida que a pandemia progride. Descobrimos que em pouco mais de um ano, a cada 3 milhões de mortes por pandemia, havia mais de 1,5 milhão de crianças que perderam a mãe, o pai ou seu cuidador primário (normalmente os avós). Isso é muito traumatizante para as crianças.

O tamanho do grupo de crianças em sofrimento é chocante e a velocidade com que ele aumenta é de tirar o fôlego. O extremo da situação fica claro quando você pensa que muitas vezes, em poucos dias ou semanas, a pessoa que contraiu covid-19 está morta, o que deixa muito pouco tempo para que os familiares possam preparar esses filhos para o que é o futuro de uma vida sem mãe ou uma vida sem pai ou uma vida sem a avó que cuidava de você o tempo todo, todos os dias, que fazia a lição de casa com você, que lavava o seu cabelo, que estava ali para te ouvir quando você precisava de apoio psicossocial, que pagava suas mensalidades na escola. Então, estamos mesmo preocupados com essas crianças e, ao mesmo tempo, temos esperança porque aprendemos com pandemias anteriores o que funciona para ajudar e apoiar órfãos e crianças vulneráveis ​​e suas famílias nessas circunstâncias.

BBC News Brasil - O número de órfãos agora é comparável com algo que vimos na história recente da humanidade?
 
Hillis - Mais do que comparações históricas, há duas imagens muito simples e que traduzem de uma forma muito clara o tamanho da nossa tragédia. A cada 12 segundos, uma criança ao redor do mundo perde os pais ou um dos avós cuidadores por covid-19. Pense nisso: se você parar agora e contar até 12, é o tempo que basta para haver um novo órfão. Dito de outra forma, a cada dois adultos que morrem pela pandemia no mundo, uma criança é deixada para trás lamentando a perda de sua mãe ou de seu pai ou avó ou avô que o criava. Isso traduz a urgência de agirmos todos juntos e agora.

Órfãos da Covid: projeto ajuda crianças e jovens que perderam
 a família para o coronavírus


BBC News Brasil - Como os governos deveriam agir em relação a esses órfãos? E a sociedade, em geral?

Hillis - Há vários níveis de ação. Do ponto de vista das famílias, apesar dos lockdowns e restrições de movimento que o mundo todo tem experimentado, é preciso usar o momento para fortalecer o relacionamento com parentes que moram perto, e até mesmo aqueles que não moram perto, por meio de plataformas de videochamadas, porque são esses parentes que provavelmente terão que intervir e ajudar caso o pai ou o avô cuidador morra. E, especialmente para uma doença que mata tão rapidamente, eles precisam estar a postos.

Já em relação a governos e à sociedade civil, esse é o momento para que todos os níveis administrativos se engajem em três estratégias. Em primeiro lugar, precisamos prevenir as mortes desses pais, e certamente a essa altura sabemos como fazer isso. É preciso acelerar e garantir a equidade da distribuição das vacinas e enquanto isso não acontece e a imunização segue indisponível em muitos países, temos que seguir adotando aquelas medidas de saúde pública: uso de máscara, distanciamento social, higiene apropriada das mãos. Isso é essencial para impedir que esses pais contraiam a doença e morram.

A segunda estratégia é preparar para essas perdas. Há evidências claras de que crianças que crescem em orfanatos têm um risco aumentado de atrasos cognitivos permanentes. Isso está longe de ser o melhor que podemos fazer, como sociedade, por uma criança órfã. Então precisamos preparar parentes das famílias delas ou mesmo formar rapidamente famílias substitutas e adotivas que possam dar um lar para as crianças que precisam e precisarão deles. E não são poucas. Vamos pegar apenas o caso da cidade de Nova York. Ali, descobrimos que uma em cada quatro crianças que perderam um dos pais ou o responsável precisa de uma vaga em orfanato porque não tem outra opção. É preciso olhar para a possibilidade de famílias alternativas. Obviamente, isso deve sempre começar com os parentes e, quando isso não for possível, é preciso um lar substituto seguro e amoroso.

E a terceira estratégia é a proteção social. É central falarmos de proteção a essas crianças, porque sabemos que aquelas que crescem sem uma mãe ou um pai para zelar por elas correm maior risco de exposição à violência sexual, física e emocional. Há um risco aumentado de muitas outras vulnerabilidades sociais, como a interrupção dos estudos. Então, fica claro que precisamos trabalhar juntos para garantir que os pais ou cuidadores adotivos possam construir uma coesão familiar, que essas crianças sigam tendo oportunidades de permanecer na escola e precisamos assegurar seu fortalecimento econômico, inscrevendo-os em programas de transferência de renda, já que órfãos também acabam em situações econômicas altamente vulneráveis ​​quando quem falece de covid-19 é também o chefe de família.

BBC News Brasil - Seu estudo mostra também que, no caso do Brasil, a maior parte das crianças perdeu o pai, e não a mãe. Por que isso acontece e que diferença isso faz para elas no futuro?

Hillis - Também ficamos impressionados ao verificar que o risco de perder o pai foi de duas a cinco vezes mais alto do que o de perder a mãe. Isso, no mundo todo. Um dos motivos centrais para essa diferença é que, frequentemente, os homens têm um número médio de filhos maior do que as mulheres. Os homens podem continuar sua vida reprodutiva até 70 anos ou mais e as mulheres normalmente interrompem abruptamente seus anos reprodutivos por volta dos 50. Então, acreditamos que esse fato — o número médio mais alto de filhos dos homens —, associado com um risco ligeiramente maior de morte por covid-19 no caso dos homens explica esse dado.

Em termos de consequências, a perda do pai em vez da mãe costuma trazer maior risco de vulnerabilidade econômica nas famílias, presumivelmente porque eles são muitas vezes o principal ganha-pão na casa. Outra evidência forte é que a perda do pai tende a aumentar o risco de exposição a abuso sexual. Isso é especialmente verdade no caso das meninas órfãs.








Matéria " Empatia " é obrigatória em escolas dinamarquesas e tem resultados surpreendentes




As aulas de Empatia ocorrem diariamente nas escolas, e, durante pelo menos uma hora, estimulam os conceitos nas crianças de 6 a 16 anos.


Já não é novidade que o nível de ansiedade em crianças e adolescentes do Ensino Fundamental e Médio só aumenta em todo o mundo. A sociedade atual é repleta de motivos para ficarmos ansiosos, vivemos no automático e geralmente nem prestamos atenção no ambiente e nas pessoas em nossa volta.

Para reverter essa situação preocupante, a Dinamarca resolveu adicionar uma matéria no cronograma dos alunos das escolas, e, o resultado foi surpreendente. A nova matéria impactou diretamente na saúde e bem estar das crianças e das famílias, que crescem com esse benefício.

Foto: Reprodução

A disciplina ‘Empatia’ se tornou obrigatória para o currículo educacional das escolas do país em 1993. Como consequência, ano a ano, o índice de felicidade entre os dinamarqueses – adultos e crianças! – cresce mais.

Segundo o Relatório de Felicidade Mundial, há quase uma década, a Dinamarca está entre os três países com maior índice de felicidade do mundo. O documento, publicado pela ONU também analisa o grau de generosidade, suporte social e liberdade de expressão da população.

Foto: Reprodução

As aulas de Empatia ocorrem diariamente nas escolas, e, durante pelo menos uma hora, estimulam os conceitos nas crianças de 6 a 16 anos. Diversas atividades compõe o método de ensino, dentre elas, as rodas de conversa em que os alunos são incentivados a trazer questões pessoais para o grupo para receber a ajuda de todos para resolvê-las, dinâmicas que estimulam a cooperação, em vez da competição, e ‘brincadeiras’ que mostram, na prática, a importância de respeitar, celebrar e acolher as diferenças do outro.









" Dói demais ver as crianças morrendo sem poder ver os pais " afirma pediatra de UTI




A BBC publicou nesta última semana uma emocionante entrevista com a pediatra intensivista Cinara Carneiro. Ela trabalha na UTI de covid-19 do Hospital Infantil Albert Sabin, em Fortaleza, no Ceará e contou à BBC a sua rotina e as suas dores como intensivista.

Na grande maioria dos hospitais, as visitas nas UTIs estão suspensas em virtude da covid-19. Assim, distante dos pais, cabe aos profissionais de saúde acolherem as crianças ali internadas, o que, segundo a médica, torna-se um tanto mais difícil em razão da máscara facial criar obstáculo por não possibilitar que vejam o seu sorriso. Assim, o acolhimento se dá pela fala, pelo toque e, certamente acima de tudo, pelo olhar.

Segundo a pediatra: “A interação com a criança estando de máscara e paramentada é algo que gera sofrimento na gente. Na nossa unidade, a gente não tem permitido a presença dos familiares, como se permitia antes, pelo risco de contaminação, porque a gente não tem EPI (equipamento de proteção individual) suficiente para disponibilizar para os pais“.

Ela revela a sua tristeza com relação a muitos crianças que chegam conscientes à UTI, mas pioram, são intubados e acabam morrendo sem que os pais possam acompanhar de perto os seus momentos finais.

“Dói ver uma criança morrendo sem ver os pais. Fica muita coisa não trabalhada no luto desses familiares, de não ter visto, de não ter acompanhado de perto fisicamente a piora. Por mais que a gente tente explicar por telefone, muita coisa não está sendo vista e vivida”, afirma a pediatra.

Segundo a médica, um dos momentos mais sensíveis da internação de um paciente de covid é a intubação. Ela relatou à BBC um diálogo com um adolescente de 14 anos, momentos antes de ele ser sedado. Ela conta que enquanto o nível de saturação caia, ele não parava de repetir: “Não quero que minha mãe sofra, não quero que minha mãe sofra“.

“Eu falei: ‘você está precisando de ajuda para respirar. Eu vou tentar te ajudar nesse momento, mas você vai receber medicação para dormir, para não sentir dor. E a gente vai estar aqui conversando quando você acordar’”, relata a pediatra.

Mas o menino, que não tinha nenhuma comorbidade quando se infectou pelo coronavírus, nunca mais acordou.

Infelizmente, histórias como a relatada pela pediatra se repetem a cada dia e cada vez mais em nosso país. Faz-se necessária, com urgência, uma ampla vacinação, mas, até lá, sigamos cumprindo as normas de sanitárias.

SE PUDER, fique em casa  !

Para ler a matéria completa, acesse BBC





Diante da proibição de visitas na UTI infantis de covid-19, médicos e enfermeiros do Hospital Albert Sabin, em Fortaleza, fizeram vaquinha e compraram tablets para fazer chamadas em vídeo entre pais e crianças.

Jessica Lira diz que o momento mais desgastante é o de dar notícias sobre a gravidade dos pacientes por telefone, num contexto em que os pais não podem ver os filhos pessoalmente.


Sabrina Forte, obstetra de Fortaleza, relata a emoção em parto de paciente com Covid e intubada



Leia um dos mais emocionantes relatos do tempo da pandemia. A obstetra Sabrina Forte, num post no Instagram, apresentou a história do nascimento de Maria Liz, quinta-feira, em Fortaleza. A mãe dela, de 24, está internada com Covid e estava intubada no momento do parto.

247 - De maneira emocionada, a obstetra Sabrina Forte relatou, em seu Instagram, o bem sucedido parto em uma paciente com Covid-19 internada em estado gravíssimo, intubada, em um hospital de Fortaleza. Aconteceu na última quinta-feira. A recém-nascida é Maria Liz. Ela e a mãe, de 24 anos, estão se recuperando depois da cesariana de alto risco.

Foi um parto muito difícil e Sabrina chegou a pensar que a bebê, prematura, havia nascido morta:

"Bebê aparentemente morta. O tempo para. Pi, pi, pi. Menos as máquinas do setor, menos o sangue. 'Dra., a pediatra trouxe de volta, está viva!' Parei, olhos cheios de água [voltados] para a Yasmin Paes (outra médica que realizava o parto). Que surpresa boa. Que alívio... O obstetra só volta a respirar depois de todo nascimento. Fato, essa é a adrenalina que nos preenche".

Sabrina constata: "Acabou essa história de 'grupo de risco'. Ferrou geral. Quer ajudar? Enfie a máscara na fuça de quem você conhece, guarde seus pais e julgue, sim, os coleguinhas das festas proibidas. O caos não está para brincadeira, e a parte desesperadora é que não tem leito para todo mundo. Nem caixão".

Leia o post da doutora Sabrina e veja no original, no Instagram:

Odiada pandemia,

hoje fiz uma cesariana de uma vítima sua de 24 anos. Gravíssima. Intubada. Esperando a primeira filha, uma prematura extrema. Ao abrir, a placenta resolve atrapalhar o serviço. Puta que pariu, por que nunca é fácil? Bebê aparentemente morta. Merda.

O tempo pára. Pi, pi, pi. Menos as máquinas do setor, menos o sangue. “Dra, a pediatra trouxe de volta, está viva!” Parei, olhos cheios de água para a @yasminpaes. Que surpresa boa. Que alívio... O obstetra só volta a respirar depois de todo nascimento. Fato, essa é a adrenalina que nos preenche.

Muito obrigada publicamente aos envolvidos: técnicos, enfermeiros, médicos, bioquímicos, fisioterapeutas, maqueiros, povo da limpeza. Assisti a uma extensa equipe lutar pelo sentido. O limite físico existe, não se iludam, não somos especiais, corajosos. Somos tementes. Ou estamos exaustos, ou estamos doentes. Chorei baixinho antes de me paramentar. Sabiam que são várias camadas de roupa, que sentimos calor, que a máscara machuca o tempo inteiro o rosto, que as luvas apertam e que fazemos o checklist das coisas inúmeras vezes na cabeça para não se contaminar? Não há um segundo de paz.

Reparei, no censo, que a paciente mais velha da UTI tem a minha idade e olha que sou um brotinho. Acabou essa história de “grupo de risco”. Ferrou geral. Quer ajudar? Enfie a máscara na fuça de quem você conhece, guarde seus pais e julgue sim os coleguinhas das festas proibidas. O caos não está para brincadeira e a parte desesperadora é que não tem leito para todo mundo. Nem caixão.



Menino se aproxima de carro para pedir dinheiro e vai às lágrimas ao ouvir a pessoa do outro lado



Mesmo vivendo nas ruas e sobrevivendo da caridade alheia, ele concluiu que a pessoa dentro do carro passava por mais provações do que ele. Às lágrimas, ele tirou do bolso o pouco dinheiro que tinha e deu à mulher. Além disso, orou a Deus para que a ajudasse.

Por Conti Outra

O pequeno John Thuo é uma entre as muitas crianças que vivem nas ruas de Nairóbi, no Quênia. Essas crianças são muitas vezes desprezadas, vistas como mendigos e batedores de carteira. Mas John acabou de provar que, mesmo uma criança que vive nas ruas, sofrendo na pele a injustiça social, pode ter preservados em seu coração o amor e a doçura dos inocentes.




Um dia, enquanto John pedia dinheiro aos motoristas de carros parados no trânsito, ele conheceu uma mulher chamada Gladys Kamande. Gladys sofria de colapso dos pulmões, causando falta de ar. Ela constantemente depende de um concentrador de oxigênio, cilindros de oxigênio e um gerador para respirar, carregando os suprimentos com ela o tempo todo.

Além disso, a mulher de 32 anos já passou por 12 cirurgias; uma delas rompeu seu nervo óptico, deixando-a cega.




Sendo um menino curioso, John perguntou para que serviam todos os aparatos que ela trazia com si. Enquanto ela explicava sua situação para ele, seus olhos se encheram de lágrimas. Ele começou a chorar, percebendo que – por mais difícil que seja a vida na rua – Gladys estava muito pior do que ele. Ele chorou ainda mais quando percebeu que não havia nada que pudesse fazer por ela.



John pegou a mão de Gladys e orou para que Deus fornecesse tudo o que ela precisava para o tratamento. Depois disso, ele enfiou a mão no bolso e deu a ela o pouco dinheiro que tinha.

Uma pessoa que passava por ali e se comoveu com a cena, tirou uma foto do momento e compartilhou a história nas redes sociais. Uma postagem que rapidamente viralizou.



Desde que a história se espalhou, muitas pessoas se juntaram para arrecadar dinheiro suficiente para que Gladys cuidasse do tratamento de que ela precisava.




Mas essa não é a única boa notícia.

John foi tirado das ruas e voltou para a escola. Ele disse que estava feliz em poder estudar… contanto que não tivesse que se afastar de Gladys.

E então a história ficou ainda melhor. John foi adotado!



Agora ele tem uma família para ajudá-lo a terminar a escola e ele nunca mais terá que pedir dinheiro nas ruas !




Brasileira salva menino em Orlando

 



Goiana conta como ajudou ‘por acaso’ a salvar criança que era torturada pela mãe e padrasto nos EUA: ‘Instinto de mãe'

Gerente estaria de folga, mas precisou trabalhar no lugar de colega. No restaurante, ela viu hematomas no corpo do menino, que estava com a família no local.

Por Guilherme Rodrigues, G1 GO
 
20/01/2021

A goiana Flaviane Pimenta Carvallho, de 45 anos, é gerente de um restaurante em Orlando, nos Estados Unidos, e ajudou a salvar a vida de um menino de 11 anos que era torturado pela mãe e padrasto. Ela contou ao G1 que estava de folga, mas precisou trabalhar no lugar de um colega que ficou doente. Durante o expediente, ela desconfiou do comportamento de uma família e notou hematomas no rosto da criança. Com isso, escreveu em um papel perguntando se o menino precisava de ajuda, que respondeu balançando a cabeça que sim, após negar inicialmente.
“Me posicionei para que a família não percebesse. Peguei um papel e escrevi perguntando se estava tudo bem. Ele respondeu que sim. Escrevi perguntando se tinha certeza, ele balançou novamente a cabeça dizendo que sim", relata.
A gerente disse que insistiu em questionar o menino porque ele ficava olhando o tempo todo com uma fisionomia abalada.
"Eu não desisti e escrevi 'Do you need help?' , em português: 'Você precisa de ajuda?'. Ele balançou a cabeça que sim e fechou os olhos. Foi instinto materno”, contou a goiana.
O caso aconteceu na noite de 1º de janeiro. Segundo a goiana, a família chegou ao restaurante por volta das 23h, com o menino e uma menina, que era filha do casal.

A gerente disse que, de início, já estranhou o fato de eles terem ido jantar muito tarde, pois, segundo ela, as crianças dos EUA costumam fazer suas refeições mais cedo. Ela contou ainda que era uma noite de calor e, mesmo assim, o menino vestia moletom com capuz.

Gerente escreveu em papel perguntando se menino que era torturado pela mãe e padrasto precisava de ajuda — Foto: Flaviane Pimenta / Arquivo Pessoal

“Todos chegaram e tiraram a máscara, menos o menino. Eles conversavam, riam e brincavam, e o menino ficava calado o tempo todo. Achei muito estranho o comportamento e comecei a observar”, contou.
Segundo a goiana, a família pediu três pratos de comida e o menino ficou sem. Como ela é gerente do restaurante, foi até a mesa para conferir se estava tudo certo ou se faltava algum pedido feito pelo casal. Conforme a gerente, o padrasto foi “ríspido” ao responder que o menino comeria em casa.

Naquele momento, ela disse que o garoto olhou para ela, foi quando percebeu que tinha um corte na sobrancelha dele.
“Eu fiquei apreensiva e passei a observar muito. Teve uma hora que ele se movimentou e, de longe, consegui ver mais roxos no braço dele”, contou.
Padrasto preso no restaurante

A gerente disse que, quando o menino respondeu que precisava de ajuda, não pensou duas vezes em acionar a polícia. Ela contou que três policiais chegaram ao restaurante e começaram a conversar com a família. Em certo momento, um dos agentes pediu para conversar com o menino distante do casal, foi quando ele revelou as marcas pelo corpo.
“O policial levou a criança para fora do restaurante para conversarem sozinhos. Depois de um tempo, o detetive pediu para que ele tirasse a máscara e o moletom. O menino estava todo roxo, no rosto e nos braços também”, contou a goiana.
Ainda conforme a gerente do restaurante, o padrasto saiu do estabelecimento preso. Já criança foi levada por uma ambulância até uma unidade de saúde para receber atendimento médico.

Na última terça-feira (12), a polícia fez uma coletiva de imprensa e divulgou que a mãe também havia sido presa. Na ocasião também relataram que a criança já tinha sido amarrada de cabeça para baixo, torturada com cabo cabo de vassoura e deixada sem alimentação pelo casal. Segundo a goiana, as crianças estão com familiares delas.

Flaviane Pimenta Carvallho, de 45 anos, ajudou a salvar a vida de uma criança que era torturada pela mãe e padrasto, nos EUA — Foto: Reprodução / Instagram

Sentimento de alívio

Flaviane afirma que se sente aliviada em ter conseguido, “por acaso”, salvar a vida do menino. Ela acredita que foi um “propósito de Deus” na vida dela, pois nem deveria ter trabalhado na ocasião.
“Me sinto aliviada porque essa criança está bem agora, fora de risco. Fico feliz por isto, mas eu também tenho um sentimento de revolta muito grande porque acho que nenhum ser humano deve passar por isso. Aqueles que deviam proteger e cuidar queriam matá-lo", desabafa.
Natural de Goiânia, a gerente mora nos Estados Unidos há 13 anos e tem duas filhas, de 18 e 22 anos. Segundo ela, o instinto materno a fez ser forte e denunciar o casal. A goiana, que está sendo considerada uma heroína, espera que sua atitude sirva de exemplo para que as pessoas denunciem casos de agressões contra crianças.
“Único motivo de eu estar falando com a imprensa é para incentivar que as pessoas fiquem mais atentas, ajudem, chamem uma autoridade quando virem casos de agressão. Isso pode mudar a vida de uma pessoa. Salvar uma vida”, contou.










Golden Retriever protege sua pequena dona das broncas de sua mãe. Veja vídeo !


A cena de companheirismo vem acompanhada de um abraço do cão com a menina, mostrando ainda mais sua fidelidade. Eles crescerão como melhores amigos !
Alguns animais são muito protetores. Quando se trata de defender seus donos, eles são capazes de dar suas vidas. E foi o que aconteceu com esse Golden Retriever que protege sua pequena dona das broncas da mamãe. A cena, por ser tão ingênua, se torna cômica! Eles são muito fofos.

O cachorro protege a pequena menina das broncas de sua mãe. A pequena havia quebrado um creme facial. Ele não gostava de ver a menina chorando, então precisou mostrar os dentes para mamãe. E não parou até que a pequena se acalmasse.

A cena de companheirismo vem acompanhada de um abraço do cão com a menina, mostrando ainda mais sua fidelidade. O nome do cão é Harry e ele acabou estrelando um momento comovente com a menina de dois anos.

A mãe da pequena, chamada Sra. Sun, registrou o momento que acabou fazendo-a sorrir. A terna família mora na cidade de Xunzhou, na China.

O vídeo foi popularizado em uma rede social chinesa, agregando milhões de interações com outros usuários.
O cachorrinho protetor tem 5 anos e em breve fará 6 anos, entrando na idade adulta.

Ele vai crescer com sua pequena dona, vivendo lindos momentos, protegendo-a e sendo seu melhor amigo !




Garota de 14 anos cria murais de giz durante a quarentena para se aventurar no mundo da criatividade



A menina de 14 anos, junto de seu irmãozinho mais novo, fazem murais diferentes todos os dias. Já foram mais de 100 desenhos, mas eles dizem ainda ter muitas aventuras pela frente.

Ana Carolina Conti Cenciani 


Sem escola, sem atividades extracurriculares, sem festas do pijama ou acampamentos: as crianças estão dependendo muito da criatividade para se manterem ocupadas durante o período de isolamento social. Novas brincadeiras e atividades precisam entrar na rotina e foi exatamente o caso desses dois irmãos criativos!

Macaire Everett, de 14 anos, e seu irmãozinho de 9 anos, Camden, encontraram uma maneira única de alegrar não apenas suas próprias vidas, mas também de todo o bairro.

Desde o início da quarentena, Macaire desenha ‘cenas’ criativas com giz na calçada e Camden ‘viaja’ por todas as aventuras e tempos. A atividade acaba em diversas fotos muito divertidas. O bairro deles em Libertyville, Illinois, já testemunhou mais de 100 obras de arte, mas a dupla de irmãos não planeja parar; eles dizem que ainda há mais aventuras pela frente!

“Tive a ideia desde que meu irmão e eu precisávamos fazer algo durante a quarentena”, conta Macaire ao Bored Panda. “Depois que fiz um desenho com giz de balões, pedi que ele aparecesse na foto e ele se divertiu, então o fiz novamente. Depois de marcar cerca de 15 dias seguidos, decidi estabelecer uma meta de marcar 100 dias em uma fila.” 

Mas mesmo agora, com Macaire e Camden ultrapassando seu marco, seu projeto não se tornou uma tarefa chata para eles. Eles ainda continuam fazendo os murais diários. “Foi divertido fingir que ele podia viajar e ter aventuras divertidas”, explicou Macaire. “Eu cumpri o objetivo de marcar 100 dias seguidos em 4 de julho e continuo desenhando (todos os dias) para ajudar a espalhar alegria para os outros, já que as pessoas me dizem que isso as deixa felizes”. 

É muito legal ver essas pequenas cabecinhas trabalhando para o bem, esses irmãos arrasaram em sua nova atividade e separamos as melhores fotos das aventuras no mundo dos desenhos. Confira! 





 













Quem são pai e filho que protagonizaram vídeo comovente de reencontro após o covid-19





Pedro Zambarda

Luiz Filipe, de 5 anos, ganhou uma surpresa na noite do dia 23 de junho de 2020.

“Como você apareceu aqui, pai?”, perguntou o menino.

Ele chorou e, aos prantos, abraçou o pai, o coordenador pedagógico Filipe Augusto, 35, que estava internado há mais de 20 dias se recuperando de uma cirurgia de esofagectomia (retirada cirúrgica do esôfago). No hospital, o pai acabou contaminado pelo novo coronavírus. A emoção de pai e filho logo viralizou na internet. O vídeo foi gravado pela mãe de Luiz Filipe, Gisele Sabino, 38, que preparou a surpresa para o pequeno. Ao ver o pai sentado na cama, o menino perde a fala e fica sem acreditar. “Não vou chorar”, repete Luiz Filipe controlando a emoção. “Viu como ele está melhor, não está mais gordinho”, comenta apontando para Filipe. E basta o primeiro abraço para as lágrimas virem à tona. “Papai voltou!”, reiteram os dois abraçados.

Morador de Itupeva, no interior do estado de São Paulo, o coordenador pedagógico compartilhou o vídeo nas redes sociais na quinta (25). Além da gravação e de uma foto na porta do hospital, ele escreveu um texto no qual relata um pouco do que vivenciou:

“Após 28 dias internado, destes, uns 20 na UTI, finalmente estou em casa. Ainda não estou 100%, mas estar em casa é outra coisa. Primeiramente, fiz uma cirurgia de esofagectomia e estava tudo indo bem graças a Deus, e quando estava para ter alta infelizmente recebi a notícia da covid. Mas graças a Deus estou aqui. Vitória em dose dupla para honra e glória de Jesus. Não tenho palavras para agradecer todo apoio que eu e minha esposa recebemos. Agradeço a equipe médica que me acompanhou, estive em todos os momentos muito bem assistido pelos melhores, tanto na cirurgia como na covid. Além da equipe médica tive as orações de muitas pessoas que fizeram muita diferença nesta batalha que passei. Sei que não são poucas, pois tive a experiência de ter uma visão e ver a quantidade de pessoas que batalharam junto comigo, e isso me sustentou nesses dias internado. Nessa visão pude ver pessoas que nem conheço. Aqui é apenas uma síntese do que passei nesses 28 dias, pois a história é longa. Deixo o meu eterno agradecimento a todos que de alguma forma estiveram comigo. Sintam-se abraçados. Muito obrigado e que Deus abençoe grandemente cada um.”

Filipe deu uma entrevista na manhã deste domingo (28). Para ele, o apoio dos familiares foi determinante em todo o processo. Desde janeiro, ele vinha tratando um câncer de esôfago e estava com a cirurgia marcada para maio. Após o procedimento cirúrgico e perto de receber alta médica, Filipe foi diagnosticado com a covid-19. “Quando você recebe a notícia do vírus, seu mundo cai um pouco. Estava em um momento muito feliz, prestes a ter alta. A partir desse momento, você tem que estar confiando em Deus, com a cabeça boa para entender que existe um propósito naquilo tudo”, relata. Internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital das Clínicas, em São Paulo, Filipe não precisou ser entubado e esteve consciente durante todos os dias.

“A covid não é brincadeira. Via nos médicos uma preocupação. O vírus é instável. Para alguns pode ser mais agressivo, para outros não. Eu ainda era pós-cirúrgico”, relembra. O nível de oxigênio no sangue do coordenador pedagógico caiu e ele viveu a ansiedade, a angústia e o medo de ser entubado. “Você vai vivendo um dia de cada vez”.


Para se recuperar, além de todo o cuidado da equipe do hospital, Filipe contou com uma base de oração que o fortaleceu. “Sabia que tinha muitas pessoas, pessoas que nem me conheciam, orando por mim, pela minha família, pela minha esposa”, comenta. Ele também aceitou participar de uma pesquisa que usa o plasma de pacientes recuperados no tratamento de infectados pelo vírus. “Falo que foi uma vitória ao quadrado, porque estou curado da cirurgia e da covid”.

As informações são do Correio Braziliense. Confira o vídeo.










Animações nigerianas orientam crianças e pais sobre a COVID-19 de forma genial




Josie Conti

A Por Dentro da África é uma página de tamanho respeitável e conteúdo de extrema relevância que tem como objetivo a apresentação de pesquisas, teses e coberturas jornalísticas sobre diversos aspectos do continente africano. Nós somos muito fãs deles aqui na CONTI outra.

Uma grata surpresa que eu encontrei entre suas publicações foi a apresentação de um animação que, em cerca de 90 segundos, apresenta um menino que pretende jogar bola fora de casa, mas que é orientado pela irmã que lhe explica sobre como a exposição dele pode influenciar a sua vida e a de outras pessoas. 

“Até agora, o feedback dos pais tem sido incrível. Alguns gravam vídeos de como seus filhos têm respondido à mensagem e participado dessa mudança de costumes”, disse ao Por dentro da África, o diretor Niyi Akinmolayan, que produziu o filme em uma semana com sua equipe de 25 profissionais do estúdio Anthill.



“O governo nigeriano está fazendo o possível para assegurar que a curva de contaminação seja achatada. Em relação à sensibilização em escala mais abrangente, criamos conteúdos para que as autoridades possam partilhar informações sobre a pandemia e os cuidados pessoais”, completou o diretor.

Já na CNN encontramos mais algumas falas relevantes do diretor:

“O desenho animado está sendo distribuído gratuitamente. Feito em inglês e nos idiomas nigeriano de ioruba, hausa e igbo, foi traduzido para francês, suaíli e português e amplamente compartilhado por algumas emissoras de TV“, disse Akinmolayan. 

“Eu disse que as pessoas poderiam gravar dublagens ou fazer legendas. Alguns caras na Costa do Marfim fizeram uma versão em francês, outros na África Oriental fizeram uma versão em suaíli. Eu esbarrei em uma versão brasileira. Foi parar também na televisão nacional da Turquia e na China.” 

“O vídeo usa dados de fontes confiáveis como a Organização Mundial da Saúde (OMS), disse Akinmolayan, e foi recriado em francês, português e suaíli e amplamente compartilhado em países como Brasil, Quênia e China.” 

Mas a coisa não parou por aqui …

Poucas semanas depois, o diretor Niyi Akinmolayan produziu uma animação ainda mais genial.

“Nós demos continuidade ao projeto porque as crianças queriam mais, adoraram os personagens e também porque sentimos que há mais mensagens para compartilharmos sobre a autoproteção e proteção da família”, disse Niyi ao Por dentro da África.


“A maioria dos homens africanos parece que vem mostrando mais teimosia para cumprir as exigências das autoridades de saúde, especialmente comerciantes e homens de negócios. Por isso, decidimos fazer esse segundo episódio usando a figura do pai businessman como exemplo”, disse o cineasta que busca apoio para fazer uma série com a sua equipe do Estúdio Anthill.

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